INVESTIGAÇÃO DE POSSÍVEIS ECTOPARASITOS EM COELHOS CRIADOS NO IF BAIANO CAMPUS SANTA INÊS. Apresentação: Pôster

Documentos relacionados
EFICÁCIA DO PIRIPROL NO CONTROLE DE Psoroptes ovis E Leporacarus gibbus EM COELHOS NATURALMENTE CO-INFESTADOS*

Palavras-chave: dermatopatia, ectoparasitoses, lagomorfos, prurido Keywords: skin diseases, ectoparasitosis, lagomorphs, itch. Revisão de Literatura

sarna sarcóptica e otodécica

Eficácia da ivermectina oral no controle de Psoroptes ovis e Leporacarus gibbus em coelhos naturalmente infestados 1

SARNAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DEMODICOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA

[DEMODICIOSE]

Efficacy of oral doramectin as treatment for Psoroptes ovis and Leporacarus gibbus in naturally infested rabbits 1

Pesquisa Institucional desenvolvida no Departamento de Estudos Agrários, pertencente ao Grupo de Pesquisa em Saúde Animal, da UNIJUÍ 2

AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS CASOS DE OTITE EXTERNA EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

Ordem Acari: Subordem Sarcoptiformes

DERMATOPATIAS PARASITÁRIAS ZOONÓTICAS EM ANIMAIS ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO UNIVERSITÁRIO EM TERESINA/PIAUÍ

FORMA CORRETA DE COLHEITA E ENVIO DE

Otodetes cynotis ENFERMEDADES PARASITARIAS 1 / 5

Introdução O Lynxacarus radovskyi é um ácaro da família Listrophoridae, com aproximadamente 0,5 mm de comprimento, que parasita as hastes dos pelos de

[DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE PULGAS - DAPP]

Setor de Parasitologia

PRESENÇA DE Malassezia sp. EM COELHOS DOMÉSTICOS (Oryctolagus cuniculus) PRESENCE OF Malassezia sp. IN DOMESTIC RABBITS (Oryctolagus cuniculus)

OTITE PARASITÁRIA CAUSADA POR NEMATÓIDES RHABDITIFORMES

GRADE CURRICULAR DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Ganho de Peso de Coelhos de Diferentes Grupos Genéticos

Palavras-chave: canino, carrapatos, parasitoses. Keywords: canine, ticks, parasitic diseases.

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MARICÁ CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

AMICÃO DA UNICRUZ: SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR

DE ENTEROBIOSE EM AMBIENTES ESCOLARES E O PERFIL MORFOLÓGICO E MOLECULAR DO PARASITO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ AVISO DE RETIFICAÇÃO

PREVALÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS EM GATOS DOMÉSTICOS JOVENS COM DIARREIA PREVALENCE OF INTESTINAL PARASITES IN YOUNG DOMESTIC CATS WITH DIARRHEA

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis

Programa Analítico de Disciplina VET446 Doenças de Aves

USO DA IVERMECTINA NO COMBATE DO BERNE (Dermatobia hominis) EM NOVILHAS DE CRUZAMENTO INDUSTRIAL

IV SEMINÁRIO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM CUNICULTURA

Nematódeos. cutânea. - infecção muco-cutânea. Classificação

ANAIS 37ºANCLIVEPA p.0167

DIAGNÓSTICO PATOLÓGICO DA MICOPLASMOSE RESPIRATÓRIA MURINA EM RATOS WISTAR

Disciplinas do curso, sugestão de período, curso responsável, pré-requisitos, unidade responsável, carga horária, núcleo e natureza.

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

Disciplinas do curso, sugestão de período, curso responsável, pré-requisitos, unidade responsável, carga horária, núcleo e natureza.

PESQUISA DE ENDOPARASITAS EM CÃES DE COMPANHIA NA REGIÃO DE ÁGUAS CLARAS-DF

Disciplinas do curso (com códigos), sugestão de período, curso responsável, pré-requisitos, unidade responsável, carga horária, núcleo e natureza.

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA

HORÁRIO 2016/2 (CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA UFG JATAÍ) - 2º PERÍODO HORA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA 7:30-8:20h. Metabolismo Celular (T)

SARNA SARCÓPTICA EM CÃES

Parasitismo e Produção Leiteira

DERMATOPATIAS PARASITÁRIAS

Artrópodes Piolhos e ácaros. Alessandro Francisco Talamini do Amarante. Alessandra M. A. Ragozo Bruna Fernanda da Silva (collab.

