PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Documentos relacionados
ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 20 de abril de 2017.

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº /SC RELATOR: LUÍS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLE AGRAVANTE: UNIÃO - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO AGRAVADA:

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

ACORDAM, em 3 a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte

ACÓRDÃO , da Comarca de Barueri, em que é agravante. MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, é agravado MUNICÍPIO

Superior Tribunal de Justiça

RIO GRANDE ENERGIA S A

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 38ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO. Registro: ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MAGALHÃES COELHO (Presidente) e COIMBRA SCHMIDT.

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

ACÓRDÃO. São Paulo, 30 de março de Marcelo Berthe Relator Assinatura Eletrônica

ACÓRDÃO. São Paulo, 12 de abril de Salles Rossi Relator Assinatura Eletrônica

RECURSO ESPECIAL nº RJ (2012/ ) RELATOR : MIN. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

R E L A T Ó R I O O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL LÁZARO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO , da Comarca de Barueri, em que é apelante PROXIMO GAMES

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº , da Comarca de Americana, em que é agravante

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. São Paulo, 14 de março de Cristina Cotrofe Relatora Assinatura Eletrônica

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ REYNALDO (Presidente sem voto), ROBERTO MAC CRACKEN E ARALDO TELLES.

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores EUTÁLIO PORTO (Presidente), VERA ANGRISANI E ROBERTO MARTINS DE SOUZA.

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Nº /PR

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 10ª Câmara de Direito Privado

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 4 de maio de 2017.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO , da Comarca de Santana de Parnaíba, em que é agravante EMK

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Primeira Câmara Cível

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

A C Ó R D Ã O. Agravo de Instrumento nº

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Registro: ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JARBAS GOMES (Presidente) e MARINO NETO. São Paulo, 10 de maio de 2012.

Superior Tribunal de Justiça

Vistos, relatados e discutidos estes autos de. APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n /8-00, da Comarca de

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores COIMBRA SCHMIDT (Presidente sem voto), LUIZ SERGIO FERNANDES DE SOUZA E MOACIR PERES.

Supremo Tribunal Federal

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZ (Presidente) e TORRES DE CARVALHO.

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores NEVES AMORIM (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Transcrição:

Registro: 2014.0000792095 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 2194131-53.2014.8.26.0000, da Comarca de Carapicuíba, em que é agravante EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTES URBANOS DE SÃO PAULO S/A - EMTU/SP, são agravados AGRIPINA JORDELINA DE SOUZA BEVILAQUA, GUERINO BEVILAQUA e AURELIO AUGUSTO SILVEIRA. ACORDAM, em 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso, com observação. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores ANTONIO CARLOS MALHEIROS (Presidente sem voto), MARREY UINT E CAMARGO PEREIRA. São Paulo, 2 de dezembro de 2014. JOSÉ LUIZ GAVIÃO DE ALMEIDA RELATOR ASSINATURA ELETRÔNICA

Agravo de Instrumento Nº 2194131-53.2014.8.26.0000 Comarca de Carapicuíba Agravante: Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S/A - EMTU/SP Agravados: Agripina Jordelina de Souza Bevilaqua, Guerino Bevilaqua e Aurelio Augusto Silveira Interessados: Maria do Ceu Matias Nunes Silveira, Lara Nunes Silveira Lazzarin, Ednelson Jose Lazzarin, Henrique Nunes Silveira, Carolina Nunes Silveira e Virginia Nunes Silveira VOTO Nº 31144 Desapropriação Fundo de comércio Partindo-se da premissa que o fundo de comércio configura o instrumento pelo qual o empresário se utiliza para exercer sua atividade, constituindo-se por uma universalidade de fato composta por bens corpóreos e incorpóreos unidos e organizados pelo empresário para o efetivo desempenho de sua atividade, entendeu a Douta Juíza oficiante ser necessária a prévia realização da perícia para apuração do fundo do comércio, antes de determinar a imissão provisória na posse Recurso improvido, com observação. Trata-se de agravo de instrumento apresentado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S/A - EMTU/ SP contra ato que considera ilegal da MM. Juíza de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Carapicuíba, Dra. Juliana Marques Wendling, e consistente em determinar a avaliação do fundo de comércio, nos autos da ação de desapropriação que moveu contra Agripina Jordelina de Souza Beviláqua e outros. Foram dispensadas as informações e o procedimento previsto no artigo 527 do Código de Processo Civil. Recurso tempestivo. É o relatório. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão interlocutória, trazida a fls. 226, que determinou a avalição do fundo de comércio 2

