Rumo a um Espaço de Investigação Comum UE-CELAC

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Transcrição:

ASSEMBLEIA PARLAMENTAR EURO-LATINO-AMERICANA RESOLUÇÃO: Rumo a um Espaço de Investigação Comum UE-CELAC com base no relatório da Comissão do Desenvolvimento Sustentável, do Ambiente, da Política Energética, da Investigação, da Inovação e da Tecnologia Correlatores: Juan Pablo García Farinoni (Parlacen, Panamá) José Inácio Faria (Parlamento Europeu, Portugal) Quinta-feira, 20 de setembro de 2018 Viena AT\1164157.docx AP102.347v05-00

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EUROLAT Resolução de 20 de setembro de 2018 Viena com base no relatório da Comissão do Desenvolvimento Sustentável, do Ambiente, da Política Energética, da Investigação, da Inovação e da Tecnologia sobre o tema «Rumo a um espaço de investigação comum UE-CELAC» A Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana, - Tendo em conta o Plano de Ação de Madrid 2010-2012 «Para uma nova fase na parceria birregional: a inovação e a tecnologia ao serviço do desenvolvimento sustentável e da inclusão social», Cimeira UE-ALC, Madrid 2010, - Tendo em conta o Plano de Ação UE-CELAC 2013-2015, I Cimeira UE-CELAC, Santiago do Chile (2013), - Tendo em conta o Plano de Ação UE-CELAC 2015-2017, II Cimeira UE-CELAC, Bruxelas (2015), - Tendo em conta a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, - Tendo em conta a Declaração de Bruxelas «Moldar o nosso futuro comum: trabalhar em conjunto em prol de sociedades prósperas, coesas e sustentáveis para os nossos cidadãos», II Cimeira UE-CELAC, Bruxelas (2015), - Tendo em conta a Declaração do Rio de Janeiro, I Cimeira UE-ALC, Rio de Janeiro (1999), - Tendo em conta a Decisão n.º 1982/2006/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de dezembro de 2006, relativa ao Sétimo Programa-Quadro da Comunidade Europeia de atividades em matéria de investigação, desenvolvimento tecnológico e demonstração (2007-2013), - Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 1291/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2013, que cria o Horizonte 2020 Programa-Quadro de Investigação e Inovação (2014-2020), - Tendo em conta a plataforma de tecnologias BIOTECSUR, iniciativa de cooperação entre a União Europeia e o Mercosul, com o objetivo de promover a consolidação de uma plataforma regional de biotecnologias, e a execução dos programas de apoio ao desenvolvimento das biotecnologias no Mercosul, BIOTECH e BIOTECHII, - Tendo em conta a avaliação intercalar do Programa Horizonte 2020, documento de trabalho dos serviços da Comissão, Bruxelas, 16 de junho de 2017, SWD(2017) 221 final/2, AT\1164157.docx 3/9 AP102.347v05-00

- Tendo em conta o relatório da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu intitulado «Espaço Europeu da Investigação: Tempo para implementação e acompanhamento dos progressos» COM(2017)0035, - Tendo em conta a Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu intitulada «Espaço Europeu da Investigação Relatório Intercalar de 2014» COM(2014)0575, - Tendo em conta o relatório do Grupo de Alto Nível de peritos independentes sobre a maximização do impacto dos programas para a investigação e inovação da UE intitulado «LAB-FAB-APP - Investing in the European future we want» (LAB-FAB- APP Investir no futuro europeu que desejamos), Comissão Europeia, Bruxelas (2017), - Tendo em conta a Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu intitulada «Reforçar e centrar a cooperação internacional no domínio da investigação e da inovação: Uma abordagem estratégica» COM(2012) 497 final, - Tendo em conta o relatório da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu intitulado «Execução da estratégia de cooperação internacional no domínio da investigação e da inovação» COM(2016)657 final, - Tendo em conta o relatório da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu intitulado «Execução da estratégia de cooperação internacional no domínio da investigação e da inovação» SWD(2016) 329 final, - Tendo em conta a publicação da Comissão «Open innovation, open science, open to the world - a vision for Europe» (Inovação aberta, ciência aberta, abertos ao mundo: uma visão para a Europa), 2016, - Tendo em conta o relatório do Índice Global de Inovação (2017) intitulado «Innovation Feeding the World», Cornell INSEAD OMPI, A. Considerando que a criação do Espaço de Investigação Comum assinala o início de uma nova fase de cooperação em matéria de investigação entre a UE e os países da CELAC; B. Considerando que o quadro político se rege por objetivos claros assentes em três pilares: a mobilidade de investigadores, a implantação internacional das infraestruturas de investigação e o aumento da cooperação temática para enfrentar desafios globais; C. Considerando que a Iniciativa Conjunta para a Investigação e a Inovação foi instituída em Madrid, em 2010, com o objetivo de promover o diálogo birregional em matéria de investigação e inovação; D. Considerando que a Reunião de Altos Funcionários (SOM), que reúne representantes da UE e da CELAC, foi criada para assegurar um diálogo birregional regular sobre investigação e inovação, com vista a consolidar a cooperação UE-CELAC ao abrigo da Iniciativa Conjunta para a Investigação e a Inovação, atualizando as prioridades comuns e fomentando a aprendizagem mútua em matéria de políticas; AP102.347v05-00 4/9 AT\1164157.docx

