A bioeletricidade e o setor sucroenergético brasileiro: oportunidades e desafios Zilmar Souza 5ª Edição do Campetro Energy Bioeletricidade Campinas SP 29 de novembro de 2016
Geração da biomassa em 2014 O setor sucroenergético brasileiro e o papel da bioeletricidade COGERAÇÃO: produção simultânea de duas ou mais utilidades - calor de processo e energia eletromecânica, a partir de uma mesma fonte energética 1 tonelada de cana: 250 kg bagaço (50% umidade) 280 kg palha (50% umidade) Brasil: 667 milhões tc (safra 2015/16) Fonte: CTC (2015) e UNICA (2016). Desde 2013, setor sucroenergético produz mais bioeletricidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN) do que parar o autoconsumo. Em 2015, 60% destinados ao SIN. Até julho de 2016, existiam 175 unidades sucroenergéticas exportando excedentes de bioeletricidade para a rede (EPE). Aproximadamente ½ das usinas podem ser retrofitadas. Fonte: EPE e UNICA (2016).
Geração da biomassa em 2014 Evolução da atividade de geração de bioeletricidade Fonte: UNICA (2016). Bioeletricidade sucroenergética para a rede elétrica, 2010 a 2015 (em TWh) Bioeletricidade EM GERAL para a rede elétrica, 2015 até set/2016 (em TWh) Pioneiros: São Francisco, Vale do Rosário e São Martinho Em 2015, a biomassa da cana gerou para a rede 20,4 TWh (89% da geração da biomassa 23 TWh). Equivalente a ter atendido mais de 10 milhões de residências e reduzido as emissões de CO 2 em 8,6 milhões de toneladas. Manteve a 3ª posição: O volume de bioeletricidade da cana (20,4 TWh) ficou abaixo apenas da quantidade gerada pelas hidrelétricas e térmicas a gás, que entregaram 351,9 TWh e 61,8 TWh ao SIN, respectivamente.
Bioeletricidade: um ótimo produto Índice de bioeletricidade (em geral) para a rede e da Energia Natural Afluente (ENA), 2015 a set/2016 (mês-base jan/15 = 100) Bioeletricidade da cana em 2015: Poupou 14% de água nos reservatórios das hidrelétricas no submercado SE/CO. Reservatórios SE/CO (EAR): Jan/15: 16,8% Out/16: 34,8% Fonte: CCEE (2016). Elaboração: UNICA (2016). Região Centro-Sul: Produção de cana: cerca de 90% Consumo de energia elétrica: próximo a 60% Geração distribuída: Redução das perdas e economia de investimentos em transmissão, traz confiabilidade ao sistema...
Bioeletricidade: sazonal mas não intermitente Turbina de condensação: opera independentemente do processo, inclusive na entressafra Usina A: pequena Usina B: média Usina C: grande Bioeletricidade é sazonal, mas NÃO é considerada intermitente (EPE, ONS) Elaboração: UNICA (2016).
Bioeletricidade nos leilões regulados de energia nova Fonte: CCEE (2015). Elaboração: UNICA (2015). Evolução do preço-teto nominal nos últimos leilões de energia nova - bioeletricidade (R$/MWh)? Stop and go: promove-se avanço nas condições institucionais e depois não há continuidade ou ocorrem retrocessos.
Geração da biomassa em 2014 Mas e o futuro? Retrato do stop and go para a bioeletricidade... Recorde: 12,5% de uma Itaipu! Acréscimo anual de capacidade instalada pela biomassa, 2002-2019 (MW) Representatividade do acréscimo anual de capacidade instalada pela biomassa em relação ao total de acréscimo na matriz de energia elétrica Fonte: ANEEL (2016). *Previsão, incluindo projetos com restrição para entrada em operação. Elaboração: UNICA (2016).
A bioeletricidade sucroenergética: oportunidades e desafios Consumo de energia elétrica na rede, 2013 até set/2016 (em TWh) TWh Estimativa de oferta de bioeletricidade para a rede com objetivo de atendimento ao Acordo de Paris, 2014 a 2030 (em TWh) TWh Consumo de energia elétrica de 2015 retroagiu para patamar de 2013. Vai para o mesmo caminho o ano de 2016. Entre 1998 e 2015: acréscimo de 4.100 MW/ano 1 Itaipu a cada 3,4 anos. Aumentar o uso sustentável de energias renováveis (solar, eólica e biomassa), para ao menos 23% da geração de eletricidade do Brasil, até 2030.
Bioeletricidade: potencial e considerações Geração da biomassa em 2014 Potencial técnico de oferta da bioeletricidade sucroenergética para a rede elétrica (TWh) TWh 1,5 Itaipu ou 3 Belo Monte 23% Itaipu 4,4% consumo EE Brasil 28% consumo EE Brasil Fonte: MME, CCEE e EPE (2016). Elaboração: UNICA (2016). Evitar retornar à política do stop and go: promove-se algum avanço nas condições institucionais e depois não há continuidade ou ocorrem retrocessos. Segurança e estabilidade das regras: para estimular novamente o retorno da bioeletricidade aos leilões regulados e no mercado livre, de forma consolidada e contínua. Propício para elaborarmos política setorial estimulante, clara e de longo prazo para a bioeletricidade, e concatenada com uma visão específica para o papel do etanol na matriz energética brasileira.
A bioeletricidade e o setor sucroenergético brasileiro: oportunidades e desafios Zilmar Souza 5ª Edição do Campetro Energy Bioeletricidade OBRIGADO! Campinas SP 29 de novembro de 2016