HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 12 O BRASIL HOLANDÊS (1630 54)
Como pode cair no enem (ENEM) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda es-creveram uma peça para teatro chamada Calabar, pondo em dúvida a reputação de traidor que foi atribuída a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632. Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatória, traiu a elite branca? Os textos referem-se também a esta personagem. Texto I... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexível História, lhe chamará infiel, desertor e traidor, por todos os séculos. (Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. Do Recôncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949.) Texto II Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em consequência de vários crimes praticados... (os crimes referidos são o de contrabando e roubo). (CALMON P. História do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.) Pode-se afirmar que: a) a peça e os textos abordam a temática de maneira parcial e chegam às mesmas conclusões; b) a peça e o texto I refletem uma postura tolerante com relação à suposta traição de Calabar, e o texto II mostra uma posição contrária à atitude de Calabar; c) os textos I e II mostram uma postura contrária à atitude de Calabar, e a peça demostra uma posição indiferente em relação ao seu suposto ato de traição; d) A peça e o texto II são neutros com relação à suposta traição de Calabar, ao contrário do texto I, que condena a atitude de Calabar; e) a peça questiona a validade da reputação de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II des-creve ações positivas e negativas dessa personagem.
Fixação 1) (UFV) O período que se estende de 1624 a 1654 é caracterizado por tentativas de colonização costeira do Brasil e pelo efetivo domínio holandês no Nordeste. Sobre as Invasões Holandesas, nesse momento da história colonial brasileira, é INCORRETO afirmar que elas: a) iniciaram-se pela Bahia, de onde os holandeses foram expulsos, mas expandiram-se em direção a Recife até atingir o entorno de São Luís, região estratégica para o ataque às frotas oriundas das minas espanholas que por lá passavam carregadas de ouro e prata; b) estavam relacionadas com a União Ibérica e a consequente guerra pela autonomia das Províncias Unidas dos Países Baixos diante do domínio espanhol, que interferiu nas relações políticas e comerciais entre portugueses e holandeses; c) contaram com a participação da Companhia das Índias Ocidentais, empresa responsável pela administração do território holandês conquistado e que, em troca de apoio, ofereceu vantagens aos senhores de engenhos de Pernambuco; d) entraram em decadência a partir de 1642, devido à nova política adotada pela Companhia das Índias Ocidentais, que obrigou os senhores de engenho a aumentar a produção de açúcar para que conseguissem pagar suas dívidas com os holandeses; e) propiciaram a substituição da mão de obra escrava pela livre nas lavouras canavieiras do Nordeste, durante o governo do conde Maurício de Nassau, também conhecido por implementar a urbanização e o embelezamento do Recife.
Fixação F 2) (UFRRJ) Pois é possível, Senhor, que hão de ser vossas permissões argumentos contra vossa Fé? (...) Que diga o herege (...) que Deus está holandês? (...). Já que o pérfido calvinista dos sucessos que só lhe merecem nossos pecados faz argumento da religião, e se jacta insciente de ser sua a verdadeira, veja ele (...) de que parte está a verdade. (Pe. Antônio Vieira. Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as da Holanda - 1640.) 3 O discurso de Vieira revela desespero diante do sucesso da empreitada da Companhia das Índias Ocidentais, no Brasil, até aquele momento, tanto mais que os holandeses traziam consigo a pregação religiosa da Reforma Anticatólica. Partindo dessa constatação: a) cite um aspecto da pregação calvinista divergente do pensamento católico; b) aponte o principal objetivo dos holandeses na invasão ao Nordeste brasileiro em 1630. a b
ixação ) (UNICAMP) A união de Espanha e Portugal, em 1580, trouxe vantagens para ambos os lados. Portugal era tratado pelos monarcas espanhóis não como uma conquista, mas como um outro reino. Os mercados, as frotas e a prata espanhóis revelaram-se atraentes para a nobreza e para os mercadores portugueses. A Espanha benefi-ciou-se da aquisição de um porto atlântico de grande importância, acesso ao comércio de especiarias da Índia, comércio com as colônias portuguesas na costa da África e contrabando com a colônia do Brasil. (Adaptado de SCHWARTZ Stuart B. Da América Portuguesa ao Brasil. Lisboa: Difel, 2003, p. 188-189.) ) Segundo o texto, quais foram os benefícios da União Ibérica para Portugal e para a Espanha? ) No contexto da União Ibérica, o que foi o sebastianismo?
