5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS

Documentos relacionados
HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DE PAPEL DE ESCRITÓRIO DESCARTADO COM E SEM PRÉ-TRATAMENTO COM ÁCIDO SULFÚRICO DILUÍDO

PRODUÇÃO DE BIOETANOL DE PAPEL DE ESCRITÓRIO DESCARTADO POR Spathaspora passalidarum HMD 14.2 UTILIZANDO HIDRÓLISE ÁCIDA E ENZIMÁTICA

PRODUÇÃO DE ETANOL DE HIDROLISADO ENZIMÁTICO DE PAPEL DE ESCRITÓRIO DESCARTADO

1. INTRODUÇÃO. J.A.C. CORREIA 1, A.P. BANDEIRA 1, S.P. CABRAL 1, L.R.B.GONÇALVES 1 e M.V.P. ROCHA 1.

PROCESSO SACARIFICAÇÃO

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TIPO DE PRÉ-TRATAMENTO NA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA

EFEITO DE DIFERENTES FORMAS DE PREPARO DO INÓCULO E DE CONCENTRAÇÕES DOS NUTRIENTES NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR Saccharomyces cerevisiae UFPEDA 1238

USO INTEGRAL DA BIOMASSA DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO

PRÉ-TRATAMENTO DE BIOMASSA DE CANA-DE-AÇÚCAR POR MOINHO DE BOLAS EM MEIOS SECO, ÚMIDO E NA PRESENÇA DE ADITIVOS

POTENCIAL FERMENTATIVO DE FRUTAS CARACTERÍSTICAS DO SEMIÁRIDO POTIGUAR

HIDRÓLISE E FERMENTAÇÃO SIMULTÂNEA DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR PRÉ-TRATADO HIDROTERMICAMENTE

AVALIAÇÃO DO BAGAÇO E BIOMASSA DE GENÓTIPOS DE SORGO SACARINO PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

COMPARAÇÃO DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE PRÉ-TRATAMENTO PARA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA BIOMASSA DE JABUTICABA PARA PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ENZIMÁTICO DE ENZIMAS COMERCIAIS NA HIDRÓLISE DE BAGAÇO DE CANA-DE- AÇÚCAR DO RIO GRANDE DO NORTE

Produção de Etanol Via hidrólise. Maria Filomena de Andrade Rodrigues 25/08/2009

PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO POR SACARIFICAÇÃO E FERMENTAÇÃO SIMULTÂNEAS DA BIOMASSA DE PALMA FORRAGEIRA PRÉ-TRATADA EM MEIO ALCALINO

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES PRÉ-TRATAMENTOS PARA DESCONSTRUÇÃO DA BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA

PRODUÇÃO DE BIOETANOL A PARTIR DA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

INFLUÊNCIA DO ph NA PRODUÇÃO DE ETANOL POR Pichia stipiti

ESTUDO CINÉTICO DO PROCESSO SFS EM BIORREATOR PARA PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

Produção de etanol a partir de resíduos celulósicos. II GERA - Workshop de Gestão de Energia e Resíduos na Agroindústria Sucroalcooleira 13/06/2007

UTILIZAÇÃO DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR SUBMETIDO A DIFERENTES PRÉ-TRATAMENTOS VISANDO A PRODUÇÃO DE ETANOL PELO PROCESSO SFS

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE BIOMASSAS NA PRODUÇÃO DE ETANOL LIGNOCELULÓSICO

AVALIAÇÃO DO PRÉ-TRATAMENTO ÁCIDO DO SABUGO DE MILHO VISANDO A PRODUÇÃO DE ETANOL 2G

AVALIAÇÃO DA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DE Brachiaria brizantha UTILIZANDO COMPLEXO ENZIMÁTICO COMERCIAL

AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL À PARTIR DA MANDIOCA

EFEITO DA CARGA DE SÓLIDOS E DE ENZIMAS NA HIDRÓLISE DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR

USO DO CARBONATO DE SÓDIO COMO ALTERNATIVA PARA O PRÉ-TRATAMENTO DO BAGAÇO DE CANA-DE- AÇÚCAR SOB CONDIÇÕES AMENAS DE PRESSÃO E TEMPERATURA

HIDRÓLISE E FERMENTAÇÃO DE ARUNDO DONAX L. PRÉ-TRATADO PARA PRODUÇÃO DE ETANOL 2G.

Aplicações tecnológicas de Celulases no aproveitamento da biomassa

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE GLOBAL E SELEÇÃO DE PARÂMETROS DO MODELO CINÉTICO DE HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR

AVALIAÇÃO DO EFEITO DA CARGA DE SÓLIDOS SOBRE A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR E COMPARAÇÃO ENTRE COMPLEXOS ENZIMÁTICOS COMERCIAIS

Produção de Etanol a partir da forrageira Brachiaria Brizantha cv. Marandu.

