ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2015

Documentos relacionados
ESTUDO TÉCNICO N.º 18/2016

ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015

ESTUDO TÉCNICO N.º 10/2012

ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2014

ESTUDO TÉCNICO N.º 02/ 2012

ESTUDO TÉCNICO N.º 09/2015

ESTUDO TÉCNICO N.º 23/2014

ESTUDO TÉCNICO N.º 05/ 2012

ESTUDO TÉCNICO N.º 14/2016

Trabalho Infantil e Trabalho Infantil Doméstico no Brasil

ESTUDO TÉCNICO N.º 06/ 2012

A CONSTRUÇÃO DO MAPA DA POBREZA E DO MAPA DE OPORTUNIDADES E DE SERVIÇOS PÚBLICOS

ESTUDO TÉCNICO N.º 05/2013

Pobreza, Desigualdade e Mudança Social: o legado da Estratégia Brasileira de Desenvolvimento Inclusivo. Paulo Jannuzzi (SAGI-MDS)

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de de maio de 2018

ESTUDO TÉCNICO N.º 03/2012

ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2016

ESTUDO TÉCNICO N.º 05/2011

ESTUDO TÉCNICO N.º 17/2016

IBGE divulga a Síntese de Indicadores Sociais Publicação traz dados sobre trabalho, rendimento, condições de moradia, pobreza e educação

3 Base de Dados. 3.1 Descrição

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua. Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2017

Contabilizando para o Cidadão

Diretoria de Pesquisas - DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS Gerência de Indicadores Sociais - GEISO 17/12/2014

Empoderando vidas. Fortalecendo nações.

F.18 Cobertura de esgotamento sanitário

ESTATÍSTICAS SOBRE O USO DAS TIC NO BRASIL: A EXPERIÊNCIA DO IBGE

ESTUDO TÉCNICO N.º 19/2014

ANUÁRIO DO TRABALHO. e 2 O O 7

Empoderando vidas. Fortalecendo nações.

TRABALHO DECENTE E JUVENTUDE NO BRASIL. Julho de 2009

PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RIO GRANDE DO NORTE

Analfabetismo no Brasil: Tendências, Perfil e Efetividade dos Programas de Alfabetização de Adultos. Reynaldo Fernandes. Inep/MEC e FEA-RP/USP

Propriedades e Tipos de Indicadores de Políticas Públicas. Propriedade de Indicadores 5/12/2013. Prof. Júlio Andrade

Estatísticas sobre Analfabetismo no Brasil

FNPETI FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL. Cenário do Trabalho Infantil Dados PNAD 2014

Alfabetização. Censo Demográfico 2010 Características da população e dos domicílios Resultados do universo

FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS.

Investimentos em Saneamento Básico no Brasil

Ano I Nº 6 Março de 2005 Trabalho e renda da mulher na família

ESTUDO TÉCNICO N.º 04/ 2015

Caracterização do território

1. Porcentagem de estudantes com aprendizado adequado em Língua Portuguesa e Matemática nível Brasil, Unidades da Federação e Municípios

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RIO GRANDE DO NORTE. Relatório 2: O Mercado de Trabalho Formal no Rio Grande do Norte

TERRITORIAL. Desigualdade homem-mulher aumenta com Temer

CAEN-UFC RELATÓRIO DE PESQUISA Nº 02

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua Mercado de Trabalho Brasileiro 3º trimestre de 2017

Informações demográficas e socioeconômicas do Rio Grande do Sul

Diagnóstico Socioterritorial

Rio de Janeiro, 18/05/2017. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de 2017

PRIMEIROS RESULTADOS DA ANÁLISE DA LINHA DE BASE DA PESQUISA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

MEDINDO AS DESIGUALDADES EM SAÚDE NO BRASIL: UMA PROPOSTA DE MONITORAMENTO Convênio OPS/IPEA

Caracterização do território

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL:

Demografia e Geomarketing: os impactos do censo 2010

Panorama do Mercado de Trabalho PNAD Contínua. Centro de Políticas Públicas do Insper

Estatísticas do Registro Civil Data 17 / 12 / 2012

Pobreza multidimensional: Um proposta instrumental para desenho e avaliação de políticas para sua superação

