FABIANO CAMARGO DA SILVA - ECONOMISTA TÉCNICO DO DIEESE/ER-PR

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Transcrição:

PALESTRA SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA PEC 6/2019 SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE CURITIBA CURITIBA 23/02/2019 FABIANO CAMARGO DA SILVA - ECONOMISTA TÉCNICO DO DIEESE/ER-PR

Previdência: visa garantir rendimento em casos de perda de capacidade laboral idade (velhice) doença invalidez acidente gravidez reclusão morte

1. A QUESTÃO DO DÉFICIT: O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO Seguridade Social ART. 194. CF 88 A SEGURIDADE SOCIAL COMPREENDE UM CONJUNTO INTEGRADO DE AÇÕES DE INICIATIVA DOS PODERES PÚBLICOS E DA SOCIEDADE, DESTINADAS A ASSEGURAR OS DIREITOS RELATIVOS À SAÚDE, À PREVIDÊNCIA E À ASSISTÊNCIA SOCIAL. Assistência Social Saúde Previdência

A QUESTÃO DO DÉFICIT: FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL ART. 195 CF 88. A SEGURIDADE SOCIAL SERÁ FINANCIADA POR TODA A SOCIEDADE, DE FORMA DIRETA E INDIRETA, NOS TERMOS DA LEI, MEDIANTE RECURSOS PROVENIENTES DOS ORÇAMENTOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS, E DAS SEGUINTES CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: A base ampla e diversificada de financiamento da Seguridade garante menor dependência das contribuições sobre os rendimentos do trabalho. Sobre a folha de pagamento; Sobre a receita, faturamento ou lucro das empresas (COFINS) e CSLL; Concurso de prognósticos (Loterias e apostas de qualquer natureza); Das importações de bens ou serviços. Perguntas e Respostas Reforma da Previdência http://www.fazenda.gov.br/noticias/2016/dezembro/perguntas-e-respostas-esclarece-duvidas-sobrea-reforma-da-previdencia/perguntaserespostassobreareformadaprevidncia.pdf

Fontes de Financiamento MODELO TRIPARTITE CLÁSSICO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE NA OCDE Qual é a expectativa de vida em cada um desses países (IDADE MÍNIMA DE 65 ANOS)? Esses indivíduos deverão viver 6,2 anos a mais do que um cidadão brasileiro. Fonte: Eurostat, 2015. Elaboração: Dieese.

1. APOSENTADORIA NO RGPS REGRAS ATUAIS DE ACESSO Tempo de Contribuição (fator ou 85/95) 30 anos (mulher) 35 anos (homem) Idade 60 anos (mulher) 65 anos (homem) + 15 anos de contribuição Outras variações: Professores Redução de 5 anos no tempo de contribuição Rurais Redução de 5 anos na idade mínima para aposentadoria por idade

Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro (PEC 6/2019)

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES Possibilita a alteração dos parâmetros do RGPS através de Lei Complementar facilitando mudanças na previdência. Propõe aumentar a idade mínima de aposentadoria das mulheres em para 62 anos, que atualmente é de 60 anos; Rebaixa valores do benefício para os trabalhadores do regime geral - Altera a base de cálculo da aposentadoria média de todo o período. - Altera o cálculo da aposentadoria 60% da base de cálculo + 2% por ano de contribuição que exceder a 20 anos - limitado a 100%, com 40 anos de contribuição. Propõe aumentar tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos. Altera as alíquotas e a forma de contribuição previdenciária; Possibilita a criação do Regime de Capitalização, que pode ser o fim do RGPS

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES Mantém a regra de elevação dos limites etários de aposentadoria de acordo com o ganho de expectativa de sobrevida aos 65 anos (2024). Propõe regras de transição com idades mínimas progressivas. Acrescenta em 5 anos na idade das mulheres da agricultura familiar, passando a ter a idade mínima de 60 anos para homens e mulheres, além de 20 anos de contribuição A contribuição do trabalhador da agricultura familiar terá como referência o valor mínimo anual de R$ 600,00 por grupo familiar. Prejudica gravemente os professores com idade mínima progressiva de 60 anos para homens e mulheres, aumentando conforme a expectativa de vida, desde que comprove 30 anos de contribuição

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES O valor das pensões será definido por cota familiar de 50% + 10% por dependente, podendo ser inferior ao salário mínimo. Desvincula do salário mínimo o valor do benefício assistencial (BPC) Restrições para os valores do salário família e auxílio reclusão mínimo de 1 SM. A concessão do abono salarial (PIS/PASEP) será limitada a trabalhadores com rendimentos de até 1 salário mínimo (afetará 23,4 milhões de pessoas). Empresas deixariam de recolher o FGTS dos aposentados que continuam trabalhando, deixariam de ter direito a receber a multa de 40% do FGTS quando demitido sem justa causa.

