EM NOME DO SENHOR JESUS : ANÁLISE DO CONFLITO RELIGIOSO ENTRE A IURD E OS TERREIROS DE CANDOMBLÉ Alex de Souza Ivo alexivo@pop.com.br Denise Pereira da Silva denisesilva13@hotmail.com Este trabalho originalmente teve como objetivo mapear o campo religioso do bairro de Itapuã, na cidade de Salvador. Mas tendo como temática principal um conflito que vem se verificando atualmente em todo o território brasileiro entre a Igreja Universal do Reino de Deus e os Terreiros de Candomblé. Estes vêm sendo atacados constantemente, tanto pelo discurso invasivo dos pastores da Igreja Universal do Reino de Deus quanto pelos seus adeptos, que materializam a hostilidade peculiar dos seus líderes e terminam, infelizmente, transformando em ações este discurso pouco respeitoso. Desta forma, ocorrem várias agressões, inclusive físicas, no seio de uma sociedade dita democrática que garante em sua carta magna a liberdade de expressão religiosa: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes : VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. 1 Decidimos abordar este tema em virtude da preocupação com as conseqüências futuras que estas atitudes agressivas podem levar com relação aos Terreiros de Candomblé. Acreditamos que se esse clima de hostilidade continuar as religiões afro-brasileiras poderão barrar o processo de abertura social que vem se verificando após a obtenção de sua liberdade de culto. Este trabalho contém uma série de questões que poderão ser uma contribuição para o estudo da IURD, esta instituição religiosa que vem ganhando mais adeptos a cada dia e, segundo seus sacerdotes, crescendo em todo mundo. E ainda visa descrever e analisar o conflito que está sendo perpetrado pelos grupos neopentecostais, em especial a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), para com os adeptos das religiões afro-descendentes. 1 Constituição Federativa do Brasil. Ministério da Educação, 1988. p. 9.
É perfeitamente verificável o crescimento obtido pelas denominações neopentecostais, principalmente da IURD, no campo religioso brasileiro. Este crescimento, em nossa avaliação, deve-se ao fato dos bens simbólicos por eles prometidos estarem voltados para o imediato, ou seja, contrariamente a postura adotada pelo protestantismo histórico, os grupos neopentecostais apregoam que o bom cristão terá uma recompensa terrena. Em visita a algumas sessões de culto, observamos os pastores afirmarem que Deus não quer lhe ver na tristeza, muito menos na pobreza, contrariando também o pensamento católico, que afirma que a humildade e a pobreza dos seus adeptos é uma forma de aproximação com o divino. A historiadora Elizete da Silva confirma o nosso ponto de vista: Então, para mim, esta teologia da prosperidade, que é adaptada para o grande empresário, Deus vai lhe dar lucro e, para o pobre, vai dar comida, vai dar casa e vai dar emprego. O que é a comida, casa e emprego? São as necessidades básicas de sobrevivência de qualquer José da Silva (para usar o meu sobrenome...) no Brasil..(...) Então para a Igreja Universal, o Reino dos Céus é aqui e agora. Esta visão escatológica que o protestantismo histórico tinha de que a bênção de Deus vai ser o céu futuro, isso se diluiu completamente na mensagem deles. Para a classe média pauperizada o Reino dos Céus é um telefone celular. 2 Também pode ser um fator de crescimento do número de fieis a utilização de elementos mágicos em sua liturgia. O pastor associa-se a imagem de um milagreiro, que opera curas, purificações e exorcismos. Todos os males que afligem os adeptos serão curados pelas mãos dos pastores, que segundo eles têm o ministério concedido pelo Espírito Santo, e também através de óleos, águas purificadas, amuletos judaicos, fitinhas e alianças, entre outros. A materialização dos objetos de cura levam o fiel a enxergar o pastor, intermediário entre os homens e Deus, como o responsável pela sua salvação, esta prática é comum na cultura e na religiosidade popular brasileira que está constantemente se associando a algum tipo de amuleto que garanta a sua proteção. Essa característica peculiar da cultura religiosa brasileira remonta basicamente ao catolicismo popular e também a influência afro islamizada, tendo como exemplo os malês. 3 O que ocorre na prática, é uma verdadeira guerra santa, em virtude do comportamento, tanto das lideranças quanto dos chamados crentes, que insistem em desrespeitar os credos divergentes. Como bem se afirma no prefácio anônimo do livro do bispo Edir Macedo: Através dos veículos de comunicação e das igrejas que tem estabelecido pelos rincões de nossa pátria e no exterior, o bispo Macedo tem desencadeado uma verdadeira guerra santa contra toda obra do diabo [grifo nosso] 4. Assim eles acusam os adeptos das outras religiões, em especial as de 2 Silva. Op. cit. 3 Era comum a utilização pelos malês de amuletos que continham dentro de uma pequena bolsa de couro uma oração, chamada de patuá. 4 MACEDO, Edir. Orixás, caboclos e guias, deuses ou demônios? Rio de Janeiro: Universal Produções. 15º ed.
