Cargo: M01 TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA. Conclusão (Deferido ou Indeferido) Resposta Alterada

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Transcrição:

Cargo: M01 TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS em [...] como se se fosse afundando num prazer grosso QUE NEM azeite [...], a locução destacada é de natureza comparativa e de cunho popular. A questão referia-se tanto a palavras anafóricas quanto ao uso de conectivos, sendo o conhecimento dos conectivos tomado como ponto para a elaboração das alternativas. Tanto em já... já quanto em ora... ora, constrói-se a ideia de alternância, não de tempo nem de explicação. A expressão como se conjuga as ideias de comparação e de condição, não de finalidade e de concessão. Por fim, a conjunção enquanto traduz a ideia de tempo, não de proporcionalidade. 4 opulento. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (HOUAISS, 009), o termo luxurioso apresenta como sinônimo a expressão opulento, que indica abundância. No texto, nada há que legitime a interpretação do requebrado como impróprio, de modo que não se pode substituir opulento por impróprio, tratando-se de uma interpretação meramente subjetiva, que não leva em consideração nem a sinonímia do vocábulo nem o contexto em que foi empregado. Da mesma forma, não se pode substituir luxurioso por escasso ou minguado, uma vez que o texto descreve o requebrado como exagerado. Por fim, ressalte-se que não se está tomando luxurioso como referente a luxo, mas a luxúria. Não se tratando de um texto religioso, não se pode atribuir a impropriedade do pecado à descrição dos fatos e dos atos da personagem, uma vez que isso ultrapassa a interpretação validada pela interpretação textual. em como SE SE fosse afundando, têm-se, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e uma partícula integrante do verbo. Na alternativa que contém o trecho como SE SE fosse afundando e a afirmação de que se têm, nesse trecho, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e uma partícula integrante do verbo, a afirmativa refere-se aos elementos se e se, devidamente destacados, que aparecem seguidamente. Portanto, não contempla a conjunção subordinativa comparativa como que os antecede. Nesse caso, de fato, têm-se uma conjunção subordinativa condicional (o primeiro se ) e uma partícula integrante do verbo (o segundo se ), uma vez que o verbo afundar-se é considerado pronominal. A existência de uma comparação precedente não anula a circunstância condicional, mas a reforça, configurando-se uma comparação hipotética, justamente por ser condicionada a outro fato. 6 Fui à Bahia e visite a Igreja do Senhor do Bonfim. É a única alternativa que admite o uso de acento grave, uma vez que o nome Bahia admite o uso do artigo definido feminino singular ( a ) e que o verbo ir é transitivo indireto, exigindo complemento precedido por preposição a. Assim, ocorre o fenômeno da crase entre a preposição a e o artigo a. Os nomes Gramado, Campos do Jordão, São Paulo e Minas Gerais não admitem o uso de artigo feminino. Compare-se: Voltei da Bahia, mas Voltei de Minas Gerais, Voltei de Campos do Jordão, Voltei de São Paulo 1

e Voltei de Gramado. 9 O trecho reflete a velocidade e a realidade da cena exposta, fazendo-se mais ágil, como a dança que a personagem praticava e que atraía a admiração do narrador. O uso de vírgula e de ponto-e-vírgula confere velocidade e realidade à cena exposta, retratando-a ágil como possivelmente ocorre. Embora o ponto-e-vírgula traduza uma pausa mais longa do que a da virgula, não traduz uma pausa extensa como a que o ponto-final traduziria, de modo que se pode continuar afirmando que o uso da pontuação reflete a velocidade com que se desenrolava a cena. Não se pode dizer que o trecho demonstra aspecto de tranquilidade, uma vez que a própria leitura exige maior rapidez. Também não se pode dizer que o uso dos sinais de pontuação esteja incorreto nem que o texto se torna enfadonho, cansativo, uma vez que se legitima o uso estilístico dos sinais de pontuação na literatura de língua portuguesa. Por fim, não se pode dizer que o trecho é ininteligível nem que o narrador estava espantado, uma vez que essas respostas não se validam no trecho em análise. 10 o termo a é um pronome pessoal do caso oblíquo e exerce a função sintática de objeto direto. Pronomes pessoais do caso oblíquo somente exercem função sintática de objeto direto, nunca de sujeito. Em Num requebrado luxurioso que a punha ofegante, a oração que a punha ofegante é subordinada adjetiva restritiva, o pronome relativo que retoma o termo antecedente requebrado e exerce função sintática de sujeito, ao passo que o pronome pessoal do caso oblíquo a retoma o termo ela, presente somente no início do parágrafo, e exerce função sintática de objeto direto. A reescrita da frase permite compreender que o requebrado luxurioso a (= ela) punha ofegante.