para apurar a real valor de indenização dos autos de desapropriação. Contra essa decisão é que se tirou o presente recurso. Irretocável a decisão de primeiro grau. Partindo-se da premissa que o fundo de comércio configura o instrumento pelo qual o empresário se utiliza para exercer sua atividade, constituindose por uma universalidade de fato composta por bens corpóreos e incorpóreos unidos e organizados pelo empresário para o efetivo desempenho de sua atividade, entendeu a Douta Juíza oficiante ser necessária a prévia realização da perícia para apuração do fundo do comércio, antes de determinar a imissão provisória na posse. Segundo o ensinamento do Prof. KIYOSHI HARADA, o fundo de comércio outra coisa não é senão o conjunto de coisas corpóreas e incorpóreas que constitui o patrimônio do comerciante (clientela, nome comercial, direito de arrendamento, marcas e patentes, móveis e utensílios, o ponto e a fama do estabelecimento, etc.), formado ao longo de seu trabalho dedicado e incessante, susceptível de ser transmitido mediante paga (DESAPROPRIAÇÃO, Doutrina e Prática, Editora Atlas, 9ª Edição, São Paulo, 2012, pags. 239/240). Há precedentes do C. Superior Tribunal de Justiça no sentido de que o valor a ser pago na desapropriação deve corresponder real e efetivamente ao do bem expropriado, de modo a garantir a justa indenização prevista no art. 5º, XXIV, da CF/88, motivo pelo qual deve ser incluída a quantia correspondente ao fundo de comércio. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO EXPROPRIATORIA. FUNDO DE COMERCIO. INDENIZAÇÃO CONJUNTA COM O VALOR DO IMOVEL. INEXISTENCIA DE OFENSA AOS ARTIGOS 20 E 26 DA LEI N. 3.365/41. EM HAVENDO, NA EXPROPRIAÇÃO, CUMULAÇÃO DE DIREITOS, EIS QUE, O DONO DO IMOVEL EXPROPRIADO E, TAMBEM, PROPRIETARIO DO "FUNDO DE COMERCIO", E JUSTO E LEGAL QUE A 3

AVALIAÇÃO COMPREENDA AMBOS OS DIREITOS (O DE PROPRIEDADE E O FUNDO DE COMERCIO), TENDO EM VISTA O PRINCIPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL INDEPENDENTEMENTE DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO DIRETA (ARTIGOS 20 E 26 DA LEI N. 3.365). COINCIDINDO EM UM UNICO "DOMINUS", MAIS DE UM DIREITO, EM CASO DE DESAPROPRIAÇÃO, A NÃO INCLUSÃO DA PARCELA CORRESPONDENTE AO FUNDO DE COMERCIO NA QUANTIFICAÇÃO INDENIZATORIA IMPLICARIA EM INDENIZAÇÃO INJUSTA, EM DESCONFORMIDADE COM PRECEITO DA CONSTITUIÇÃO. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. DECISÃO UNANIME. (REsp 35938 / SP, Relator Ministro DEMÓCRITO REINALDO, 1º Turma, datado do julgamento: 15/09/1993). ADMINISTRATIVO DESAPROPRIAÇÃO DE EMPRESA INDENIZAÇÃO FUNDO DE COMÉRCIO JUROS COMPENSATÓRIOS JUROS MORATÓRIOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de incluir na indenização de empresa expropriada o valor do fundo de comércio. 2. O fundo de comércio é considerado patrimônio incorpóreo, sendo composto de bens como nome comercial, ponto comercial e aviamento, entendendo-se como tal a aptidão que tem a empresa de produzir lucros. 3. A empresa que esteja temporariamente paralisada ou com 4