cunho espiritualista, de coligarem-se ou de manifestarem o próprio demônio. Portanto, se referindo de forma negativa e pejorativa à ritualística, aos deuses e aos ensinamentos dessas religiões. Esta concepção teológica, chamada teologia da guerra espiritual 5, preconiza que o demônio é o grande causador dos problemas do homem. A autora Cecília Mariz, ao citar Winairczy aborda o surgimento da teologia da guerra espiritual nos esclarecendo: Winairczy analisa algumas conseqüências desta teologia. Para ele, a mais importante seria o novo papel do pastor. Este passa a ter uma função de mediador mágico e se torna quase um xamã. Também esta teologia, segundo Winairczy, tende a retirar a importância da graça, cuja valorização seria, para o autor, uma característica tradicional dos evangélicos. Enfim, acredita que a teologia da guerra espiritual tende a aproximar a religião da magia e, como afirma mais adiante, representa um reencantamento da religião. 6 A IURD usa de uma característica cultural baiana para transfigurar práticas em atividades demoníacas. Por exemplo, em seu culto diário, é comum que pessoas manifestem demônios em meio a cantos e orações. Demônios estes que eles dizem ser os encostos, sendo assim, no seu próprio ritual as divindades afro-descendentes são utilizadas. Ao participarmos das chamadas Sessões de Descarrego pudemos presenciar diversas divindades do candomblé e da umbanda baixarem nos crentes. Margarida Oliva ao estudar o papel do demônio na liturgia iurdiana declara: A demonização dos deuses e espíritos das outras religiões parece refletir uma vontade de poder que poderia se dizer satânica. Ou seria, na linguagem de René Girard, pura expressão do desejo mimético irreprimível que leva a destruir o rival, ara apoderar-se do comum objeto do desejo no caso a massa dos fiéis e, assim, fundir-se com o outro e vir a ser o único? No fundo é a mesma coisa: é a violência que valoriza os objetos do violento. 7 Sendo assim, em sua ritualística a IURD apropria-se de elementos das religiões que ela agressivamente combate. Faz valer de conceitos, práticas, deuses, das religiões trazidas pelos escravos africanos para cumprir seu papel salvacionista. Para Cecília Mariz os neopentecostais combatem os seus maiores inimigos, não espirituais, mas terrenos, motivados pela disputa por fiéis, já que estes são inimigos mais parecidos em termos ritualísticos: Atualmente tanto os pentecostais como os católicos carismáticos acusam os cultos afrobrasileiros e a nova era de demonólatras. Porque esses grupos também oferecem experiência emocional e mágica similar à pentecostal e carismática, talvez sejam os competidores que mais ameaçam. Por outro lado, são grupos abertos a misturas religiosas e ao sincretismo. O demônio seria, para os pentecostais, uma arma potente tanto quanto a 2002. p. 8. 5 MARIZ, Cecília L. O demônio e os pentecostais no Brasil. In: CIPRIANI, Robert (org.). Mudança na Religiosidade latino-americana. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.(p 256). 6 MARIZ, op. cit. (257) 7 OLIVA, Margarida. O Diabo no Reino de Deus. São Paulo: Musa, 1997. p.112.