REGISTRO ADMINISTRATIVO Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

O TRABALHO INFANTIL NOS PRINCIPAIS GRUPAMENTOS DE ATIVIDADES ECONÔMICAS DO BRASIL 1

PNAD Contínua: 10% da população concentravam quase metade da massa de rendimentos do país em 2017 Editoria: Estatisticas Sociais

XXIII Encontro da Associação Nacional das Instituições de Planejamento, Pesquisa e Estatística

Agenda de combate à pobreza no Brasil e seu efeito sobre as políticas públicas de educação. Roberta Sousa

Determinantes Sociais de Saúde Indicadores socioeconômicos

Caracterização do território

Caracterização do território

EAE Economia do Trabalho II. Prof. Hélio Zylberstajn. Aula 1 Economia do trabalho - Conceitos introdutórios

Caracterização do território

O Desmonte da Previdência Social e as Mulheres. Brasília, 09 de março de 2017

Determinantes Sociais de Saúde Indicadores socioeconômicos

Caracterização do território

25/11/2016 IBGE sala de imprensa notícias PNAD 2015: rendimentos têm queda e desigualdade mantém trajetória de redução

Caracterização do território

ISSN INFORMATIVO MENSAL Ano 1 Número 17 Julho de 2001 APRESENTAÇÃO

Caracterização do território

TRABALHO DE GEOGRAFIA DE RECUPERAÇÃO 2º ANO

Caracterização do território

DESAFIOS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA: A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO 06/2011. Sérgio Haddad

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Definição da Classe Média no Brasil. São Paulo, junho de 2012.

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

TEMPO EM CURSO. Publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho metropolitano brasileiro

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Transcrição:

ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2015 e mães presentes no mercado de trabaho MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA DE AVALIAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO 1

Estudo Técnico Nº 12/2015 e mães presentes no mercado de trabalho Técnico responsável Sandra Regina Cabral de Andrade Revisão Paulo Jannuzzi Estudos Técnicos SAGI é uma publicação da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI) criada para sistematizar notas técnicas, estudos exploratórios, produtos e manuais técnicos, relatórios de consultoria e reflexões analíticas produzidas na secretaria, que tratam de temas de interesse específico do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para subsidiar, direta ou indiretamente, o ciclo de diagnóstico, formulação, monitoramento e avaliação das suas políticas, programas e ações. O principal público a que se destinam os Estudos são os técnicos e gestores das políticas e programas do MDS na esfera federal, estadual e municipal. Nesta perspectiva, são textos técnico-científicos aplicados com escopo e dimensão adequados à sua apropriação ao Ciclo de Políticas, caracterizando-se pela objetividade, foco específico e tempestividade de sua produção. Futuramente, podem vir a se transformar em artigos para publicação na Cadernos de Estudos, Revista Brasileira de Monitoramento e Avaliação (RBMA) ou outra revista técnicacientífica, para alcançar públicos mais abrangentes. Palavras-chave:, mercado de trabalho, indicadores sociais. Unidade Responsável Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação Esplanada dos Ministérios Bloco A Sala 307 CEP: 70.054-906 Brasília DF Fone: 61 2030-1503 Fax: 2030-1504 www.mds.gov.br/sagi Secretário de Avaliação e Gestão da Informação Paulo de Martino Jannuzzi Secretária Adjunta Paula Montagner 2

APRESENTAÇÃO Este estudo técnico apresenta a série histórica dos indicadores de mercado de trabalho das mulheres e mães segundo tipologias de número de filhos, segundo condição de frequência dos mesmos a escola/creche. Interessa trazer evidências do papel da oferta de creches e escola para crianças pequenas e o efeito na inserção de mães no mercado de trabalho. A fonte de dados utilizada foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2001 a 2014. 1. Introdução Nas últimas décadas, presenciamos um aumento das mulheres no mercado de trabalho. Nessa perspectiva é de extrema relevância estudos mais aprofundados sobre essas temáticas e a incorporação de novas variáveis. A partir dos indicadores apresentados no presente estudo, será analisado o perfil de mulheres no mercado de trabalho e assim busca-se compreender se existe diferença significativa entre mães com filhos de 0 a 6 anos e mulheres presentes no mercado de trabalho. E ainda, se existe discrepância entre a população geral feminina e a população 20% mais pobre feminina. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, realiza há 45 anos a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A PNAD realiza uma pesquisa anualmente, exceto nos períodos de Censo, características gerais da população, de educação, trabalho, rendimento e habitação e outras, com periodicidade variável, de acordo com as necessidades de informação para o País. A partir de 2004, a pesquisa abrange a população residente nas unidades domiciliares (domicílios particulares e unidades de habitação em domicílios coletivos) de todas as Unidades da Federação (até 2003 não incluía aquelas localizadas na área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá). O levantamento dessas informações é de extrema relevância e um importante instrumento para formulação, validação e avaliação de políticas orientadas para a melhoria socioeconômica e condições de vida no Brasil. 2. Considerações metodológicas As informações utilizadas para a composição desse trabalho foram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. O trabalho analisa a série histórica reponderada compreendida entre 3

