INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÂO DE COIMBRA Aprovação do Conselho Pedagógico 20/4/2018 Aprovação do Conselho Técnico-Científico 22/5/2018 Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Princípios Fiscais, Contencioso e Procedimentos Tributários Curso(s): Licenciatura em Secretariado de Direção e Administração Ano Curricular: 1ºano Semestre curricular: 2º Semestre Ano lectivo: 201718 Docente Responsável: Ana Catarina Perdigão Costa de Almeida Im-183-05 1
Unidade Curricular Designação: Princípios Fiscais, Contencioso e Procedimentos Tributários Curso(s): Licenciatura em Secretariado de Direção e Administração Ano curricular: 1ºano Semestre curricular: 2º Semestre Número de ECTS: 5 Horas de contacto: 60 1.Corpo Docente ***Replicar pelo nº de docentes, sendo que o primeiro deverá ser o responsável da UC. Nome: Email: Nome: Gabinete: Email: Ana Catarina Perdigão Costa de Almeida aalmeida@iscac.pt Sara Filipa Leitão de Maia Moreira 2.4. (Novos docentes) smoreira@iscac.pt Im-183-05 2
2.Funcionamento a) Objectivos: Pretende-se que os alunos adquiram o domínio das matérias principais do Direito Fiscal. Entre elas, o enquadramento jurídico-constitucional dos tributos; os vários momentos da relação obrigação tributária; os vários momentos do procedimento tributário e, dentro deste, os meios graciosos e impugnatórios de defesa dos contribuintes. Alude-se, ainda, ao enquadramento internacional e da União Europeia do fenómeno da tributação. No intuito de propiciar devidos conhecimento e consciencialização, dá-se uma precisa noção da matéria da responsabilidade penal tributária e, de passagem, contra-ordenacional, já que se trata de uma fronteira ou delimitação negativa que, além das regras deontológicas das diversas profissões, deve ser firmemente respeitada, pois a maturidade de um Estado de Direito Democrático (e Social) assume-se e mede-se pelo grau de adesão, em matéria tributária, que pode provocar, assim afastando zonas cinzentas de evasão fiscal ou zonas negras de ilícitos-típicos penais tributários. Em todo o discurso, privilegia-se o diálogo intertexual e constitucionalmente fundante, já que a Magna Charta surge, ainda e sempre, como o primeiro e último refúgio do intérprete e aplicador do Direito Fiscal. Dá-se especial atenção a um discurso que valorize níveis educacionais e métodos de trabalho que começam, desde logo, nas aulas, com uma profunda exigência dos mais elementares deveres escolares. Pretende-se ainda que os alunos consolidem e demonstrem a aquisição de competências indispensáveis e transversais a todas as áreas do Direito, como o são a correcção e o hábito na consulta de diplomas legais, e saber identificar, com facilidade, a legislação concretamente aplicável. b) Regime de frequencia e metodologia de avaliação: Dois regimes alternativos, à escolha do aluno, bastando que obtenha resultado positivo num deles: 1.º Método - Avaliação distribuída ao longo do semestre, integrando os seguintes componentes: a) Frequência obrigatória a 50% (cinquenta por cento) das aulas como condição sine qua non de admissão à avaliação contínua. b) Realização de duas frequências, uma a meio e outra a final do semestre, sendo aprovados os alunos que obtiverem uma média nas duas frequências igual ou superior a nove valores e meio (num total de vinte valores). c) Os alunos que obtiverem uma média nas duas frequências igual ou superior a sete valores e meio e inferior a nove valores e meio poderão propor-se e serão admitidos a realização de prova oral. As eventuais faltas a aulas pelos motivos previstos nos artigos 9º, 10º e 11º do Regulamento de Acesso a Exames Especiais serão consideradas justificadas, devendo o aluno, para esse efeito, dirigir requerimento à docente, acompanhado do devido documento comprovativo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis após a ocorrência da falta a justificar. 