EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE SOROCABA. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TITULO EXTRAJUDICIAL EDINILCE DOS SANTOS PAULOSSI, brasileira, divorciada, advogada, portadora do RG de n. 18.548.541 e do CPF de n. 081.873.578-35, residente e domiciliada nesta cidade à rua Julio Pasquotto n. 134, Jardim Isaura, Bairro Campolim, CEP: 18047-598, vêm a presença de Vossa Excelência, por sua advogada ao final assinada, propor a presente AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE contra AUTO POSTO SÃO FRANCISCO LTDA., sociedade comercial inscrita no CNPJ sob o n. 71.489.405/0001-83, estabelecida nesta cidade à rua Luiz Gama n. 80, Vila Campos, CEP: 18065-000, na pessoa de seus sócios e representantes legais: AUTO POSTO NOVA GERAÇÃO, sociedade comercial inscrita no CNPJ sob o n. 03.146.979/0001-07, com sede nesta cidade à Avenida 15 de Agosto n. 5014, Jardim Siriema, CEP: 18085-290 e WESLEY PROCÓPIO SILVEIRA RIZOS, brasileiro, empresário, portador do RG de n. 14.031.047 e do CPF de n. 072.725.808-79, residente e domiciliado nesta cidade à rua João Augusto Silveira n. 104, Jardim Magnólia, CEP: 18044-645 e PROCÓPIO BATISTA DA SILVEIRA FILHO, brasileiro, divorciado, empresário, portador do RG de n. 4.351.902-7 e do CPF de n. 371.681.508-04, residente e domiciliado nesta cidade à rua Deputado Ranieri Mazzielli n. 435, Jardim Eltonville, CEP: 18046-682, podendo também ser fls. 1
encontrado na rua Luiz Gama n. 80, Vila Campos, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: DOS FATOS: A exequente é proprietária de um imóvel situado nesta cidade à rua Luiz Gama n. 80, locado ao executado AUTO POSTO SÃO FRANCISCO LTDA., através de contrato de locação escrito, iniciado em 06 de março de 2006, mediante fiança do executado PROCÓPIO BATISTA DA SILVEIRA FILHO, principal pagador e solidariamente responsável pelas obrigações decorrentes do contrato de locação até efetiva entrega das chaves, nos termos da cláusula décima primeira do contrato de locação, com as alterações previstas no INSTRUMENTO PARTICULAR DE ADITAMENTO A CONTRATO DE LOCAÇÃO, firmado aos 30 de agosto de 2006 (documento em anexo); Diante disso, as partes acordaram o aluguel mensal inicial de R$ 6.000,00 (seis mil reais), reajustáveis a cada período de 1 (um) ano, de acordo com a variação do IGPM, tudo conforme clausula sétima e seu parágrafo primeiro do referente contrato; A responsabilidade pelo pagamento dos encargos da locação pelos executados, encontra-se inserida na clausula sétima e seu parágrafo segundo do referente contrato; Por força de Sentença Judicial proferida nos autos de AÇÃO REVISIONAL DE ALUGUÉL em trâmite perante a 1ª Vara Civel dessa Comarca (processo n. 004784-14/2010), os valores da locação foram reajustados, sendo fixados da seguinte forma: R$ 5.963,48 (cinco mil, novecentos e sessenta e três reais e quarenta e oito centavos), valido para fevereiro de 2010, e R$ 7.426,78 (sete mil, quatrocentos e vinte e seis reais e setenta e oito centavos), valido para novembro de 2012, observado o artigo 68, inciso II da Lei 8.245/91 (documento em anexo). Ocorre que o locatário/executado não cumpriu com sua obrigação de pagar os aluguéis nas datas de seus vencimentos, encontrando-se também inadimplente com os encargos de locação (IPTU), nos moldes abaixo descritos: fls. 2