E. Considerando que, por ocasião da Cimeira UE-CELAC, que se realizou em Bruxelas, em junho de 2015, os responsáveis políticos destacaram a importância da cooperação UE-CELAC no domínio da ciência, da tecnologia e da inovação e apelaram a um reforço da cooperação, bem como à criação de um Espaço de Investigação Comum UE-CELAC, face aos resultados positivos obtidos no quadro do Espaço de Conhecimento da UE-CELAC; F. Considerando que o Espaço de Investigação Comum foi oficialmente lançado na 5.ª Reunião de Altos Funcionários (SOM) sobre a Iniciativa Conjunta para a Investigação e Inovação, que se realizou em Bruxelas, em 14 de março de 2016, e que, em 2017, se realizou a 7.ª Reunião na cidade de São Salvador; G. Considerando que a cooperação UE-CELAC no domínio da investigação e da inovação tem sido principalmente financiada pelo Horizonte 2020 que, com cerca de 80 mil milhões de EUR de financiamento disponível num período de sete anos (de 2014 a 2020), é o programa da União mais ambicioso no domínio da investigação e da inovação; H. Considerando que o diálogo e o intercâmbio académico UE-CELAC são apoiados pelas parcerias Alfa, Erasmus + e Erasmus Mundus; I. Considerando que o 8.º Fórum Mundial da Água o maior evento a nível mundial em matéria de água e saneamento terá lugar pela primeira vez no Hemisfério Sul entre 18 e 23 de março de 2018, em Brasília, e tem como tema central a partilha da água; J. Considerando que a primeira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, realizada de 5 a 9 de junho de 2017, em Nova Iorque, aprovou formalmente um apelo político à ação, reconhecendo que o bem-estar das gerações presentes e futuras está intrinsecamente relacionado com a saúde e a produtividade dos oceanos, e que os 193 Estados membros das Nações Unidas concordaram por unanimidade em «agir de forma decisiva e com urgência, convictos de que a nossa ação coletiva produzirá uma diferença significativa para a nossa população, o nosso planeta e a nossa prosperidade»; K. Considerando que o Índice Global de Inovação 2017 intitulado «Innovation Feeding the World», que classifica os resultados da inovação em 127 países e economias em diferentes regiões do mundo com base em 82 indicadores, revela uma disparidade considerável na classificação dos Estados-Membros da UE e dos Estados da CELAC; L. Considerando que entre as conclusões essenciais do referido relatório se inclui a necessidade de criar as condições para um crescimento baseado na inovação, na certeza de que a inovação agrícola pode ajudar a ultrapassar os desafios do abastecimento alimentar, e que, a nível global, é necessária uma maior convergência na inovação, que permita aos países em desenvolvimento aperfeiçoar os seus sistemas de inovação; M. Considerando o início dos recentes acordos sobre investigação e inovação para o Atlântico Sul entre a União Europeia, o Brasil e a África do Sul, que visam compreender e proteger melhor os ecossistemas marinhos e estabelecer as interações entre os oceanos e as alterações climáticas, e que estes acordos poderiam ser alargados a AT\1164157.docx 5/9 AP102.347v05-00

