PRODUÇÃO INDUSTRIAL Novembro de 2013 SUMÁRIO EXECUTIVO A produção industrial de Santa Catarina recuou -2,7% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. É o primeiro recuo depois de cinco meses de taxas positivas consecutivas neste tipo de comparação. As maiores pressões em novembro/13 foram: Principais Pressões nov.13/nov.12 Positiva Metalurgia básica 18,4% Negativa Máquinas e Equipamentos -9,7% No acumulado do ano (jan-nov), a indústria catarinense cresceu 1,6% sobre o mesmo período do ano anterior. As maiores pressões no acumulado do ano foram: Principais Pressões Jan-Nov.13/Jan-Nov.12 Positiva Alimentos 4,7% Negativa Máquinas e Equipamentos -5,4% P R O D U Ç Ã O I N D U S T R I A L S U L D O B R A S I L Nov. 13/Nov 12 Jan-nov.13/Jan- Nov.12 Paraná 12,2% 5,7% Santa Catarina -2,7% 1,6% Rio Grande do Sul 8,3% 6,3%
PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASIL: RESULTADOS REGIONAIS No acumulado dos onze meses do ano a produção industrial brasileira avançou 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ocorreu aumento de produção em onze locais dos quatorze pesquisados. Rio Grande do Sul (6,3%), Paraná (5,7%), Bahia (4,6%), Goiás (4,6%), Ceará (3,7%), Santa Catarina (1,6%), Amazonas (1,5%), São Paulo (1,4%), Nordeste (1,1%), Rio de Janeiro (0,6%) e Pernambuco (0,2%). O crescimento nestas regiões foram influenciadas pela maior fabricação de bens de capital e de bens de consumo duráveis, além da maior produção vinda dos setores de refino de petróleo e produção de álcool, produtos têxteis, calçados e artigos de couro e alimentos. Os estados com queda de produção no acumulado do ano foram: Espírito Santo (-6,9%), Pará (-5,6%), Minas Gerais (-0,8%). PARANÁ A indústria paranaense, no acumulado do ano (jan-nov) cresceu 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A principal contribuição positiva foi observada no ramo de veículos automotores (16,8%), sobretudo devido a maior produção de caminhões e caminhão-trator para reboques. Expressivo avanço também adveio de máquinas e equipamentos (14,4%) pelo aumento na fabricação de máquinas para trabalhar matéria-prima para fabricar pasta de celulose, tratores agrícolas, máquinas para colheita, etc; refino de petróleo e produção de álcool (4,3%) álcool, óleo diesel, gasolina; minerais não-metálicos (8,0%) cimento. RIO GRANDE DO SUL - No acumulado do ano (jan-nov 2013/jan-nov 2012) a indústria gaúcha cresceu 6,3% impulsionada pelo incremento na produção de refino de petróleo e produção de álcool (31,8%), veículos automotores (20,1%) e máquinas e equipamentos (8,6%). O estado apresentou avanço na produção de gasolina, óleo diesel, gás (GLP) e naftas; além de automóveis e reboques; e silos metálicos para cereais, máquinas para colheita, semeadores, plantadeiras e tratores agrícolas. PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE SANTA CATARINA NOVEMBRO 2013 / NOVEMBRO 2012 A produção industrial de Santa Catarina recuou -2,7% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Seis das onze atividades pesquisadas apontaram taxas negativas. 2
Pressões Negativas Nov. 2013/ Nov. 2012 mensal (%) Maiores influências Observações Máquinas Equipamentos e -9,7% Compressores usados em aparelhos de refrigeração Após crescer em setembro, nesta base de comparação, retorna a recuar, o que ocorre desde maio/13. Alimentos Celulose, Papel e Produtos de Papel -2,9% -6,2% Embutidos de suínos congelados, carnes e miudezas de aves congeladas e carnes de suínos congeladas Papel Kraft para embalagem, sacos, sacolas e bolsas de papel e caixas de papelão ondulado ou corrugado Após crescer há cinco meses consecutivos nesta base de comparação, recua em novembro. Sua