ESTUDO DO PRÉ-TRATAMENTO QUÍMICO EM FIBRA DA CASCA DE COCO VERDE PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL 2G

Aspectos da conversão de biomassas vegetais em Etanol 2G. Prof. Dr. Bruno Chaboli Gambarato

AVALIAÇÃO DA HIDRÓLISE DA PALHA E SABUGO DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE ETANOL 2G.

VIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR NA PRODUÇÃO DE ETANOL

INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO INICIAL DE AÇÚCAR NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA DO SUCO DE MELÃO

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DA HIDRÓLISE ÁCIDA DO BAGAÇO DE ABACAXI PARA LIBERAÇÃO DE AÇUCARES FERMENTECÍVEIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA JESSYCA ALINE DA COSTA CORREIA

Produção de Bioetanol a partir de Materiais Lenho-celulósicos de Sorgo Sacarino: Revisão Bibliográfica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA

UTILIZAÇÃO DE HANSENIASPORA SP ISOLADA NO SUCO DO MELÃO NA FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA

COMPARAÇÃO ENTRE PROCESSOS EM SHF E EM SSF DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL POR Saccharomyces cerevisiae

Efeito da adição de fontes de fósforo e nitrogênio na Produção de Proteases por Fermentação semi-sólida da Torta de Canola

OBTENÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE DERIVADOS DO PROCESSAMENTO DO EUCALIPTO PARA PRODUÇÃO DE CELULOSE POR SACARIFICAÇÃO E FERMENTAÇÃO SIMULTÂNEAS

INFLUÊNCIA DOS CONTAMINANTES NO RENDIMENTO FERMENTATIVO NA PRODUÇÃO DO BIOETANOL

TOLERÂNCIA A INIBIDORES E ALTO TEOR DE SÓLIDOS POR LEVEDURAS NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE 2ª GERAÇÃO

Estudo da Fermentação Alcoólica por Saccharomyces cerevisiae, em Meio Semi-sintético sem Esterilização, na Presença de p-hidroxibenzaldeído

Aluna do curso de Graduação em Engenharia Química da UNIJUÍ, bolsista PIBITI/UNIJUÍ, 3

ESTUDO DO PRÉ-TRATAMENTO ÁCIDO DA PALHA DE MILHO PARA OBTENÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO

Estudo da inibição de HMF e furfural na fermentação do hidrolisado de madeira de Eucalyptus urophylla

Uma análise das diferentes fontes de carboidratos para obtenção do bioetanol. Silvio Roberto Andrietta BioContal

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA

ESTUDO DA DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS DO CULTIVO DE MILHO PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO

Desenvolvimento de um processo verde de separação por estireno-divinilbenzeno para eliminar inibidores de fermentação do licor de pré-tratamento ácido

ESTUDO COMPARATIVO DO PRÉ-TRATAMENTO POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO SEGUIDO DE HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DE PALHA DE CANA DE AÇÚCAR E SABUGO DE MILHO

ESTUDO DO PROCESSO DE HIDROLISE DE RESÍDUOS LIGNOCELULÓSICOS DO MILHO PARA PRODUÇÃO DE BIOETANOL

CINÉTICA DO CRESCIMENTO DE LEVEDURAS EM MEIO SINTÉTICO, NA PRESENÇA DE INIBIDORES, USANDO DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FERMENTO

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DE IMPELIDORES NA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

SÍNTESE DE CELULASE POR CULTIVO EM ESTADO SÓLIDO: OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE EXTRAÇÃO

CARACTERIZAÇÃO DE CINZAS, LIGNINA, CELULOSE E HEMICELULOSE EM BAGAÇO DE SORGO E CANA-DE- AÇÚCAR

HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA MICROALGA Chlorella pyrenoidosa

INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES DE CULTIVO NA FERMENTAÇÃO DE XILOSE POR DUAS LINHAGENS DE LEVEDURAS

PRODUÇÃO DE BIOETANOL DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

SELEÇÃO DE LINHAGEM INDUSTRIAL DE

APLICAÇÃO DE COMPLEXO ENZIMÁTICO LIGNOCELULÓSICO PARA A HIDRÓLISE DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

Produção de Etanol Utilizando Mandioca Açucarada e Híbrida

ETANOL CELULÓSICO Obtenção do álcool de madeira

OZONÓLISE NO TRATAMENTO DO BAGAÇO DE CANA DE AÇÚCAR PRA PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO POR HIDRÓLISE ENZIMÁTICA

VIABILIDADE CELULAR DE Pichia stipitis CULTIVADA EM MEIO MÍNIMO E SOBRE A PRESENÇA DE INIBIDORES

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO POR DR - X E FTIR E HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO BAGAÇO DE CANA-DE- AÇÚCAR SUBMETIDO

TÍTULO: ESTUDO DO APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE MANDIOCA MINIMAMENTE PROCESSADA PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL UTILIZANDO A. ORYZAE

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRÉ-TRATAMENTO E HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO RESÍDUO DO PROCESSAMENTO DE GRAVIOLA VISANDO A OBTENÇÃO DE ETANOL 2G

UTILIZAÇÃO DO BAGAÇO DO SISAL (AGAVE SISALANA) PARA PRODUÇÃO DE LICOR ATRAVÉS DE HIDROLISE ENZIMÁTICA.