prática simultânea de religiões distintas quanto contra a adoção de valores e práticas de outros grupos religiosos. 8 Como podemos perceber, o Diabo ocupa um papel central na interpretação social e religiosa feita pela IURD. Esta figura simboliza todos os males provocados pela sociedade. O possesso perde a sua capacidade de indivíduo transformador da história. Segundo os neopentecostais a pessoa tanto pode procurar esses demônios, através da participação em outras religiões, ou usufruindo das coisas mundanas (bebendo, fumando, indo a festas, etc.); como o Diabo pode possuir o cristão sem o seu consentimento, como afirmou-nos o pastor Gustavo Santos durante uma de nossas entrevistas. pessoas: De acordo com o Bispo Macedo existem sete maneiras dos demônios se apoderarem das por hereditariedade; pela participação direta ou indireta em centros espíritas; por trabalhos ou despachos; por maldade dos próprios demônios; por envolvimento com pessoas que praticam o Espiritismo; por comidas sacrificadas a ídolos; por rejeitarem a Cristo. 9 Percebe-se desta forma que os problemas gerados por questões de cunho social são substituídos por explicações sobrenaturais, isto é, Deus é o responsável por tudo que acontece de bom e os demônios pelo mal, fazendo com que os adeptos das religiões neopentecostais não tenham consciência do principal causador das injustiças criadas pela sociedade: o capitalismo. Sobre tal questão Mariz nos afirma o seguinte: Para os pentecostais somente Deus (Pai, Filho, Espírito Santo) e o demônio podem agir neste mundo. Isto não significa que o sobrenatural esteja menos presente no cotidiano pentecostal. Para compensar, tanto Deus como o Diabo são bastante ativos. Ambos podem estar tão próximos das pessoas que por vezes tomam o seu corpo e agem em seu lugar. Tanto um fiel pode receber o Espírito Santo como o pecador pode ser possuído pelo Diabo. Tanto é o Diabo que causa as doenças, conflitos, desemprego, alcoolismo, leva ao roubo ou a qualquer crime, como é Jesus e o Espírito Santo que cura, acalma, dá saúde, dá prosperidade material e liberta do vício do pecado. Nesta visão se nega, por um lado, a ação de outros seres espirituais, como se nega a responsabilidade humana e conseqüentemente as origens históricas do mal e do bem. 10 É importante notar que o fundamento do discurso religioso iurdiano é uma disputa constante entre Deus e seus representantes, os pastores e os bispos, contra o Diabo. Este, apesar de ser o principal responsável pelos males da humanidade, está o tempo todo sendo ridicularizado, humilhado e vencido pelos homens de Deus. O Bispo Macedo afirma que todas as religiões espiritualistas são comandadas por demônios, que utilizam este espaço para 8 MARIZ, op. cit., p.259 9 MACEDO, op. cit. (pp.38-43) 10 MARIZ, op. cit. (p253)
comunicar-se com as pessoas e realizar as suas maldades na terra. O Diabo, segundo ele, tem um poder superior ao dos homens, sendo superado somente pelo poder de Deus, portanto a existência de diabólica é uma confirmação da existência divina. E, aquele que não acredita no Diabo conseqüentemente também não acredita em Deus. Numa sociedade em que o preconceito voltado para os elementos culturais de origem africana são imperantes, esta disputa teológica direciona-se, predominantemente, aos adeptos das religiões afro-descendentes. Mesmo sendo citados em seu discurso religioso, religiões (que não se afirmam como religiões 11 ) como o Espiritismo kardecista e o New Age, não tem sido atacadas fisicamente pelos crentes. Entendemos que esta preferência pelas religiões afro-brasileiras é devido a sua predominância no nosso estado, como também, por os candomblecistas se encontrarem, em geral, em uma camada social menos favorecida, quando comparados aos kardecistas e aos adeptos da nova era. Existe um orixá no candomblé que se destaca nas perseguições por ser associado já há muitos séculos no Brasil ao diabo: o Exu. A idéia muito comum por parte dos neopentecostais de classificar Exu como demônio remonta, no Brasil, ao período colonial. Os jesuítas já haviam feito tal interpretação. Segundo Edison Carneiro isso ocorre em virtude de: Exu tem sido largamente mal interpretado. Tendo como reino as encruzilhadas, todos os lugares esconcios e perigosos deste mundo, não foi difícil encontrar-se um símile no Diabo cristão. O assento de Exu, que é uma casinhola de pedra e cal, de portinhola fechada a cadeado, e a sua representação mais comum, em que está sempre armado com suas sete espadas, que correspondem aos sete caminhos dos seus imensos domínios, eram outros tantos motivos a apoiar o símile. O fato de lhe ser dedicado a segunda-feira e os momentos iniciais de qualquer festa para que não perturbe a marcha das cerimônias e, mais do que isso a invocação dos feiticeiros a Exu, sempre que desejavam fazer uma de suas vítimas, tudo isso concorreu para lhe dar um caráter de orixá malfazejo, contrário ao homem, representante das forças ocultas do mal. 12 Posteriormente não só Exu, como todos os orixás são associados ao demônio pela IURD, isso implica em um processo evidente de perseguição e agressividade. Os crentes se sentem no direito de purificar todos aqueles que se encontram segundo eles cultuando o Diabo. Sendo assim, a perseguição torna-se uma constante em sua vida. Desde comentários pouco respeitosos em conversas sem muita importância até o ato extremo da invasão das casas de culto do Candomblé. 13 É na chamada Sessão de Descarrego e na Corrente da Libertação que os pastores livram todos os presentes dos encostos. Visitando esses cultos na IURD pudemos perceber que são os dias mais cheios da semana, 11 Estes grupos não se definem como religião, mas como filosofia de vida e ciência 12 CARNEIRO, Édison. Candomblés da Bahia. Rio de Janeiro: Conquista, 1961. (p.81) 13 Em virtude de a maioria dos Terreiros de Candomblé serem na própria residência do líder, há também o crime de invasão de propriedade juntamente com a violação da garantia do direito a liberdade de manifestação religiosa.