recuperação era a principal pressão para a retomada do crescimento da indústria de SC nos últimos meses. Em 2012, registrou recuo de 5% sobre ano anterior. Atividade de expressivo crescimento no ano, registrou queda no trimestre jun-ago, nesta base de comparação. Depois, registrou crescimento em set e out. Retorna a cair em novembro. Borracha e Plástico -5,9% sacos, sacolas e bolsas de plástico de qualquer dimensão para embalagem ou transporte, artigos de plástico para uso doméstico e tubos, canos e mangueiras de plástico Pressões positivas Nov. 2013/ Nov. 2012 Metalurgia Básica Madeira Minerais não-metálicos mensal (%) Maiores influências 18,4% Artefatos e peças de ferro fundido e barras, perfis e vergalhões de alumínio 8,7% Portas e janelas de madeira 4,1% Ladrilhos e placas de cerâmica para pavimentação ou revestimentos esmaltados Observação Desde março de 2013 apresenta taxas de crescimento de dois dígitos, nesta taxa de comparação. Em 2012, registrou recuo de -0,74% em relação ao ano anterior. F O N T E: I BGE 3
JAN NOV/2013 ACUMULADO DO ANO A produção catarinense acumulada nos primeiros onze meses do ano registra avanço de 1,6% frente a igual período do ano anterior, pressionada em grande parte pelo aumento de produção observada em sete das onze atividades pesquisadas. Pressões positivas acum. (%) Maiores influências Alimentos 4,7% Carnes e miudezas de aves congeladas Vestuário e Acessórios 12,7% Camisetas de malha de algodão, calças compridas de uso feminino, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de uso masculino Metalurgia Básica 19,5% Artefatos e peças de ferro fundido e barras, perfis e vergalhões de alumínio. Celulose, papel e produtos de papel 5,4% Papel Kraft para embalagem, caixas de papelão ondulado e sacos, sacolas e bolsas de papel F O N T E: I BGE Pressões Negativas acum. (%) Maiores influências Máquinas e Equipamentos -5,4% Compressores usados em aparelhos de refrigeração Produtos têxteis -6,8% Tecidos de malhas de algodão, toalhas de banho, rosto, mãos de algodão, tecidos de algodão mesclados com fibras artificiais e tecidos de algodão crus ou alvejados. 4
DESTAQUES DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS - SC ALIMENTOS Principal pressão positiva para a indústria de Santa Catarina, a indústria alimentar cresce 4,7% no acumulado do ano. A recuperação ocorreu de forma mais consistente a partir de junho de 2013, quando conseguiu avançar a produção durante cinco meses consecutivos em relação aos mesmos meses do ano anterior. Entretanto, no mês de novembro registrou recuo em relação a novembro de 2012, o que diminui o crescimento acumulado no ano. O recuo de novembro ocorreu devido a menor produção de embutidos de suínos, carnes e miudezas de aves congeladas e carnes de suínos congeladas. No ano, a desvalorização do dólar contribuiu para a melhora de preços em reais nas exportações. Apesar disto, as exportações de carnes e miudezas (capítulo 02 do SH2) de Santa Catarina apresentaram desempenho inferior ao ano passado (-6%). Mesmo com o início dos embarques de suínos para o Japão, principal mercado das carnes de Santa Catarina, as exportações foram menores que em 2012 (-4%). Dentre os principais mercados, destaca-se o incremento das exportações de carnes para a Holanda (5,7%), Rússia (0,5%) e Arábia Saudita (31%). A redução das compras da Ucrânia (-50%) afetou significativamente o mercado de carnes provenientes do estado de Santa Catarina. Em agosto iniciaram as exportações de frango para o México, um mercado ainda pequeno (US$797 mil em 2013). Também houve redução de compras da Argentina (-39,%). Apesar do desempenho do mercado externo, a indústria registra investimentos em aumento