Principais fatores que contribuem para a vulnerabilidade hidrológica na XVI Região Administrativa, baixada de Jacarepaguá, Rio de Janeiro RJ



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Transcrição:

Principais fatores que contribuem para a vulnerabilidade hidrológica na XVI Região Administrativa, baixada de Jacarepaguá, Rio de Janeiro RJ Gilberto Castro Lima - gilcali@yahoo.com.br Dezembro de 2011 R E S U M O O presente trabalho se propõe a analisar os aspectos relacionados às vulnerabilidades em uma área que vem passando por um grande avanço imobiliário, devido a sua posição estratégica na cidade do Rio de Janeiro. Além de uma geografia altamente privilegiada, sob o ponto de vista ecológico, soma-se a esta condição um elevado potencial comercial, por possuir uma população com expressivo poder aquisitivo. São abordadas as ações antropogênicas, que atuam sobre o ecossistema, destacando-se a construção de habitações, aspectos sócio-culturais, saneamento básico, tratamento de efluentes e a perspectiva para o futuro em relação à vulnerabilidade ambiental de maneira geral, nos bairros que compõem a XVI Região Administrativa de Jacarepaguá. São estudados os efeitos das ações desenvolvidas que têm ou que tiveram algum efeito, em relação às mudanças climáticas, por terem sido estruturadas sem o devido planejamento. Dentre estas ações a ocupação em áreas nativas, o tratamento de águas e os fenômenos ambientais que determinam o estado atual em termos de vulnerabilidade local. São apresentados os projetos voltados para a recuperação do meio ambiente, visando controlar os efeitos da ocupação desordenada na região. Palavras Chave: Vulnerabilidade, ecossistema, Jacarepaguá e XVI RA 1

1. Introdução A XVI Região Administrativa está situada na Zona Oeste do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se na Baixada de Jacarepaguá, entre o Maciço da Tijuca e o Maciço da Pedra Branca. A região agrega os bairros de Anil, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Jacarepaguá, Pechincha, Praça Seca, Tanque, Taquara e Vila Valqueire. O maciço da Pedra Branca possui uma importante rede hidrográfica, já que parte dela faz o abastecimento de água na região circunvizinha, destacando-se as represas do Pau da Fome e do Camorim. Contribui para as três macrobacias da cidade do Rio de Janeiro: Baía de Guanabara, Baía de Sepetiba e Lagoas Costeiras (PORTAL AMIGOS DO PARQUE DA PEDRA BRANCA, 2011). A figura 1 apresenta uma fotografia aérea do local. Assim como o Maciço da Pedra Branca, o Maciço da Tijuca funciona como um importante centro armazenador e distribuidor de águas pluviais, de onde convergem descargas fluviais (líquidas, sólidas e solúveis) para os rios e lagoas nos bairros circundantes. Os volumes e a qualidade da água resultam da integração de processos geoecológicos, hidrológicos e mecânicos, os quais são regulados por relações funcionais entre os elementos da natureza e ações antrópicas sobre o meio ambiente (COELHO NETO, 2005). Essa região montanhosa é circundada por planícies, onde se estabeleceram várias comunidades que deram origem a uma população que pode ser vista como protagonista de uma forte competição entre os grupos sociais e a biota existente no local. Além dos bairros da XVI RA, a região que constutiu a Baixada de Jacarepaguá é complementada pelos bairros da Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Recreio dos Bandeirantes, Rio das Pedras, Vargem Pequena, Vargem Grande. Entretanto, este trabalho aborda principalmente as ações desenvolvidas nos bairros que constituem a XVI RA. Figura 1 - Vista aérea da Baixada de Jacarepaguá Fonte: MORAIS, 2007] 2