2001 a 2014. A análise de séries temporais permite a observação ao longo de um período, com o intuito de verificar a tendência e assim observar padrões e o comportamento de um determinado fenômeno. O presente estudo busca analisar três indicadores de mercado de trabalho na população geral e na população 20% mais pobre. O primeiro é o nível de ocupação, ou seja, o percentual da população ocupada (feminina) em relação à população total (feminina). O segundo indicador é a taxa de participação ou atividade que significa, percentual da população economicamente ativa (feminina) em relação à população total (feminina). O terceiro e último indicador é a taxa de ocupação, isto é, percentual da população ocupada em relação à população economicamente ativa. O banco de dados da PNAD não contém uma variável que identifique a condição materna da mulher, então foi necessário lançar mão de um procedimento para localizar as mulheres com filhos. Inicialmente, foram selecionadas no banco (PNAD pessoas) indivíduos na seguinte situação: (a) com idade entre 0 a 6 anos e, (b) com mãe viva e, (c) cuja mãe mora no domicílio. Esse subconjunto foi agregado pelas variáveis: (i) número de controle, (ii) número de série e (iii) número de ordem da mãe. Posteriormente, no conjunto agregado, foi realizada a exclusão dos casos duplicados do banco. Ao final, após esses recortes, podemos assumir que o número de ordem da população é igual ao número de ordem da mãe. Para identificar mãe com filhos que estudam e filhos que não estudam, realizou-se a seleção das variáveis: (a) pessoas com idade entre 0 a 6, (b) frequenta escola ou creche, (c) com mãe viva e (d) mãe mora no domicílio. A segunda etapa consistiu na agregação pelas variáveis: (i) número de controle, (ii) número de série e (iii) número de ordem da mãe. Em seguida, no banco agregado realizou-se a exclusão dos casos duplicados. E por último, assumiu-se que o número de ordem da população é igual ao número de ordem da mãe. Essas técnicas permitiram identificar as mães na base de dados da PNAD. O fluxograma 1, apresenta a descrição das etapas expostas anteriormente e o quadro 1 apresenta as variáveis que foram utilizadas. 4

Fluxograma 1 - Fluxograma das etapas para identificar as mães na PNAD Quadro 1 Descrição das variáveis utilizadas para o trabalho Idade Tem mãe viva Mãe mora no domicílio Número de controle Número de série Número de ordem da mãe Número de ordem Sexo Frequenta escola ou creche Peso da pessoa Condição de ocupação Condição de atividade O cálculo de indicadores de mercado de trabalho na população 20% mais pobre foi realizado a partir do quintil de rendimento domiciliar per capita. Os quintis dividem a população em cinco subconjuntos. Cada subconjunto representa 20% da população, sendo que o primeiro corresponde aos 20% mais pobres (1º quintil) e o último 20% mais ricos (5º quintil). 5