de capacidade instalada. Em 2013, a BR Foods realizou investimentos para aumento de capacidade produtiva em diversas unidades industriais brasileiras, inclusive em Videira (SC) e Capinzal (SC). A Aurora reiniciou atividades (em 06/01/14) na unidade de abate e processamento de suínos em Joaçaba. Foram realizadas obras de ampliação e modernização que demandaram investimentos de R$ 61,5 milhões. A planta industrial triplicará a capacidade industrial e a geração de produtos cárneos destinados à exportação. Até setembro de 2014 gerará 1.060 empregos diretos e 3.000 empregos indiretos. Em dezembro (19/12/2013), a Aurora anunciou que realizará investimentos de R$22 milhões para ampliar o volume de abate e processamento de aves na unidade industrial de Xaxim (pertencente à massa falida da Chapecó Companhia Industrial). O processo industrial foi retomado em abril com abate de 60.000 frangos por dia e atingirá 240 mil frangos/dia em 5
junho de 2014. Em outubro de 2013, a Aurora também inaugurou centro logístico que demandou investimentos de R$10 milhões em Chapecó. VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS O ano de 2012 não foi positivo para a indústria de vestuário catarinense, que terminou com queda de produção industrial em relação a 2011 (-8,7%). Mas, a partir de dezembro de 2012 registrou taxas de crescimento positivas em relação aos mesmos meses do ano anterior, ao contrário da produção brasileira que vem apresentando instabilidade no seu desempenho. Enquanto a indústria de vestuário catarinense cresce 12,7% em 2013 (jan-nov), a indústria brasileira recua -2,4%. Mas, o crescimento da produção de vestuário deve-se ao mercado interno. As exportações de vestuário (caps 61 e 62 do SH2) foram de US$43,7 milhões em 2013, pequeno incremento em relação a 2012 (1,4%). O valor exportado por esta indústria é pouco representativo se comparado ao total exportado pelo Estado de SC (0,5%). Tem como principais mercados os países da América Latina: Paraguai, Uruguai, Bolívia, Argentina. No ano passado, as exportações para a Argentina apresentaram recuo de -58,5%. No final de 2013 e primeiros meses de 2014 a indústria enfrenta o desafio de crescer com pressão inflacionária, que dificulta a recuperação de margens, além de ter seus custos majorados pela desvalorização cambial (efeito da importação de insumos). METALURGIA A produção da indústria metalúrgica terminou o ano de 2012 em queda em relação ao ano anterior, tanto em nível de Brasil (-4,1%) quanto em Santa Catarina (-0,74%). Em 2013, a metalurgia catarinense, após recuar a produção industrial no primeiro bimestre de 2013 (-6,3%) em relação ao mesmo período do ano anterior, avançou nos últimos meses. Com isso, conseguiu acumular um crescimento de 19,5% no ano (jan-nov) enquanto a produção da indústria metalúrgica brasileira recuou -2,2%. A indústria metalúrgica catarinense foi impulsionada pela maior fabricação de veículos comerciais no mercado nacional (caminhões), assim como máquinas, sobretudo tratores e outros equipamentos para a agricultura. A recuperação do mercado automobilístico norte-americano, juntamente com a desvalorização cambial brasileira, tem sido fatores favoráveis ao desempenho das exportações das indústrias metalúrgicas. 6