Considerando que o valor do aluguel foi arbitrado em R$ 5.963,48 devido a partir de fevereiro de 2010 e, Considerando que o executado, à partir de fevereiro de 2010, efetuou o pagamento dos locativos na importância de R$ 4.964,84, quando deveria pagar R$ 5.963,48, temos que entre fevereiro e dezembro de 2010, existe diferença mensal em favor da requerida de R$ 998,64 por mês à ser paga; De janeiro a março de 2011, permaneceu o executado a pagar à requerida a título de locação, a mesma importância supra citada, ou seja: R$ 4.964,84, gerando nesses meses também a diferença mensal de R$ 998,64, devidos à exequente; Obedecendo os critérios de atualização anual do contrato de locação, que estabelece em sua Clausula Sétima, o vencimento do aluguel em todo dia 08 subsequente ao mês vencido e reajuste anual pelo IGPM, temos que à partir de março de 2011, a locação, conforme o valor estabelecido em Sentença (R$ 5.963,48), sofreu um acréscimo de 11,300660%, sendo reajustada para R$ 6.637,39 (seis mil, seiscentos e trinta e sete reais e trinta e nove centavos); Desta feita, o executado, deveria pagar a título de locação mensal à exequente, a importância acima citada, ou seja: R$ 6.637,39, cuja data do primeiro vencimento desse novo valor se daria aos 08/04/2011; Ao invés disso, no período compreendido entre abril de 2011 a março de 2012, permaneceu o executado a pagar aluguel mensal da importância de R$ 4.958,58, o que gerou uma diferença devida de R$ 1.457,16 ao mês (12 meses); Em março de 2012, mais uma vez obedecendo o reajuste anual previsto no Contrato de Locação, essa foi reajustada para R$ 6.865,55 (seis mil, oitocentos e sessenta e cinco reais e cinquenta e cinco centavos); Em abri e maio de 2012, pagou o executado à titulo de aluguel, a importância de R$ 5.218,94, o que gerou nesses dois meses, uma diferença devida à requerida de R$ 1.646,61 para cada um desses meses; fls. 3
Observação: Todos os valores que o executado deixou de pagar à exequente, encontram-se aqui mencionados sem qualquer correção ou atualização, sendo que esses constam do demonstrativo de atualização que acompanha a presente; A partir de 08/06/2012, o executado NADA MAIS PAGOU À TITULO DE ALUGUÉIS À EXEQUENTE, COMO TAMBÉM DEIXOU DE PAGAR AS MENSALIDADES DE IPTU, desrespeitando todo o teor da clausula sétima e seus parágrafos do contrato de locação; Desta feita, temos que a partir de junho de 2012, deixou o executado de pagar o aluguel mensal de R$ 6.865,55, valor esse devido até novembro de 2012, quando a locação foi arbitrada em R$ 7.426,78; Considerando o valor da locação arbitrado em Sentença Judicial e válido a partir de novembro de 2012 (R$ 7.426,78), temos que em março de 2013, referida importância foi reajustada para R$ 7.522,21; O executado, não efetuou qualquer pagamento durante todo esse período, quer a título de locação mensal, quer a título de mensalidades de IPTU, devidas desde 08/06/2012. Em suma, no período compreendido entre 20/07/2010 até 08/05/2012, efetuou o executado os pagamentos de locação de forma parcial e à menor; A partir de 08/06/2012, o executado nada mais pagou quer a título de aluguéis, quer a título de encargos de locação (IPTU proporcional conforme previsto no Contrato de Locação Clausula Sétima e seus parágrafos); Desta feita, temos que os executados devem à exequente, a importância de R$ 460.501,10 (quatrocentos e sessenta mil, quinhentos e um reais e dez centavos), conforme demonstrativo de atualização de débitos em anexo; Assim, considerando que o executado não cumpriu com sua obrigação de pagar pontualmente os aluguéis na data de fls. 4