3. Análise dos Resultados Esta seção apresenta a análise dos indicadores de mercado de trabalho para a população feminina. O primeiro item descreve os indicadores na população total feminina de 18 a 64 anos e o segundo item a população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos. 3.1 Analise dos indicadores de mercado de trabalho população total feminina de 18 a 64 anos A taxa de atividade/participação feminina (percentual da população economicamente ativa em relação à população total), apresentada na Tabela 1, revela comportamento crescente entre 2001 e 2014, com pequena queda entre 2011 a 2013 em relação ao período de 2005 a 2009, momento de grande dinamismo no mercado de trabalho brasileiro. Ao longo de toda a trajetória, mulheres com crianças na escola/creche apresentam maior participação no mercado de trabalho que as demais. Enquanto que, em 2014, 73% das mães com uma mais crianças na escola/creche estavam participando do mercado de trabalho (como ocupadas ou buscando trabalho); entre aquelas com crianças não matriculadas na escola/creche, pouco mais da metade (54%) estavam ativas. O número de filhos fora da escola parece dificultar ainda maior a inserção da mãe: afinal, entre aquelas com 2 ou mais filhos não matriculadas a taxa de participação é ainda menor (39,5%). Tabela 1 - Taxa de atividade\participação da população feminina de 18 a 64 anos 61,0 62,7 63,3 64,5 65,8 65,8 65,4 65,7 66,4 63,7 63,6 63,7 65,3 57,4 59,5 60,4 62,1 63,2 62,5 63,2 62,6 64,6 61,8 61,1 61,5 63,0 que frequentam creche/escola 70,6 71,4 72,4 73,9 74,7 73,5 74,5 73,2 75,5 72,7 73,5 72,8 73,0 que não frequentam creche/escola 51,9 53,8 55,1 56,0 57,4 56,3 56,2 55,7 57,2 54,0 52,0 52,2 54,3 50,3 52,4 52,4 54,2 55,0 53,8 55,5 53,9 55,7 52,0 50,4 50,9 53,0 que frequentam creche/escola 71,2 68,9 70,2 72,1 73,2 70,8 74,1 69,3 72,6 71,5 73,2 69,2 70,3 que não frequentam creche/escola 44,1 45,8 46,2 47,6 48,6 45,9 46,1 45,5 47,0 41,5 38,7 39,0 39,5 6

Gráfico 1 - Taxa de atividade da população feminina de 18 a 64 anos e com 1 ou mais filhos 75,0 70,6 71,4 72,4 73,9 74,7 73,5 74,5 73,2 75,5 72,7 73,5 72,8 73,0 70,0 65,0 60,0 55,0 50,0 61,0 57,4 62,7 59,5 51,9 53,8 63,3 60,4 55,1 64,5 62,1 56,0 65,8 65,8 65,4 65,7 63,2 57,4 62,5 63,2 62,6 56,3 56,2 55,7 66,4 64,6 57,2 63,7 63,6 63,7 61,8 54,0 61,1 61,5 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 52,0 52,2 65,3 63,0 54,3 Gráfico 2 - Taxa de atividade da população feminina de 18 a 64 anos e com 2 ou mais filhos 80,0 75,0 70,0 65,0 71,2 61,0 68,9 70,2 62,7 63,3 72,1 64,5 73,2 65,8 70,8 65,8 74,1 65,4 69,3 72,6 65,7 66,4 73,2 71,5 69,2 63,7 63,6 63,7 70,3 65,3 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 50,3 44,1 52,4 52,4 45,8 46,2 54,2 55,0 47,6 48,6 53,8 55,5 53,9 45,9 46,1 45,5 55,7 47,0 52,0 41,5 50,4 50,9 53,0 38,7 39,0 39,5 35,0 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 7

O nível de ocupação da população feminina de 18 a 64 anos de idade, segundo presença de filhos e filhos frequentando a escola encontra-se apresentada na tabela 2. Ao longo da série histórica (2001 e 2014), é possível observar que o nível de ocupação de mulheres com filhos que estudam é maior que o nível ocupação de mulheres em geral, e o nível de ocupação de mulheres em geral é maior que entre aquelas que os filhos não estudam. No primeiro ano analisado, o nível de ocupação das mulheres era 54% e no último ano 59,8%. Crescimento similar se pode observar entre os demais tipos de mulheres, com filhos na escola ou não. Tabela 2 - Nível de ocupação da população feminina de 18 a 64 anos 54,0 55,8 55,8 57,3 58,3 58,9 58,6 59,7 59,4 58,2 58,7 58,6 59,8 49,3 50,9 51,0 53,2 53,9 54,0 54,7 55,2 55,3 54,5 54,7 54,8 55,8 que frequentam creche/escola 63,1 64,1 63,7 65,8 66,1 65,3 66,1 66,4 66,6 65,7 67,5 66,3 66,2 que não frequentam creche/escola 43,2 44,5 44,9 46,5 47,5 47,3 47,3 47,7 47,5 46,4 45,3 45,3 46,5 42,8 44,2 44,0 45,6 46,4 45,9 47,2 46,1 46,1 43,8 44,2 44,2 46,5 que frequentam creche/escola 63,9 61,8 62,6 63,0 62,9 61,7 64,0 61,7 61,5 61,5 67,4 60,9 63,2 que não frequentam creche/escola 36,2 36,9 37,3 39,0 41,0 37,8 37,9 37,6 37,0 33,1 32,7 33,3 32,7 70,0 65,0 60,0 55,0 50,0 45,0 Gráfico 3 - Nível de ocupação da população feminina de 18 a 64 anos e com 1 ou mais filhos 63,1 64,1 63,7 55,8 55,8 54,0 49,3 50,9 51,0 43,2 44,5 44,9 65,8 66,1 65,3 66,1 66,4 66,6 67,5 65,7 66,3 66,2 58,3 58,9 58,6 57,3 59,7 59,4 59,8 58,2 58,7 58,6 53,2 53,9 54,0 54,7 55,2 55,3 54,5 54,7 54,8 47,5 46,5 47,3 47,3 47,7 47,5 46,4 45,3 45,3 55,8 46,5 40,0 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 8

