Tarefa 01 Professor Marco

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2-A expansão capitalista no século XIX ficou conhecida como imperialismo, e o domínio

Transcrição:

Tarefa 01 Professor Marco 01. A expansão industrial das grandes potências, no século XIX, levou à adoção de uma política imperialista, que implicava na dominação de outras regiões do mundo, em um processo que ficou conhecido como neocolonialismo. Segundo o contexto e a foto acima, uma EXCEÇÃO das principais justificativas para esse novo colonialismo foi a) o conjunto das características biológicas superiores da raça branca europeia, dotada de inteligência superior e capacidade empreendedora e, portanto, única realmente capaz de promover o progresso. b) o reavivamento espiritual, ocorrido em vários países europeus, no século XIX, que fez reascender a genuína fé cristã, o que motivou diversas incursões a países africanos e asiáticos, para propagar a fé religiosa. c) o fardo do homem branco que era desempenhar um papel humanitário perante as raças atrasadas e capacitá-las a alcançar o progresso, criando hospitais e escolas, nessas novas colônias, para melhorar suas condições de vida. d) o desenvolvimento técnico e científico, adquirido após a Revolução Industrial, por parte das potências estrangeiras, era uma prova da superioridade intelectual perante os povos atrasados, naturalmente menos capacitados. e) a elaboração de premissas pseudocientíficas, reforçadas com ideias religiosas (como a predestinação) formularam mitos justificadores da submissão de povos africanos e asiáticos perante as nações estrangeiras. 02. O aumento acelerado da produção, impulsionado pelos avanços técnicos, gerou uma grande depressão, que se estendeu de 1873 a 1896. Uma das medidas adotadas pelas empresas para combater os efeitos da crise econômica foi criar mecanismos de associação com outras empresas do mesmo ramo. Os governos de alguns países recorreram a medidas protecionistas. Outra medida adotada pelos países industrializados foi sair em busca de novos mercados. O aumento da população europeia também exigiu novas terras que pudessem absorver a mão de obra excedente. Nos campos, as dificuldades da crise econômica e a crescente mecanização geraram tensões sociais. No meio urbano, as pressões exercidas por uma classe operária cada dia mais numerosa e organizada levaram os governos europeus a buscarem uma saída para afastar a ameaça de uma revolução social. (Alexandre Alves e Letícia Fagundes de Oliveira. Conexões com a História, 2010. Adaptado.) Esse contexto está relacionado a) ao neocolonialismo na África e na Ásia e aos processos migratórios intercontinentais. b) à expansão napoleônica na Europa e ao controle italiano do comércio oriental. c) à fundação de feitorias na África e ao apogeu dos Impérios Português e Espanhol. d) aos movimentos de independência na América e ao auge da escravidão negra. e) ao monopólio mercantilista na Ásia e ao pioneirismo inglês na Revolução Industrial.

História Avaliação Produtiva 03. A partir do final do século XVIII, e ao longo do XIX, as relações entre os europeus e africanos ganhariam novas dimensões. O desenvolvimento industrial europeu estimulou a busca de novos mercados consumidores de produtos industrializados e fornecedores de matérias-primas. As novas ações colonialistas levaram os europeus a controlar diretamente grande parte do continente africano. Regina Claro. Olhar a África. Fontes visuais para a sala de aula. São Paulo: Hedra, 2012, p. 129. Nos séculos XVIII e XIX, o interesse econômico pela África e o controle direto do continente africano por países europeus podem ser exemplificados, respectivamente, a) na busca de óleos para a indústria inglesa e na colonização belga do Congo. b) na exploração de petróleo pelos italianos e na colonização portuguesa de Moçambique. c) na procura de ouro e prata pelos franceses e na colonização espanhola de Angola. d) no interesse alemão pela arte egípcia antiga e na colonização holandesa da África do Sul. 04. As mudanças econômicas e políticas ocorridas na Europa explicariam a formação de impérios coloniais no final do século XIX. As transformações advindas da crise de 1873 (concentração de capital, monopólios e imperialismo) e os nacionalismos, explicariam a presença das potências europeias nos continentes africano e asiático. 05. Dentre os resultados da presença europeia nos dois continentes, ocorreu a a) manutenção de estruturas tradicionais nas colônias, cujo artesanato secular foi incentivado e muitas vezes aperfeiçoado. b) efetivação dos direitos sociais e civis para as populações tradicionais em função do desenvolvimento industrial nos países dominados. c) aceitação passiva da população nativa das novas técnicas e conhecimentos que permitiram a melhoria das condições de vida nas colônias. d) destruição, em países africanos, de estruturas tradicionais como a propriedade coletiva do solo, bem como a imposição de trabalhos forçados e o pagamento de impostos. Na China, o bolo dos reis e... dos imperadores, 1898. A imagem acima a) critica a expansão imperialista de países europeus e do Japão sobre a China. b) conclama o povo comunista chinês a combater o capitalismo mundial representado por países como Grã-Bretanha, França e Japão. c) representa o poder chinês como capaz de amedrontar outras potências mundiais. d) satiriza a criação da Organização das Nações Unidas, que, quando de sua fundação, excluiu a China. e) critica o imperialismo da Grã-Bretanha, da Alemanha e da Rússia, isenta o Japão e exalta a China e a França. 2