Fixação F 4) (ENEM) Quando tomaram a Bahia, em 1624-5, os holandeses promoveram também o bloqueio naval de Benguela e Luanda, na costa africana. Em 1637, Nassau enviou uma frota do Recife para capturar São Jorge da Mina, entreposto português de comércio do ouro e de escravos no litoral africano (atual Gana). Luanda, Benguela e São Tomé caíram nas mãos dos holandeses entre agosto e novembro de 1641. A captura dos dois polos da economia de plantações mostrava-se indispensável para o implemento da atividade açucareira. (ALENCASTRO, L. F. Com quantos escravos se constrói um país? In: Revista de História da Biblioteca Nacional. RJ, ano 4, n o 39, dez. 2008 [adaptado].) Os polos econômicos aos quais se refere o texto são: a) as zonas comerciais americanas e as zonas agrícolas africanas; b) as zonas comerciais africanas e as zonas de transformação e melhoramento americanas; c) as zonas de minifúndios americanas e as zonas co-merciais africanas; a d) as zonas manufatureiras americanas e as zonas de entreposto africano no caminho para t Europa; b e) as zonas produtoras escravistas americanas e as zonas africanas reprodutoras de escravos. t n c d e t 5
ixação ) (ESPM) Leia os dois textos a seguir e responda: A tentativa de implantação colonial ocorreu em 1612, onde fica hoje a cidade que leva o nome de São Luís. Contava com o apoio da rainha regente Maria de Médicis, que nomeou os senhores de La Ravardiere e de Razilly lugar tenentes do rei e designou os missionários capuchinhos para exercerem o apostolado junto aos índios da região. (Fonte: Revista Nossa História, n o 9, julho/2004) Em 1645, os insurretos controlavam o interior do nordeste, enquanto os batavos permaneciam em Recife, Itamaracá, Paraíba, Natal e Fernando de Noronha. A estratégia lusa era impedir o abastecimento do inimigo, fazendo-o depender dos recursos enviados desde a Europa. As derrotas dos invasores, sobretudo nas duas batalhas de Guararapes desembocaram na capitulação da Campina da Taborda. (VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial) ) O primeiro texto trata da tentativa de fundação da França Equinocial no Maranhão; o segundo exto trata da Insurreição Pernambucana contra os holandeses no Brasil; ) O primeiro texto trata da tentativa de fundação da França Antártica no Maranhão; o segundo exto trata da luta dos portugueses para derrotarem a invasão holandesa que havia ocorrido a Bahia; ) Os dois textos tratam das invasões francesas ao Brasil durante o período colonial; ) Os dois textos tratam das invasões holandesas ao Brasil durante o período colonial; ) O primeiro texto trata da tentativa de fundação da França Antártica no Maranhão; o segundo exto trata da luta dos portugueses para derrotarem os holandeses estabelecidos na Bahia.
Proposto 1) (FGV) Frans Post chegou ao Brasil em 1637 e integrou o grupo de artistas ligados à administração holandesa sob o comando de Maurício de Nassau. Paisagens, cenas cotidianas e personagens foram os temas principais representados por Post durante os anos vividos no Brasil. Observe atentamente a imagem abaixo, de sua autoria, e depois responda às questões propostas. a) Identifique na pintura: a instalação representada; a força motriz utilizada; a mão de obra predominante e o produto processado. b) Depois de estabelecidos em Pernambuco, os holandeses conquistaram Angola. Qual era a articulação entre essas duas regiões?