Panorama do primeiro ano de funcionamento do setor de Cunicultura do IFMG - Bambuí

Concurso Público FIOCRUZ 2016 Edital 03 - Técnico em Saúde Pública Gabarito Definitivo da Prova Objetiva

AVALIAÇÃO DE HEMOGRAMA DE CÃES COM ALTERAÇÕES NO SISTEMA TEGUMENTAR (ESTUDO RETROSPECTIVO: MARÇO Á JULHO DE 2007)

[ERLICHIOSE CANINA]

Primeiro Semestre Carga Horária

Qual material adequado para sua suspeita?

PRINCIPAIS ECTOPARASITAS DE CÃES E GATOS

Apresentação de seminário

CURRÍCULO NOVO MEDICINA VETERINÁRIA. A partir do primeiro semestre de 2013

Remissão de dermatopatia atópica em cão adotado

Anatomia da orelha media e interna

O presente estudo tem como finalidade avaliar a eficácia da coleira KILTIX, do laboratório BAYER, no controle do carrapato Rhipicephalus sanguineus.

Total Período :

UTILIZAÇÃO DA FLURALANER NO TRATAMENTO DE ESCABIOSE EM CÃO: RELATO DE CASO RESUMO

TÉCNICA CIRÚRGICA DE ABLAÇÃO TOTAL DO CONDUTO AUDITIVO DE CÃO ACOMETIDO POR OTITE. Introdução

Manejo sanitário dos ovinos. Dra. Fernanda Bovino

GABARITO OFICIAL. Área de concentração: ANESTESIOLOGIA

RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS. Estado: MG

Lesões inflamatorias otite media aguda

Total Período :

Total º Período. Administração 30 Anatomia veterinária II 90 Anatomia veterinária I Bioquímica 90 Comportamento humano nas

OCORRÊNCIA DE MALASSEZIA PACHYDERMATIS E CERÚMEN EM CONDUTO AUDITIVO DE CÃES HÍGIDOS E ACOMETIDOS POR OTOPATIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Data: 19/01/2018 Currículo de Cursos Hora: 11:15:07

AVALIAÇÃO DE CARRAPATICIDAS COM MAIOR UTILIZAÇÃO EM BOVINOS LEITEIROS NA ZONA RURAL DE CRAVOLÂNDIA - BAHIA. Apresentação: Pôster

MEDICINA VETERINÁRIA - BACHARELADO - GRA000437F PLANO CURRICULAR

1. Programa Sanitário

TIAPLEX. Instituto Terapêutico Delta Ltda Pomada 50 mg/g

Carbúnculo ou antraz Bacillus anthracis

Nomenclatura dos Microorganismos

Código Disciplina Créditos CH. CBV7405 Metodologia da Pesquisa Científica CBV7404 Introdução à Medicina Veterinária

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

TRABALHO CIENTÍFICO (MÉTODO DE AUXÍLIO DIAGNÓSTICO PATOLOGIA CLÍNICA)

TÍTULO: TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA: A APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COMO TERAPIA COMPLEMENTAR

Uma simples técnica para detectar metrite

Natureza - OBRIGATÓRIA PRÁTICA 54 TEÓRICA 36. Natureza - OBRIGATÓRIA PRÁTICA 36. Natureza - OBRIGATÓRIA PRÁTICA 18. Natureza - OBRIGATÓRIA TEÓRICA 36

QUESTIONÁRIO PARA PACIENTES ALÉRGICOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Biossegurança. Conceito 19/05/2019

DISCIPLINA. Anatomia Descritiva Animais Domésticos I Citologia

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS EM SEMENTES DE MURICI

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES PARA EXAMES DE MICROBIOLOGIA. Colher o material o mais diretamente possível da lesão.