Pré-tratamento de materiais lignocelulósicos (cont.)

CINÉTICA DA HIDRÓLISE DE BAGAÇO DE CANA EMPREGANDO ENZIMAS PRODUZIDAS POR Myceliophthora thermophila EM CULTIVO SÓLIDO

APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO FATORIAL 2 4 NA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

PRÉ-TRATAMENTO ALCALINO DO BAGAÇO DE CANA-DE- AÇÚCAR SOB CONDIÇÕES AMENAS

RESSALVA. Atendendo solicitação da autora, o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 11/09/2020.

PRODUÇÃO DE ÁCIDO GÁLICO POR FERMENTAÇÃO SUBMERSA UTILIZANDO FERMENTADORINSTRUMENTADO

ISSN: ISSN online: ENGEVISTA, V. 18, n. 2, p , Dezembro UFSCar Universidade Federal de São Carlos 2

Utilização de Membrana de Fibras Ocas na Destoxificação de Hidrolisado Hemicelulósico de Bagaço de Cana-de açúcar visando à Produção de Etanol

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Processo produtivo do etanol de segunda geração usando bagaço de cana-de-açúcar

PRODUÇÃO DE BIOETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO A PARTIR DO HIDROLISADO DO ALBEDO DA LARANJA COMO FONTE DE BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA

Utilização do Glicerol como Fonte de Carbono em Fermentação Submersa

Etanol Lignocelulósico

PRÉ-HIDRÓLISE ÁCIDA DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR E SUA CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA 1 ALAINE PATRÍCIA DA SILVA MORAIS 2 & FERNANDO BROETTO 3

DEGRADAÇÃO DE XILANA E ASSIMILAÇÃO DE PENTOSES POR LEVEDURAS

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: ( X ) Resumo ( ) Relato de Caso

Estudo do pré- tratamento hidrotérmico da palha de milho visando a produção de etanol de segunda geração

S. D. de OLIVEIRA Jr 1, P. F. de SOUZA FILHO 1, G. R. MACEDO 1, E. S. dos SANTOS 1, C. F. ASSIS 2

Transcrição:

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS TÍTULO DO TRABALHO: Avaliação da produção de etanol a partir da fibra do caju pré-tratada em microondas AUTORES: Tigressa Helena Soares Rodrigues, Samuel Quintela Soares Martins, Maria Valderez Ponte Rocha, Luciana Rocha Barros Gonçalves e Gorete Ribeiro de Macedo INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará Este Trabalho foi preparado para apresentação no 5 Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Petróleo e Gás- 5 PDPETRO, realizado pela a Associação Brasileira de P&D em Petróleo e Gás-ABPG, no período de 15 a 22 de outubro de 29, em Fortaleza-CE. Esse Trabalho foi selecionado pelo Comitê Científico do evento para apresentação, seguindo as informações contidas no documento submetido pelo(s) autor(es). O conteúdo do Trabalho, como apresentado, não foi revisado pela ABPG. Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos recebidos. O material conforme, apresentado, não necessariamente reflete as opiniões da Associação Brasileira de P&D em Petróleo e Gás. O(s) autor(es) tem conhecimento e aprovação de que este Trabalho seja publicado nos Anais do 5 PDPETRO.

AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DA FIBRA DO CAJU PRÉ-TRATADA EM MICROONDAS Abstract Nowadays, there is great interest in exploring alternative energy sources to maintain the sustainable growth of society. Cashew apple bagasse, lignocellulosic by-product in Brazil with no commercial value, is obtained from cashew apple process to juice production. In this work, the potential of microwave-assisted alkali pretreatment in order to improve the rupture of the recalcitrant structures of the cashew fiber is studied. Results showed that, after enzymatic hydrolysis, alkali concentration exerted influence on glucose formation, being the best result achieved after pretreatment with 1. mol.l -1 of NaOH (73 ± 8 mg.g -1 CAB-M) when 2% (w/v) of CAB-M was used. On enzymatic hydrolysis step, improvement on solid percentage (16 % w/v) and enzyme loading (3 FPU.g FTP -1 ) increased glucose concentration to 15 g.l -1. The fermentation of hydrolyzate by Saccharomyces cerevesiae resulted in ethanol concentration and productivity of 7.2 g.l -1, and 1.44 g.l -1.h -1, respectively. The results demonstrate that microwave-assisted alkali pretreatment is able to remove recalcitrant structures of CAB and to improve its enzymatic digestibility. Introdução O aumento populacional associado ao consumo crescente de energia, principalmente os derivados do petróleo, que por sua vez não são de fontes renováveis, tem impulsionado pesquisas na busca por fontes alternativas de energia que atenda a grande demanda por combustíveis. Associado ao problema da demanda, questões ambientais estão envolvidas no uso em demasia de combustíveis de origem fóssil. Nesse sentido, a conversão de biomassa lignocelulósica em biocombustíveis, especialmente o etanol, vem sendo avaliada como rota promissora de bioenergia (Cardona Alzate e Sánchez Toro, 26; Sun e Cheng, 22; Zhu et al., 26). Os materiais lignocelulósicos representam a maior porcentagem de biomassa de baixo custo existente, abrangendo resíduos de origem doméstica, agricultora e industrial, permitindo a obtenção de um combustível de valor agregado e a reutilização de um rejeito (Cardona Alzate e Sánchez Toro, 26; Hu e Wen, 28). As agroindústrias no Nordeste brasileiro representam papel sócio-econômico relevante na economia regional, em especial a agroindústria do caju, sendo o estado do Ceará o maior produtor de caju, seguido dos estados Rio Grande do Norte e Piauí. O beneficiamento do caju tem por principal finalidade a produção de castanha, um produto tipo exportação de grande valor no mercado externo. O mercado interno e externo do beneficiamento da castanha em 24, foi de aproximadamente 232. toneladas, representada pela movimentação de 147,2 milhões de dólares em exportações de amêndoas, milhares de empregos, diretos e indiretos, em todas as atividades dos segmentos produção, industrialização e comercialização da cadeia agroindustrial. No momento do descastanhamento, grande parte do pedúnculo, cerca de 9%, é desperdiçada sendo grande parte perdida ainda no campo. No processamento do pedúnculo do caju para produção de bebidas, principal aplicação do pseudofruto, 4% (m/m) de bagaço são obtidos, que por sua vez não possuem valor comercial podendo ser adquirido por R$,25/Kg (Paiva et. al., 22; Assunção e Mercadante, 23; Ferreira et al., 24; Matias et al., 25; Rodrigues et al., 27). Nesse contexto, a fibra do caju se enquadra como fonte lignocelulósica alternativa abundante e de baixo custo para obtenção de açúcares fermentescíveis e sua subseqüente conversão em etanol.

Atualmente, uma diversidade de pré-tratamentos tem sido avaliada na remoção de açúcares de lignocelulósicos, destacando-se pré-tratamento com ácido diluído e concentrado em simples e duplo estágio, alcalino, SO 2, amônia e peróxido de hidrogênio (Saha, 23). Em relação ao pré-tratamento em microondas, trata-se de um método alternativo e de eficiência reconhecida na geração de calor por radiação, além de fácil operação (Zhu et al., 25). Estudos relatam que a radiação proveniente das microondas é capaz de alterar a estrutura da parede celular dos vegetais gerando calor interpartículas, contribuindo para uma maior ruptura das estruturas recalcitrantes da lignocelulose, degradando a lignina e parte das hemiceluloses, elevando a acessibilidade enzimática durante a hidrólise (Hu e Wen, 28; Xiong et al., 2; Zhu et al., 25). Contudo, avaliou-se nesse trabalho o pré-tratamento álcali combinado com microondas no pré-tratamento do bagaço de caju na geração de açúcares fermentescíveis através da hidrólise enzimática da fibra e subseqüente fermentação do líquido em etanol por Saccharomyces cerevisiae. Metodologia Materia-príma lignocelulósica O bagaço de caju foi o substrato lignocelulósico utilizado neste estudo, gentilmente cedido pela Indústria de Processamento de Sucos do Brasil situada no Ceará, Brasil. O bagaço de caju foi lavado com água corrente para retirada de impurezas, seco a 5 C, triturado e estocado até seu uso. Após peneiramento do material, as partículas que ficaram retidas entre as peneiras de mesh 18-8 foram utilizadas como matéria-prima para a realização dos experimentos. Pré-tratamento da fibra com microondas O pré-tratamento da fibra do caju foi realizado em um aparelho de microondas de uso doméstico modelo LG MS/114 ML de 2,45 GHz freqüência e 127W de potência. Antes do pré-tratamento a fibra foi imersa em soluções de NaOH (,2;,4;,6 e 1, mol.l -1 ). Em seguida, o material foi posto no microondas, sendo a potência e o tempo ajustados para 6 W e 15 minutos, respectivamente. Após o pré-tratamento, o ph do material foi neutralizado por lavagens com água destilada. Depois foi seco a 5 C para retirada de umidade e estocado até seu uso. Hidrólise enzimática A hidrólise enzimática do bagaço de caju pré-tratado com extrato enzimático comercial, Celluclast 1.5 L (Novozyme, Bagsvaerd, Denmark), foi realizada em triplicata sob agitação de 15 rpm, em erlenmeyers de 25 ml a 45 C por 72 horas. A concentração de sólidos estudada foi de 2 e 16% (m/v) e atividade enzimática de 15 e 3 FPU/g. A solução enzimática foi preparada em tampão citrato 5 mm e ph 5,. A atividade do complexo enzimático foi expressa em unidades de papel de filtro (FPU) por ml do complexo (Ghose, 1987). A atividade da Celluclast 1.5 L obtida foi de 134,63 FPU/mL. Fermentação Inicialmente, a cultura pura de Saccharomyces cerevisiae foi isolada de uma levedura comercial no Laboratório de Bioengenharia da Universidade Federal do Ceará. Para a obtenção do inóculo, o microrganismo foi inicialmente ativado em meio ágar sabouraud da empresa Biolife e incubado a 3 C por 48h. Em seguida, transferiu-se a cultura para um erlenmeyer de 25 ml contendo ml de meio constituído por: 3 g.l -1 de glicose, 5 g.l -1 de extrato de levedura; g.l -1 de (NH 4 ) 2 SO 4 ; 4,5 g.l -1 de KH 2 PO 4 ; 1 g.l -1 de MgSO 4.7H 2 O e,65 g.l -1 de ZnSO 4. A cultura foi mantida a 3 C por 24h e, em seguida, centrifugada a rpm por 15 min para se obter a biomassa inicial do ensaio fermentativo. A fermentação foi conduzida em erlenmeyers de 25 ml com 5 ml de meio em um