Exercícios Complementares 06. Escrevendo nas últimas décadas do século XIX, Lenin, o futuro líder da revolução socialista na Rússia, observou que a principal característica desse período era a divisão final da Terra, no sentido de que a política colonial dos países capitalistas tinha completado a tomada das terras não ocupadas em nosso planeta. Pela primeira vez, segundo ele, o mundo estava dividido, de forma que no futuro só seriam possíveis redivisões, isto é, a transferência de um dono para outro, e não de um território sem dono para um dono. SWEEZY, Paul. Teoria do desenvolvimento capitalista. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982, p. 351 (adaptado) A fala de Lênin remete ao processo de corrida imperialista, que se acelerou a partir da segunda metade do século XIX. A respeito desse processo histórico, a) aponte duas razões que explicam as políticas colonialistas das potências capitalistas. b) cite dois conflitos resultantes da expansão imperialista do século XIX. 07. Leia os dois fragmentos abaixo. I. É necessário, pois, aceitar como princípio e ponto de partida o fato de que existe uma hierarquia de raças e civilizações, e que nós pertencemos a raça e civilização superiores, reconhecendo ainda que a superioridade confere direitos, mas, em contrapartida, impõe obrigações estritas. A legitimação básica da conquista de povos nativos é a convicção de nossa superioridade, não simplesmente nossa superioridade mecânica, econômica e militar, mas nossa superioridade moral. Nossa dignidade se baseia nessa qualidade, e ela funda nosso direito de dirigir o resto da humanidade. O poder material é apenas um meio para esse fim. Declaração do francês Jules Harmand, em 1910. Apud: Edward Said. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Adaptado. II. (...) apesar das suas diferenças, os ingleses e os franceses viam o Oriente como uma entidade geográfica e cultural, política, demográfica, sociológica e histórica sobre cujos destinos eles acreditavam ter um direito tradicional. Para eles, o Oriente não era nenhuma descoberta repentina, mas uma área ao leste da Europa cujo valor principal era definido uniformemente em termos de Europa, mais particularmente em termos que reivindicavam especificamente para a Europa para a ciência, a erudição, o entendimento e a administração da Europa o crédito por ter transformado o Oriente naquilo que era. Edward Said. Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. a) Identifique a principal ideia defendida no texto I e explique sua relação com a expansão imperialista europeia no final do século XIX. b) Relacione o texto I com o texto II, quanto à concepção política neles presente. 08. Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, agente da civilização, deverá tomar a seu encargo a valorização e a circulação das riquezas que possuidores fracos detenham sem benefício para eles próprios e para os demais. Age-se, assim, para o bem de todos. (...) [A Europa] está no comando e no comando deve permanecer. (Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, O imperialismo, 1987, p. 11) A partir do fragmento, é correto afirmar que a) a partilha afro-asiática da segunda metade do século XIX, liderada pela Inglaterra e França, fruto da expansão das relações capitalistas de produção, garantiu o controle de matérias-primas estratégicas para a indústria e a colonização como missão civilizadora da raça branca superior. b) o velho imperialismo do século XVI foi produto da revolução comercial pela procura de novos produtos e mercados para Portugal e Espanha que, por meio do exclusivo metropolitano e do direito de colonização sobre os povos inferiores, validando os superlucros da exploração colonial. c) o novo imperialismo da primeira metade do século XIX, na África e Oceania, consequência do capitalismo comercial, impôs o monopólio da produção colonial, em especial, para a Grã-Bretanha que, de forma pacífica, defendeu o direito de colonização sobre os povos inferiores. d) o colonialismo do século XVI, na África e Ásia, tornou essas regiões fontes de matérias-primas e mercados para a Europa, em especial, Alemanha e França, que por meio da guerra, submeteram os povos inferiores e promoveram a industrialização africana. e) a exploração da África e da Ásia na segunda metade do século XVII, pelas grandes potências industriais, foi um instrumento eficaz para a missão colonizadora daquelas áreas atrasadas e ampliou o domínio europeu em nome do progresso na medida em que implantou o monopólio comercial. 09. Por toda parte, os métodos são idênticos. O bluff e os tratados extorquidos alternam com a liquidação de qualquer resistência, e, se necessário, com chacinas. Impossível descrever por miúdo esta febre destruidora, cujos grandes campeões foram incontestavelmente a Grã-Bretanha, a França, o rei dos Belgas Leopoldo II e, por último, a Alemanha de Bismark. (KI-ZERBO, 2002, p. 76-77). KI-ZERBO, J. Tradução de Américo de Carvalho. História da África Negra. 3. ed. rev. e atual. Portugal: Europa-América Ltda., v. 3, 2002. A voz do historiador africano Joseph Ki-Zerbo expressa a visão do africano sobre os métodos da conquista imperialista européia no século XIX. 3

