1 SEMINÁRIO AGROPECUÁBJO DO ACRE

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Transcrição:

r,5 ( - Brasileira da Pesquisa.Agropecuária - EMBRAPA Mtnlstérlo da Agricultura S..xecução de Pesquisa de Âmbito Estadual de Rio Branco, AC 1 SEMINÁRIO AGROPECUÁBJO DO ACRE 13 a 17 de junho de 1983 ANAIS 483 Anais.. 19B PC-2005.00463 1ICO,C 983 31537-1

rembrapa EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÂRI/ VINCULADA AO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA UNIDADE DE EXECUCÃO DE PESOUISA DE ÂMBITO ESTAI)UAL, DE RIO BRANCO, AC 1 SEMINÁRIO AGROPECUÁRIO DO ACRE 13 a 17 de lunho de 1983 Rio Branco, AC ANAIS RIO BRANCO, AC 1983

EMBRAPA. UEPAE Rio Branco. Documentos, 4 Exemplares deste documento devem ser solicitados EMBRAPA - UEPAE Rio Branco. Rua Sergipe, 216. Caixa Postal, 392. CEP 69.900. Rio Branco, AC. r2177?tz, ou ------ h. ;.fl.. E MB R AP A Departamento de Difusão de Tecnol Ed. Venâncio 2000-29 Subsolo Caixa Postal 04.0315 CEP 70 333 Brasilia, DF. Seminário Agropecuário do Acre, 1, Rio Branco, AC, 1983. Anais do 1 Seminário Agropecurio do Acre. Brasilia, EMBRAPA-DDT, 1983. SlGp. il. (EMBRAPA.UEPAE Rio Branco. Documentos, 4) 1. Agropecuária-Congressos-Brasil. 2. Agricultura-Congressos-Brasil. I. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de Rio Branco, AC. II. Título. III. Série. CDD 630.6381 EMBRAPA 1983

301 PIMENTA-DO-REINO NO TRÓPICO ÚMIDO Maria de Lourdes Reis Duarte 1 A PIMENTA-DO-REINO NO A pimenta-do-reino é considerada urna especiaria no bre. Tem origem nas colinas do Sudeste da Índia, nas florestas de Herala, onde cresce de modo espontáneo. Da tndia, pas sou a ser cultivada na Malásia peninsular, desde 1619, nas só se tornou una cultura de exportação a partir de 1950; os principais centros produtores são: Sarawak, Johore e Sabah. A PIMENTA-DO-REINO NO BRASIL A introdução da pimenta-do-reino no Brasil se deu na época da colonização portuguesa; entretanto, o tipo de pi menta introduzida e que conhecemos com os nomes de pimenta -da-terra, pimenta-de-caiena, pimenta portuguesa, era uma va riedade de folhas largas, grãos graúdos; suas espigas falhadas, tendo, portanto, baixa produtividade. Em virtude desta característica, ou também à falta de tradição dos agricultores em cultivar a pimenta-do-reino, não se estabeleceu Icono cultura racional. Em 1933, um grupo de imigrantes japoneses introduziu de Cingapura algumas estacas de pimenta-do-reino, levan- 11ng9 Agr9, M.Sc., Pesquisadora da EMBRAPA-Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido (CPATU). Trav. Dr. Enáas Pinheiro s/n9, Caixa Postal, 48 - CEP 66.003 Belém, PA.

302 do-as para o Município de Tomé-Aç, onde se concentraamaior população japonesa da Região Norte. A despeito de ter sido introduzida em 1933, s6 passou a ocupar lugar de destaque na economia da Região Norte a partir de 1950. Para se ter idéia da importância dessa cultura, observou-se que os ganhos advindos do total das exportações do Estado do Par5, em 1980, atingiram 64 milhões de dólares (Tabela 1). Os principais países produtores desta especiaria são: Índia, Malásia, Indonésia, Brasil, Madagascar e Ceilão, sendo que os quatro primeiros se revezam na posição de principal produtor mundial. MERCADO No Brasil, a pimenta-do-reino é cultivada principalmente nos Estados dd Pará, Amazonas, Rond&nia, Espírito Santo, Bahia, Maranhão e Território Federal do Amapá. A Região Norte produz 95% do total produzido nesses estados. A área cultivada atualmenteéestimada em 20.238,13 ha, com uma população produtiva de 25.800.000 pés. A produção de 1983 6 estimada em 44.900 toneladas, graças a elevação do preço interno do produto. A demanda mundial, em 1980, era estimadaem 120.000 toneladas, mas, no ano 2.000 esta tendéncia aumentará para 220.000 a 230.000 toneladas (Tabela 2). O consumo interno de pimenta-do-reino, no Brasil, não ultrapassa 30 g/capita/ano, quando comparado com o de ou tros países como os Estados Unidos (143,99 g/capita), Alemanha Ocidental (178 g/capita) e Arábia Saudita (161 g/capita). O Brasil produz três tipos de pimenta: preta, bran ca e verde. A produção da pimenta preta é exportada princi-