agitador rotativo shaker a 3 C e 15 rpm. A concentração inicial de microrganismo inoculado no meio de cultura foi g.l -1. O hidrolisado do pré-tratamento foi utilizado como meio de cultivo sem suplementação de fonte de nitrogênio. Amostras foram coletadas em intervalos de tempo pré-definidos e submetidas à análise. Métodos analíticos A concentração celular foi determinada através da análise da massa seca (Atala et al., 21). Amostras do meio de cultura foram coletadas e centrifugadas a 6 rpm por 15 min. O precipitado foi seco a 5 C em estufa até peso constante. O sobrenadante foi utilizado para análise de carboidratos. A concentração de carboidratos (celobiose e glicose) e etanol foram medidas através de cromatografia líquida de alta eficiência (em inglês, HPLC), utilizando um sistema de HPLC (Waters, Milford, MA, E.U.A.) equipado com um detector de índice de refração Waters 2414 e com uma coluna Aminex HPX 87H (Bio-Rad, Hercules, CA, USA). Solução de H 2 SO 4 a 5 mmol.l -1 em Água MiliQ (Simplicity 185, Millipore, Billerica, MA) foi utilizado como fase móvel na taxa de,5 ml.min -1 a 65 C. A conversão de açúcares foi definida em termos de mg do carboidrato por g de fibra pré-tratada, (mg.g -1 FPT ). Resultados e Discussão Influência da variação da concentração do álcali no pré-tratamento seguido de hidrólise enzimática Diferentes concentrações de hidróxido de sódio (NaOH) foram testadas para avaliação do potencial do uso de microondas no pré-tratamento da fibra do caju seguido de sua hidrólise enzimática (Figuras 1 e 2). Recentemente, alguns trabalhos nessa área estão sendo desenvolvidos pela capacidade da radiação romper as estruturas mais recalcitrantes da matéria lignocelulósica além da solubilização da lignina e degradação parcial da hemicelulose devido ao álcali (Rocha et al., 29; Zhu et al., 25, 26; Hu e Wen, 28). As Figuras 1 e 2 apresentam os resultados após a hidrólise enzimática, concentrações de glicose e celobiose, respectivamente. Vale ressaltar que as condições da hidrólise enzimáticas estudadas nesse trabalho são citadas por outros autores como as melhores condições de atividade enzimática para Celluclast 1.5L (Öhgren et al., 26; Rocha 29; Vásquez et al., 27). Na Figura 1, os melhores resultados para concentração de glicose foram obtidos quando se utilizou concentrações de NaOH de,2 e 1, mol.l -1. No trabalho de Hu e Wen (28), os autores testaram as mesmas concentrações de NaOH, exceto 1, mol.l -1, utilizando uma erva nativa do norte dos EUA como matéria-prima lignocelulósica. Neste trabalho, os rendimentos de glicose foram crescentes até a utilização de,2 mol.l -1 de NaOH. A partir deste valor, o acréscimo na concentração do álcali não influenciou no rendimento de glicose. No trabalho de Rocha et al. (29), os autores realizaram prétratamento da fibra do caju com ácido sulfúrico diluído, no qual a concentração de glicose obtida foi de 47 mg.g FPT -1, valor inferior aos resultados obtidos neste trabalho, 76,4 e 72,9 mg.g FPT -1, respectivamente, utilizando,2 e 1, mol.l -1 de NaOH, o que eleva o potencial do microondas no prétratamento de lignocelulósicos. Na Figura 2, são mostrados os resultados da concentração de celobiose presente no hidrolisado durante o processo. Na concentração de,6 mol.l -1 (dados não apresentados) identificou-se concentrações de celobiose abaixo de 9,5 mg.g FPT -1 somente em 72 horas de hidrólise em todos os ensaios realizados em triplicata, desconhecendo-se os motivos que levaram a esse resultado. Em relação ao controle (, mol.l -1 de NaOH), a concentração de celobiose decresceu pela ação enzimática de α-glucosidase, enzima presente no complexo enzimático Celluclast 1.5L, que é capaz de converter moléculas de