outros Estados da CELAC, para ampliar a colaboração nos domínios da ciência, da tecnologia e da inovação marinha; N. Considerando que estão a ser desenvolvidas iniciativas nacionais com os mesmos objetivos na região latino-americana (iniciativa Pampa Azul, na Argentina, e Amazónia Sul, no Brasil); O. Considerando que, nos últimos vinte anos, dois terços do crescimento económico nos países industrializados são atribuídos à ciência e à inovação; P. Considerando que a investigação, o desenvolvimento e a inovação (I&D&I) são indispensáveis para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), nomeadamente para: erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável; garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades; garantir o acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis, modernas e a preços acessíveis para todos; e conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos, com vista ao desenvolvimento sustentável; Q. Considerando a importância da investigação científica e tecnológica para o desenvolvimento do paradigma bioeconómico tanto nos países da UE como nos países da CELAC; 1. Manifesta convicção de que o Espaço de Investigação Comum deve conduzir a uma melhoria significativa do desempenho em matéria de investigação na UE e nos países da CELAC, com o objetivo final de promover o crescimento e a criação de emprego; considera que, para alcançar esta meta, a cooperação em matéria de investigação deve centrar-se ainda mais no fomento da investigação e da inovação orientadas para o mercado, da transferência de tecnologia e da cocriação; 2. Sublinha que o reforço da complementaridade do investimento e das metas da política ambiental cria tanto desafios como oportunidades para os governos e atrai investimento privado para a economia verde e azul no domínio da bioeconomia; observa que diálogo entre os setores público e privado, a inclusão das partes interessadas e as parcerias estratégicas com os doadores, os conhecimentos técnicos especializados, o setor privado e os clientes contribuem para favorecer um desenvolvimento sustentável e o investimento responsável; 3. Salienta a necessidade de promover de forma harmoniosa a cooperação na formação de profissionais e técnicos especializados, bem como os seus percursos profissionais, e melhorar a infraestrutura e o equipamento para potenciar as atividades de investigação, desenvolvimento e inovação; 4. Salienta que a Iniciativa Conjunta para a Investigação e a Inovação tem sido um dos catalisadores eficazes de uma cooperação mais aprofundada entre a UE e a CELAC e congratula-se com a consolidação das partes interessadas nacionais, das agências de AP102.347v05-00 6/9 AT\1164157.docx

financiamento e dos pontos de contacto nacionais do Horizonte 2020, apoiados pelos projetos birregionais financiados pela CE; 5. Apoia as iniciativas políticas e os mecanismos estruturais instituídos na última Reunião de Altos Funcionários da Iniciativa Conjunta para a Investigação e a Inovação de 2017, nomeadamente a criação de um grupo de trabalho sobre as infraestruturas de investigação, que constitui um primeiro passo no sentido do desenvolvimento de uma abordagem regional coerente e estratégica em relação à elaboração de políticas no domínio das infraestruturas de investigação na CELAC; apoia também o desenvolvimento de um portal da mobilidade para a CELAC, com base na experiência adquirida com a rede EURAXESS na Europa, e a definição dos principais domínios de interesse comum, como a cooperação em matéria de saúde e urbanização sustentável; 6. Destaca a necessidade de incentivar o reconhecimento das qualificações e de promover um diálogo académico e científico mais estruturado e inclusivo ao abrigo do Espaço de Investigação Comum, como um importante propulsor de produtividade e das competências, e saúda a cooperação em curso com a Fundação UE-ALC no âmbito da mobilidade de investigadores, um dos pilares do Espaço de Investigação Comum; 7. Insta os Estados-Membros da UE e os países da CELAC a melhorarem a coerência das políticas científicas e tecnológicas nacionais e a favorecerem a abertura dos programas nacionais e a interoperabilidade, a fim de promover o desenvolvimento do Espaço de Investigação Comum; 8. Sublinha que o empenho nacional em prol da realização do Espaço de Investigação Comum no âmbito da Iniciativa Conjunta para a Investigação e a Inovação, associado a um apoio financeiro sustentável, constitui um fator essencial para assegurar um quadro estratégico de cooperação mais reforçado a nível da UE-CELAC; 9. Insta a UE, os Estados-Membros da UE e os países da CELAC a aumentarem de forma progressiva e sustentada os orçamentos destinados a I&D&I com metas anuais ligadas ao Produto Interno Bruto; considera que, para tal, o efeito de alavanca dos investimentos privados e dos centros de tecnologia e de inovação centrados na atividade empresarial deve ser aproveitado ao máximo, e que os países da UE e da CELAC devem explorar medidas consentâneas com os seus instrumentos de política nacional, tais como créditos de imposto, contratos públicos inovadores, regulação adequada dos direitos de propriedade intelectual (DPI) e estratégias de inovação aberta; 10. Reafirma o protagonismo dos Estados no desenvolvimento de estratégias com base no conhecimento, promovendo um maior investimento público em I&D&I, atendendo a que a geração de conhecimento e o desenvolvimento de tecnologias são atividades de longo prazo, que se desenvolvem gradualmente usando como base o conhecimento já adquirido e que, como tal, promovem um maior investimento privado; 11. Apoia a aprovação de quadros normativos que promovam o aumento progressivo e sustentado do investimento em I&D&I; AT\1164157.docx 7/9 AP102.347v05-00