1.1 Objetivo Embora as mudanças climáticas estejam sendo, na maioria das publicações, consideradas e mensuradas em escalas globais, é importante estudar as vulnerabilidades em âmbito local como subsídio para estabelecer políticas adequadas de adaptação e ações voltadas para reduzir as vulnerabilidades. O objetivo deste trabalho é analisar os aspectos relacionados às vulnerabilidades, na XVI Região Administrativa, considerando os dados disponíveis, índices e indicadores da região, apresentando uma relação entre estes dados e o grau de vulnerabilidade em função das causas determinadas por ações antrópicas e causas naturais. 1.2 Metodologia A produção deste trabalho se apóia na análise dos dados coletados nos portais, relacionados com o assunto vulnerabilidade hidrológica e no estudo da literatura existente, objetivando formar uma ideia, a mais precisa possível, do estado da arte da vulnerabilidade hidrológica local. Essa análise visa consolidar as adequações pertinentes para políticas públicas. Foram também realizados trabalhos de campo que tiveram como objetivo principal a validação dos dados disponibilizados para consolidar as constatações e conclusões descritas neste trabalho. 1.3 O desenvolvimento econômico na região Ao longo dos anos foram se estabelecendo nos bairros indústrias dos diversos ramos de atividade, dentre elas indústrias químicas e famacêuticas. A implantação deste parque industrial acelerou o crescimento urbano que se intensificou nos últimos dez anos e tem sido a causa de algumas mudanças topológicas e topográficas advindas de uma ocupação com pouco planejamento urbano e ambiental. Parte dessas mudanças têm causas naturais, porém a maioria se deve às intervenções humanas que vem ocorrendo em vários bairros da região, como por exemplo, o desenvolvimento verificado nos bairros Pechincha, Freguesia e Taquara. O elevado poder aquisitivo de uma boa parte da população estimula o investimento em novas construções e ampliações das já existentes. De fato, alguns desastres naturais estão relacionados aos problemas sócio-ambientais, impulsionados por chuvas torrenciais que afetam a região, devido às modificações no geoecossistema. A retração florestal provocada pela ocupação desordenada altera as condições climáticas e hidrológicas, contribuindo para o aumento na freqüência das chuvas provocando, também, alterações das características geológicas do solo. As chuvas mais intensas sobre as encostas combinadas com devastação florestal acarretam deslizamentos e assoreamentos dos canais de drenagem naturais e artificiais, aumentando a ocorrência de enchentes nos bairros que circundam as duas regiões montanhosas. (COELHO NETO, 2005). A figura 2 ilustra a localização geográfica da baixada de Jacarepaguá. 3

Figura 2 - Localização geográfica da baixada de Jacarepaguá Fonte: portalgeo.rio.rj.gov.br 2. Recursos hídricos na Baixada de Jacarepaguá Segundo (BARELA, W et al, 2007) uma bacia hidrográfica é um conjunto de terras, drenadas por um rio e seus afluentes formadas por regiões mais altas do relevo, por divisores de água, onde as águas das chuvas ou escoam superficialmente, formando os riachos e rios e/ou infiltram no solo para a formação das nascentes e dos lençóis freáticos. A região da Bacia de Jacarepaguá corresponde a 25% da área total do Município do Rio de Janeiro e é formada pelo Rio Anil, Rio Grande e Rio das Pedras. Em uma bacia hidrográfica como unidade de estudo, são considerados o regime de chuvas, os diversos tipos de utilização da água, o uso e ocupação do solo em suas margens, dentre outros. Neste trabalho será dada maior ênfase a questão do uso e ocupação do solo, das áreas de contíguas aos maciços, com enfoque em ações impostas pelo desenvolvimento local e causas naturais que determinam as vulnerabilidades. Movimentos de massa nas áreas montanhosas, assim como os assoreamentos dos canais de drenagem são fenômenos naturais verificados em áreas com as características da Baixada de Jacarepaguá, agravados por fortes chuvas. Além das influências naturais, a qualidade das águas e as transformações ambientais também são influenciadas por atividades humanas tais como: desmatamentos, que contribuem para a erosão de solos, aumentando a carga de partículas depositadas nos corpos d água, disposição inadequada de lixos e lixões, uso e manejo inadequado de substâncias orgânicas e inorgânicas, oriundas de dejetos animais, pesticidas e fertilizantes, lançamentos de esgotos urbanos e efluentes industriais não tratados e/ou clandestinos (CIÊNCIA HOJE, 2008). 4