CELULOSE E PAPEL A indústria de celulose e papel registrou expressivas taxas de expansão industrial em Santa Catarina no primeiro semestre. Entretanto, vem desacelerando a expansão da produção na margem, registrando recuos de produção em alguns meses do segundo semestre. No acumulado do ano, acumula crescimento de 5,3%. Portanto, cresce enquanto a produção brasileira de papel e celulose registra pequeno recuo no acumulado do ano (-0,3%). As exportações catarinenses de papel e celulose em 2013 registraram crescimento de 7%, aproximadamente. Tendo como principais mercados os países da América Latina, foi impulsionada pelo aumento da demanda da Argentina (28%), o principal mercado. Diminuiu as vendas para a Venezuela (-8,5%), segundo mercado mais importante. Ampliou as vendas para os demais mercados principais: Paraguai (38%), Uruguai (3%), Bolívia (78%). Para 2014, a ABPO ( Associação Brasileira de Papel Ondulado) projeta expansão de vendas no mercado interno de 4% e importantes empresas do setor mantêm projetos de expansão de capacidade. A Klabin, maior fabricante nacional de papéis para embalagens vai investir R$3,56 bilhões em 2014, dos quais R$2,76 bilhões será em nova fábrica de celulose no Paraná. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS O ano de 2012 foi de expressivo crescimento da produção industrial para a indústria de máquinas e equipamentos de Santa Catarina dadas as elevadas vendas que foram impulsionadas pela redução de IPI (imposto sobre produtos industrializados). Neste ano, este ramo industrial perdeu dinamismo e não consegue manter as mesmas taxas de crescimento do ano anterior. No ano de 2012, esta atividade industrial cresceu 14,6%, o maior crescimento de toda a indústria catarinense. Apesar de perder na comparação com o crescimento do ano passado, o nível de produção industrial mantém-se elevado. O recuo deste ano ( -5,4%, jan-nov 2013) é inferior à expressiva expansão do ano passado. Importantes indústrias deste segmento realizaram investimentos em 2013, com expansão de capacidade e geração de empregos. Em 2013, as exportações de máquinas e equipamentos (cap 84 do sh2) apresentou retração de 7,5% em relação a 2012. O desempenho foi afetado pelo recuo nas compras dos principais 7
mercados. As exportações diminuíram significativamente para os EUA (-24%), o principal mercado; assim como os demais mercados (elencados por ordem de faturamento): México (- 0,6%); Argentina (-11%), Itália (-22%) e Reino Unido (-8,7%). TÊXTEIS A produção industrial catarinense de têxteis não registrava crescimento desde setembro de 2012, na comparação mensal (mês sobre mesmo mês do ano anterior) quando apresentou o crescimento de outubro (3,5%). Entretanto, em novembro voltou a registrar recuo de produção (-1,7%). Os constantes recuos de produção fizeram com que no acumulado do ano de 2013 (jan.-nov.) ocorresse uma variação de -6,8% sobre o mesmo período de 2012. A fragilidade financeira de diversas companhias e a concorrência com os produtos importados explicam as sucessivas quedas de produção. A produção brasileira de têxteis também registra recuo de -1,8% em relação ao mesmo período do ano passado (jan-nov 2013/jan-nov 2012). 8
PRODUÇÃO DA INDÚ ST RI A DE SANTA CATARI NA ANEXO Produção Indústria de Santa Catarina (%) mês sobre mês anterior (com ajuste sazonal)- Ind. Geral sobre mês anterior (sem ajuste sazonal) mês/mês* acumulado do ano 12 meses 2012 jan. -1,5-0,1-7,8-7,8-5,7 fev. 0,2 4,8-4,0-5,8-6,3 mar. -0,6 7,2-6,2-5,9-6,6 abr. 0,6-9,4-2,4-5,0-6,1 mai. 1,6 9,8 3,4-3,3-5,1 jun. -2,9-7,0-3,4-3,3-4,7 jul. 0,4 3,4-0,3-2,9-4,1 ago. -0,2 5,1-2,1-2,8-4,2 set. -1,6-9,7-7,3-3,4-4,5 out. 0,1 11,4 2,5-2,9-3,7 nov. 3,6-0,6 1,6-2,6-2,9 dez. -0,7-15,0-3,9-2,5-2,5 2013 jan. 0,9 7,8 3,7 3,7-1,6 fev. 0,1-1,8-2,8 0,4-1,5 mar. 0,1 5,1-4,8-1,5-1,3 abr. 0,2 3,2 8,4 1,0-0,5 mai. -2,0-0,6-1,9 0,3-0,9 jun. 2,7-4,3 1,0 0,5-0,6 jul. -1,1 6,4 3,9 1,0-0,2 ago. 1,5 2,8 1,7 1,0 0,1 set. 0,0-4,5 7,6 1,8 1,3 out 0,6 8,6 4,8 2,1 1,6 Nov. -3,1-7,6-2,7 1,6 1,2 F O N T E : S I D R A - I B G E ; * M Ê S S O B R E O M E S M O M Ê S D O A N O A N T E R I O R GM 10.01.2014 9