celobiose em glicose. Acredita-se que sua ação foi lenta com o decorrer do tempo pela dificuldade de acesso da enzima ao substrato (fibra de caju) uma vez que a maior parte da lignina continuava presente, pois a função do NaOH no pré-tratamento é solubilizá-la. Observa-se que a concentração de celobiose é crescente e máxima quando a concentração de NaOH utilizada foi de 1, mol.l -1. Celobiose é um produto da ruptura da cadeia de celulose assim como glicose, entretanto sua presença no hidrolisado pode acarretar na inibição enzimática da celulase. Com isso, acredita-se que o acréscimo dos níveis de celobiose no decorrer da hidrólise tenha influenciado nos teores de glicose obtidos. Contudo, a presença de quantidades suficientes de α glucosidase e, conseqüentemente de elevadas quantidades do complexo enzimático, são necessárias para obtenção de elevados rendimentos de glicose das lignoceluloses (Lynd et al., 22; Rocha et al., 29). Concentração de glicose (mg.g FPT -1 ) 9 8 7 6 5 4 3 2, mol.l -1 NaOH,2 mol.l -1 NaOH,4 mol.l -1 NaOH,6 mol.l -1 NaOH 1, mol.l -1 NaOH 24 48 72 Tempo de Hidrólise (h) Concentração de celobiose (mg.g FPT -1 ) 6 5 4 3 2, mol.l -1 NaOH,2 mol.l -1 NaOH,4 mol.l -1 NaOH 1, mol.l -1 NaOH 24 48 72 Tempo de Hidrólise (h) Figura 1. Influência da variação da concentração de NaOH na obtenção de glicose após hidrólise enzimática (15 FPU.g FPT -1, 45 C e 15 rpm) da fibra pré-tratada em microondas a 6 W durante 15 minutos. Figura 2. Influência da variação da concentração de NaOH na obtenção de celobiose após hidrólise enzimática (15 FPU.g FPT -1, 45 C e 15 rpm) da fibra prétratada em microondas a 6 W durante 15 minutos. De acordo com os resultados obtidos, as próximas etapas foram realizadas visando o acréscimo na produção de açúcares. Para tanto, estudou-se acréscimo na concentração de sólidos (16% m/v) e atividade enzimática (3 FPU/g) na hidrólise enzimática da fibra de caju. As condições de prétratamento foram fixadas em 1, mol.l -1 de NaOH, 6 W de potência por 15 minutos. Influência da concentração de sólidos e atividade enzimática na hidrólise enzimática A Figura 3 apresenta os efeitos da concentração de sólidos (2 e 16% m/v) na concentração de açúcares obtidos após hidrólise enzimática da fibra pré-tratada. Observa-se que a máxima conversão em glicose (54 mg.g FPT -1 ) obtida em 16% m/v foi inferior em relação a hidrólise com 2% m/v (72,9 mg.g FPT -1 ). Entretanto, os respectivos dados em termos de concentração de glicose foram de 8,8 g.l -1 para 16% m/v e 1,5 g.l -1 para 2% m/v. Nos estudos de Tengborg et al. (21), uma leve redução na conversão da celulose pelo aumento na concentração de sólidos de resíduos de madeira pré-tratado por vapor foi observada numa faixa de 2-5 % m/v. Contudo, isso foi mais acentuado após acréscimo na concentração de sólidos para % m/v, porém a concentração final de glicose dobrou de valor. Vásquez et al. (27) avaliou alguns fatores como temperatura, carga enzimática e porcentagem de sólidos na conversão de celulose de bagaço de