2.1 Manutenção dos recursos hídricos Grande parte das águas, depois de utilizadas nas residências e nos processos produtivos, retorna suja aos cursos d água e, na maioria dos casos, compromete a sua qualidade para os diversos usos. Dependendo do grau de poluição, a água residual pode ser imprópria para a vida, causando, por exemplo, a mortandade de peixes. Quando ocorre o lançamento de um determinado efluente, em um corpo, imediatamente as características químicas, físicas e biológicas se alteram. Pode ocorrer um aumento muito grande da carga orgânica, refletindo-se no aumento da DBO (demanda bioquímica de oxigênio), da DQO (demanda química de oxigênio), do COT (carbono orgânico total) e, conseqüentemente, uma depleção da concentração de oxigênio dissolvido fruto, principalmente, do metabolismo de microorganismos aeróbios (GUIMARÃES & NOUR, 2001). Para uma gestão eficaz dos recursos hídricos, disponíveis na Baixada de Jacarepaguá, antes de atingirem os corpos aquáticos, toda água residual deve sofrer algum tipo de tratamento. Os processos de tratamento de águas residuais são divididos em dois grandes grupos, os biológicos e os físico-químicos. A utilização de um ou de outro, ou mesmo a combinação entre ambos, depende das características do efluente a ser tratado, da área disponível para a instalação da estação de tratamento e do nível de depuração que se deseja atingir. Para que se tenha uma ideia da importância das três principais Lagoas da Baixada de Jacarepaguá, a área de qualquer uma delas é muito maior que a área da Lagoa Rodrigo de Freitas, que é de 2,32 km². A tabela 1 mostra a característica física das três principais lagoas da Baixada de Jacarepaguá, comparadas com a Lagoa Rodrigo de Freitas. Lagoa Área (km²) Perímetro Km Lagoa de Marapendi 3,45 37,71 Lagoa de Jacarepaguá 4,11 16,24 Lagoa da Tijuca 4,19 23,41 Rodrigo de Freitas 2,33 7,38 Tabela 1 Característica física das lagoas da baixada de Jacarepaguá Fonte: Armazém de dados, 2011 a 3. Situação econômico-social dos bairros da XVI RA Todos os bairros da XVI RA de alguma forma sofrem influência hidrológica do Maciço da Pedra Branca ou do Maciço da Tijuca. A vulnerabilidade hidrológica pode ser verificada pela escassez de água, pelo excesso e seus efeitos sobre a população, ou pelo grau de contaminação. Na região em estudo o efeito mais severo se verifica pelo excesso de água e pelo grau de contaminação, ocasionado pelas intensas precipitações, acarretando nitrientes e cargas orgânicas que se depositam e dacantam nos corpos d água. Entretanto, nesta seção serão abordados, principalmente, enventos e dados ligados às ações antrópicas que determinaram a situação ambiental da área, isto é, os problemas advindos do desenvolvimento da indústria local, o crescimento demográfico e os indicadores que caracterizam o perfil da população, residente nos bairros. 5