História Avaliação Produtiva Sobre as diferentes formas de dominação então estabelecidas, registram-se a) as invasões militares das nações imperialistas em todos os territórios alcançados, independentemente de tratados ou acordos firmados. b) as áreas de influência, os protetorados e as colônias, estabelecidos segundo os acordos e a crescente pressão dos interesses imperialistas na Afro-Ásia. c) as áreas de cooperação diplomática, que predominaram no sul da Ásia e norte da África, e ficavam protegidas contra invasões estrangeiras. d) a transferência sistemática de populações europeias para as colônias africanas, processo que se extinguiu após a Segunda Guerra Mundial. e) a atuação organizada de missionários católicos e protestantes, cujo trabalho visava assegurar a entrada dos conquistadores europeus na Afro-Ásia. 10. <http://tinyurl.com/pkttfhn> Acesso em 25/05/2015. Adaptado. Assinale a alternativa que identifica corretamente o processo histórico, representado pelos mapas, ocorrido no período entre 1880 e 1913. a) A Guerra dos Bôeres, entre Inglaterra e Angola, que causou forte recessão na economia africana, desestabilizou os governos em todo o continente, provocou guerras civis e, consequentemente, a fragmentação dos grandes impérios da África. b) A Partilha da África, que ocorreu no século XIX quando, devido ao crescimento de seus parques industriais, os países europeus precisaram buscar novos mercados consumidores e fontes de matérias-primas, avançando territorial e comercialmente na África. c) A Expansão do Islã, religião fundada no século VII, que obrigou as potências europeias a dividir a África em grandes áreas de influência, para combater os fundamentalistas e ajudar o povo africano a manter vivas a sua cultura e religiões tradicionais. d) A Guerra Civil de Ruanda, que foi um desdobramento da geopolítica mundial no período da Guerra Fria, em que Estados Unidos e União Soviética disputaram o controle econômico e ideológico do continente africano, enviando tropas e armas para a região. e) A Guerra da Argélia, contra a Inglaterra, que provocou grande tensão nas potências europeias que, temendo perder seus contatos comerciais com a África, decidiram dividir o continente em colônias para dominar os seus mercados consumidores. 11. O Imperialismo foi um fenômeno histórico que caracterizou a economia mundial desde a segunda metade do século XIX até os anos setenta do século passado. De certo modo este fenômeno continua até hoje sendo objeto de estudos a discordâncias profundas. Analise as afirmações a seguir sobre o tema: I. Os historiadores classificam o Imperialismo em: formal e informal. II. N o imperialismo formal, a dominação é somente na forma, respeitando a independência política dos países. III. N a fase imperialista do capitalismo, as relações de trabalho era, exclusivamente, o assalariamento. IV. A dominação britânica na Índia é um clássico caso de Imperialismo formal. V. O Imperialismo exerceu várias funções, dentre elas pode-se destacar: criação de mercados, fornecimento de matérias primas e absorção de excedente populacional pelo país dominado. É correto apenas o que se afirma em a) I, IV e V. b) I, III, IV. c) II, IV e V. d) I, II e III. e) III, IV e V. 4

