TESTE DE GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE MILHO COMERCIAL NA REGIÃO DE IMPERATRIZ MA

Documentos relacionados
Efeito do estresse hídrico e térmico na germinação e crescimento de plântulas de cenoura

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE MELANCIA EM DIFERENTES TEMPERATURAS 1. INTRODUÇÃO

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA EM FUNÇÃO DE TESTE DE GERMINAÇÃO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE FEIJÃO-COMUM CULTIVADAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA

Palavras-chave: lentilha; vigor; germinação.

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE CANOLA DURANTE O ARMAZENAMENTO

TESTE DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM DIFERENTES ESTRUTURAS DE SEMENTES DE SOJA 1. INTRODUÇÃO

TÍTULO: PRECOCIDADE DE EMISSÃO RAIZ PRIMÁRIA NA AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE MILHO

INFLUÊNCIA DA GERMINAÇÃO DA SEMENTE E DA DENSIDADE DE SEMEADURA NO ESTABELECIMENTO DO ESTANDE E NA PRODUTIVIDADE DE MILHO 1

LONGEVIDADE DE SEMENTES DE Crotalaria juncea L. e Crotalaria spectabilis Roth EM CONDIÇÕES NATURAIS DE ARMAZENAMENTO

Avaliação do vigor de sementes de abobrinha (Cucurbita pepo) pelo teste de tetrazólio.

EFEITO DO TEOR DE UMIDADE DAS SEMENTES DURANTE O ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO DE MILHO CRIOULO

Influência do número de horas de envelhecimento acelerado sobre o vigor de sementes de cenoura.

UTILIZAÇÃO DE RAIOS-X NA AVALIAÇÃO DE DANOS INTERNOS E SEUS EFEITOS NA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA (Ricinus communis L)

Germinação de Sementes de Milho, com Diferentes Níveis de Vigor, em Resposta à Diferentes Temperaturas

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI PRODUZIDAS EM SEQUEIRO NO SUDOESTE DA BAHIA 1

INFLUÊNCIA DA COLORAÇÃO DA EMBALAGEM NA VIABILIDADE DE SEMENTES ORGÂNICAS DE Solanum lycopersicum var. cerasiforme DURANTE O ARMAZENAMENTO

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INICIAL DE HÍBRIDOS DE MAMONEIRA COM SEMENTES SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO

Qualidade fisiológica de sementes de milho crioulo cultivadas no norte de Minas Gerais.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA

3 Universidade Federal de Pelotas- RS.

Influência da Adubação Orgânica e com NPK, em Solo de Resíduo de Mineração, na Germinação de Sementes de Amendoim.

Universidade Federal do Ceará Campus Cariri 3 o Encontro Universitário da UFC no Cariri Juazeiro do Norte-CE, 26 a 28 de Outubro de 2011

EFEITO DO TIPO DE SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE AMENDOIM (Arachis hypogaea L.)

Avaliação do desenvolvimento inicial de milho crioulo cultivados na região do Cariri Cearense através de teste de germinação

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA CONVENCIONAL COLETADAS EM TRÊS POSIÇÕES DA PLANTA

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Métodos para o condicionamento fisiológico de sementes de cebola

Apresentação: Pôster

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA (Ricinus communis L.) CULTIVAR NORDESTINA, SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO.

ENVELHECIMENTO ACELERADO EM LOTES DE SEMENTES DE CENOURA ENVOLVENDO TEMPERATURA E TEMPOS DE EXPOSIÇÃO Apresentação: Pôster

Germinação e Vigor de Sementes de Milho Armazenadas nas Condições Ambientais do Sul do Tocantins

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA PELO TESTE DE RAIOS X.

EFEITO DO ACONDICIONAMENTO E DO ARMAZENAMENTO SOBRE A QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI

Efeito do Bioestimulante na Qualidade Fisiológica de Sementes Colhidas em Diferentes Épocas

Vitória da Conquista, 10 a 12 de Maio de 2017

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DA COLORAÇÃO DO TEGUMENTO

EFEITO DA IDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA NOS RESULTADOS DO TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO.