3.1 Dados, índices e indicadores da região A seguir são analisadas as principais informações disponíveis e as possíveis implicações com a vulnerabilidade local, considerando os aspectos ligados à interação da população com o meio ambiente e com possíveis influências sobre os recursos hídricos da região. 3.1.1 População e domicílios Nos últimos dez anos a XVI RA apresentou um expressivo aumento no número de domicílios, da ordem de 50%, acompanhado por um crescimento populacional em torno de 22%. Esses dados indicam uma forte tendência para a construção de habitações, o que pode significar intervenções nas áreas nativas da região, que se não forem adequadas, em termos de preservação da biota local, podem expor a região a desastres como o que ocorreu em 1996 quando houve grande destruição de lojas comerciais e residências em vários bairros, após intensas precipitações. A tabela 2 demonstra o avanço populacional e imobiliário verificado no período, compreendido entre os anos de 2000 e 2010, o que ratifica a posição de uma das regiões mais populosas do Município, conforme demonstrado na figura 3, através da legenda 16, mais de 300 mil habitantes. População e Domicílios XVI RA - Jacarepaguá Total da População (2000) 469.682 Total de Domicílios (2000) 143.108 Total da População (2010) 572.030 Total de Domicílios (2010) 215.552 Total de Bairros (2003) 10 Área Territorial (2003) km² 126,61 Tabela 2 - População e domicílios na XVI RA Fonte: Armazém de dados, 2011b 6

16 Figura 3 Distribuição da população por Regiões Administrativas Fonte: Instituto Pereira Passos 3.1.2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) Este indicador foi criado pelas Nações Unidas para classificar os países em desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos. O Brasil ocupa a 84ª posição entre 187 países no IDH 2011, com índice de 0,718, na escala que vai de 0 a 1 (PORTAL G1, 2011). A classificação brasileira aparece entre os países considerados de "Desenvolvimento Humano Elevado", a segunda melhor categoria do ranking, que tem 47 países com "Desenvolvimento Humano Muito Elevado", acima de 0,793, além de 47 de "Desenvolvimento Humano Médio", entre 0,522 e 0,698, e 46 de "Desenvolvimento Humano Baixo", IDH abaixo de 0,510 (PNUD, 2011). O indicador Municipal segue o mesmo critério para a sua determinação, ou seja, é estruturado com base na média aritmética simples de três índices, referentes às dimensões Longevidade, Educação e Renda. A tabela 3 apresenta o IDH dos bairros estudados (XVI RA), demonstrando que, já naquela ocasião, em 2000, dos dez bairros da XVI RA, oito apresentavam IDH classificado como desenvolvimento muito elevado, segundo o critério estabelecido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2011). A comparação entre os dados do período que vai de 1991 a 2000 revela um expressivo avanço do indicador no intervalo considerado, que deverá ser ampliado na próxima década. 7

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) Bairros 1991 2000 Anil 0,833 0,911 Vila Valqueire 0,835 0,904 Pechincha 0,842 0,900 Freguesia 0,843 0,898 Taquara 0,806 0,876 Praça Seca 0,795 0,845 Tanque 0,785 0,831 Curicica 0,768 0,828 Jacarepaguá 0,725 0,769 Gardênia Azul 0,701 0,768 Tabela 3 Índice de Desenvolvimento Humano Fonte: Armazém de dados, 2011c 3.1.3 Dados da coleta de lixo O levantamento a seguir mostra um fator que pode estar contribuindo com a vulnerabilidade na região. Considera-se que, apesar do crescimento populacional, o total de lixo público coletado reduziu entre 2007 e 2009, não só em termos nominais, como também em termos de tonelada por habitante. Essa redução pode ter ocorrido em função da melhoria do IDH da população, que inclui o aspecto educação, revelando uma possível evolução da conscientização da população no descarte do lixo em vias públicas. Entretanto, um estudo mais detalhado dos dados revelam, também, uma ineficiência na coleta do lixo público, lançando a hipótese de que uma maior eficiência na coleta, aliada a maior conscientização da população, contribui para reduzir vulnerabilidades causadas por ações antrópicas. Por outro lado, a coleta de lixo domiciliar acompanhou o crescimento populacional verificado nos últimos anos. A tabela 4 apresenta os totais anuais coletados no período de 2000 a 2009. No que diz respeito ao lixo domiciliar o aumento em termos nominais pode ser uma preocupação se o destino final não for o recomendado, isto é, o aplicado nos Centro de Tratamento de Resíduos - CTR. Lixo (t) domiciliar -XVI Jacarepaguá 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 124 098 115 956 108 138 108 630 131 481 130 447 137 115 139 520 151 828 162 093 Lixo (t) público -XVI Jacarepaguá 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 66 416 81 165 73 394 97 182 71 312 73 547 92 737 99 628 85 552 71 692 Tabela 4 Coleta de lixo domiciliar e público Fonte: Armazém de dados, 2011d 8

