Processo Participativo Ciclo C EIXO SEGURIDADE



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Transcrição:

Processo Participativo Ciclo C Relatório da 12 a Oficina Pública EIXO SEGURIDADE 15 de setembro de 2010 FACE/UFMG (16:00 às 21:00)

SÍNTESE DAS DISCUSSÕES GRUPO 1 - Política metropolitana integrada de segurança pública Criação de um colegiado metropolitano responsável pela metodologia e integração de uma política de gestão metropolitana policial e participação municipal. Integração entre a Agência Metropolitana e a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) para pensar os problemas de integração policial. Criação de uma Escola Metropolitana de Formação Integrada das Polícias inclusive da Guarda Municipal e também de agentes penitenciários. Incentivo aos Conselhos Municipais Antidrogas (COMADs) e às Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs) por parte das prefeituras. Desenvolvimento e expansão de Patrulha Rural e Turística, que é muito importante para outras políticas, como de segurança alimentar e de sustentabilidade. Tarefa de construir sistemas de comunicação e informações integrados ao sistema metropolitano. e capazes de registrar peculiaridades que fogem ao controle do Estado; criação de um sistema municipal de banco de dados. Guardas Municipais devem ter acesso ao Registro Único de Eventos de Defesa Social (REDS). Consórcios para a criação de bancos de dados; oferecer recursos para sua viabilização. Inserção de conteúdos programáticos de segurança pública na grade curricular do ensino básico. Programas específicos de segurança pública pós-ocupação: reassentados em conjuntos habitacionais da PBH; readaptação das famílias às moradias verticalizadas. Centros de Referencia de Assistência Social (CRAS) e programas como o Fica Vivo! não chegam nesses locais e famílias são vítimas do tráfico de drogas. Crianças de 6 a 11 anos estão descobertas pelos programas de prevenção ao uso de drogas. População de rua deve ser incluída nos programas de combate às drogas.

GRUPO 2 - Política metropolitana integrada de gestão dos riscos ambientais e de mudanças climáticas Política metropolitana de criação de um sistema metropolitano de gestão de riscos (incluindo um sistema metropolitano integrado de Defesa Civil). É necessária uma gestão imediata dos riscos, que dizem respeito ao que já está instalado, mas também da projeção de cenários para o futuro e outras medidas. Nesse diagnóstico, é importante identificar as iniciativas existentes, que, embora apresentem limitações, precisam ser potencializadas. O programa 1 trata mais do risco climático do que do risco socioambiental em geral. Ampliar o sistema de monitoramento da qualidade do ar e rever os parâmetros utilizados na medição. A Defesa Civil não deve ficar apenas com o trabalho de socorro, mas desenvolver um trabalho de educação urbana para a gestão dos riscos ambientais. Programas educativos não só nas escolas, mas nas empresas, estabelecimentos comerciais etc. A fiscalização e a punição também devem fazer parte da educação ambiental. Instruir a população quanto aos riscos como ação de prevenção. Importância dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDECs) para a preparação da população. Importância desses estudos para direcionar as políticas públicas.. Os mais vulneráveis, com mais dificuldades para se adaptar aos riscos, são as camadas mais pobres da população. O Programa 6 deve ser uma iniciativa de recomendação de estudos. GRUPO 3 - Política metropolitana integrada de segurança alimentar e nutricional Criação de uma política de incentivo à manutenção de áreas rurais e de cursos d água. Ampliar a questão das mudanças climáticas; pensar nas questões ambientais em geral. Consolidação da RMBH como sociedade limpa, com baixa emissão de carbono.

Estimular o aumento da produção e da qualidade e a redução do custo dos alimentos de forma sustentável e garantindo renda para as populações rurais. Estimular compras coletivas de insumos e implementos agrícolas, aumentando sua escala. Criar projetos de qualificação e formação profissional para valorização do produtor rural. Estimular o desenvolvimento tecnológico, aproximar produtores e suas várias formas associativas de centros de pesquisa e extensão. Valorização do agricultor familiar e fortalecimento da população rural e seus aspectos culturais. Realizar diagnósticos com a população rural, de modo a trazê-la ao processo de planejamento. Acrescentar a menção à conservação dos solos e à preservação dos topos de morros. Estimular o turismo rural de base comunitária. Estimular o uso de práticas e insumos agroecológicos. Reforçar a idéia do pagamento de serviços ambientais por prestação aos pequenos produtores. Flexibilizar normas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Sugerir a revisão dos contratos das grandes empresas nas áreas rurais. Articular ações municipais e estaduais e fortalecer espaços institucionais regionais de discussão. Incentivar um programa de créditos obrigatórios. Articular redes escolares estaduais e municipais mediante a aquisição de alimentos, provenientes principalmente da agricultura familiar e da agricultura urbana. Fortalecer os bancos de alimentos e a logística de comercialização dos produtos. Aumentar a fiscalização da qualidade dos alimentos. GRUPO 4 - Política metropolitana integrada de formação e qualificação profissional e política metropolitana integrada de apoio à produção em pequena escala Oferecer cursos preparatório para concursos públicos a jovens de baixa renda.