Germinação e vigor de sementes de Moringa oleifera Lam. procedentes de duas áreas distintas

Efeito do Tratamento de Sementes com Micronutrientes (Zn e Mo) Sobre o Desenvolvimento de Plântulas de Milho (Zea mays)

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE VARIEDADES CRIOULAS DE FEIJÃO

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE FEIJÃO CAUPI COMERCIALIZADAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA BAHIA 1

Diferentes Temperaturas E Substratos Para Germinação De Sementes De Mimosa caesalpiniifolia Benth

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 2165

COMPARAÇÃO ENTRE TESTES DE VIGOR PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TOMATE

TESTE DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA INDIVIDUAL NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA*

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES MÉTODOS DE SEMEADURA PARA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE CORIANDRUM SATIVUM L.

VIGOR DE SEMENTES DE CENOURA DETERMINADO PELO software SVIS. CARROT SEEDS VIGOR DETERMINED BY SVIS software. Apresentação: Pôster

Pesquisa Agropecuária Tropical ISSN: Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos. Brasil

DESEMPENHO DE SEMENTES DE ALGODÃO SUBMETIDAS A DIFERENTES TIPOS DE ESTRESSES 1

ESTUDO COMPARATIVO DE POPULAÇÕES SEGREGANTES DE DIFERENTES CRUZAMENTOS EM SOJA A COMPARISON OF SEGREGANT POPULATIONS FROM DIFFERENT SOYBEAN CROSSES

Emergência e Florescimento em Acessos de Melancia

TESTE DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE SANSÃO-DO-CAMPO (Mimosa caesalpiniaefolia Benth. FABACEAE-MIMOSOIDEAE) 1

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES E BIOMETRIA DE PLÂNTULAS DE MAMONA

Precocidade na emissão da raiz primária para avaliação do vigor de sementes de milheto

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA PRODUZIDAS NO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN-RS

Termos para indexação: IVG, Vigor de sementes, Leguminosa tropical

Diferentes ambientes de semeadura para a germinação de cultivares de Citrullus lanatuão

TESTE DE DETERIORAÇÃO CONTROLADA PARA AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE PIMENTÃO

Palavras-chave: Capacidade de armazenamento; Sementes; Germinação.

TEOR DE UMIDADE NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE PITANGUEIRA EM DOIS AMBIENTES

EFEITO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Phaseolus vulgaris L.

Germinação de sementes e desenvolvimento inicial de plântulas de pepino em diferentes tipos de substratos.

TESTES DE VIGOR 22/05/ INTRODUÇÃO O QUE É A QUALIDADE DAS SEMENTES? É CARACTERIZADA PELOS ATRIBUTOS GENÉTICO, FÍSICO, FISIOLÓGICO E SANITÁRIO

Germinação a campo de arbóreas nativas com o uso de hidrogel

PALAVRAS-CHAVE: ABSTRACT

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÓLEO DE Carapa guianensis EM SEMENTES DE Bauhinia variegata

CURVA DE ABSORÇÃO DE ÁGUA EM SEMENTES DE MAMONA.

ENVELHECIMENTO ACELERADO COMO TESTE DE VIGOR PARA SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) WALP.) ORIUNDAS DOS ESTADOS DA PARAÍBA, CEARÁ, PIAUÍ E MARANHÃO

EFEITO DA APLICAÇÃO EXÓGENA DE CELULASE NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CAFEEIRO (Coffea arabica L.)

PRÉ-HIDRATAÇÃO EM SEMENTES DE ALGODÃO E EFICIÊNCIA DO TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO 1

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SORGO INOCULADAS COM Azospirillum brasilense

Estimativa do vigor de sementes de milho através da avaliação do sistema radicular de plântulas

Influência da Temperatura na Qualidade Fisiológica de Sementes de Sorgo

QUALIDADE DE SEMENTES DE CAPIM BUFFEL PROVENIENTES DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO SEMIÁRIDA DA BAHIA 1

Germinação de sementes de maxixe sob condições controladas

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

CARACTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI COMERCIALIZADAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA

Causas de GL IVE TMG PGER IVE TMG PGER

Agri para cálculos de resultados com médias submetidas ao teste de Tukey a nível de 5% de probabilidade.

AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE MELÃO PELO TESTE DE DETERIORAÇÃO CONTROLADA 1 VIGOR EVALUATION OF MELON SEEDS BY CONTROLLED DETERIORATION TEST

Efeito do tamanho e do peso específico na qualidade fisiológica de sementes de pinhão-manso (Jatropha curcas L.)

Avaliação de Tratamentos Utilizados na Superação de Dormência, em Sementes de Quiabo.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICA E FISIOLÓGICA DE SEMENTE DE MILHO CRIOULO EM RELAÇÃO À POSIÇÃO NA ESPIGA

TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE LENTILHA 1

RELAÇÃO ENTRE O TAMANHO E A QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES DE SOJA (Glycine max (L.) Merrill)

Velocidade de germinação de Sementes de Milho Híbrido submetidas a Estresse Hídrico em Diferentes Temperaturas.

Umedecimento de substratos na germinação de sementes de repolho

Qualidade fisiológica de sementes de milho crioulo proveniente de diferentes localidades

Princípios ativos via tratamento de sementes industrial na cultura do milho após armazenamento

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 01

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE GENÓTIPOS DE MILHO DOCE 1 PEREIRA, André Ferreira 2 ; OLIVEIRA, Jaison Pereira de 2 ; BUENO, Luice Gomes

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FISIOLÓGICAS DE SEMENTES DE MAMONA CV. AL GUARANY 2002 COLHIDOS EM DIFERENTES ALTURAS DE RACEMO

EFEITO DE DIFERENTES METODOLOGIAS DO TESTE DE FRIO EM SEMENTES DE ALFACE EFFECT OF DIFFERENT METHODOLOGIES OF COLD TEST IN LETTUCE SEEDS

Germinação de Sementes de Cebola em Ambiente Enriquecido com Dióxido de Carbono

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Piptadenia moniliformis BENTH.

Transcrição:

TESTE DE GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE MILHO COMERCIAL NA REGIÃO DE IMPERATRIZ MA Edvan Costa da Silva 1, Humberto Filipe Torres Reis 2, Léo Vieira Leonel 3 1 Pós-graduando (Mestrado) Produção Vegetal, Universidade Estadual do Goiás / UEG, Ipameri GO. 2 Engenheiro Agrônomo na Universidade Estadual do Maranhão / UEMA, Imperatriz MA. 3 Pós-graduando (Mestrado) Agroecologia, Universidade Estadual do Maranhão / UEMA, São Luís MA. RESUMO: O teste de germinação é o procedimento oficial para avaliar a capacidade das sementes produzirem plântulas normais em condições ideais, mas nem sempre revela diferenças de desempenho entre lotes de sementes durante o armazenamento ou em campo. O objetivo do presente trabalho foi determinar em laboratório o percentual germinativo das sementes de milho fornecidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA, de uso comercial da região de Imperatriz MA. As análises foram realizadas no Laboratório de Sementes da Universidade Estadual do Maranhão UEMA, localizada na cidade de Imperatriz-MA. Foram utilizadas sementes dos lotes 022, 024 e 028 da safra de 2014/2015. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições de 50 sementes em rolo de papel germitest, totalizando 200 sementes. Os rolos de papel foram colocados em câmara B.O.D. com temperatura controlada de 30ºC. A avaliação da germinação das sementes foi feita através do teste de germinação, onde ocorreu a contagem da germinação após 4 e 7 dias. Considerando germinadas apenas as sementes que apresentaram as estruturas essenciais: sistema radicular (raiz primária), parte aérea (gemas terminais e coleóptilo) para que as plântulas fossem classificadas como normais. Nos testes (Germinação, Primeira contagem da germinação, Emergência de plântulas em casa de vegetação, Índice de velocidade de germinação e Índice de velocidade de emergência) os lotes 022 e 024 obtiveram melhores resultados. E o teste de Massa de mil sementes não houve diferença significativa entre os lotes. Palavras-chave: Potencial. Qualidade fisiológica. Zea mays L. GERMINATION TEST IN CORN SEEDS BUSINESS IN THE REGION OF IMPERATRIZ - MA ABSTRACT: Germination testing is the official procedure to evaluate the ability of seedlings to produce normal seedlings under optimal conditions, but does not always reveal differences in performance between seed lots during storage or in the field. The objective of the present study was to determine in the laboratory the germination percentage of corn seeds supplied by the Brazilian Agricultural Research Corporation - EMBRAPA, for commercial use in the region of Imperatriz - MA. The analyzes were carried out at the Seed Laboratory of the State University of Maranhão - UEMA, located in the city of Imperatriz- MA. Seeds from lots 022, 024 and 028 of the 2014/2015 harvest were used. The 441