e é na terça-feira que os freqüentadores se diversificam, tanto em aspectos econômicos, como com relação à religião. Muitos fiéis de outras religiões participam desta sessão para poderem se libertar. Oliva fala de sua experiência na sessão da sexta-feira, mesmo sendo o livro de 1997, por isso ocorrendo algumas variações nos termos usados para designar os dias dos cultos, pode se perceber diversos elementos do ritual iurdiano : As sextas-feiras são especialmente dedicadas ao exorcismo sob as mais diversas formas. Depois de criar o clima propício, com cânticos e oração, o pastor, ao microfone, estando a assembléia de pé e de olhos fechados, invoca energicamente o demônio sob os nomes dos exus da Umbanda: demônio Sete Flechas, caboclo Flecha de Ouro, a pomba-gira... a assembléia continua de pé de olhos fechados. Acordes ao piano elétrico sublinham as invocações. 14 É nessas sessões que podemos retirar o caráter terapêutico dos rituais da IURD, como afirma Elizete da Silva: O pastor funciona como terapeuta e na Igreja Universal muito mais. Em vários rituais que presenciei nos cultos, no final as pessoas estavam felizes, sorridentes, se sentem protegidas, abençoadas. É um espaço de sociabilidade sem dúvida, e tem esta função psicológica. 15 Pudemos observar que este conflito por nós estudado não é algo novo, muito menos fruto de ações isoladas. As atitudes desrespeitosas são provocadas por um discurso religioso que valoriza uma disputa entre elementos que convivem num mesmo quadro social conjugado com a pouca escolaridade da maioria dos fiéis da IURD que acabam seguindo um discurso muito atraente, devido à promessa de melhorias na sua condição social. Nessa sociedade injusta e desumana que não garante os direitos básicos para a sobrevivência da maioria dos seus indivíduos: saúde, alimentação, educação e moradia a religião se transforma em um único instrumento de salvação. É também motivo de preocupação de nossa parte as implicações que esse comportamento pode ter para o estabelecimento de uma sociedade democrática de fato. Uma sociedade onde os indivíduos são impedidos pelo outro de manifestar os seus pensamentos, sua cultura, sua opção sexual, sua preferência política, etc., não é a sociedade em que desejamos viver. Entendemos que as hostilidades não terminarão enquanto esta concepção social e teológica da IURD estiver sendo posta em prática. O cerne do seu crescimento e do seu destaque é justamente a agressividade, sem ela não há crescimento, sem crescimento não há poder. 14 OLIVA, op. Cit. (p.37) 15 SILVA, op. Cit.
REFERENCIAS Fontes escritas: FILHO, Tácito da Gama Leite. Seitas neopentecostais. Rio de Janeiro: Juerp. 2º ed., 1991. GANDON, Tânia Almeida. O índio e o negro: Uma relação legendária. In: Afro-Ásia. Salvador, n 19-20, 1997. (pp.135-164). MACEDO, Edir. Orixás, caboclos e guias, deuses ou demônios? Rio de Janeiro: Universal Produções. 15º ed. 2002. HOUTART, François. Sociologia da religião. São Paulo: Ática,1994. MAFRA, Clara. A dialética da perseguição.in: Religião e sociedade. São Paulo, vol 19, nº 1, 1998. (pp 59-84). MARIZ, Cecília L. O demônio e os pentecostais no Brasil. In: CIPRIANI, Robert (org.). Mudança na Religiosidade latino-americana. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.(pp 251-264). MIRANDA, Júlia. Carisma, sociedade e política. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999. MOURA, Clovis. Sociologia do Negro Brasileiro. São Paulo: Ática, 1988. OLIVA, Margarida. O diabo no Reino de Deus : por que proliferam as seitas? São Paulo: Musa Editora. 1997. PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Cia. das letras. 2001. SILVA, Elizete da. Entrevista realizada em Washington DC em 15/11/1997 retirada do site: www-personal.umich.edu/~fiatlux/td/eliz/es-port2.html Fontes Orais: Carlos (?) [Carlão] Coordenador do Instituto Manuel Philomeno de Miranda, Centro Espírita. Entrevista realizada em 19/02/2003 Dagoberto Mendonça Babalorixá do Terreiro de Candomblé Ilê Orê Ofé. Entrevista realizada em 09/03/2003. Gustavo Santos Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Entrevista realizada em 09/03/2003. Joel Moura Pastor da Igreja Batista Fundamentalista de Itapuã. Entrevista realizada em 24/02/2003. Mário Rebuffoni Pároco da Igreja da Nossa Senhora da Conceição de Itapuã. Entrevista realizada em 14/02/2003. Diversos fiéis anônimos da Igreja Universal do Reino de Deus, em Itapuã e na Catedral da Fé durante todo o período da pesquisa.