Sugestão de qualificação profissional e social, pois habilidades técnicas não são suficientes. Trabalhar com Arranjos Produtivos Locais (APLs), valorizando a mão-de-obra local. Mapa que mostre o funcionamento do mercado de trabalho na RMBH, onde há grande descompasso entre a demanda e a oferta de mão-de-obra. Intervir na lógica do trabalho para que pessoas consigam romper com ciclo de precariedade. Associar a qualificação profissional ao Ensino Médio e pensá-la como direito à formação. A empresa também precisa se encarregar da formação profissional. Adequar as metodologias de capacitação aos segmentos mais vulneráveis da sociedade. É preciso pensar no futuro, no envelhecimento populacional e na sua relação com a qualificação. Necessidade de articulação entre o Estado e a Economia Solidária. A questão do turismo de base comunitária poderia ser mais abordada. É importante pensar em capacitação para agricultura familiar. Ações afirmativas podem ter relação com as políticas propostas. A geração de renda não se restringe à questão da qualificação. É necessário criar Fóruns Municipais de Economia Solidária, bem como Leis Municipais. A Lei Estadual de Economia Solidária precisa ser mais difundida. A questão do alvará do empreendimento é fundamental. É importante pensar nos espaços em que a habitação e a produção convivem. Proposta de agência de negócios que forneça assessoria permanente para pequenos grupos. Burocracia e falta de acesso ao crédito aos pequenos produtores. Fomento à comercialização de produtos orgânicos e artesanato realizado por pequenos grupos.

RELATÓRIO COMPLETO DAS DISCUSSÕES GRUPO 1 - Política metropolitana integrada de segurança pública Coordenador: Murilo Fahel (PDDI-RMBH) Relatora: Michelle Veloso (PDDI-RMBH) Expectativas em relação à política Comando Metropolitano da Polícia: integração. Patrulha Rural: é a falta de segurança que facilita a evasão do campo. Delegados em todas as cidades. Prevenção ao uso de drogas. Diminuição da mídia da criminalidade. Integração com outras políticas; segurança pela vida, capacitação; abertura aos conselhos municipais. Institucionalmente, trabalhar em rede. Estruturação e criação dos Conselhos Municipais de Segurança Pública; ouvir quem realmente precisa da segurança pública. Integração de diversos setores; formação de um cadastro metropolitano; em São Paulo, foi criada a Polícia Metropolitana; pensar em Conselhos Metropolitanos de Segurança Pública. Elaboração de políticas públicas de segurança; relações ainda muito presas a questões eleitorais, ocasionais. Estruturação das políticas públicas de segurança desde 2003; metodologia da Intendência Geral do Sistema Penitenciário (IGESP); articulação entre a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil (PC); mapeamento da criminalidade e da vulnerabilidade; é necessário integrar prefeituras.

Discussão Programa 1 (Programa de integração das Polícias Civil e Militar da RMBH): é a Polícia Federal que contém o tráfico; a PM, a PC e a Guarda Municipal estão despreparadas. O sistema penitenciário cresceu mais que a própria polícia. A polícia transmite insegurança; faz o seu trabalho, mas muitas vezes é desmoralizada. O crack é o grande responsável por isso. Temos que qualificar a polícia, não pela escolaridade, mas pelo perfil. Gestão metropolitana policial; participação municipal; quem vai ficar responsável pelo quê? Criação de um colegiado metropolitano. A Agência Metropolitana, juntamente com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) deveriam se integrar para pensar tais problemas de integração policial. Propõe a criação de uma Escola Metropolitana de Formação Integrada das Polícias inclusive da Guarda Municipal e também de agentes penitenciários. - Qual a viabilidade de criação dessa escola? Na prática, existe muita dificuldade. Há necessidade de criação de um programa específico. Reivindicação Mulheres da Paz ; Ministério da Justiça; tem que contemplar todas as cidades da RMBH. Há menos investimentos onde existem mais crimes. Falta estrutura para o trabalho da segurança pública. Uma política integrada deve ter ações e programas específicos aplicados às necessidades de determinadas áreas; tem que estar referenciado para melhor aplicação e gestão das políticas de segurança. Fazer ou reiterar convites às instituições de segurança - PM e PC; faltam representantes. Maior desafio é atrelar as proposições do PDDI à institucionalidade. Patrulha rural: quem é o responsável? Patrulha é muito importante para outras políticas (e.g.: segurança alimentar, sustentabilidade). Colocar como quinto item no programa 1: tarefa para os municípios de integrar sistemas de comunicação e informações integrados ao sistema metropolitano. Cada prefeitura deve criar para, dessa forma, registrar peculiaridades que fogem ao controle do Estado. Criação de um sistema municipal de banco de dados. As Guardas Municipais deveriam ter acesso ao Registro Único de Eventos de Defesa Social (REDS).