experimental design was the completely randomized design, with 4 replicates of 50 seeds in a germitest paper roll, totaling 200 seeds. The rolls of paper were placed in chamber B.O.D. With controlled temperature of 30ºC. The evaluation of germination of the seeds was done through the germination test, where the germination count occurred after 4 and 7 days. Considering germinated only the seeds that presented the essential structures: root system (primary root), aerial part (terminal buds and coleoptile) so that the seedlings were classified as normal. In the tests (Germination, First germination count, Greenhouse seedling emergence, Germination speed index and Emergency speed index) lots 022 and 024 obtained better results. And the mass test of one thousand seeds did not have significant difference between the lots. Key words: Potential. Physiological quality. Zea mays L. INTRODUÇÃO O milho domesticado (Zea mays L.) pertence ao gênero Zea, o qual inclui outras quatro espécies de gramíneas perenes e anuais, conhecidas, coletivamente, como Teosinte (Zea ssp.) e tem origem mesoamericana (EMBRAPA, 2011). Sendo a semente considerada o mais importante insumo agrícola, por conduzir ao campo as características genéticas determinantes do desempenho da cultivar e contribuindo decisivamente para o sucesso do estabelecimento da cultura, base da produção rentável fazse necessário a obtenção de sementes de alta qualidade fisiológica para que se obtenha alta produtividade e rentabilidade (MARCOS FILHO, 2005). O teste de germinação é o parâmetro oficial mais utilizado para avaliar a qualidade fisiológica da semente e, requer para a maioria das espécies, de 7 a 28 dias para obtenção dos resultados, período considerado longo para atender aos interesses comerciais dos produtores de sementes. Os resultados do teste de germinação são utilizados para comparar a qualidade fisiológica de lotes, determinar a taxa de semeadura e servir como parâmetro de comercialização de sementes. Para fins comerciais, a adoção de um procedimento padrão na instalação, condução e avaliação dos testes permite a obtenção de resultados comparáveis entre laboratórios de empresas fornecedoras e compradoras de sementes (ISTA, 2004). Sendo assim, o objetivo do trabalho foi determinar o potencial máximo de germinação de um lote de sementes, sendo que, a porcentagem de germinação realizadas no teste de laboratório correspondesse à proporção do número de sementes que produzissem plântulas classificadas como normais. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Laboratório de Sementes do curso de Agronomia do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz da Universidade Estadual do Maranhão. Foram utilizadas sementes de milho (Zea mays L.), cultivar BR 5011, variedade Sertanejo, de 442