12. Apoia a proposta do Grupo de Alto Nível independente sobre a maximização do impacto dos programas de investigação e inovação da UE de forma a duplicar o orçamento do programa de investigação e inovação da UE pós-2020; 13. Salienta a necessidade de aumentar o número de países latino-americanos elegíveis para o mecanismo de financiamento do programa Erasmus + (dos atuais 18 para a totalidade dos 33); 14. Insta à utilização dos objetivos de desenvolvimento sustentável no sentido de enquadrar as missões de investigação e inovação em larga escala para estimular e orientar a cooperação em matéria da investigação e inovação da UE-CELAC no que respeita a desafios globais comuns; 15. Reconhece o contributo essencial da investigação e da inovação para o desenvolvimento sustentável e equitativo e congratula-se com o lançamento da iniciativa de aconselhamento político em matéria de I&I para apoiar os países da CELAC na execução da Agenda 2030 no âmbito dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) por meio de uma cooperação mais estruturada com a UE através da investigação e da inovação; 16. Sublinha o apoio do «Espaço de Investigação Comum UE-CELAC» à cooperação entre os países da América Latina e entre as regiões e autarquias locais europeias e sulamericanas; considera que a dimensão internacional da política de investigação da União é o maior motor da cooperação entre a União e a América Latina em termos de inovação; observa que as políticas de conhecimento e inovação a nível local, incluindo a especialização inteligente, podem fornecer um verdadeiro quadro de colaboração entre os dois continentes para o progresso tecnológico, o desenvolvimento sustentável e uma maior interação entre intervenientes públicos e privados; 17. Salienta que as alterações climáticas são o maior desafio da nossa época e que, para fazer face às consequências da subida de temperatura, todos os países da América Latina, bem como a maior parte da comunidade internacional, assinaram o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, em 12 de dezembro de 2015; 18. Preconiza o reforço da conectividade de banda larga transatlântica entre a América Latina e a UE através da construção de um novo cabo submarino de fibra ótica (Lisboa- Fortaleza) enquanto parte integrante do projeto BELLA, a fim de reforçar a cooperação e a investigação académica; 19. Sugere que as prioridades do Espaço de Investigação Comum sejam consagradas em todos os futuros acordos comerciais e de associação a celebrar entre a UE e países ou regiões da CELAC; 20. Insta os governos latino-americanos e a Comissão Europeia a assegurarem a continuidade da execução das iniciativas conjuntas em matéria de ciência, tecnologia e inovação, face a qualquer eventualidade na realização das Cimeiras de Chefes de Estado CELAC-UE e, em especial, na periodicidade das reuniões de Altos Funcionários do domínio da Ciência e Tecnologia da Iniciativa Conjunta para a Investigação e Inovação CELAC-UE (JIRI); AP102.347v05-00 8/9 AT\1164157.docx

21. Regista os resultados dos projetos cofinanciados no âmbito do Sétimo Programa-Quadro (7.º PQ) que tiveram como objetivo principal a criação de mais emprego, conhecimento e inovação através da promoção de diferentes instrumentos e ações conjuntas, incluindo projetos concluídos recentemente, a saber, o ALCUE NET, que visa reforçar o diálogo político birregional UE-CELAC através de grupos de trabalho em quatro áreas de interesse comum (energia, tecnologia de informação e comunicação projeto ERANet LAC, bioeconomia e biodiversidade e alterações climáticas), com o objetivo de reunir agências de financiamento de ambas as regiões para cofinanciar projetos de áreas estratégicas; 22. Encarrega os seus copresidentes de transmitir a presente resolução à presidência da Cimeira UE-CELAC, ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia, aos parlamentos dos Estados-Membros da União Europeia e de todos os países da América Latina e Caraíbas, ao Parlamento Latino-Americano, ao Parlamento Centro-Americano, ao Parlamento Andino, ao Parlamento do Mercosul, ao Secretariado da Comunidade Andina, à Comissão dos Representantes Permanentes do Mercosul, ao Secretariado Permanente do Sistema Económico Latino-Americano e aos secretários-gerais da Organização dos Estados Americanos e da União de Nações Sul-Americanas. AT\1164157.docx 9/9 AP102.347v05-00