- Problema na criação de bancos de dados: recursos municipais. A solução é criar consórcios; oferecer para os municípios os recursos para viabilização. Reassentados em conjuntos habitacionais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH): readaptação das famílias às moradias verticalizadas. Qualidade de vida das famílias tem diminuído em decorrência do tráfico de drogas nesses locais. Centros de Referencia de Assistência Social (CRAS) e programas como o Fica Vivo! não chegam lá. Famílias como vítimas do tráfico de drogas. Programa 6 (Programa metropolitano de prevenção e controle do tráfico e uso do crack): crianças de 6 a 11 anos estão descobertas de programas, campanhas, políticas de prevenção ao uso da droga. População de rua deve ser incluída no estudo ou proposição de programas de combate às drogas. - Comunidades terapêuticas também deveriam ser incluídas, talvez como apoio. - Discorda pelo fato de serem instituições privadas. Uma sugestão seria apoiar a inserção dessas comunidades. Incentivo das prefeituras aos Conselhos Municipais Antidrogas (COMADs). Em vez de implantação das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs), incentivo a elas. Municípios são penalizados pela baixa incidência de violência (menos repasses); isso deve ser revertido. Programa 5 (Programa metropolitano de prevenção social da violência): o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI) não tem articulação com os projetos municipais já existentes. Proposta: articulação e integração com projetos e programas já existentes nos municípios.

GRUPO 2 - Política metropolitana integrada de gestão dos riscos ambientais e de mudanças climáticas Coordenador: Edson Domingues (PDDI-RMBH) Relator: Fabio Bicalho (PDDI-RMBH) Expectativas em relação à política Plano com ações factíveis; ruralizar um pouco mais o urbano (torná-lo mais humano) e urbanizar um pouco mais o rural (dar acesso a quem vive no campo para que não precisem sair de lá); vida mais harmônica. Gestão dos ricos deve estabelecer medidas mitigadoras para toda a RMBH; as cidades devem ser articuladas e é necessário impedir os danos no funcionamento da indústria, do maquinário etc. Que o Plano tenha a percepção do todo e da parte; que tenha uma visão macro, mas que consiga perceber as peculiaridades de cada município. Conhecer primeiro os riscos e, depois, suas conseqüências. Que haja uma visão integrada; pensar não só no ar e na água, mas também no meio biótico, na diversidade biológica; deve haver preocupação com todos os seres, não só os humanos. Propostas de ações conjuntas para o enfrentamento de riscos como chuvas, inundações e deslizamentos, observando as particularidades dos municípios, e riscos decorrentes da poluição da água, do ar e do solo; pensar em como podemos nos proteger desses riscos e daquilo que não depende apenas de nós. Propostas específicas para municípios da RMBH e para contribuir para o enfrentamento das alterações globais. Pensar nos riscos ambientais decorrentes da instalação de grandes empreendimentos, principalmente a mineração. Pensar também a integração das bacias hidrográficas (inclsuive as micro-bacias, que representam a possibilidade de uma integração mais palpável). Analisar os impactos e possíveis riscos ambientais gerados pelos projetos de urbanização que estamos tentando implementar à medida que realizarmos mudanças na RMBH, serão gerados novos riscos e novas alterações climáticas; atuar de forma mitigadora antes que o problema se agrave. Espera-se atuação conjunta dos municípios.

