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Transcrição:

» Pedro Henrique Meira Figueiredo NOVO CPC: PERSPECTIVAS PARA A JUSTIÇA BRASILEIRA DO SÉCULO XXI O ano de 2010 marcou a comunidade jurídica com a divulgação dos tão esperados anteprojetos do novo Código de Processo Civil e do novo Código de Processo Penal. É quase unânime a opinião de que a legislação processual necessita de atualização, uma vez que foi produzida em conjunturas políticas em que a democracia não era bem vista e, portanto, tornase incompatível com o panorama trazido pela atual Constituição Federal. Em tempo recorde, os anteprojetos foram aprovados no Senado Federal e enviados à Câmara dos Deputados. Várias mudanças são trazidas pelos dois projetos, adequando os procedimentos judiciais aos princípios trazidos pela nova Carta Magna, em especial o do dispositivo e o da celeridade processual. O presente trabalho tem como objetivo apontar algumas das principais inovações trazidas pelo projeto do novo Código de Processo Civil, que na Câmara recebeu a identificação PL 8046/2010. A Comissão de Juristas responsável pela confecção do anteprojeto do novo CPC foi presidida pelo Ministro Luiz Fux, que à época atuava no Superior Tribunal de Justiça e, recentemente, devido ao seu talento no decorrer dos seus 30 anos de magistratura, assumiu o posto do ex-ministro Eros Grau no Supremo Tribunal Federal. O jurista levou em conta a urgente necessidade de se pensar num processo mais célere, justo e racional, visando à mais imediata satisfação das partes, ao conduzir os trabalhos da Comissão. Diversas inovações foram inseridas no texto do projeto. Trataremos pontualmente as principais, e seu consequente impacto no desenvolvimento processual. A começar, o novo Código foi dividido em cinco livros, a saber: parte geral; processo de conhecimento e cumprimento de sentença; processo de execução; processo nos tribunais e meios de impugnação das decisões judiciais; disposições finais e transitórias. Como se vê, a primeira grande mudança foi a eliminação do processo cautelar, passando agora a ser disciplinado na Parte Geral como tutela de urgência e evidência, aplicável, portanto, a qualquer tipo de processo.

Importante também foi a criação de uma Parte Geral no Processo Civil, disciplinando situações que podem ser observadas em todos os procedimentos cíveis. No atual CPC de 1973, a parte geral encontra-se dentro do Processo de Conhecimento e, portanto, criavam-se dificuldades em saber qual disposição também se aplicaria aos processos executivo e cautelar. No tocante aos prazos, uma inovação agradou a todos os advogados do país, que desde os tempos de universidade não mais conhecem férias: a contagem dar-se-á apenas nos dias úteis. Além disso, foram estipuladas férias coletivas aos juízos de primeiro grau entre dezembro e janeiro. Ainda neste ponto, ficou estabelecido que serão contados em dobro os prazos para a Fazenda Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública, o que vem a eliminar as constantes discussões acerca da aplicação de prazos diferenciados a tais órgãos em determinadas situações. Com relação à Fazenda Pública, houve ainda a estipulação de hipóteses em que se dará o reexame necessário das sentenças que forem contrárias a suas pretensões. No caso da União e suas autarquias, os autos só subirão ao Tribunal independentemente de recurso se a condenação for superior a mil salários mínimos. Em se tratando do Distrito Federal, dos Estados e das suas capitais, bem como suas respectivas autarquias, só haverá remessa dos autos em condenações superiores a quinhentos salários mínimos. Quanto aos demais municípios e suas autarquias, só haverá de se falar em reexame necessário caso a sentença os condene em valores não inferiores a cem salários mínimos. No entanto, se a sentença estiver fundada em súmula ou entendimentos pacificados do STF ou do STJ, não há que se falar, igualmente, em reexame necessário dos autos pelo Tribunal. O livro do processo de conhecimento reuniu os procedimentos comum e especiais e, assim, tornou-se mais didático e apropriado. Além de extinguir alguns procedimentos especiais, unificou o procedimento comum, mesclando regras dos procedimentos ordinário e sumário. A audiência de conciliação passará a ocorrer logo após a citação do réu, antes mesmo da contestação, o que se mostra extremamente adequado e lógico, possibilitando a