problemas fiscais, tal como intervenção estatal, não está despida do seu patrimônio incorpóreo, o qual oscila de valor, a depender do estágio de sua credibilidade no mercado. Situação devidamente sopesada pelo Tribunal de origem que adotou o arbitramento feito pelo perito, estimando o fundo de comércio em 1/3 (um terço) do patrimônio líquido ajustado a 31/05/1985. 4. O STJ, em atenção ao princípio tempus regit actum, tem afastado a aplicação de medidas provisórias a feitos anteriores ao seu advento. Assim, o art. 15-B do Decreto 3.365/41 (introduzido pela MP 1.901-30/1999, publicada em 27/09/99) só tem aplicação nas desapropriações ajuizadas após sua vigência. Precedentes. 5. Incide, na hipótese, juros compensatórios de 12% ao ano, seja porque a imissão na posse foi anterior ao advento da MP 1.577/97, seja porque suspensa a eficácia do artigo 15-A da MP 2.109/2001 pelo STF, com plena aplicação das Súmulas 618/STF e 69/STJ. 6. Honorários de advogado que devem obedecer à sistemática da MP 2.109/2001 (porque fixados pelo Tribunal na sua vigência), com a redução para 5% (cinco por cento) do valor da diferença entre a oferta e a indenização. 7. Recurso especial da União provido em parte. (REsp 704726 / RS, Relatora Ministra ELIANA CALMON, 2ª Turma, data do julgamento: 15/12/2005). Ainda, conforme entendimento no julgamento proferido pelo 5

C. SJT no Ag. Rg. no Recurso Especial nº 1.199.990 SP, tendo como Relator o Ministro Mauro Campbell Marques, a identidade entre o detentor do fundo de comércio e o proprietário do imóvel expropriado torna possível a indenização simultânea na desapropriação: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. DESAPROPRIAÇÃO. IMÓVEL COMERCIAL. FUNDO DE COMÉRCIO. INDENIZABILIDADE. MATÉRIA PACIFICADA. 1. No pertinente à alegada violação dos arts. 19 e 33 do Código de Processo Civil, a irresignação recursal não merece acolhida. É que a leitura atenta do acórdão combatido, integrado pelo pronunciamento da origem em embargos de declaração, revela que tais dispositivos legais não foram objeto de debate pela instância ordinária, o que atrai a aplicação da Súmula n. 211 desta Corte Superior, inviabilizando o conhecimento do especial no ponto por ausência de prequestionamento. Por outro lado, as alegações que fundamentaram a pretensa ofensa aos referidos dispositivos são genéricas, sem discriminação precisa de como tais dispositivos foram violados. Incide, no caso, a Súmula n. 284 do Supremo Tribunal Federal, por analogia. 2. O entendimento firmado pelo Tribunal estadual encontra amparo na jurisprudência consolidada no âmbito da Primeira Seção desta Corte Superior no sentido de que é devida indenização ao expropriado correspondente aos danos 6

ocasionados aos elementos que compõem o fundo de comércio pela desapropriação do imóvel. Precedentes: REsp 1076124/RJ, rel. Ministra Eliana Calmon, DJe 03/09/2009; AgRg no REsp 647660 / SP, rel. Ministra Denise Arruda, DJ 05/10/2006; REsp 696929 / SP, rel. Ministro Castro Meira, DJ 03/10/2005. 3. Cumpre destacar que, na hipótese em análise, o detentor do fundo do comércio é o próprio proprietário do imóvel expropriado. Assim, a identidade de titularidade torna possível a indenização simultânea na desapropriação. Ademais, o processo ainda se encontra na fase inicial, o que permite seja apurado o valor de bens intangíveis, representados pelo fundo de comércio, na própria perícia a ser realizada para fixação do valor do imóvel, dispensando posterior liquidação de sentença. 4. Agravo regimental não provido. Assim reflete o voto do Eminente Desembargador Ronaldo Andrade no Julgamento do Agravo de Instrumento nº 2085070-63.2014.8.26.0000, da Comarca de São Paulo. perícia. Tudo isso justifica a determinação no sentido de se proceder à Verifica-se que não vinculou, a ilustre Juíza, a imissão ao depósito do valor do fundo de comércio. Nem que deveria haver depósito com levantamento. Isso porque há necessidade de se discutir se o referido bem será ou não perdido, como bem argumentou a agravante. Não se está, outrossim, decidindo antecipadamente no sentido de que o fundo de comércio deve ser pago ao expropriado. Nem em que percentual. Tudo isso há de ser resolvido no final do processo, após a verificação de haver o não, a desapropriação, posto fim ao estabelecimento. 7

A solução aqui dada é tão somente para que haja a avaliação. observação. Dessarte nega-se provimento ao agravo de instrumento, com JOSE LUIZ GAVIÃO DE ALMEIDA RELATOR ASSINATURA ELETRÔNICA 8