cana-de-açúcar. Em geral, a negativa influência da porcentagem de sólidos é atribuída à inibição enzimática provocada pelo aumento na concentração de glicose durante a hidrólise enzimática. No entanto, avaliando o objetivo final, a fermentação do hidrolisado, elevadas concentrações de açúcares são necessárias para produção de etanol, o que é alcançado ao se trabalhar com elevadas concentrações de biomassa pré-tratada. Para tanto, visando o aumento na concentração de glicose no hidrolisado para subseqüente etapa de fermentação, aumentou-se a carga enzimática de celulase para 3 FPU.g FPT -1. Na Figura 4 encontram-se os dados referentes à influência do acréscimo da atividade enzimática na fibra de caju a 16% (m/v). A máxima concentração de glicose (15 g.l -1 ou 98 ± 8 mg.g FPT -1 ) foi obtida após 72 h de hidrólise enzimática a 3 FPU.g FPT -1. Resultados similares foram obtidos por Rocha et al. (29) após hidrólise enzimática da fibra do caju pré-tratada com ácido sulfúrico diluído. Os autores obtiveram 19 g.l -1 de glicose utilizando 16% (m/v) de fibra pré-tratada e 3 FPU.g FPT -1. 12 2% (m/v) 16% (m/v) 18 16 15 FPU/g 3 FPU/g Concentração de glicose (g.l -1 ) 8 6 4 2 Concentração de glicose (g.l -1 ) 14 12 8 6 4 2 24 48 72 Tempo de hidrólise (h) 24 48 72 Tempo de hidrólise (h) Figura 3. Concentração de glicose após hidrólise enzimática (15 FPU.g FPT -1, 45 C e 15 rpm) da fibra de caju pré-tratada em microondas a 1, mol.l -1 de NaOH a 6 W por 15 min. Figura 4. Concentração de glicose após hidrólise enzimática (45 C e 15 rpm) da fibra de caju (16% m/v) pré-tratada em microondas a 1, mol.l -1 de NaOH a 6 W por 15 min. Fermentação dos hidrolisados Pré-tratamento da fibra do caju em microondas combinado com álcali foi avaliado com o objetivo de elevar os níveis de glicose após a etapa de hidrólise enzimática. As condições do pré-tratamento foram fixadas em 1, mol.l -1 de NaOH, 6 W de potência por 15 minutos. A hidrólise enzimática da fibra pré-tratada foi realizada na porcentagem de sólidos de 16 % (m/v), 3 FPU.g FPT -1 a 45 C por 72 h. O hidrolisado obtido foi usado como substrato para produção de etanol por Saccharomyces cerevisiae. A fermentação foi conduzida usando g.l -1 de biomassa inicial da levedura e os perfis de glicose, etanol e biomassa encontram-se na Figura 5. Observa-se que a levedura Saccharomyces cerevisiae foi capaz de crescer, consumir a glicose existente e produzir etanol do hidrolisado obtido da etapa de hidrólise enzimática sem suplementação adicional de nutrientes com o consumo de toda glicose existente no meio de cultura.

14 12 Concentração (g.l -1 ) 8 6 4 2 1 2 3 4 5 6 7 Tempo de fermentação (h) Figura 5. Ensaio fermentativo do hidrolisado obtido após hidrólise enzimática (3 FPU.g FPT -1 ) da fibra de caju (16% m/v) pré-tratada em microondas a 1, mol.l -1 de NaOH a 6 W por 15 min. Glicose ( ), Etanol ( ) e Biomassa ( ) de S. cerevisiae. Fermentação realizada a 3 C e 15 rpm. O hidrolisado inicialmente apresentava concentração inicial de glicose de 14,7 g.l -1 e após 5 horas de fermentação, a concentração de etanol e produtividade obtidas foram 7,2 g.l -1 e 1,44 g.l -1.h -1, respectivamente. Após esse tempo, não se identificou glicose no meio fermentativo. Rendimento em etanol em relação à glicose presente foi de,49 g etanol.g -1 glicose. Zhu et al. (26) avaliou a produção de etanol por palha de trigo pré-tratada com microondas/alkali no processo SSF (sacarificação e fermentação simultâneas). Máxima concentração de etanol (34,3 g.l -1 ) foi obtida após 72 h de fermentação, com produtividade de,48 g.l -1.h -1. Os mesmos autores destacaram que para o processo SSF, o pré-tratamento de palha de trigo em microondas combinado com álcali resultou em maiores produtividades em etanol quando comparado com o pré-tratamento álcali convencional. Em outros estudos, Rocha et al. (29) avaliou pré-tratamento da fibra do caju com ácido sulfúrico diluído e seguido de pré-tratamento alcalino, sendo o material obtido nomeado CAB-H e CAB-OH, respectivamente. A fermentação dos hidrolisados resultaram em concentrações de etanol e produtividade de 8,2 g.l -1 e 2,7 g.l -1.h -1 para CAB-H e 2, g.l -1 e 3,33 g.l -1.h -1 para CAB-OH. Conclusões O pré-tratamento em microondas combinado com álcali da fibra do caju contribuiu para o acréscimo de açúcares na etapa de hidrólise enzimática pela remoção de parte da hemicelulose e lignina contida na fibra. Os parâmetros que proporcionaram maiores rendimentos em glicose foram: concentração do álcali (,2 e 1, mol.l -1 ), porcentagem de sólidos durante a hidrólise enzimática (16 % w/v) e atividade enzimática (3 FPU.g FPT -1 ). Nessas condições, a concentração de glicose obtida foi de 15 g.l -1 (98 mg.g FPT -1 ) após 72 h de hidrólise. A fermentação do hidrolisado obtido por células de S. cerevisiae resultaram na concentração de etanol de 7.2 g.l -1 após 5 h de fermentação, com rendimento de.49 g.g -1 glicose. Contudo, o pré-tratamento em microondas combinado com álcali é uma alternativa na remoção das estruturas recalcitrantes da fibra do caju tornando a celulose mais disponível ao ataque enzimático, sendo os nutrientes do hidrolisado consumidos pela levedura durante a etapa de fermentação, obtendo-se etanol. Agradecimentos