65,0 Gráfico 4 - Nível de ocupação da população feminina de 18 a 64 anos e com 2 ou mais filhos 67,4 63,9 61,8 62,6 63,0 62,9 64,0 63,2 61,7 61,7 61,5 61,5 60,9 55,0 45,0 35,0 25,0 57,3 58,3 58,9 58,6 59,7 59,4 58,2 58,7 58,6 59,8 55,8 55,8 54,0 47,2 45,6 46,4 45,9 46,1 46,1 46,5 44,2 44,0 42,8 43,8 44,2 44,2 41,0 39,0 36,2 36,9 37,3 37,8 37,9 37,6 37,0 33,1 32,7 33,3 32,7 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola A taxa de ocupação da população feminina, isto é, percentual da população ocupada em relação à população economicamente ativa, revela comportamento similar até 2012, embora mais volátil, para todos os grupos. Nos dois últimos anos, a perda de dinamismo do mercado de trabalho, acabou por aumentar a taxa de desemprego, com claros reflexos das taxas de ocupação de mães, sobretudo as com maior número de crianças. Tabela 3 - Taxa de ocupação da população feminina de 18 a 64 anos Mães com 1 ou mais filhos de 0 a 6 anos Mães com 1 ou mais filhos de 0 a 6 anos que frequentam creche/escola Mães com 1 ou mais filhos de 0 a 6 anos que não frequentam creche/escola Mães com 2 ou mais filhos de 0 a 6 anos Mães com 2 ou mais filhos de 0 a 6 anos que frequentam creche/escola Mães com 2 ou mais filhos de 0 a 6 anos que não frequentam creche/escola 88,6 89,0 88,2 88,9 88,5 89,5 89,7 90,9 89,4 91,4 92,2 91,9 91,6 85,9 85,7 84,4 85,7 85,3 86,4 86,5 88,1 85,7 88,2 89,5 89,1 88,7 89,4 89,7 88,1 89,1 88,5 88,8 88,7 90,7 88,3 90,3 91,8 91,0 90,7 83,3 82,6 81,5 83,0 82,8 84,0 84,2 85,7 83,0 86,0 87,0 86,7 85,6 85,1 84,3 84,0 84,0 84,4 85,4 85,1 85,6 82,8 84,4 87,7 86,8 87,8 89,7 89,7 89,2 87,3 86,0 87,0 86,4 89,1 84,7 86,0 92,1 88,0 89,9 81,9 80,6 80,8 81,9 84,3 82,3 82,2 82,7 78,7 79,6 84,3 85,3 82,9 9