Regras atuais de acesso e cálculo do valor dos benefícios X Alterações propostas nas disposições transitórias Definem as regras da Previdência até a aprovação de Leis Complementares

1. APOSENTADORIA NO RGPS PROPOSTA DA PEC ASSALARIADO URBANO 62 anos mulher e 65 anos homem RURAL (Economia Familiar e Assalariado rural) 60 anos de idade Podendo aumentar a cada 4 anos, a partir de 2024, conforme a expectativa de vida 60 anos de idade 20 anos de contribuição 20 anos de contribuição

Salário de Benefício 2. CÁLCULO DO VALOR DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO Hoje Média das 80% maiores remunerações PEC 6 Média de TODAS as remunerações desde 1994 O salário de benefício é a base para o cálculo do valor inicial da aposentadoria. Na proposta do governo não são descartadas as 20% menores remunerações, levando ao rebaixamento do salário de benefício.

2. CÁLCULO DO VALOR DO BENEFÍCIO 2% para cada ano após 20 anos de contribuição 60% 2% 2% 2% 2% 100% (sobre a média de todas as contribuições desde julho de 1994) O valor mínimo do benefício é de 60% da média de todas as contribuições e o valor máximo de 100% da média é atingido com 40 anos de contribuição.... Nas regras atuais (idade): o valor mínimo é de 70% + 15% = 85% da média dos 80% maiores salários de contribuição e com 35 anos de contribuição se atinge os 100% dessa média O novo cálculo puxa a média para baixo, reduzindo o benefício.

2. CÁLCULO DO VALOR DA REMUNERAÇÃO MÍNIMA INICIAL RGPS Anos de contribuição 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100 Valor do benefício (Em %)

2. CÁLCULO DO VALOR INICIAL DO BENEFÍCIO (RMI) 20 anos 60% A PEC propõe que a proporção inicial do salário de benefício, com idade mínima e tempo mínimo de contribuição seja 60% Hoje, a aposentadoria por idade, cumprindo o requisito de idade e mínimo de 15 anos de contribuição é de 85% da média

REGRA DE TRANSIÇÃO PARA O REGIME GERAL VÁLIDAS PARA SEGURADOS DO INSS NA DATA DA APROVAÇÃO DA PEC Aposentadoria por tempo de contribuição Aposentadoria por idade

3. REGRAS DE TRANSIÇÃO 1 POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (PONTUAÇÃO) Idade mínima de aposentadoria Pontuação = somatório da idade + contribuição 56 anos e 30 anos de contribuição 30% adicionais para o restante Contribuição de 30 anos ( M ) e 35 anos ( H ) 30 anos Mulher 35 anos - Homem 61 anos e 35 anos de contribuição Valor 60% 2% aa..% 100% O valor será de 60% da média mais 2% por ano que exceder os 20 anos de contribuição. Não há regra de transição para o valor do benefício. Mas a idade mínima é progressiva...

3. REGRAS DE TRANSIÇÃO 1 POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (PONTUAÇÃO) Anos 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 Pontos Anos 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 105 105 105 105 105 Pontos

3. REGRAS DE TRANSIÇÃO 2 POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (IDADE) Idade mínima de aposentadoria 30% adicionais para o restante Contribuição de 30 anos ( M ) e 35 anos ( H ) Tempo de contribuição + idade mínima 30 anos Mulher 35 anos - Homem 56 anos e 30 anos de contribuição 61 anos e 35 anos de contribuição Valor 60% 2% aa..% 100% O valor será de 60% da média mais 2% por ano que exceder os 20 anos de contribuição. Não há regra de transição para o valor do benefício. Mas a idade mínima é progressiva... (6 meses por ano) M62 (2031) e H65 (2027)

3. REGRAS DE TRANSIÇÃO 2 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (IDADE) Obs.: Para os professores e professoras há redução de 5 anos, até chegar aos 60 anos.