Exercícios Complementares TEXTO: 1 - Comum à questão: 12 O maior avanço intelectual dos anos 1875-1914 foi o desenvolvimento maciço da instrução e do autodidatismo populares e o aumento do público leitor nesses estratos. (...) E o que as massas recéminstruídas de leigos absorveram e aceitaram, sobretudo se eram politicamente da esquerda democrática ou socialista, foram as certezas racionais da ciência do século XIX, inimiga da superstição e do privilégio, espírito que presidia a instrução e o esclarecimento, prova e garantia do progresso e da emancipação das classes menos favorecidas. (HOBSBAWM, Eric J.. A Era dos Impérios 1875-1914. Trad. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. p. 364) 12. No texto A Era dos Impérios 1875-1914, Hobsbawm refere-se às certezas racionais da ciência do século XIX. Com base no conhecimento histórico, é correto afirmar que, nesse período, a) o chamado Darwinismo Social foi uma das molas mestras de legitimação da conquista e exploração da África e da Ásia, pelos países europeus. b) a ação do Tribunal da Inquisição, ao promover perseguição aos que questionassem seus dogmas, contribuiu para a partilha dos continentes afro-asiático. c) a denominada Doutrina Monroe corporificou politicamente a expansão externa dos Estados Unidos, essencial para o desenvolvimento capitalista do país. d) o chamado Socialismo Científico definiu uma reforma da sociedade que gerou uma nova ordem social ao valorizar a espiritualidade e igualdade do homem. e) a ideologia da Missão Civilizadora, que garantia ajuda e proteção dos europeus às comunidades tribais, foi importante na emancipação dos povos africanos. TEXTO: 2 - Comum à questão: 13 Todos os romances de Graciliano Ramos são tentativas de destruição: tentativas de acabar com a minha memória, tentativas de dissolver as recordações pelos estranhos hiatos dum sonho angustiado. Surge o clichê de que Graciliano teria sido, na mocidade, um sertanejo culto : e sugere aos críticos a ideia de que o romancista está furioso contra o ambiente selvagem de seu passado. Mas não é assim. Não é o sertão o culpado: Vidas secas é o seu romance relativamente mais sereno, relativamente mais otimista. O culpado é superficialmente visto numa primeira aproximação a cidade. O herói de Graciliano Ramos é o sertanejo desenraizado, levado do mundo primitivo para o mundo do movimento. Em São Bernardo, o fazendeiro Paulo Honório consegue seu objetivo e, contudo, é uma vida malograda. Por quê? Porque seu criador quer mais que terra, casa, dinheiro, mulher. Quer realmente voltar aos avós. Voltar à imobilidade, à estabilidade do mundo primitivo. (Adaptado de: CARPEAUX, Otto Maria. Visão de Graciliano Ramos. Apresentação a Angústia. Rio de Janeiro: Martins, 1970, 12. ed., p. 14) 13. Os termos primitivo e selvagem, presentes no texto de Otto Maria Carpeaux, eram comumente atribuídos, no século XIX, por intelectuais e autoridades políticas ao modo de vida das sociedades indígenas americanas e às sociedades africanas. A concepção de civilização subjacente ao uso desses termos pressupunha o a) eurocentrismo, visão que supervalorizava a cultura e a sociedade europeia considerando-a um modelo ideal e dificultava a compreensão das peculiaridades de outras formas de cultura e organização social, taxadas como exóticas, atrasadas. b) degeneracionismo, crença de que os povos isolados, que nunca haviam mantido contato com as grandes nações imperialistas, viviam presos ao estado de selvageria ou degeneravam lentamente, regressando à barbárie dos homens pré-históricos. c) darwinismo social, teoria criada por Charles Darwin que defendia que os grupos humanos mais imbuídos de tecnologia para adaptarem-se ao meio ambiente e evoluírem, deveriam dominar ou exterminar os povos menos capazes ou adaptados. d) positivismo, doutrina concebida por Auguste Comte, que dividia as sociedades humanas em raças positivas, superiores (as brancas), responsáveis pela ordem e pelo progresso, as negativas, inferiores (negras, amarelas e vermelhas), movidas pelos instintos de sobrevivência. e) messianismo, sentimento de que era preciso empreender missões civilizatórias bem-intencionadas na África, na Ásia e nas Américas, levando a religião cristã, a agricultura e a alfabetização ao conhecimento dos povos que ignorassem essas práticas e valores. TEXTO: 3 - Comum às questões: 14, 15 A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, implantado na África a partir do final do século XIX [...]. (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.) 5

História Avaliação Produtiva 14. O novo tipo de colonialismo, mencionado no texto, tem, entre suas características, a) a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas potências europeias, associada à realização de expedições científicas de exploração do continente africano. b) a tentativa das potências europeias de reduzir a hegemonia norte-americana no comércio internacional e retomar posição de liderança na economia mundial. c) o esforço de criação de um mercado consumidor global, sem hierarquia política ou prevalecimento comercial de um país ou continente sobre os demais. d) a aquisição de escravos pelos mercadores africanos, para ampliar a mão de obra disponível nas colônias remanescentes na América e em ilhas do Oceano Pacífico. e) o estabelecimento de alianças políticas entre líderes europeus e africanos, que favorecessem o avanço militar dos países do Ocidente europeu na Primeira Guerra Mundial. 15. A partilha da África entre os países europeus, no final do século XIX, a) buscou conciliar os interesses de colonizadores e colonizados, valorizando o diálogo e a negociação política. b) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas então existentes no continente africano. c) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até então existentes no continente africano. d) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais, os países que haviam perdido colônias em outras partes do mundo. e) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no Centro e no Sul do continente africano. 6