TESTES ALÉRGICOS INTRADÉRMICOS COMO AUXÍLIO DO DIAGNÓSTICO DA DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC) Introdução

Dr. Rodrigo Mainardi, médico veterinário, clínico de pequenos animais, Conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária CRMV-SP

40 (60) T1 Teórica 2 a. 7:30-9: (pode aumentar até 30, equilibrando as Ps)

AVALIAÇÃO PARASITÁRIA EM SUÍNOS NA FASE DE TERMINAÇÃO CRIADOS NA LOCALIDADE DE JENIPAPO MUNICÍPIO DE UBAÍRA - BAHIA. Apresentação: Pôster

GABARITO OFICIAL. Área de concentração: ANESTESIOLOGIA

CLOSTRIDIOSES EM AVES

CALENDÁRIO ESCOLAR 2017 MEDICINA VETERINÁRIA

HIPOTIREOIDISMO CANINO METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM

Curso Gestão Períodos Formação Turno Vagas Anuais. Medicina Veterinária Alessandra Sayegh Arreguy Silva 10 períodos Bacharel Manhã ou Tarde 100 vagas

PADRÃO HISTOPATOLÓGICO DE DEMODICOSE CANINA

CURSO MEDICINA VETERINÁRIA

Status Sanitário e Principais Doenças dos Animais de Laboratório. Prof. Dr. André Silva Carissimi Faculdade de Veterinária - UFRGS.

FACULDADE PIO DÉCIMO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MATRIZ CURRICULAR 2015/2

Transcrição:

INVESTIGAÇÃO DE POSSÍVEIS ECTOPARASITOS EM COELHOS CRIADOS NO IF BAIANO CAMPUS SANTA INÊS Apresentação: Pôster Késila dos Santos Silva 1 ; Crislane de Souza Silva 2 ; Gabrielle Mascarenhas Pereira 3 ; Bruno Delphino Medrado 4 ; Fred da Silva Julião 5 Introdução O coelho (Oryctolagus cuniculus) foi uma das primeiras espécies utilizadas na experimentação biológica, sendo utilizado em pesquisas laboratoriais, principalmente em estudos de bacteriologia, fisiologia e nutrição; e ainda, em laboratórios clínicos, estudos sobre hormônios e para a produção de vacinas e soros (ALMEIDA & LEITE, 2012). Atualmente o coelho é considerado um animal economicamente importante por ser utilizado pela indústria na produção de carne, pele, couro, vacina e soro. Além de fornecer adubo orgânico, que possui um alto valor no mercado, utiliza também o cérebro, que pode ser desidratado e moído para obtenção de tromboplastina, um agente coagulador do sangue (FERNANDES et al., 2013). Os coelhos são bem utilizados como animais de companhia, provavelmente por ser uma espécie dócil, visualmente agradável e de fácil manejo alimentar (MELO et al., 2008). Além de ser amplamente utilizado em zooterapia, pois acelera a recuperação de humanos hospitalizados ou portadores de doenças crônicas (SAMFIRA & PETROMAN, 2011). Na cunicultura o parasitismo constitui um dos principais fatores limitantes para produção de coelhos, sendo os ácaros causadores da sarna os responsáveis por grandes prejuízos (FERREIRA, 1 kesilazoo1991@gmail.com 2 criisifba@gmail.com 3 gabimasper@gmail.com 4 Médico Veterinário, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano Campus Santa Inês, bruno.medrado@ifbaiano.edu.br 5 Orientador/Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano Campus Santa Inês, fred.juliao@si.ifbaiano.edu.br