Proposto 2) Leia o fragmento textual abaixo para responder às questões adiante. A cidade dos tempos do capitalismo do século XX adquiriu uma característica que, até o século XIX, era peculiar aos portos: passa a se constituir, sobretudo, de uma população estrangeira, de várias origens e regiões, e, quando muito, de uma população apenas de passagem. A produção econômica, voraz em sua fome de força de trabalho a baixo custo, dispõe, nessa cidade, de um enorme mercado de mão de obra. No entanto, a cidade capitalista, apesar de gerar um novo território comum, não consegue garantir um espaço para todos. (Adaptado de ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1995.) Durante a primeira metade do século XVII, na Capitania do Rio Grande (do Norte), ocorreram vários conflitos armados, com os quais se podem relacionar os interesses: a) das Companhias de Comércio de Pernambuco e da Paraíba, que lutavam pelo direito de aprisionar o nativo, com a finalidade de vendê-lo na Europa; b) das diversas etnias nativas, tupi e tarairiú, que apro-veitavam os conflitos coloniais para vingarem-se dos grupos indígenas oponentes; c) da França e da Espanha, que, para retomarem o controle do Nordeste, instigavam os índios contra os portugueses, enfraquecendo estes; d) da Holanda e de Portugal, que buscavam aliança com os nativos, vistos como elementos de apoio na luta pelo domínio territorial do Nordeste açucareiro.
Proposto P 3) (FUVEST) Andava o conde de Nassau tão ocupado em fabricar a sua nova cidade, que para estimular os moradores a fazerem casas, ele mesmo, com muita curiosidade, lhe andava fazendo as medidas, e endireitando as ruas para ficar a povoação mais vistosa. Com base no texto, responda: a) Quem foi o conde de Nassau? b) Qual o projeto apresentado no texto? Explique. (Frei Manuel Calado. O valoroso Lucideno e triunfo da liberdade, 1648.) 4 P 1 a b P
Proposto 4) (FUVEST) A dominação espanhola (1580-1640) provocou mudanças no Império Colonial Português; por isto mesmo, D. João IV, que subiu ao trono com a Restauração ocorrida em 1640, teria dito que o Brasil é a vaca leiteira de Portugal. a) Quais mudanças do império derivaram da dominação espanhola? b) Que relação há entre as mudanças e a ideia de que o Brasil se tornou a vaca leiteira de Portugal?
Proposto P 5) (UNIRIO) A história econômica e social do Brasil Colonial está pontilhada de crises de abas-tecimento que podem ser explicadas por: d a) desvio da produção de alimentos para o consumo das tropas e abastecimento do Oriente; a b) maior atenção e investimento nos setores extrativos da economia colonial, durante o primeiro d século da colonização; b c) predominância dos setores voltados para a produção de exportação; d d) baixa produtividade das lavouras indígenas respon-sáveis pelo abastecimento das cidades; c t e) constantes ataques de piratas, que paralisavam a importação de gêneros alimentícios da Europa. d j e a
Proposto 6) (PUC) No Período Colonial Brasileiro, a implantação do trabalho escravo dos africanos deveu-se: a) ao desconhecimento de técnicas de produção agrícola pelos indígenas, à fácil adaptação do negro às condições de trabalho e à necessidade de ocupar o território; b) à passividade do negro, à facilidade de produzir tabaco e aguardente e à aceitação por parte dos jesuítas do trabalho compulsório; c) à pouca distância entre o Brasil e a África, à beli-cosidade dos grupos indígenas e ao desinteresse dos portugueses na produção agrícola; d) ao pequeno crescimento demográfico da Metrópole, à proteção dos indígenas nas missões jesuíticas e à facilidade de extração do ouro de aluvião; e) à abundância de terra, à necessidade de produzir em alta escala um produto de grande aceitação no mercado europeu e à alta lucratividade do tráfico.