A seguir é apresentado um estudo, demonstrando que deve haver uma maior eficicácia na coleta de lixo público per capta na região. A tabela 5 apresenta os dados de coleta de lixo e a tabela 6 a taxa de empregados para cada dez mil habitantes no Município do Rio de Janeiro. Tabelas 5 e 6 - Taxa de coleta de lixo por habitante-ano e taxa de empregados, por 10000 habitantes Fonte: Armazém de dados, 2011 d Analisando os dados exibidos nas tabelas coleta de lixo per capta e a taxa de empregados pode-se constatar que em 2002, com uma taxa de 3 empregados para cada dez mil habitantes, foi coletado mais lixo público do que em 2005, com uma taxa de 5,4 empregados para cada dez mil habitantes, isto é 0,150 em 2002 e 0,141 em 2005. Não está disponível a taxa de empregados para os anos de 2008 e 2009. Contudo, mesmo que a tendência seja para o pior caso, verificado em 2002, a coleta de lixo por habitante ano deveria, em 2009, ser da ordem 0,150 toneladas por habitante-ano. O que ocorreu foi que o indicador caiu para 0,127 toneladas por habitante-ano. É importante mencionar que, apesar dos dados para a taxa de empregados serem do Município, como a área em estudo é uma das mais populosas, é razoável considerá-los como válidos para a XVI RA. A figura 4 ilustra alguns pontos nos quais a coleta de lixo público se acumula, nos bairros da Praça Seca e Taquara. Figura 4 Lixo público acumulado Fonte: Foto produzida pelo autor, Dez/2011 9

3.1.4 Áreas ocupadas por favelas Embora a população de favelas tenha dobrado de 1991 para 2000, passando de 56817 para 111448 (ARMAZÉM DE DADOS, 2011) moradores, entretanto, um outro dado importante a ser considerado para análise, é a área ocupada pelas favelas nos últimos anos. Em uma abordagem dos anos de 2008, 2009 e 2010 observa-se que, praticamente, não houve avanço na proliferação de favelas, o que indica que não houve um aumento significativo de moradores em favelas, indicando que este fator, considerado como vulnerabilidade, vem se mantendo estável ou se atenuando na região. A tabela 5 exibe as áreas ocupadas por favelas nos anos mencionados. Área ocupada por favelas XVI RA Km² 2 008 5,18 2 009 5,18 2 010 5,14 Tabela 5 Áreas ocupadas por favelas XVI RA Fonte: Armazém de dados, 2011 e 4. Recursos de engenharia para mitigação dos impactos ambientais Com o objetivo de recuperar o meio ambiente e prevenir enchentes, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Programa de Recuperação Ambiental da Bacia de Jacarepaguá, que tem por objetivo desenvolver a macrodrenagem na região. A recuperação da bacia está prevista no Caderno de Encargos para as Olimpíadas de 2016. Além de prevenir enchentes, a macrodrenagem contribuirá para a redução da poluição nas lagoas de Jacarepaguá. O projeto compreende ações como dragagem, desassoreamento, limpeza e canalização de rios, implantação de avenidas nas margens dos canais e recomposição de leitos de rio. Dentro do programa também estão previstas ações de educação ambiental e contenção de encostas. As obras foram iniciadas em fevereiro/11, lote 1A, que recebe as águas do maciço da Tijuca e compreende os Rios Retiro, Cachoeira, Itanhangá, Amendoeira, Muzema, Papagaio, Sangrador, São Francisco e o Córrego da Panela, abrangendo os sub-bairros Gardênia Azul, Freguesia, Anil, Itanhangá e Rio das Pedras. Os bairros de Itanhangá e Rio das Pedras não integram na área da XVI RA. Os lotes 1B e 1C recebem as águas da área central de Jacarepaguá, do Maciço da Tijuca e do Maciço da Pedra Branca. Nestes trechos estão os Rios Covanca, Pechincha, Tindiba, Banca da Velha, Grande e Pequeno. Os sub-bairros do Tanque, Praça Seca, Pechincha, e Taquara serão beneficiados (SUBPREFEITURA DE JACAREPAGUA, 2011). A figura 5 mostra a situação atual de parte do canal de Marapendi, onde pode ser visto esgoto sem tratamento e até um pneu no canal. 10