Preocupação com a preservação da natureza e evitar a impermeabilização do solo; impedir a degradação, preservar a vegetação nas margens dos cursos d água e as diferentes formas de vida. Pensar nos riscos e impactos gerados pela atuação das mineradoras no Colar Metropolitano. No PDDI, devemos cuidar do ser humano; é o ser humano preparado que vai cuidar das outras questões; é ele quem destrói ou constrói. Apresentação da política 1) Programa de implementação de um sistema de controle, monitoramento e avaliação do risco socioambiental e climático na RMBH, com geração de cenários climáticos futuros dado o aquecimento global e a urbanização No levantamento dos programas existentes, por que não aparecem as iniciativas dos municípios? No quadro institucional das prefeituras, existem iniciativas como o inventário de emissões de mudança climática da PBH. Precisamos ver o que podemos fazer com esses dados levantados. - Nesse levantamento, estão as iniciativas existentes que conseguimos identificar. As oficinas públicas são importantes também para que outras iniciativas sejam identificadas e incorporadas ao Plano. Com relação à redução de emissões de gases de efeito estufa, está contemplada numa política de mitigação, que faz parte do eixo de Sustentabilidade. - Nesse diagnóstico, é importante identificar as iniciativas existentes, que, embora apresentem limitações, precisam ser potencializadas. Os impactos de grandes empreendimentos estão contemplados nesta política? - Serão contemplados num outro programa desta política, conforme será apresentado mais à frente. É importante expandir as estações de monitoramento da qualidade do ar. Atualmente, essas estações estão apenas numa parte da RMBH: Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité... - Essas estações são patrocinadas por grandes empresas. No caso da RMBH, uma particularidade é a direção leste-oeste do vento. Vespasiano e Matozinhos são localidades que mereceriam estações de monitoramento. - Essas informações são importantes para pensarmos na expansão dessas estações.

- O índice de Partículas Totais em Suspensão (PTS) não tem mais tanta relevância atualmente, pois indica a presença de partículas muito grossas. O PM 2.5 é um índice mais adequado. - Um estudo recente indicou que a poluição atmosférica em Belo Horizonte está pior do que em São Paulo. - Esse resultado deve-se à violação do ozônio pela Petrobrás. A Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) está preocupada com isso, é necessário que se contenha o ozônio. - É importante entender a metodologia que aponta esses resultados, bem como rever os parâmetros utilizados no monitoramento da qualidade do ar. O título da política tem uma terminologia ampla, mas, em seu detalhamento, há um empobrecimento do leque que seria comportado por esse título. Nota-se o esquecimento do meio biótico, da percepção dos campos rupestres (ecossistemas-matrizes), ameaçados pela mineração, das espécies vegetais e ambientais ameaçadas de extinção. Acha que essa discussão é muito importante e tem que ser colocada na política. O homem não pode ser pensado em primeiro lugar, porque está integrado à natureza. Não pensar o homem como centro; pensar o homem no meio urbano, a fauna e a flora. 2) Programa de desenvolvimento de instrumentos de gestão de risco em áreas rurais e urbanas Existe um programa de monitoramento de enchentes realizado pela PBH que valeria a pena ser conhecido; seria interessante avaliar a sua eficácia e a possibilidade de sua replicação. Há também um projeto de um sistema de alerta de chuvas, contando com uma estação no alto da serra do Curral. Alguns municípios têm o mapeamento e realizam o monitoramento dos riscos, mas como será o mapeamento em conjunto? Contagem, por exemplo, não recebe dados e previsões que partem de Belo Horizonte. Como é essa proposta? - O programa 4 traz essa proposta de integração das Defesas Civis na RMBH. - O próprio programa 2 também atende a essa proposta de gestão integrada. O que significa o mapa de risco ambiental do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)? - O mapa foi feito a partir de um índice agregado de risco ambiental, composto por vários indicadores.