303 palmente para os Estados Unidos (46,3%), França, Marrocos, Alemanha Ocidental, Polônia e Alemanha Oriental. A pimenta branca é exportada para a Argentina (31%), França (21,8%), Alemanha Ocidental (18,8%) e outros paises (28,2%), enquanto que apimenta verde é exportada para a Alemanha (51,3%), Sé]. gica-luxemburgo (27,8%), França (13,2%) e outros países (7,7%). UTILIZACÀO Por que essa procura pela pimenta-do-reino? Além do consumo "in natura", como condimento ou para conservação e preparo de alimentos, a pimenta á usada para outros fins, tais como: a) Indústria de Alimentos: Pimenta preta, branca, verde (enlatada), pimenta desidratada, óleo de pimenta e dleo-resinas. O óleo de pimenta e as 6leo-resinas são usados na carne, como condimento, molhos, refrigerantes, goma de mascar, confeitaria, etc, b) Condimento. c) Medicina - piperina. d) Inseticida - grãos armazenados, - Extrato bruto - Extrato purificado A PESQUISA COM A PIMENTA-DO-REINO NA AMAZÔNIA A tecnologia existente sobre o cultivo da pimentado-reino foi gerada ou adaptada por técnicos do Extinto IPEAN, atualmente CPATU/EMBRAPA, podendo-se citar entre os resultados mais importantes, os estudos sobre: a) preparo de covas; b) diferentes espaçamentos; c) tipo e tamanho de tutor;

20.4 d) podas; e) amarrio; f) cobertura morta; g) identificação e descrição de doenças e pragas; h) controle preventivo, cultu ral e biológico de doenças; i) pesquisas de mercado; processarnento industrial; j) fórmulas de adubação; k) exigôncias nutricionais; Z) comportamento de cultivares em vários locais da Amazônia. Estes resultados estão condensados nos pacotes tecnolõgicos ou sistemas de produção. Já foram elaborados sis temas de produção para a pimenta-do-reino, para as seguintes localidades: Região bragantina e Altamira (PA), Buriticupu (MA), Macapá (AP), São Mateus (Es), faltando apenas os Estados do Acre, PondÔnia e Amazonas. PROBLEMAS aãsicos A pimenta-do-reino na Amazônia apresenta dois problemas básicos: a) estreita variabilidade genética; b) susce tibilidade a doenças, principalmente à fusariose. A fim de contornar a pouca variabilidade genética da população de pimenteiras da Amazônia, formada somente pela cultivar Cingapura, originalmente Kuching, a EMBRAPA/ CPATU e o Ministério da Agricultura introduziram da Índia di ferentes cultivares para serem incorporadas ao programa de melhoramento genético da cultura, visando ao aumento da produtividade e resistôncia a doenças. O CPATU conta hoje com as seguintes cultivares: Cingapura (1933), Trang, Kailuvali, e Kudaravali (1972), Ealakotta, Kuching, Djambi e Belantung (1974), Arkalamunda e Panniyur-1 (1976), Kothanadan, Kuthira vali, Uthirankotta e Karimunda (1982). Através de seleç6es sucessivas em material clonal das cultivares Arkalamunda e Panniyur-1, o CPATU lançou, em 1981, as cultivares Bragantina-Br-1 e a Bragantina-Br-2, em-

bas tolerantes à fusariore. cas: 305 Estas cultivares apresentam como boas caracteristi a) Folhas largas e verde-escuras. b) Espigas longas. c) Crescimento vigoroso. d) Frutos graúdos. e) Econonicidade de colheita. Estes materiais introduzidos provieram de um peque no número de estacas ou de ramos ladr6es e hoje encontram-se em teste, em Castanhal, Terra Alta, Tomé-Açú, Altamira, (PA); São Mateus (Es) ; Itabuna (DA); Porto Velho (RO); Alto Turi (MA); e Manaus (AM). A multiplicação râpida deste material só foi possível após o desenvolvimento de um novo método de propagação vecïetativa, através de mudas de um nó. Outras linhas de pesquisa visando reduzir os danos causados pela fusariose estão sendo conduzidas, principalmen te através de estudos epidemiológicos, tratanènto preventivo do material de propagação, seleção nassal dentro da cultivar Cingapura, cruzamentos intraespecificos, radiação gama visan do obter nutantes resistentes, etc... PROGRAMA DE PESQUISA - 1983 A programação de pesquisa com a pimenta-do-reino é constituída de 15 projetos e 30 ëxperimentos. Os experimentos estão sendo conduzidos em Altamira, Belém, Castanhal, Terra Alta, Tomé-Açú, são Mateus, Porto Velho e Rio Branco.

306 TABELA 1. Valor obtido pela exportação dos principais produtos do Estado do Pará em 1980. Produtos exportados Valor em US. $ (x 1.000) Madeira 101.000 Pasta química de madeira 91.000 Pimenta-do-reino 64.000 Palmito 53.000 camarão 25.000 Castanha-do-Brasil 18.000 Total 434.000 TABELA 2. Demanda munidal de pimenta-do-reino, previsão para o ano 2.000 Ano Consumo (t) 1974 1980 95.000 120.000 Aumento anual - 4% Consumo previsto (t) Países desenvolvidos Prospecção para países - em desenvolvimento Ano 2.000 220.000-230.000 Desconhecida