PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO DE 24 DE JANEIRO A 23 DE FEVEREIRO DE 2016 INFORMATIVO Nº 127 1
O Programa Fitossanitário do Algodão da AMPASUL oferece aos interessados treinamento de monitoramento de pragas e doenças do algodoeiro, mediante agendamento/planejamento prévio, sem custos e pode ser feito na propriedade, com duração aproximada de 3 horas. A Equipe de Gestão do Programa entende ser uma ótima oportunidade para treinar equipes de campo contratadas e atualizar a equipe técnica já existente. A Ampasul realizou no mês de fevereiro de 2016 a destruição de plantas de algodão que nascem voluntariamente as margens das rodovias, o trabalho foi mais intenso nas rodovias que passam pelos municípios de Chapadão do Sul e Costa Rica, estas plantas servem de hospedeiras para pragas e doenças da cultura e principalmente ponto de abrigo e reprodução de bicudo. Fotos 1; 2 e 3. Equipe de trabalho da Ampasul realizando a pulverização e sendo acompanhado pela Polícia Rodoviária Estadual, que auxiliou todo a operação para evitar problemas no transito. Nas fotos abaixo podemos verificar a eficiência da operação as plantas já estavam morrendo após 5 dias das operações de controle. Foto 4 e 5. Na foto a esquerda planta de algodão 5 dias após aplicação e a direita 9 dias após. 2
Núcleo 1 Chapadão do Sul Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes As semeaduras do algodão safra e segunda safras foram finalizadas ao findar do mês de janeiro de 2016; os números finais das áreas semeadas no município de Chapadão do Sul e Cassilândia são de 3312 hectares algodão segunda época e o algodão safra finalizou com uma área de 4724 hectares totalizando uma área total de algodão no Núcleo de 8036 hectares. O clima tem favorecido o desenvolvimento da cultura períodos de sol na maior parte do dia e precipitações ao findar do dia. Foto 6. Algodão segunda época em fase vegetativa. O algodão safra está em fase reprodutiva e apresenta ataque de pragas como lagartas e pulgão, em índices baixos até o momento. Foi encontrado, em algumas propriedades, o ataque de lagartas do gênero Spodoptera em cultivares Bt, estas estavam no caule da planta no terço superior causando a morte do ponteiro da planta. 3
Foto 7 e 8. Lagarta atacando o caule da planta e causando morte do ponteiro. Helicoverpa armigera e Heliothis virense também são verificadas nas plantas de algodão Bt, porém somente adultos e lagartas muito pequenas (menores que 5 mm) já que a tecnologia tem controlado-as até então. Nas cultivares não-bt o trabalho de controle sobre o complexo de lagartas que atacam o algodoeiro tem sido intenso nestas últimas semanas. Foto 9. Mariposa de Heliothis virescens. Foto 10. Lagarta do gênero Heliothine. 4
A praga presente constantemente na cultura é a mosca branca, proveniente principalmente de talhões de soja que estão em fase de maturação, com auxílio do vento está praga pode se dispersar rapidamente na cultura necessitando assim de controle mais especifico para a praga localmente e macro para a região visando o controle da mesma iniciando-se pela cultura da soja. Foto 11 e 12. Adulto de mosca branca e grande quantidade de ovos na face inferior da planta de algodão. Os produtores e suas equipes técnicas estão trabalhando firmemente no controle do bicudo-do-algodoeiro, mantendo as pulverizações de bordadura e também o controle em B1. O uso da tecnologia de aplicação UBV (Ultra Baixo Volume) para controle do bicudo em B1 tem ampla adoção na Região, com a orientação do Dr. Marcos Vilela, importante especialista no Brasil para esta tecnologia. Núcleo 2 Costa Rica e Alcinópolis Eng. Agr. Robson Carlos dos Santos Foi finalizado neste período, o processo de semeadura do algodão de segunda safra. No Núcleo, somente o município de Costa Rica semeou algodão nesta modalidade. Devido ao atraso do processo de colheita da soja na região, ocasionado por fatores climáticos e o término da janela de semeadura que findou no dia 31 de janeiro, a área total semeada com algodão nesta modalidade foi menor que a safra passada. Os primeiros talhões semeados na região apresentam bom desenvolvimento inicial e já está sendo realizado o tratamento das bordas dos talhões para o controle do bicudo. 5