- A questão da qualidade do ar está contemplada? - Não há disponibilidade de dados referentes à qualidade do ar na RMBH. 3) Programa de educação ambiental para conscientização, informação e prevenção da população em área de risco socioambiental Na questão da educação ambiental, o papel mais importante é o executado pelos municípios. Em Contagem, há uma iniciativa modelo nesse sentido. O estado precisa dos municípios para isso e, no quadro institucional, têm que aparecer as ações dos municípios. A mobilização nas áreas de deslizamentos e inundações é feita pelos próprios municípios. 4) Programa de modernização da Defesa Civil na RMBH No caso do Sapucaí-Verde, a maior preocupação são os incêndios; na RMBH, o enfoque deve ser a vida urbana. Costuma-se associar o vazamento de produtos tóxicos à poluição atmosférica, mas isso também acontece muito nos córregos e cursos d água dejetos de gráficas, tintas sem que se preste a devida atenção. - Isso deveria fazer parte de uma política de saneamento e ressaltado na prática. - A política deve abranger tudo. Temos que nos preocupar com essas questões no PDDI, porque há grande circulação de cargas perigosas na RMBH. Precisamos de equipes treinadas para dar respostas imediatas aos acidentes; hoje, só contamos com as equipes da FEAM para isso. - Nos países desenvolvidos, os sistemas de alerta são bastante efetivos. Especula-se que os fenômenos climáticos drásticos serão maiores e mais freqüentes também na RMBH, o que gerará maiores impactos sobre a Defesa Civil. - Preocupação com os incêndios, um dos quais começou, recentemente, próximo à BR-040, e só foi contido quando se aproximou de alguns condomínios. Morosidade para responder a esses incêndios. - No caminho para Nova Lima, esses incêndios são muitos frequentes. 5) Programa de adequação do sistema de saúde às vulnerabilidades identificadas na RMBH quanto ao risco ambiental e às mudanças climáticas

Pensar na relação desses riscos com a questão social. Os mais vulneráveis, com mais dificuldades para se adaptar, são as camadas mais pobres da população. Aqueles que têm mais acesso a recursos terão capacidade de se adaptar aos riscos. Ressalta-se a importância desses estudos para direcionar as políticas públicas. - Os mais vulneráveis são os pobres, os idosos e as crianças. 6) Programa de estudos dos benefícios das medidas de adaptação às mudanças climáticas e riscos socioambientais para a viabilização de ações A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES) também tem iniciativas nesse sentido. Discussão Preocupação quanto à capacidade das ações propostas de atingir os objetivos estabelecidos. Ações falam muito em controlar e gerenciar riscos; isso é importante, mas para quê? Pensar em ações que sejam conseqüência desse controle e monitoramento, que, por si sós, não têm efetividade. Pensar também na pró-atividade da Defesa Civil, para evitar que só aconteça a reação. A maior parte das ações apresentadas são reativas; atuam nos efeitos dos problemas, em suas causas. Proposta de que criemos programas que atuem de forma pró-ativa. - Ações mais pró-ativas, como o estabelecimento de metas de redução de emissões, estão no eixo de Sustentabilidade. Importância dos corredores verdes para a manutenção da biodiversidade. No detalhamento do programa 1, trata-se mais do risco climático do que do risco socioambiental em geral. As ações que tratam do risco ambiental se dão numa escala mais próxima das pessoas; o risco climático acaba atingindo toda a população, não só os mais desfavorecidos socioeconomicamente. Percebem-se muito poucas propostas de alteração da realidade dos riscos. Precisamos ter clareza em relação ao que podemos fazer localmente para enfrentar o aquecimento global. Muitas das propostas são para a convivência com o risco; outras são para a mudança dessa realidade. Seria interessante separar os dois tipos de risco tratados pelo programa (ambiental e climático) e de ação (convivência com o risco e alteração da realidade dos riscos).

Falaria de ações preventivas, não pró-ativas. Entendeu que ações são mais de remediação. Existem várias escalas de intervenção. Ainda que tenhamos pouca capacidade de intervenção, podemos atuar preventivamente, evitando que os problemas alcancem grandes dimensões. Estamos falando de uma política de gestão, então temos que cuidar do que já está posto. As coisas estão aí e precisam ser gerenciadas. A Lei da Defesa Civil atua dessa forma (a partir dos Núcleos de Defesa Civil - NUDECs), promovendo a capacitação para que se saiba conter o risco antes de ele se materializar. A prevenção sem dúvida é o melhor a se fazer, mas precisamos adquirir o conhecimento da funcionalidade das cidades para que se proponham medidas. O conhecimento é fundamental nessa construção de um Plano Metropolitano participativo. Quanto aos animais e demais seres vivos, isso está muito bem contemplado no eixo de Sustentabilidade; precisamos aceitar esses recortes para que os projetos sejam efetivos. - Acha que o que está aí não é fixo e imutável. São vários os fatores que definem os cenários existentes e o novo pode (e deve) se instalar a todo momento. Podemos fazer muito em termos de prevenção e, atualmente, fazemos muito pouco. Teríamos que potencializar as áreas verdes, preservar os recursos que temos, preservar as árvores em áreas de afastamento central. Acha que muito pode ser feito nesse sentido, porque reproduzimos políticas antigas e não pensamos em alternativas. - Não estamos reproduzindo políticas antigas; Belo Horizonte foi planejada pensando-se em diversos aspectos ambientais. - De fato, a cidade já nasce com a disputa entre Saturnino de Brito e Arão Reis com relação à canalização dos rios. Espera que não seja tarde demais para encaminhar essas questões. Quando falamos de uso e ocupação do solo, estamos lidando com os interesses das imobiliárias. Não se pensa em aproveitar, por exemplo, os topos dos edifícios como cobertura vegetal; arquitetura ecologicamente correta. A proposta de mudança na Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) será destrinchada? A idéia é excelente, mas será detalhada? É importante também conter a impermeabilização e manter a biodiversidade local - cultivar espécies nativas da RMBH e não aquelas que impedem o crescimento dessas espécies nativas. - A próxima etapa é pensar nos projetos que derivam dos programas. - Exemplo do projeto Isidoro; a exigência do cultivo de espécies nativas poderia ser de 80%, e não 100%. - É preciso entender que o uso e a ocupação do solo estão estreitamente relacionados aos riscos ambientais.