Figura 5 Esgoto sem tratamento e poluição de parte do Canal de Marapendi Fonte: Foto produzida pelo autor, Dez/2011 4.1 A estação de tratamento da Barra da Tijuca - ETE Antes de ser transportado para o Emissário da Barra da Tijuca o esgoto recebe na ETE da Barra da Tijuca tratamento preliminar e tratamento primário. A ETE foi construída para tratar 2,3 mil litros de esgoto por segundo, recebidos da Baixada de Jacarepaguá, e tem capacidade de ampliação para tratamento de até 5,3 mil litros de esgoto por segundo. A figura 6 apresenta uma fotografia aérea da ETE (CEDAE, 2011). A ampliação da rede de esgotos aliada ao aumento da capacidade de tratamento de esgostos na ETE são elementos primordiais para reduzir a vulnerabilidade na região. 11

Figura 6 - Estação de Tratamento de Esgotos da Barra da Tijuca Fonte: CEDAE 4.2 O emissário submarino da Barra da Tijuca O Emissário Submarino da Barra da Tijuca, parte integrante do sistema de esgotamento sanitário da região, foi projetado para viabilizar a retirada dos esgotos, inicialmente lançados no sistema lagunar de Jacarepaguá. O projeto foi desenvolvido para não causar risco à zona de praia; é composto por duas tubulações, chamadas de primeira linha e segunda linha, paralelas, de alta densidade e 1.400 mm de diâmetro interno, cada. A primeira linha, já operando, com 5 km de comprimento, chamada de Emissário Principal, e a segunda com 514 metros, de Emissário Reserva, a ser complementado quando o sistema estiver esgotando mais de três mil litros por segundo. No trecho final de 500 m, assentado à profundidade de 40 m, encontram-se os difusores que lançam os esgotos possibilitando grande mistura com a água do mar, reduzindo em 100 vezes sua concentração inicial. A seguir, ao mesmo tempo em que essa mistura sofre os efeitos das correntes e da turbulência do mar, ocorre o processo biológico de redução dos organismos vivos, acelerado pela salinidade e insolação (CEDAE, 2011). Dessa forma, é de fundamental importância que a rede de esgotamento sanitário seja ampliada para operação plena do emissário submarino. A figura 7 exibe o mapa da região e o emissário submarino. 12

Figura 7 Emissário submarino da Barra da Tijuca Fonte: CEDAE 4.3 Esgotamento sanitário de Jacarepaguá Todo o sistema de tratamento de esgotos depende do transporte dos dejetos até os locais onde devem ser tratados, isto é, até às estações de tratamento de esgotos - ETE. Muitas obras já foram realizadas, porém ainda existe uma grande parte de efluentes sem o devido tratamento, lançado nas lagoas e rios da região. As principais obras a serem complementadas são: Rede Coletora, Coletor tronco, Ligações Domiciliares e Linhas de recalque. As obras têm por objetivo a complementação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Jacarepaguá, compreendendo a coleta e transporte do esgoto sanitário até as Estações Elevatórias e posteriormente à Estação de Tratamento de Esgotos, localizada na Barra da Tijuca, onde será dado o tratamento adequado, tendo como destino final o Emissário Submarino. A figura 8 ilustra a estação elevatória de esgotos de Curicica. 13