Cargo: M0 TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA em [...] como se se fosse afundando num prazer grosso QUE NEM azeite [...], a locução destacada é de natureza comparativa e de cunho popular. A questão referia-se tanto a palavras anafóricas quanto ao uso de conectivos, sendo o conhecimento dos conectivos tomado como ponto para a elaboração das alternativas. Tanto em já... já quanto em ora... ora, constrói-se a ideia de alternância, não de tempo nem de explicação. A expressão como se conjuga as ideias de comparação e de condição, não de finalidade e de concessão. Por fim, a conjunção enquanto traduz a ideia de tempo, não de proporcionalidade. 3

Cargo: S04 ENGENHEIRO CIVIL em [...] como se se fosse afundando num prazer grosso QUE NEM azeite [...], a locução destacada é de natureza comparativa e de cunho popular. A questão referia-se tanto a palavras anafóricas quanto ao uso de conectivos, sendo o conhecimento dos conectivos tomado como ponto para a elaboração das alternativas. Tanto em já... já quanto em ora... ora, constrói-se a ideia de alternância, não de tempo nem de explicação. A expressão como se conjuga as ideias de comparação e de condição, não de finalidade e de concessão. Por fim, a conjunção enquanto traduz a ideia de tempo, não de proporcionalidade. em como SE SE fosse afundando, têm-se, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e uma partícula integrante do verbo. Na alternativa que contém o trecho como SE SE fosse afundando e a afirmação de que se têm, nesse trecho, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e uma partícula integrante do verbo, a afirmativa refere-se aos elementos se e se, devidamente destacados, que aparecem seguidamente. Portanto, não contempla a conjunção subordinativa comparativa como que os antecede. Nesse caso, de fato, têmse uma conjunção subordinativa condicional (o primeiro se ) e uma partícula integrante do verbo (o segundo se ), uma vez que o verbo afundar-se é considerado pronominal. A existência de uma comparação precedente não anula a circunstância condicional, mas a reforça, configurando-se uma comparação hipotética, justamente por ser condicionada a outro fato. 4

Cargo: S06 PEDAGOGO 4 opulento. 9 em como SE SE fosse afundando, têm-se, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e uma partícula integrante do verbo. O trecho reflete a velocidade e a realidade da cena exposta, fazendo-se mais ágil, como a dança que a personagem praticava e que atraía a admiração do narrador. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (HOUAISS, 009), o termo luxurioso apresenta como sinônimo a expressão opulento, que indica abundância. No texto, nada há que legitime a interpretação do requebrado como impróprio, de modo que não se pode substituir opulento por impróprio, tratando-se de uma interpretação meramente subjetiva, que não leva em consideração nem a sinonímia do vocábulo nem o contexto em que foi empregado. Da mesma forma, não se pode substituir luxurioso por escasso ou minguado, uma vez que o texto descreve o requebrado como exagerado. Por fim, ressalte-se que não se está tomando luxurioso como referente a luxo, mas a luxúria. Não se tratando de um texto religioso, não se pode atribuir a impropriedade do pecado à descrição dos fatos e dos atos da personagem, uma vez que isso ultrapassa a interpretação validada pela interpretação textual. Na alternativa que contém o trecho como SE SE fosse afundando e a afirmação de que se têm, nesse trecho, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza condicional e uma partícula integrante do verbo, a afirmativa refere-se aos elementos se e se, devidamente destacados, que aparecem seguidamente. Portanto, não contempla a conjunção subordinativa comparativa como que os antecede. Nesse caso, de fato, têm-se uma conjunção subordinativa condicional (o primeiro se ) e uma partícula integrante do verbo (o segundo se ), uma vez que o verbo afundar-se é considerado pronominal. A existência de uma comparação precedente não anula a circunstância condicional, mas a reforça, configurando-se uma comparação hipotética, justamente por ser condicionada a outro fato. O uso de vírgula e de ponto-e-vírgula confere velocidade e realidade à cena exposta, retratando-a ágil como possivelmente ocorre. Embora o ponto-e-vírgula traduza uma pausa mais longa do que a da virgula, não traduz uma pausa extensa como a que o ponto-final traduziria, de modo que se pode continuar afirmando que o uso da pontuação reflete a velocidade com que se desenrolava a cena. Não se pode dizer que o trecho demonstra aspecto de tranquilidade, uma vez que a própria leitura exige maior rapidez. Também não se pode dizer que o uso dos sinais de pontuação esteja incorreto nem que o texto se torna enfadonho, cansativo, uma vez que se legitima o uso estilístico dos sinais de pontuação na literatura de língua portuguesa. Por fim, não se pode dizer que o trecho é ininteligível nem que o narrador estava espantado, uma vez que essas respostas não se validam no trecho em análise. 10 o termo a é um pronome pessoal do caso oblíquo e Pronomes pessoais do caso oblíquo somente exercem função sintática de objeto direto, nunca de sujeito. Em Num requebrado luxurioso que a punha ofegante, a oração que a

exerce a função sintática de objeto direto. punha ofegante é subordinada adjetiva restritiva, o pronome relativo que retoma o termo antecedente requebrado e exerce função sintática de sujeito, ao passo que o pronome pessoal do caso oblíquo a retoma o termo ela, presente somente no início do parágrafo, e exerce função sintática de objeto direto. A reescrita da frase permite compreender que o requebrado luxurioso a (= ela) punha ofegante. 6