extinção de várias demandas, em comum acordo entre as partes, antes mesmo de se iniciar a instrução probatória, tornando o processo mais célere e eficaz. A resposta do réu passa a ser efetuada apenas na forma de contestação, devendo nela expor e requerer tudo aquilo que achar necessário, inclusive as exceções e os pedidos contrapostos. O juiz, no novo CPC, saneará o processo não mais em audiência preliminar, mas em decisão proferida no seu gabinete, indicando as provas possíveis de serem produzidas com relação aos pontos controvertidos, e agendando, se for o caso, audiência de instrução e julgamento. O processo de execução seguirá basicamente as mesmas regras trazidas pelas recentes reformas do atual CPC em 2005 e 2006. A única mudança notável é a possibilidade de se aplicar o rito de cumprimento de sentença nas execuções contra a Fazenda Pública e de alimentos fundadas em título judicial. Os recursos, apontados pelos juristas como uma das principais causas da morosidade da justiça, sofreram nova regulamentação com o projeto. Além dos embargos infringentes, foi também extinto o agravo retido, limitando-se a possibilidade de se recorrer de decisões interlocutórias às hipóteses de agravo de instrumento. Em regra, as modalidades recursais passam a ter efeito unicamente devolutivo, ficando a possibilidade de se suspender a decisão recorrida condicionada ao preenchimento de requisitos específicos. No mais, com exceção dos embargos de declaração, todos os demais recursos passam a ter prazo de 15 dias, contados somente os úteis, como já dito. Pensando na possibilidade de se estabelecer leading cases e de se expandir a experiência dos recursos repetitivos do STJ para as demais instâncias e tribunais, o novo CPC traz o incidente de resolução de demandas repetitivas. Com este mecanismo, a Comissão de Juristas visa à possibilidade de extinção de várias ações conexas baseando-se em sentença proferida em um dos processos. O objetivo é que se agilize a resolução de demandas baseadas na mesma causa de pedir e com mesmo pedido, trazendo uma satisfação de direitos mais célere e de forma isonômica, vez que a decisão será única para todos os casos.

O projeto do novo CPC, entretanto, não trata de reunir a legislação esparsa, o que fez com propriedade a Comissão de Juristas responsável pelo novo CPP. O procedimento sumariíssimo dos Juizados Especiais Cíveis continuará regulamentado pela Lei n o 9.099/95 e a execução fiscal pela ultrapassada Lei n o 6.830/80, o que ocorre também com o mandado de segurança. No tocante à execução fiscal, permanecerá, portanto, a discussão acirrada acerca da necessidade da garantia do juízo para se opor embargos. Uma pena, vez que o novo CPC poderia resolver tal impasse, tornando a reforma mais completa e satisfatória. Visando a acompanhar a modernidade do século XXI, o novo CPC traz de forma expressa a preferência pelo processo eletrônico, regulado pela Lei n o 11.419/06. Diversos atos processuais passarão a ser efetuados pela via eletrônica, e é nesse sentido que o Poder Judiciário deve mais imprimir forças. Por mais que se agilizem os procedimentos e se extinga algumas formalidades e meios de impugnação de decisões, é sabido por todos que a grande causa da morosidade judicial é o tempo morto dos processos. Trata-se dos atos de Secretaria, como a juntada de documentos, a remessa de autos e demais procedimentos arcaicos que ainda são adotados nas práticas judiciárias. Não se concebe mais que um servidor gaste horas furando, numerando e rubricando diversas páginas de documentos a serem juntados em processos gigantescos, que tomam imenso espaço físico nas prateleiras dos cartórios judiciais. Em diversas comarcas e subseções judiciárias é fácil perceber o tempo que se gasta do protocolo de uma petição em juízo até o despacho do juiz em seu gabinete. Às vezes levam semanas, até meses. Tal situação não se coaduna com os ideais de justiça trazidos pela Constituição de 1988, tampouco com a exigência da sociedade em se ver um processo mais célere e eficiente. Nesse aspecto, não se pode deixar de aplaudir os esforços do Conselho Nacional de Justiça em criar programas visando à solução de diversos problemas inerentes à jurisdição brasileira. Iniciativas como o processo judicial eletrônico e a unificação das tabelas processuais têm trazido notórios benefícios nos locais onde foram implantadas.

Tem-se, portanto, que é de suma importância a reciclagem de ideias e a consequente modificação da legislação processual com fincas a atender melhor aos anseios da população jurisdicionada. Porém, mais do que isso, são necessárias vontade política e aplicação de recursos financeiros, não judiciais para que se vislumbre uma efetiva e benéfica mudança no panorama do processo judicial brasileiro.