1987). Infestações por ectoparasitos em coelhos são problemas comuns, causadores de afecções dérmicas que interferem na qualidade de vida dos animais, além de afetar a produtividade do rebanho (WHITE ET AL., 2002). Portanto, o objetivo deste trabalho foi a identificação de possíveis ectoparasitos acometendo os coelhos criados no IF Baiano Campus Santa Inês. Fundamentação Teórica As infestações por ectoparasitas em coelhos são problemas comuns causadores de dermatopatias. Dentre elas, destacam-se as espécies Psoroptes cuniculli (HERING, 1838). A infestação por esse parasito é denominada sarna psoróptica, principalmente localizada na orelha, sendo mais comum em ambos os condutos auditivos (CHEN et al., 2000). As infestações por Psoroptes são importantes por causar danos em animais domésticos e silvestres, levando às perdas econômicas e problemas de bem-estar em animal de produção em vários lugares do mundo (VAN DEN BROEK; HUNTLEY, 2003). Existe também a sarna sarcóptica, cujo ácaro recebe o nome de Sarcoptes scabiei cuniculi que ataca o focinho e as patas dos coelhos podendo depois se alastrar por outras partes do corpo. As manifestações iniciam-se com a ação do parasita que causa irritação e o aparecimento de uma secreção que seca e forma crostas de coloração amarelo-acinzentada. Os principais sinais caracterizam-se pela presença de uma dermatite generalizada, com alopécia e queda de pelo em tufos, descamação e acumulação de detritos cutâneos na base (QUEIROZ et. al., 2016). As desordens dermatológicas são responsáveis pela maior parte dos atendimentos veterinários realizados nesses animais de estimação (WHITE et al., 2002). O diagnóstico desse parasito é confirmado examinando-se as crostas oriundas das lesões por microscopia, onde podem ser visualizados diversos estágios do ácaro (WHITE et al. 2002). Distintos protocolos terapêuticos têm sido propostos para o tratamento desta parasitose em coelhos, podendo ser utilizado tratamento tópico ou sistêmico, não sendo necessária a remoção mecânica das crostas (WHITE et al. 2002). As sarnas em coelhos aparecem principalmente nas criações onde a limpeza não é satisfatória, acometendo assim os animais de qualquer idade (BERGAMIN, 1947). Em coelhos, é a causa mais frequente de otite (WHITE et al. 2002), sendo comum em ambos os condutos auditivos. Os sinais clínicos incluem inflamação, formação de crostas, exsudação ceruminosa com escoriações devido ao ato de coçar (FISHER et al. 2007), ulcerações, congestão, hiperemia com formação de

tecido de granulação (CHEN et al. 2000) que podem resultar em alterações neurológicas (WHITE et al. 2002). Metodologia O estudo foi realizado no setor de Cunicultura do IF Baiano Campus Santa Inês. Foram utilizados animais da raça Nova Zelândia que apresentavam crostas no pavilhão auricular e lesões provenientes do ato de coçar, sendo sinais sugestivos de ectoparasitoses. As coelhas tinham idade variando de 6 a 8 meses, pesando entre 0,8kg a 1,0kg, sendo criadas em gaiolas individuais de arame galvanizado (60 x 80 x 40 cm) suspensas do solo com comedouro e bebedouro do tipo Niple. Para o diagnóstico, foram coletadas pequenas crostas de ambos os condutos auditivos de cada animal com os sinais aparentes, através do auxílio de uma pinça. Vale ressaltar, que parte haviam recebido aplicação de Ivermectina via oral, dois dias antes da coleta, apenas com diagnóstico clínico do veterinário responsável. O material coletado foi acondicionado em placas de Petri e devidamente identificado. Posteriormente, levado para o Laboratório de Parasitologia do IF Baiano Campus Santa Inês, onde foram colocadas em vidro relógio, adicionada solução de Hidróxido de sódio 10% (NaOH). Em seguida, a amostra foi transferida para lâmina e submetidas à visualização em microscópio óptico para investigação parasitológica. Resultados e Discussões Do plantel com sessenta coelhos, foi coletado material de quatro animais, dentre estes duas coelhas haviam recebido o tratamento com Ivermectina. Nas amostras analisadas, da crosta retirada do pavilhão auricular das coelhas, foram encontradas sarnas identificadas morfologicamente como sendo da espécie P. cuniculli. Nos dois animais medicados com Ivermectina, observou-se também a presença das mesmas, porem apresentando uma menor quantidade quando comparadas aos animais não medicados. A sarna auricular uma das principais patologias nesta espécie, é de rápida infestação entre os animais. Os sintomas são intensa irritação na pele, com consequente inflamação e produção de secreções serosas e amareladas, que se não tratadas formam crostas na pele que podem chegar a