Importância das parcerias público-privadas; o setor público deve se aproximar das pequenas e médias empresas que não podem fazer Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA- RIMAs), oferecendo apoio técnico para equacionar problemas. Pensar em educação ambiental não só para as escolas, mas para empresas, estabelecimentos comerciais etc. - A fiscalização e a punição (multas) também devem fazer parte da educação ambiental. Realmente, o conhecimento do que existe é fundamental para se pensar o futuro. As políticas estão integradas à proposta de reestruturação territorial, que consiste na alteração do que está posto. O conhecimento da realidade é fundamental nos dois sentidos (prevenção e gestão) e o discurso de que podemos fazer muito mais deve estar articulado a esse conhecimento. A Defesa Civil não deve ficar apenas com o trabalho de socorro. As instituições de Defesa Civil são as que possuem maior credibilidade junto à população, o que é muito importante no trabalho de educação urbana para a gestão dos riscos ambientais. O programa 6 justifica-se pela incerteza quanto aos benefícios das medidas de adaptação ou pela necessidade de quantificá-los? Se entendeu corretamente, acha que o programa não seria necessário (ou não teria o mesmo peso dos outros programas), porque estamos falando de riscos à vida. Deve-se pensar num programa de incentivos à adoção de medidas de redução do risco ambiental. Vocês conhecem bem a legislação com as atribuições da Defesa Civil? - Belo Horizonte e Recife são referência por causa dos NUDECs, que atuam de forma preventiva ao instruir a população quanto aos riscos. Trabalha-se com quatro diretrizes: prevenção, preparação, respostas e reconstrução. Faltam ações de preparação, que são supridas pelos próprios NUDECs. Gostaria que isso constasse no programa 4. Algumas Defesas Civis trabalham só com ações de resposta, e não de preparação. - Importância dos técnicos também. - É necessário contar com a participação dos municípios para essa ação. Qual a relação entre planos de prevenção da Defesa Civil em Contagem com as ações dos outros municípios? Problemas com cursos d água, em especial (deslizamentos, enchentes), ultrapassam as fronteiras municipais. - Essa integração é muito grande em Minas Gerais. A Defesa Civil estadual abre os chamados, a FEAM aparece e convoca todos os envolvidos.

- Pensar, em Minas Gerais, na estruturação e na preparação de equipes que atuem não só no socorro. - Quando se faz uma previsão e há planejamento, as pessoas sabem lidar melhor com os riscos. Importância da participação das empresas quando se trata de riscos decorrentes de suas atividades; prever esse trabalho com a participação da iniciativa privada. Pensar na mitigação dos riscos. Nos cursos d água que passam por Contagem, que vem de Betim e vão para Belo Horizonte, há pouca estrutura de saneamento. As duas Defesas Civis devem atuar juntas para mobilizar a comunidade e prepará-la para a chuva; envolvimento de todas as secretarias relacionadas. O rio e os riscos transcendem os limites municipais. Atuação das empresas: exemplo da Ortobom, que mantém depósito com colchões para serem doados para as famílias desabrigadas pelas chuvas. A propósito, este sábado (18/09) é o dia mundial de limpeza de rios e praias. Os riscos dizem respeito ao que está instalado; estamos falando dos riscos associados às próximas chuvas, por exemplo; a situação é muito emergencial e precisa ser vista e contemplada pelo Plano. Idéia de uma associação metropolitana da Defesa Civil e de uma gestão metropolitana. É importante que os dados meteorológicos façam parte de um centro de gestão de riscos; deve haver um sistema de alerta que conte com a participação da população. A Defesa Civil precisa participar do planejamento. A lógica imposta é destrutiva, quer acabar com as áreas verdes, o que é muito simples de se fazer. É preciso entender os mecanismos econômicos que nos permitam agir da forma mais imediata possível uma iniciativa seria trazer um IPTU ecológico para cá o quanto antes; incorporar critérios e mecanismos econômicos na gestão ambiental urbana. Essas questões precisam ser abordadas também no eixo de Sustentabilidade. É necessária uma gestão imediata dos riscos, mas também a projeção de cenários para o futuro e outras medidas. Proposta de um sistema metropolitano de gestão de riscos (incluindo um sistema integrado de Defesa Civil). Existe a proposta de criação de mais parques em Belo Horizonte para compensar o crescimento urbano? Comparação com Curitiba, que possui muitas áreas verdes. - Estima-se algo em torno de 75 parques em Belo Horizonte. Estamos tirando as populações das áreas de risco e não conseguimos compartilhar áreas entre os municípios. O que sobrou de área não ocupada não é, necessariamente, área protegida.