Foto 13. Algodão segunda safra semeado na região do Baús. Em relação ao algodão safra, os primeiros talhões semeados na região estão na fase reprodutiva e apresentam bom desenvolvimento até o momento. O monitoramento de pragas e doenças é fundamental nesta fase, pois é a fase de maior incidência de pragas e doenças. Algumas propriedades já finalizaram a terceira pulverização para o controle do bicudo iniciado na fase B1. O controle do complexo de lagartas está mais intenso em áreas de refúgio e em cultivares não-bt, pois a lagarta da maçã e Helicoverpa nesta fase causam danos diretos no botão floral, interferindo diretamente na produtividade final da lavoura. Foto 14. Algodão safra na região do Baús. 6
Com o avanço da colheita da soja está ocorrendo grande migração de mosca branca para os talhões de algodão, sendo necessário o controle intenso da praga na região. Outra ação que iniciou na região foi a aplicação de fungicida para o controle de Ramularia aréola, algumas propriedades já realizaram três aplicações de fungicida. Foto 15. Imagem microscópica do Invólucro da pupa (exúvia) após emergência do adulto da mosca branca (esquerda) e ninfa (direita). Para o controle de plantas daninhas que surgem entre a cultura do algodão na fase reprodutiva, alguns produtores já estão realizando aplicação de herbicidas em jato dirigido, neste tipo de aplicação a equipe técnica da fazenda deve ficar atenta e regular de forma correta o equipamento, pois se o equipamento estiver mal regulado pode ocasionar fitotoxicidade na cultura. Foto 16. Jato dirigido realizando pulverização na linha e entre linha do algodoeiro. 7
Núcleo 3 Centro (São Gabriel do Oeste). Eng. Agr. Robson C. dos Santos Na Região Central (São Gabriel do Oeste), não será semeado algodão na safra 2015/16. Núcleo 4 Sul (Sidrolândia e Aral Moreira). Eng. Agr. Danilo S. Moraes Informações no próximo informativo. ANEXO I Tabela da área semeada com algodão na safra 2015/16 no Estado do Mato Grosso do Sul. MUNICÍPIO ALG. SAFRA (hectares) ALG. 2º SAFRA (hectares) COSTA RICA 16480 2912 CHAPADÃO DO SUL 4724 3012 CASSILANDIA 300 ALCINÓPOLIS 126 CAMPO GRANDE 250 SIDROLÂNDIA 1660 ARAL MOREIRA 180 total 23420 6224 total geral 29644 ANEXO II Eventos realizados. Nos dias 2; 3 e 4 de fevereiro de 2016 a Ampasul trouxe para a região o engenheiro agrônomo Dr. Marcos Vilela, para dar sequência ao trabalho que a associação iniciou desde a safra passada, durante sua estadia foram realizadas reuniões a campo para discutirmos e aperfeiçoarmos o uso da tecnologia de UBV (Ultra Baixo Volume) aéreo e o Baixo Volume Oleoso (BVO) na modalidade terrestre, pode ser acompanhado várias pulverizações em tempo real no campo e na sequencia discutidos os principais pontos que tem que ser cuidado e a forma correta de 8
regulagem principalmente das aeronaves. Vazão utilizada na pulverização terrestre foi de 10 e 15 l/ha com óleo (BVO) e aérea de 1 a 2 l/ha produto e ou produto mais óleo (UBV). Segue abaixo fotos. 9
Nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2016 foi realizado o 5º CIRCUITO TECNOLÓGICO DO ALGODÃO abordando a fisiologia do algodão e plantas daninhas resistentes, os palestrantes convidados foram o Engº Agrº Dr. Ciro Rosolem da UNESP Botucatu/SP e a Engª Argª Dra. Núbia M. Correia da Embrapa Brasília/DF, durante estes dois dias foram montadas quatro estações no campo em meio a cultura de algodão e debatido com os participantes os assuntos referentes, o Dr Ciro pesquisador da fisiologia do algodoeiro falou sobre o uso correto do regulador de crescimento na cultura e também comentou sobre a importância da adubação de cobertura nitrogenada, e alertou os produtores sobre o cuidado a ser tomado com o uso de micronutrientes que são muitas vezes utilizados de forma desnecessária na cultura, a Dr. Núbia pesquisadora de plantas daninhas resistentes comentou sobre a importância da rotação de produtos com mecanismo de ação diferentes para evitar que plantas daninhas se tornem resistentes, também explicou de forma detalhada o modo de ação dos principais herbicidas usados na cultura do algodoeiro em pré-emergência, pré-plantio com incorporação e pós-emergência na cultura. Em todas as estações os participantes puderam conhecer o manejo do algodão realizado na fazenda e adentrar a cultura. Abaixo fotos do evento. 10
Dra. Núbia Dr. Ciro É permitida a reprodução ou divulgação, em outros órgãos de comunicação, deste informativo, desde que expressamente citada a fonte, ficando aquele que desatender a esta determinação sujeito às sanções previstas na Lei nº 5.259/1967 (Lei de Imprensa) Visite nossa página no facebook (https://www.facebook.com/programafitossanitario), e nosso site (http://www.ampasul.com.br) Redação: Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes (Coordenador Técnico da AMPASUL) e Eng. Agr. Robson Santos (Monitor Técnico da AMPASUL) 11