categoria básica, safra 2014/2015 da EMBRAPA, de uso comercial na região de Imperatriz MA. As sementes dos lotes IMP 022/14, IMP 024/14, IMP 028/14. Os testes de germinação das sementes foram conduzidos em papel germitest umedecidos na proporção de 2,5 vezes a massa (g) seca do substrato, em quatro repetições de 50 sementes. Os rolos de papel foram mantidos em um germinador tipo B.O.D. (Biochemical. Oxigen Demand) a uma temperatura de 30. As contagens de germinação foram realizadas aos quatro e sete dias após a instalação do teste, seguindo os critérios estabelecidos na Regra Para Análise de Sementes (BRASIL, 2009), até seu encerramento, que ocorreram em sete dias. Consideradas germinadas as sementes que originaram plântulas normais, com todas as estruturas essenciais, demonstrando, assim, sua aptidão para produzirem plantas normais sob condições favoráveis de campo. O peso de 1000 sementes, determinado conforme Brasil (2009), por meio da pesagem de oito amostras de 100 sementes para cada uma das quatro repetições por lote. Emergência de plântulas em campo conduzido em bandejas plásticas com areia, utilizando duas replicatas de 50 sementes distribuídas em sulcos com 2 cm de profundidade e distantes 2 cm entre si. O substrato foi umedecido sempre que necessário e a avaliação final das plântulas foi realizada até a estabilização da emergência das plântulas Velocidade de germinação e de emergência - o índice de velocidade de germinação (IVG) foi realizado juntamente com o teste padrão de germinação, efetuando-se contagens diárias das plântulas normais dos quatro aos sete dias após a semeadura. A velocidade de emergência (IVE) foi realizada junto com a emergência de plântulas em campo, anotandose, diariamente, até o final (dez dias) as plântulas com o coleóptilo acima da superfície do solo. O índice de velocidade de germinação e emergência foi calculado empregando-se a fórmula proposta por Maguire (1962). Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Depois de realizadas as contagens, nos respectivos quarto e sétimo dia, as sementes utilizadas no 1º experimento foram consideradas como não germinadas. Classificadas como sementes duras. Segundo a Regra Para Análise de Sementes (BRASIL, 2009) são sementes que permanecem sem absorver água por um período mais longo que o normal e se apresentam, portanto, no final do teste com aspecto de sementes recém-colocadas no substrato, isto é, não intumescidas. O 2º experimento foi realizado também as contagens no quarto e sétimo dia, as sementes após permanecerem 24 horas submersas em água, se apresentaram intumescidas 443

durante a montagem do experimento e germinaram apresentando as estruturas essenciais para serem classificadas como plântulas normais. Nos resultados do teste de germinação (Tabela 1), observaram-se diferenças significativas entre as sementes dos 3 (três) lotes, sendo 77% de germinação para o lote 022; resultou em 76% de germinação para o lote 024 e resultou em 61% de germinação para o lote 028. Resultados diferentes foram encontrados por Grzybowski et al. (2015), analisando-se os dados do híbrido 30F35R, observou-se que a germinação dos lotes foram semelhantes e considerados como de alta qualidade (96 a 100% de plântulas normais). De acordo com Baudet (2012), um fator que deve ser levado em consideração na queda significativa da germinação das sementes armazenadas é a deterioração natural das sementes, que é um processo irreversível. Essa deterioração não pode ser evitada, mas pode ser controlada, através do armazenamento adequado, que pode preservar as características genéticas das sementes até que sejam semeadas. O armazenamento de sementes em condições de ambiente controlado permite conservá-las por longos períodos de tempo. Porém, a redução do vigor dependerá do espaço de tempo que as sementes ficarão armazenadas, do tipo de semente e das condições de armazenamento (BAUDET, 2012). Tabela 1. Qualidade fisiológica de sementes de milho da variedade Sertanejo, cultivar BR 5011, safra 2014/2015 da EMBRAPA, avaliadas pelo teste de germinação (GERM), primeira contagem da germinação (PCG), emergência de plântulas em casa de vegetação (EMERG), Índice de velocidade de germinação (IVG), Índice de velocidade de emergência (IVE) e Massa de Mil Sementes (MMS). GERM (%) PCG (%) EMER (%) IVG (%) IVE (%) MMS (g) Lote 022 77 a 73 a 86 a 9,40 a 3, 13 a 346 a Lote 024 76 a 70 a 86 a 9,32 a 3, 00 a 345 a Lote 028 61 b 55 b 70 b 7,15 b 2, 60 b 344,5 a Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente pelo Teste de Tukey (P<0,05). Os lotes 022 e 024 (73% e 70%), com melhor potencial fisiológico pela primeira contagem da germinação com (Tabela 1), e para o lote 028 (55%), constatou-se a menor média de germinação na primeira contagem. As sementes dos lotes 022 e 024 (86% e 86%), pelos resultados do teste de emergência em campo (Tabela 1), foram as mais vigorosas. Nas sementes do lote 028 (70%), observou-se uma acentuada redução na emergência das plântulas em campo, com menor população de plântulas, concordando com resultados obtidos no teste de germinação, cujas sementes com baixa qualidade fisiológica têm um menor desempenho em campo. No teste de emergência de plântulas em campo, as sementes ficam expostas a fatores adversos de clima e solo (LARRÉ et al., 2007), o que permite separar os lotes em diferentes níveis de vigor (OLIVEIRA et al., 2009). 444