O PDDI é um plano de gestão ou de desenvolvimento? - A idéia é de que o PDDI seja o início de um processo continuado de construção e planejamento.

GRUPO 3 - Política metropolitana integrada de segurança alimentar e nutricional Coordenadores: Altivo Cunha (PDDI-RMBH) e Moisés Machado (PDDI-RMBH) Relatora: Bianca Mariquito (PDDI-RMBH) No objetivo geral, colocar para ( ) garantindo e promovendo a segurança alimentar e nutricional sustentável no lugar de insegurança alimentar. Nos objetivos específicos, colocar diversidade cultural no meio rural, urbano e periurbano. Alguns municípios, como Vespasiano, estão perdendo suas áreas rurais. Deve-se pensar em como obrigar e regulamentar a favor da permanência dessas áreas; apelo ao Plano Metropolitano para lidar com os municípios nessa questão. Sugestão de criar uma política de incentivo à manutenção de áreas rurais e de cursos d água. Sugestão de ampliar a questão das mudanças climáticas a situações mais amplas; pensar nas questões ambientais em geral, na manutenção de áreas verdes etc. Reforçar o que estamos buscando. Trocar texto para: Contribuir para o desenvolvimento sustentável que promova a redução dos impactos ambientais. Consolidação da RMBH como sociedade limpa, com baixa emissão de carbono. Inserir as comunidades tradicionais no último objetivo específico. Estimular o aumento da produção e da qualidade e a redução do custo dos alimentos de forma sustentável e garantindo renda para as populações rurais. Estimular compras coletivas de insumos e implementos agrícolas, de maneira a aumentar sua escala. É importante que se tenha preocupação com o conceito de agricultor familiar. Criar projetos de qualificação e formação profissional para valorização do produtor rural. Estimular o desenvolvimento tecnológico, aproximar produtores e suas várias formas associativas de centros de pesquisa e extensão.

Realizar diagnósticos rápidos e participativos com a população rural, de modo a trazê-la ao processo de planejamento, na dimensão que a toca, pensando numa construção constante. Acrescentar a menção aos solos (a sua conservação) e à preservação dos topos de morros. Estimular o turismo rural de base comunitária. Repensar o uso do termo novo rural ou suprimi-lo. Estimular o uso de práticas e insumos agroecológicos. Reforçar a idéia do pagamento de serviços ambientais por prestação aos pequenos produtores. No que diz respeito à facilitação do crédito, sugere-se a flexibilização das normas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) quanto à exigência do local de moradia do produtor. Sugerir a revisão dos contratos das grandes empresas nas áreas rurais. Especificar o tipo de reflorestamento proposto (que seja de mata nativa). Pensar formas de articular as ações dos municípios com as do estado. Incentivar um programa de créditos obrigatórios. Fortalecer e/ou criar espaços institucionais regionais de discussão. Garantir a questão da água. Articular as redes escolares estaduais e municipais mediante a aquisição de alimentos, provenientes principalmente da agricultura familiar e também da agricultura urbana. Fortalecer e ampliar, preferencialmente, os bancos de alimentos. Fomentar a logística da infraestrutura e comercialização dos produtos. Fazer um levantamento das discussões atuais sobe o tema. Pensar em como o alimento chega, qual é sua qualidade, como ele é transportado e como a água é usada, ampliando, efetivamente, a segurança. Aumentar a fiscalização da qualidade dos alimentos. Fortalecer a população rural e seus aspectos culturais.