Figura 8 - Estação Elevatória de Esgoto Curicica Fonte: CEDAE 5. Consideracões finais Muito embora alguns avanços tenham sido verificados no sentido de minimizar a vulnerabilidade hidrológica na região estudada, como por exemplo, as Estações Elevatórias de Esgotos EEE, a Estação de Tratamento da Barra da Tijuca ETE, e o Emissário Submarino da Barra da Tijuca, obras complementares para a canalização de esgotos devem ser realizadas para que a região alcance um patamar aceitável de sustentabilidade ambiental. Através deste trabalho, dentro das limitações impostas, foi possível fazer algumas constatações e chegar a algumas conclusões: As lagoas do complexo têm uma taxa de renovação hídrica muito lenta. Isto faz com que os dejetos, resíduos e sedimentos mais pesados decantem, provocando a eutrofização devido ao excesso de nutrientes. Isto se deve ao estreitamento das ligações entre as lagoas; Atualmente ainda são lançados no mar detritos industriais e domésticos, oriundos do despejo irregular de esgotos e produtos químicos nos rios da região, o que pode ser verificado através da ligação ao mar feita através do Canal da Joatinga, transportando resíduos da Lagoa de Marapendi; Deve ser minimizado o lançamento de esgotos domésticos na região, objetivo este que deve ser alcançado com as obras terrestres ora em andamento e, também, deve ser melhorada a eficiência da coleta de lixo público por parte do poder público; A deposição natural de nutrientes e cargas orgânicas proveniente dos maciços da Pedra Branca e da Tijuca vão superar, a médio prazo, os saques realizados pelas obras de macrodrenagem, pois a renovação hídrica não é suficiente para a taxa de deposição oriunda dos Maciços; 14

Deve ser incluindo no projeto de macrodrenagem da região ligações com o mar que possibilitem trocas hídricas mais frequentes, evitando a decantação dos nutrientes, nos rios e lagoas, oriundos dos Maciços, que visam superar as taxas de deposição, como medidas preventivas de vulnerabilidade. REFERÊNCIAS ÁREAS OCUPADAS POR FAVELAS http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/ Tab 2642. Acesso 09/12/2011 e BARRELLA, W. et al. As relações entre as matas ciliares os rios e os peixes. In: RODRIGUES, R.R.; CARACTERÍSTICA FÍSICA DAS LAGOAS DA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/ Tab 810. Acesso 08/12/2011 a CEDAE< http://www.cedae.com.br/> Saneamento Barra e Jacarepaguá - Acesso em 10/12/11 COELHO NETO, A. L., 2005. A interface florestal-urbana e os desastres naturais relacionados à água no maciço da tijuca: desafios ao planejamento urbano numa perspectiva sócioambiental. COLETA DE LIXO DOMICILIAR E PÚBLICO http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/ Tab 1481/1482. Acesso 09/12/2011 d DA SILVA, L. P., CORREA, S. M., ROSA E. U., MIZUTORI I. S. Hidrocidades: Monitoramento da qualidade da água na bacia do rio Morto, Jacarepaguá-RJ. II Simpósio de Recursos Hídricos do Sul-Sudeste. GUIMARÃES, J. R., NOUR, E. A. A., Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola Tratamento de esgotos Edição especial Maio 2001 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO <http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/ >Tab 1171/1172. Acesso 09/12/2011 c INSTITUTOPEREIRA PASSOS <http://www.rio.rj.gov.br/web/ipp/> LEITÃO FILHO; H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001. MORAIS, A. Análise de alternativas hidrodinâmicas para o sistema lagunar da baixada de Jacarepaguá. JUN 2007 O GLOBO Disponível em <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/11/brasil-ocupa-84-posicaoentre-187-paises-no-idh-2011.html> Acesso em 28/11/11 PNUD PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO < <http://www.pnud.org.br/idh/> PORTAL AMIGOS DO PARQUE DA PEDRA BRANCA, http://www.parquepedrabranca.com/p/macico-da-pedra-branca.html Acesso em 15/11/11 15

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