Gráfico 5 - Taxa de ocupação da população feminina economicamente ativa de 18 a 64 anos e com 1 ou mais filhos 94,0 92,0 90,0 88,0 86,0 84,0 82,0 80,0 89,4 88,6 89,7 89,0 85,9 85,7 83,3 82,6 88,1 88,2 84,4 81,5 89,1 88,9 85,7 88,5 88,5 85,3 83,0 82,8 89,5 89,7 88,8 88,7 86,4 86,5 84,0 84,2 90,9 90,7 88,1 85,7 89,4 88,3 85,7 83,0 92,2 91,4 90,3 91,8 88,2 86,0 89,5 87,0 91,9 91,0 91,6 90,7 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 89,1 86,7 88,7 85,6 Gráfico 6 - Taxa de ocupação da população feminina economicamente ativa de 18 a 64 anos e com 2 ou mais filhos 95,0 90,0 85,0 80,0 75,0 89,7 89,7 90,9 91,4 89,2 89,1 92,1 88,6 89,0 89,5 89,7 88,9 89,4 88,2 87,3 87,7 88,587,0 86,0 86,4 85,1 85,4 85,1 85,6 86,0 84,3 84,0 84,0 84,4 84,7 84,4 81,9 80,6 80,8 81,9 84,3 82,3 82,2 82,7 82,8 78,7 79,6 84,3 92,2 88,0 86,8 85,3 91,9 89,9 91,6 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 87,8 82,9 10

3.2 Análise dos indicadores de mercado de trabalho da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos A próxima tabela apresenta a taxa de atividade da população 20% mais pobre. As taxas de atividade são mais baixas que a média das mulheres, já apresentadas no tópico anterior. Tal como já apontado, as mulheres com crianças na escola/creche apresentam maior participação no mercado de trabalho que as demais e também as maiores variações no período estudado. Ao longo do período há flutuações significativas nas taxas de participação em todos os grupos, mais significativa de 2009 para 2011. Em 2014 as taxas são ligeiramente maiores que a média dos anos 2010, mas inferiores às observadas ao longo dos anos 2000. Tabela 4 - Taxa de atividade/participação da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos 52,60 52,8 54,1 55,1 56,4 54,6 52,5 51,8 53,1 46,6 45,2 46,1 49,1 49,4 49,0 50,8 51,2 51,8 50,3 49,3 47,8 50,0 43,9 41,7 43,0 44,7 que frequentam creche/escola 61,8 57,8 62,4 60,9 62,2 58,5 58,6 56,3 59,7 52,4 51,4 52,3 53,6 que não frequentam creche/escola 45,9 45,8 47,0 47,6 48,7 46,6 45,2 43,8 45,6 39,5 36,8 38,0 39,2 46,1 46,1 46,0 48,5 48,4 47,9 45,9 45,2 46,1 40,0 37,2 37,9 39,6 que frequentam creche/escola 58,1 56,7 55,4 59,8 64,0 57,3 60,5 53,8 60,8 54,8 53,3 52,8 53,3 que não frequentam creche/escola 43,7 42,0 43,3 44,9 45,6 42,5 40,3 41,4 41,0 33,9 30,0 30,0 31,4 Gráfico 7 - Taxa de participação da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos e com 1 ou mais filhos 65,0 61,8 62,4 62,2 60,9 59,7 57,8 58,5 58,6 60,0 56,4 56,3 55,1 54,1 54,6 52,6 52,8 52,5 53,1 53,6 55,0 50,8 51,2 51,8 51,8 52,4 51,4 52,3 49,4 50,3 49,0 48,7 49,3 49,1 50,0 47,0 47,6 47,8 50,0 45,9 45,8 46,6 46,6 45,2 45,6 45,2 46,1 43,8 44,7 45,0 43,9 43,0 41,7 39,5 39,2 40,0 38,0 36,8 35,0 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 11