vencimento, pagando-os de forma fracionada até maio de 2012, e partir daí, não pagando qualquer importância de locação ou de IPTU, gera o dever de arcar com a multa contratual de 10% (dez por cento) sobre o valor de cada importância inadimplida, além de juros de mora de 1% previstos em lei, o que alcança o valor acima mencionado; Dessa forma, a exequente é credora do executado e de seu respectivo FIADOR, da importância de R$ 460.501,10 (quatrocentos e sessenta mil, quinhentos e um reais e dez centavos), referente aos aluguéis pagos à menor, aluguéis não pagos, mais os encargos de locação (IPTU), tudo conforme discriminado no demonstrativo de cálculo do crédito da exequente em anexo. DO DIREITO: Em razão do inadimplemento do locatário/executado e por terem restado infrutíferas as tentativas amigáveis para recebimento do seu crédito, não restou outra alternativa senão o ajuizamento da presente execução, uma vez que é detentora de legitimo título executivo, nos termos da previsão do artigo 585, inciso II e IV do Código de Processo Civil; O incluso título executivo extrajudicial preenche todos os requisitos legais, constituindo-se em título liquido, certo e exigível, ensejando cobrança por meio do procedimento previsto para a execução por quantia certa contra devedor solvente. Diante disso, o contrato de aluguel celebrado entre a LOCADORA ora exequente, com o LOCATÁRIO e FIADOR ora executados, mostra-se hábil para a execução, haja vista que referido documento foi assinado pelos devedores e por mais duas testemunhas, requisitos necessários para a existência de um titulo executivo extrajudicial, cujas firmas, inclusive, foram à época devidamente reconhecidas. Nestas condições, na qualidade de credora dos executados, a exequente vem propor contra os referidos devedores a presente ação de execução por quantia certa. fls. 5
Dá-se a causa o valor de R$ 460.501,10 (quatrocentos e sessenta mil, quinhentos e um reais e dez centavos). DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer de Vossa Excelência que se digne: - Nos moldes do 2º do artigo 172 do CPC, mandar citar os executados para que paguem R$ 460.501,10 (quatrocentos e sessenta mil, quinhentos e um reais e dez centavos), atualizado e acrescido dos juros legais, custas processuais e honorários advocatícios de 10% sobre o valor do débito, no prazo de 3 (três) dias, sob pena de, não o fazendo, serem penhorados tantos bens quantos bastem para o integral cumprimento da dívida. Para tanto, nos termos do parágrafo 2º do artigo 652 do CPC, indica os seguintes bens para serem penhorados: Imóvel situado nesta cidade na rua Deputado Ranieri Mazzilli n. 435, Jardim Eltonville, objeto da matrícula de n. 58.061 do 2º CRIA local, de propriedade do fiador/executado (matricula imobiliária em anexo); Imóvel objeto da matricula de n. 13.997 do Oficial de Registro de Imóveis e Anexos de Capão Bonito/SP, de propriedade do fiador/executado (matricula imobiliária em anexo); O arresto de tantos bens quantos bastem e sejam necessários à garantia da execução, caso os executados não sejam encontrados para a citação, observando-se o disposto no artigo 653 do CPC; Nos termos do artigo 615-A do CPC, requer a obtenção de certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação premonitória no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto a ser expedida pelo Cartório Distribuidor Civel dessa Comarca; A realização de pesquisa e bloqueio via BACENJUD em nome de todos os executados, nos termos do art. 655 do CPC, acrescentado pela Lei 11.382/2006. fls. 6
Seja realizada pesquisa e penhora RENAJUD e, ainda pesquisa INFOJUD sobre todos os bens dos executados, conforme dispõe o 6º do art. 659 do CPC, editado pela Lei 11.382/2006 e Provimento da Corregedoria Geral da Justiça nº 6/2009-SP, que possibilita a penhora online de imóveis. Ocorrendo a localização de veículos registrados em nome dos executados, sejam os mesmos bloqueados junto ao DETRAN, mais precisamente para restringir a circulação, transferência e licenciamento dos mesmos, impedindo qualquer alienação fraudulenta. A condenação dos executados ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios na ordem de 10% sobre o valor da execução. Termos em que, E. Deferimento. Sorocaba, 26 de março de 2015. DENISE MARIA D AMBROSIO OAB/SP 77.476, fls. 7