Os autores agradecem a ANP, Banco do Nordeste, Capes, CNPq e Novozymes pelo suporte técnico e financeiro neste estudo. Referências Bibliográficas Alzate, C. A. C., Toro, O. J. S. Energy consumption analysis of integrated flowsheets for production of fuel ethanol from lignocellulosic biomass, Energy, v. 31, p. 2447-2459, 26. Assunção, R. B. e Mercadante, A. Z., Carotenoids and ascorbic acid composition from commercial products of cashew apple (Anacardium occidentale L.), Journal of Food Composition and Analysis, v. 16, n. 6, p. 647 657, 23. Atala D.I.P., Costa A. C, Maciel R., Kinetics of ethanol fermentation with high biomass concentration considering the effect of temperature, Applied Biochemistry and Biotechnology v. 91, n. 3, p. 353-365, 21. Ferreira, A. C. H., Neiva, J. N. M., Rodríguez, N. M., Lobo, R. N. B. e Vasconcelos, V. R., Valor nutritivo das silagens de capim-elefante com diferentes níveis de subprodutos da indústria do suco de caju, Revista Brasileira de Zootecnia, v. 33, n. 6, p.138-1385, 24. Ghose T. K., Measurement of cellulose activities (recommendation of commission on biotechnology IUPAC), Pure Applied Chemistry, v. 59, p.257-268, 1987. Lynd, L. R., Weimer, P. J., Van Zyl, W. H., e Pretorious, I. S., Microbial cellulose utilization: fundamentals and biotechnology. Microbiol. Mol. Biol. Rev., v. 66, n. 3, p.56-577, 22. Matias, M. F. O., Oliveira, E. L., Gertrudes, E. e Magalhães, M. M. A., Use of fibres obtained from the cashew (Anacardium occidentale, L.) and guava (Psidium guayava) fruits for enrichment of food products, Brazilian Archives of Biology Technology, v. 48, p. 143-15, 25. Öhgren K., Bengtsson O., Gorwa-Grauslund M. F., Galbe M., Hahn-Hägerdal B. e Zacchi G., Simultaneous saccharification and co-fermentation of glucose and xylose in steam-pretreated corn stover at high fiber content with Saccharomyces cerevisiae TMB34, Journal of Biotechnology, v. 126, p. 488 498, 26. Paiva, J.R., Cardoso, J.E., Barros, L. de M., Crisóstomo, J.R., Cavalcanti, J.J.V. e Alencar, E.S., Clone de cajueiro-anão precoce BRS 226 ou Planalto: nova alternativa para o plantio na região semi-árida do Nordeste. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 22. 4p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado Técnico, 78). Rocha, M. V. P., Rodrigues, T. H. S., Macedo, G.R., Gonçalves, L. R. B., Enzymatic Hydrolysis and Fermentation of Pretreated Cashew Apple Bagasse with Diluted Sulfuric Acid for Bioethanol Production, Applied Biochemistry and Biotechnology, v. 155, p. 47 417, DOI:.7/s12-8- 8432-8, 29. Rodrigues, T. H. S., Dantas, M. A. A., Pinto, G. A. S. e Goncalves, L. R. B., Tannase Production by Solid State Fermentation of Cashew Apple Bagasse. Applied Biochemistry and Biotechnology, v.136, p. 675 688, 27. Saha, B. C., Hemicellulose Bioconversion, J. Ind. Microbiol. Biotechnol., v. 3, p. 279-291, 23 Sun, Y., Cheng J., Hydrolysis of lignocellulosic materials for ethanol production: a review, Bioresource Technology, v. 83, p. 1-11, 22.

Tengborg, C., Galbe M., Zacchi G., Influence of Enzyme Loading and Physical Parameters on the Enzymatic Hydrolysis of Steam-Pretreated Softwood, Biotechnol. Prog., v. 17, p. 1-117, 21. Vásquez, M. P., Silva, J. N. C., Souza Jr., M. B., e Pereira Jr., N., Enzymatic hydrolysis optimization to ethanol production by simultaneous saccharification and fermentation, Applied Biochemistry and Biotechnology, v. 136, p. 141-154, 27. Xiong, J., Ye, J., Liang, W.Z. e Fan, P.M., Influence of microwave on the ultrastructure of cellulose I., Journal Source of China University Technology, v. 28, n. 3, p. 84-89, 28. Hu Z.N. e Wen Z.Y., Enhacing enzymatic digestibility of switchgrass by microwave-assisted alkali pretreatment, Biochemical Engineering Journal, v.38, p.369-378, 28. Zhu S.D., Wu Y.X., Yu Z.N, Liao J.T. e Zhang Y., Pretreatment by microwave/alkali of rice straw and its enzymic hydrolysis, Process Biochemistry, v. 4, p. 382-386, 25. Zhu S.D., Wu Y.X., Yu Z.N., Zhang X.; Wang C.W., Yu F.Q., Jin S.W., Production of ethanol from microwave-assisted alkali pretreated wheat straw, Process Biochemistry, v. 41, p. 869-873, 26.