2.º Método - Avaliação escrita final: Um exame geral a final do semestre, sendo aprovados os alunos que obtiverem nota igual ou superior a nove valores e meio (num total de vinte valores). c) Programa: PARTE I - OS PRINCÍPIOS FISCAIS Capítulo I - Direito Constitucional Tributário 1. A legitimação constitucional da tributação: 1.1 Os custos do contrato social; 1.2 Princípio republicano liberal; 1.3 Princípio do Estado Social. 2. O sistema tributário e a Constituição. 3. Princípios Constitucionais de direito tributário: 3.1 Princípio da Universalidade; 3.2 Princípio da igualdade; 3.3 Princípio da necessidade tributária; 3.4 Princípio do respeito pelos direitos fundamentais; 3.5 Princípio da legalidade tributária; Im-183-05 3
3.6 Princípio da segurança jurídica e da proteção da confiança; 3.7 Princípio da proporcionalidade; 3.8 Princípio da proteção jurisdicional efetiva; 3.9 Princípio da justiça distributiva; 3.10 Princípio da "não expropriação" por via tributária do direito de propriedade. 4. Os Princípios de um bom sistema tributário: 4.1 Princípio da eficiência; 4.2 Princípio da simplicidade administrativa; 4.3 Princípio da flexibilidade; 4.4 Princípio da accountability; 4.5 Princípio da justiça; 4.6 O princípio da contabilização ou documentação contabilística. Capítulo II - A autonomização dogmática do Direito Fiscal face a outros ramos do Direito: entre (in)diferenciação e complementaridade 1. Do Direito Fiscal e da sua possível distinção face ao Direito Financeiro, Tributário, Fiscal e outros ramos do Direito; 2. Aproximação conceitual ao Sistema Fiscal: do Imposto e de outras figuras afins: 2.1 Os impostos: 2.1.1 Conceito; 2.1.2 Classificação dos impostos; 2.2 As taxas; 2.3 As contribuições. 3. Os momentos de vida do imposto. 4. As fontes do Direito Fiscal (ou tributário) Português. 5. As principais "regiões" do Direito Fiscal; 6. A autonomia dogmática do Direito Fiscal e a sua não confusão com outros ramos de direito próximos; 7. O Direito Fiscal face aos outros ramos de Direito; PARTE II - A TEORIA GERAL DO DIREITO FISCAL Capítulo I - A Interpretação, Integração e Eficácia do Direito Fiscal 1. A interpretação das normas jurídico-fiscais; 2. A integração das normas jurídico-fiscais; 3. As cláusulas anti-abuso; 4. A eficácia das normas jurídico-fiscais. Capítulo II - A Relação Jurídica Fiscal 1. Definição; 2. Os sujeitos da relação jurídica-fiscal; 3. A substituição tributária; 4. A responsabilidade tributária; 5. A transmissão da obrigação tributária; 6. A extinção da obrigação tributária; 7. As garantias de cumprimento da obrigação fiscal; 8. As infrações tributárias: 8.1 Contraordenações tributárias; 8.2 Crimes tributários comuns; 8.3 Crimes fiscais. PARTE III - DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA-E-FISCAL E DAS GARANTIAS DOS CONTRIBUINTES Im-183-05 4
Capítulo I - A atividade administrativa: o procedimento tributário da liquidação, cobrança voluntária e coerciva dos tributos. Capítulo II - As Garantias dos contribuintes: 1. Os meios não impugnatórios; 2. Os meios impugnatórios administrativos e judiciais; 3. Outros meios jurisdicionais de garantia dos contribuintes; 4. A Justiça "Administrativo-tributária cautelar" 5. O processo de execução fiscal; 6. Outros meios processuais d) Bibliografia: SILVA RODRIGUES, Benjamim, Esboço de um Curso de Princípios Fiscais, Serviços de Textos, ISCAC, 2014; MACHADO, Jónatas E. M./COSTA, Paulo Nogueira da, Manual de Direito Fiscal - Perspetiva Multinível, 1ª Edição, Almedina, Coimbra, 2016; NABAIS, José Casalta, Direito Fiscal, 8.ª Edição, Almedina, Coimbra, 2013. Im-183-05 5