69,0 64,0 59,0 54,0 49,0 44,0 39,0 34,0 29,0 24,0 Gráfico 8 - Taxa de participação da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos e com 2 ou mais filhos 64,0 59,8 60,5 60,8 58,1 56,7 55,1 56,4 57,3 55,4 52,6 52,8 54,1 54,6 52,5 53,8 54,8 53,3 52,8 53,3 51,8 53,1 48,5 48,4 47,9 49,1 46,1 46,1 46,0 45,9 45,2 46,1 46,6 45,2 46,1 43,7 40,0 39,6 44,9 45,6 37,2 37,9 43,3 42,0 42,5 40,3 41,4 41,0 33,9 30,0 30,0 31,4 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola O indicador analisado a seguir é o nível de ocupação da população 20% mais pobre feminina entre 18 e 64 anos. No período analisado (2001-2014), ocorreu uma diminuição do nível de ocupação em todos os grupos. No primeiro ano, o nível de ocupação das mulheres era 41,7% e no último ano 38%. A maior queda observada foi no grupo de mulheres com mais de 2 filhos que não frequentam creche/escola. Podemos observar ainda que o nível de ocupação de mulheres com filhos que estudam é maior que o nível de ocupação de mulheres em geral. Além disso, o nível de ocupação de mulheres com filhos que não estudam é menor do que o nível de ocupação dos outros grupos. Tabela 5 - Nível de ocupação da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos 41,7 42,3 41,9 42,8 44,0 43,0 41,4 41,3 40,2 35,8 35,7 35,4 38,0 38,0 38,2 38,2 39,3 39,8 39,5 38,3 37,8 36,5 32,6 32,0 32,0 33,2 que frequentam creche/escola 48,1 45,9 48,1 46,8 49,1 46,0 44,6 44,6 44,4 39,5 40,1 38,3 39,9 que não frequentam creche/escola 34,7 35,1 34,4 35,8 36,6 36,0 35,1 34,1 32,1 28,2 27,6 28,3 28,0 36,7 36,5 35,7 38,1 38,5 38,6 36,4 36,4 33,7 29,4 29,2 28,5 30,6 que frequentam creche/escola 47,3 45,0 43,7 45,5 49,3 43,6 46,1 43,7 42,2 35,4 42,9 37,2 38,7 que não frequentam creche/escola 34,5 32,6 33,2 34,7 37,2 34,3 31,8 33,1 28,2 24,0 22,4 22,3 22,1 12

55,0 Gráfico 9 - Nível de ocupação da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos e com 1 ou mais filhos 50,0 45,0 40,0 35,0 48,1 48,1 45,9 41,7 42,3 41,9 38,0 38,2 38,2 34,7 35,1 34,4 46,8 42,8 39,3 35,8 49,1 46,0 44,0 43,0 39,8 39,5 36,6 36,0 44,6 44,6 44,4 41,4 41,3 40,2 38,3 37,8 36,5 35,1 34,1 32,1 39,5 40,1 38,3 35,8 35,7 35,4 32,6 32,0 32,0 39,9 38,0 33,2 30,0 28,2 27,6 28,3 28,0 25,0 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 48,0 43,0 38,0 33,0 28,0 23,0 18,0 Gráfico 10 - Nível de ocupação da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos e com 1 ou mais filhos 49,3 47,3 45,0 45,5 46,1 43,7 43,6 43,7 41,7 42,3 41,9 42,8 44,0 43,0 36,7 38,1 38,5 38,6 36,5 35,7 37,2 34,5 34,7 34,3 32,6 33,2 42,2 42,9 38,7 41,4 41,3 37,2 40,2 35,4 36,4 36,4 38,0 35,8 35,7 35,4 33,7 33,1 31,8 29,4 30,6 29,2 28,5 28,2 24,0 22,4 22,3 22,1 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola A taxa de ocupação da população feminina 20% mais pobre (percentual da população ocupada em relação à população economicamente ativa) exibe um comportamento semelhante 13

à taxa de ocupação das mulheres em geral, com alta volatilidade (embora os efeitos do erro amostral aqui estejam potencializados). As mulheres com mais de 2 filhos que estudam apresentam taxa de ocupação maior que as demais. Como era de se esperar, a oferta de creche e escola para crianças parece ter associação com maiores taxas de ocupação de mulheres mais pobres. Tabela 6 - Taxa de ocupação da população 20% mais pobre feminina de 18 a 64 anos 79,4 80,2 77,5 77,7 78,1 78,8 78,8 79,8 75,8 76,7 79,0 76,9 77,3 76,9 78,1 75,2 76,7 76,9 78,6 77,7 78,9 73,0 74,2 76,9 74,4 74,4 que frequentam creche/escola 77,7 79,4 77,1 76,9 78,9 78,6 76,2 79,3 74,4 75,4 78,0 73,3 74,4 que não frequentam creche/escola 75,6 76,7 73,1 75,1 75,2 77,2 77,5 77,8 70,2 71,4 75,0 74,6 71,6 79,6 79,1 77,7 78,5 79,5 80,6 79,4 80,5 73,1 73,5 78,5 75,0 77,2 que frequentam creche/escola 81,3 79,4 78,9 76,1 77,0 76,1 76,2 81,2 69,4 64,6 80,5 70,3 72,7 que não frequentam creche/escola 78,9 77,5 76,7 77,3 81,5 80,7 78,7 79,8 68,7 70,9 74,8 74,4 70,4 82,0 Gráfico 11 - Taxa de ocupação da população 20% mais pobre feminina economicamente ativa de 18 a 64 anos e com 1 ou mais filhos 80,0 78,0 76,0 74,0 72,0 79,4 77,7 76,9 75,6 80,2 79,4 78,1 76,7 77,5 77,7 77,1 75,2 73,1 76,9 78,9 78,1 76,7 76,9 75,1 75,2 79,8 78,8 78,8 78,6 78,9 79,3 78,6 77,7 76,2 77,8 77,2 75,8 77,5 74,4 73,0 76,7 75,4 74,2 79,0 78,0 76,9 75,0 77,3 76,9 74,6 74,4 74,4 74,4 73,3 70,0 70,2 71,4 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 71,6 14