trancar o ouvido do animal, além da formação de pus e perda de sangue (PEREIRA, 2002). Segundo Souza (2011), coelhos quando doentes podem demonstrar sintomas como quadro depressivo, olhar triste e ofuscado, queda das orelhas, isolamento, além de anomalias físicas, pelos mais ásperos e opacos, e pele mais enrugada. Sendo sintomas compatíveis ao encontrado nos animais estudos. Para amenizar o problema com a sarna, é necessário um manejo sanitário adequado, pois os ovos de P. cuniculli liberados permanecem viáveis pelo menos por um mês em temperatura ambiente (NASCIMENTO et al., 2013). Atrelado a esse fato se tem o problema com aglomerações de coelhos, pois há maior chances de ocorrer problemas com a sarna devido ela ser transmitida através do contato (SWARNAKAR et al., 2014), o que nesse caso é minimizado no setor de cunicultura do IF Baiano por serem animais criados em gaiolas individuais. Conclusões Na criação analisada, mesmo com acompanhamento veterinário e os animais serem criados em gaiolas individuais, observou-se a proliferação da sarna P. cuniculli e os sinais clínicos relacionados a esta infestação. Dessa forma, constata-se a necessidade de monitoramento frequente dos animais, a fim de evitar que infecções parasitárias se torne um problema no plantel, ocasionando prejuízos econômicos. Referências BERGAMIN A. A sarna das orelhas dos coelhos. Anais da ESALQ, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 4:390-392, 1947. CHEN, L. P.; CHUNG, T. K.; LIN, S. C. Psoroptes cuniculi infestation in rabbits in central Taiwan. Journal of the Chinese Society of Veterinary Science, v.26, n.4, p.284-292, 2000. DE ALMEIDA E.J. & LEITE V.C. Análise logística da movimentação de ração animal e madeira no biotério central da Unesp-Botucatu. Tékhne & Lógos 3(2):1-22. 2012. FERNANDES J.I., VEROCAI G.G., RIBEIRO F.A., MELO R.M., CORREIA T.R., COUMENDOUROS K. & SCOTT F.B. Efficacy of the d-phenothrin/pyriproxyfen association against mites in naturally co-infested rabbits. Pesq. Vet. Bras. 33(5):597-600. 2013. FERREIRA S.R.A. Eficiência e avaliação econômica do uso do ivermectin, triclorfon e

monossulfiram no tratamento da sarna sarcóptica de coelhos. Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. 42p. 1987. FISHER M., BECK W. & HUTCHINSON M.J. Efficacy and Safety of Selamectin (Stronghold /Revolution ) Used Off-Label in Exotic Pets. Intern. J. Appl. Res. Vet. Med., 5:87-96, 2007. MELO R.M.P.S., FERNANDES J.I., CRUZ V.P., RIBEIRO F.A., BOTELHO M.C.S.N., VEROCAI G.G. & SCOTT F.B. Eicácia do piretróide permetrina no controle de Psoroptes ovis (Hering, 1838) (Acari: Psoroptidae) em coelhos (Oryctolagus cuniculus) naturalmente infestados. Revta Bras. Parasitol. Vet. 17(1):55-58. 2008. MORRISEY J.K. Parasites of ferrets, rabbits, and rodents. Sem. Avian and Exotic Pet Med.5 (2):106-114. 1996. PAN B., WANG M., XU F., WANG Y., DONG Y. & PAN Z. Eficacy of an injectable formulation of eprinomectin against Psoroptes cuniculi, the ear mange mite in rabbits. Vet. Parasitol. 137 (3/4):386-390. 2006. PEREIRA, IN: ANDRADE, A., PINTO, S. C., OLIVEIRA, R. S. Orgs. A. Principais doenças dos coelhos.. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. P. 105 à 113. QUEIROZ T. B. M.; CASTRO L. C. S.; ABREU F. G.; GUERREIRO M. E. F. Medidas profiláticas no tratamento de sarnas em coelhos. XXV Encontro de iniciação a Docência. Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, 2016. SAMFIRA M. & PETROMAN I. Therapeutic value of the human being-animal relationship. J. Anim Sci. Biotechnol. 44(2):512-515. 2011. SWARNAKAR G., SHARMA D., SANGER B. & ROAT K. Psoroptes cuniculi on farm rabbits and its anthropozoonosis in Gudli village of Udaipur district, India. Int. J. Curr. Microbiol. Appl. Sci. 3(3):651-656. 2014. VAN DEN BROEK, A. H.; HUNTLEY, J. F. Sheep cab: the disease, pathogenesis and control. Journal of Comparative Pathology, v.128, n.2-3, p.79 91, 2003. WALL R. Ectoparasites: Future challenges in a changing World. Vet. Parasitol. 148(1):62-74. 2007. WHITE, S.D.; BOURDEAU, P. J.; MEREDITH, A. Dermatologic problems of rabbits. Seminars in Avian and Exotic Pet Medicine, v.11, n.3, p. 141-150, 2002.