3. REGRAS DE TRANSIÇÃO 3 POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (PEDÁGIO) Idade mínima de aposentadoria 30% adicionais para o restante de 30 anos ( M ) e 35 anos ( H ) Contribuição Não tem Quem está a dois anos de cumprir o tempo de contribuição mínimo para aposentadoria (30 anos mulher e 35 anos homem) poderá aposentar sem idade mínima, porém, pagará pedágio de 50% sobre o tempo faltante Valor Sobre a base de cálculo do benefício será aplicado o Fator Previdenciário

3. REGRAS DE TRANSIÇÃO POR IDADE (TRABALHADORES URBANOS)...... Idade mínima de aposentadoria Mulher 60 Homem 65 60 anos e 15 anos de contribuição Tempo de contribuição progressivo Mínimo de 15 anos 65 anos e 15 anos de contribuição Valor 60% 2%a.a. 100% Mas a idade mínima das mulheres (62) e o tempo de contribuição (20) aumentam progressivamente...

3. REGRAS DE TRANSIÇÃO APOSENTADORIA POR IDADE IDADE MÍNIMA E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO PROGRESSIVO - RGPS Obs.: Para os professores e professoras há redução de 5 anos, até chegar aos 60 anos.

DEMAIS ELEMENTOS DA PEC

5. PENSÕES Desvinculadas do salário mínimo menor valor: 60% do SM (R$ 598,80). Cotas: Familiar: 50% e 10% adicionais para cada dependente. Dependentes: cônjuge e filho(a) menor de 21 anos e equiparados. Cotas não reversíveis, quando deixa de ser considerado dependente. No RGPS, já depende de idade de cônjuge, tempo de união, tempo de contribuição. Agora estende essa regra para os RPPS. Ex: Uma família composta por dois dependentes teria direito a 1 cota de 50% (familiar) + 20% (2 dependentes)= 70% do valor do benefício. Podendo, inclusive, ser inferior a um salário mínimo.

AS MUDANÇAS COM A PEC: PENSÕES Joca é trabalhador na ativa trabalha desde os quinze anos, mas conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada há apenas 5 anos. Salário de R$ 4.000,00 nos últimos 5 anos. Acabou sofrendo um acidente de trânsito (não laboral) e se aposentando por incapacidade permanente. E infelizmente, após um período veio a falecer. Aposentadoria por incapacidade permanente 5 anos 60% 2% 2% 2% 2% 2% 60% R$ 4.000 x 60% R$ 2.400,00 Graça, que é cônjuge e não tem filhos, poderá receber 60% R$ 2.400 x 60% R$ 1.440,00

8. BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS A proposta em análise separa em dois itens distintos a transferência de renda à pessoa com deficiência e à pessoa idosa, sendo que para ambos é exigido a comprovação da condição de miserabilidade. - O Benefício de Prestação Continuada (BPC) Fásico é desmembrado em duas faixas: a partir de 60 anos o valor de R$ 400,00 e a partir de 70 anos 1 SM. - Pessoa com deficiência: o benefício será de 1 SM. - Conceituou que a condição de miserabilidade é uma renda mensal per capita de inferior a ¼ do SM e patrimônio menor do que R$ 98 mil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

9. "REGRA RÍGIDA E IGUAL PARA UMA SOCIEDADE MUITO DESIGUAL. Muitos não vão conseguir se aposentar; Grupos mais atingidos (por rotatividade, sazonalidade, ilegalidade, baixa renda): trabalhadores na construção civil e limpeza, empregadas domésticas; Mulheres também têm mais dificuldade de acumular 20 anos de contribuição (condições piores no mercado de trabalho e cuidados na família); Muitos sem acesso à aposentadoria e com benefício assistencial mais distante (por aumento da idade e mudança da composição de renda da família); PEC pode agravar substancialmente a desigualdade social do país

10. MERCADO DE TRABALHO ATRAVANCADO E DESREGULADO Permanência de mais velhos por mais tempo no mercado de trabalho; Simultaneamente dificuldade de reemprego de pessoas mais velhas desempregadas; Dificuldade de ingresso das pessoas mais jovens em posições protegidas (com Previdência) Desincentivo à busca do emprego formal (hoje motivada, em boa medida pela PS ) e incentivo a outras inserções no mercado de trabalho..

11. RISCOS ADICIONAIS PARA A SUSTENTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA Corrosão da confiança na Previdência Pública: risco de quebra do pacto entre gerações. Sobrecarga da mulher (nos cuidados com crianças e com idosos) e sem políticas públicas pode gerar nova redução da fecundidade. Mercado de trabalho mais desestruturado e com redução do padrão salarial ameaça evolução das contribuições previdenciárias. Reforma trabalhista inclui novas formas de contratação que dificultam a possibilidade de contribuição previdenciária.

PALESTRA SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA PEC 6/2019 FABIANO CAMARGO DA SILVA - ECONOMISTA TÉCNICO DO DIEESE/ER-PR OBRIGADO