Gráfico 12 - Taxa de ocupação da população 20% mais pobre feminina economicamente ativa de 18 a 64 anos e com 2 ou mais filhos 83,0 78,0 73,0 81,3 79,6 79,1 80,2 79,4 78,9 79,4 77,5 81,5 78,9 77,7 78,5 79,5 77,5 77,7 78,1 77,3 76,7 77,0 76,1 80,6 79,4 80,7 78,8 78,7 78,8 76,1 76,2 80,5 81,2 79,8 76,7 75,8 73,1 73,5 78,5 80,5 77,2 79,0 75,0 76,9 77,3 74,8 74,4 72,7 68,0 69,4 68,7 70,9 70,3 70,4 63,0 64,6 que frequentam creche/escola que não frequentam creche/escola 4. Considerações finais O propósito do presente estudo foi apresentar os indicadores de mercado de trabalho de mulheres em diferentes contextos e os avanços sociais obtidos nos últimos anos na inserção das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com os dados apresentados, entre 2001 e 2014 ocorreu um aumento das mulheres (população total) no mercado de trabalho: taxa de participação, nível de ocupação e taxa de ocupação. Mas ao analisar as mulheres da população 20% mais pobre no mesmo período, percebe-se uma diminuição em todos os indicadores (taxa de participação, nível de ocupação e taxa de ocupação). E as mulheres 20% mais pobres com dois ou mais filhos que não frequentam creche/escola, além de serem as que estão mais fora do mercado de trabalho, também apresentaram a maior queda nos indicadores. A partir dos resultados apresentados no presente estudo, percebe-se que dentre os grupos analisados (mulheres em geral, mães com filhos de 0 a 6 anos, mães com filhos de 0 a 6 anos que frequentam creche/escola e mães com filhos de 0 a 6 anos que não frequentam creche/escola) aquelas com filhos que estudam estão mais presentes no mercado de trabalho. 15

Isto é as mulheres com 1 ou 2 filhos (0 a 6 anos) e que estudam possuem o maior nível de ocupação, maior taxa de participação e também têm a taxa de ocupação mais alta. Há, pois, forte evidência da importância da disponibilidade de creches para potencializar as chances de mães voltarem ao mercado de trabalho. 16

BIBLIOGRAFIA -95, jan-jul 2011. IBGE; Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios 2011. Revista Técnica IBGE, Rio de Janeiro, vol. 31, 2011. IBGE; Síntese de Indicadores Sociais Uma Análise das Condições de Vida. Estudos & pesquisas Informação Demográfica e Socioeconômica, IBGE, Rio de Janeiro, n. 34, 2014. JANNUZZI, Paulo de Martinho. Indicadores Sociais na formulação e avaliação de Políticas Públicas. 2002. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS [homepage institucional]. [Brasília (DF)]: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; 2013 [acesso em: 2013 Nov 22]. Disponível em: http://www.mds.gov.br/gestaodainformacao/monitoramento. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS [homepage institucional]. [Brasília (DF)]: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; c 2013 Disponível em: http://www.mds.gov.br/gestaodainformacao/monitoramento. [estudos técnicos 07-2013]. [Brasília (DF)]: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; 2012. Disponível em: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/simulacao/estudos_tecnicos/pg_principal?url=lista_ordena_new &ativo=sim. PATRÍCIO, L.O. Fecundidade por regiões e faixas de renda domiciliar per capita nos Censos Demográficos 2000 e 2010. Estudo Técnico SAGI, Brasília, n.6, 2012a. 17