Alteração do nome para Capacitação tecnológica do produtor. Explicar ou ampliar o termo diversidade educativa. Grupos de risco específicos e condições biológicas sociais específicas.

GRUPO 4 - Política metropolitana integrada de formação e qualificação profissional e política metropolitana integrada de apoio à produção em pequena escala Coordenadora: Sibelle Diniz (PDDI-RMBH) Relatora: Beatriz Judice (PDDI-RMBH) Política metropolitana integrada de formação e qualificação profissional O serviço público é grande ofertante de empregos. Quem tem mais acesso ao material de estudo para os concursos públicos são as classes mais altas. Um curso preparatório oferecido pelo poder público para jovens pobres da periferia seria um grande vetor de inclusão social. Sugestão de qualificação profissional e social. Habilidades técnicas não são suficientes. É interessante trabalhar com os Arranjos Produtivos Locais (APLs), valorizando as características da mão-de-obra local. É importante ter um mapa que mostre o funcionamento do mercado de trabalho na Região Metropolitana. A estratificação na oferta de emprego é grande. Inserções são precárias e é difícil para as pessoas, mesmo com qualificação, romperem com o círculo de precariedade do mundo do trabalho. Uma possibilidade é pensar a qualificação profissional associada ao Ensino Médio; ela pode ser pensada como o próprio direito à formação. O descompasso entre a demanda e a oferta é visível. O PlanSeQ (Plano Setorial de Qualificação) Bolsa Família, por exemplo, pretendia formar uma porta de saída na construção civil, mas as empresas exigiam seis meses de experiência. Metodologias fechadas de qualificação, como aquelas promovidas pelo sistema S, muitas vezes não funcionam. É preciso adequar a metodologia de capacitação ao segmento mais vulnerável. A questão da logística, que tem sido fundamental para as empresas, vem sendo terceirizada. A Secretaria de Estado da Educação vem desenvolvendo programa para jovens do Ensino Médio, realizado após pesquisa de mercado. (e.g.: curso de mecânica de aeronaves em Lagoa Santa). Há também a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

É preciso pensar no futuro, no envelhecimento populacional e na própria questão ligada à qualificação. Pessoas mais velhas são, às vezes, mais capacitadas, mas são, muitas vezes, discriminadas. É preciso pensar na população mais velha, não só nos jovens. A construção civil emprega uma mão-de-obra desqualificada e precarizada. É preciso também intervir na lógica do trabalho. A oferta de cursos precisa chegar às pessoas. Setores: setores qualificados tradicionais; setores tradicionais que não estão articulados com a grande indústria; setores emergentes. Política metropolitana integrada de apoio à produção em pequena escala A empresa também precisa se encarregar da formação profissional. Questão da articulação da Economia Solidária com o setor público. Correção a ser feita no texto da política: a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (ASMARE) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e não um movimento. É preciso pensar nas pessoas que não têm escolaridade e que precisam de capacitação. Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e microcrédito: muito burocrático para com os pequenos produtores. Necessidade de parceria entre o Estado e a Economia Solidária. A questão do turismo de base comunitária poderia ser mais abordada. É importante pensar em capacitação para agricultura familiar. Ações afirmativas podem ter relação com as políticas propostas. Política de geração de emprego e renda tem forte relação com política para jovens e adultos. Qualificação, por si só, não garante o emprego. A política de geração de trabalho e renda é fundamental e a geração de renda não se restringe à questão da qualificação. A Lei Estadual de Economia Solidária precisa ser mais difundida para que as pessoas conheçam os seus direitos.

É necessário criar Fóruns Municipais de Economia Solidária, bem como Leis Municipais. A questão do alvará do empreendimento é fundamental. É importante pensar nos espaços em que a habitação e a produção convivem. Sugestão de uma agência de negócios que forneça assessoria permanente para os pequenos grupos, de forma análoga ao que faz o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Programas de geração de trabalho e renda têm tido êxito na geração de trabalho, mas não de renda. Grupos ficam desamparados porque incubadoras tentam uma porta de saída que desconsidera a realidade capitalista. Produtores não têm acesso a crédito e têm sérias dificuldades, por exemplo, para comprar matérias-primas por atacado. Proposta de fomento à comercialização de produtos orgânicos e de artesanato realizado por pequenos grupos. A capacitação em relação às habilidades humanas, como auto-estima e motivação, é muito importante e precede a qualificação técnica.