Em relação ao índice de velocidade de germinação (Tabela 1), observou-se que os lotes de 022 e 024 são os que apresentaram melhor desempenho fisiológico (9,40% e 9,32%), respectivamente. Enquanto, para o lote 028, verificou-se a menor média (7,15%), sendo os resultados similares aos da primeira contagem da germinação. Alvarenga (2009) afirmou que a semelhança entre os resultados desses testes é explicável, uma vez que o teste de primeira contagem avalia indiretamente a velocidade de germinação. Quanto ao índice de velocidade de emergência classificou as sementes dos lotes 022 e 024 (3,13% e 3,00%), respectivamente como os mais vigorosos e, com baixo vigor o lotes 028 (2,60%). E não houve diferença significativa entre os tratamentos para a massa de 1000 grãos (Tabela 1). CONCLUSÃO O primeiro experimento não apresentou as estruturas essenciais: sistema radicular (raiz primária), parte aérea (gemas terminais e coleóptilo) para que as plântulas fossem classificadas como normais. No entanto, o segundo experimento apresentou as estruturas essenciais para que as plântulas fossem classificadas como normais. Sendo assim, concluiu-se que a água foi o fator limitante da não germinação do primeiro experimento. E o fato das sementes do segundo experimento passarem por um período de embebição com duração de 24 horas, mostrou que devido os lotes das sementes se encontrarem armazenados, houve perda de umidade, mas não ocorrendo perda de potencial germinativo. Nos testes (Germinação, Primeira contagem da germinação, Emergência de plântulas em casa de vegetação, Índice de velocidade de germinação e Índice de velocidade de emergência) os lotes 022 e 024 obtiveram melhores resultados. E o teste de Massa de mil sementes não houve diferença significativa entre os lotes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA, R. O. Testes para avaliação do vigor de sementes de milho superdoce. 2009. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2010. BAUDET, L. M. L. Armazenamento de sementes. In: PESKE, S. T.; VILLELA, F. A.; MENEGHELLO, G. E. Sementes: fundamentos científicos e tecnológicos. 3. ed. Pelotas: UFPel, 2012. cap. 3, p.369-418. BRASIL - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Secretaria de Defesa Agropecuária. Regras Para Análise de Sementes. Brasília: MAPA/ACS, 2009. 399 p. 445

CAMPOS, V. C.; TILLMANN, M. A.; Avaliação da Metodologia do Teste de Germinação para Sementes de Tomate. Revista Brasileira de Agrociência, Brasília, v. 3, n. 1, p.37-42, 1997. EMBRAPA. Pré-Melhoramento de Plantas. 1. Ed. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas, 2011. 614p. GRZYBOWSKI, C. R. S.; VIEIRA, R. D.; PANOBIANCO, M. Testes de estresse na avaliação do vigor de sementes de milho. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 46, n. 3, p.590-596, 2015. ISTA - INTERNATIONAL SEED TESTING ASSOCIATION. Germination. In: ISTA. International Rules for Seed Testing. Bassersdorf: ISTA, 2004. p.5.1-5.5; 5A.1-5A.50. LARRÉ, C. F.; ZEPKA, A. P. S.; MORAES, D. M. Testes de germinação e emergência em sementes de maracujá submetidas a envelhecimento acelerado. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p.708-710, 2007. MACHADO, C. F.; OLIVEIRA, J. A.; DAVIDE, A. C.; GUIMARÃES, R. M.; Metodologia para a Condução do Teste de Germinação em Sementes de Ipê-Amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson). Cerne, Lavras, v.8, n. 2, p.17-25, 2002. MAGUIRE, J. D. Speed of germination aid in selection and avaluation for seedling and vigour. Crop Science. Madison: v.2, n.1, p. 176-177, 1962. MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, v. 12, 495 p., 2005. OLIVEIRA, A. C. S.; MARTINS, G. N.; SILVA, R. F.; VIEIRA, H. D. Testes de vigor em sementes baseados no desempenho de plântulas. Inter Cience Place, Campos dos Goytacazes, v. 2, n. 4, p.1-21, 2009. 446