LEI N. 1.778 DATA: 16/11/2015



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Transcrição:

LEI N. 1.778 DATA: 16/11/2015 Súmula: Institui o Regime Próprio de Previdência Social - RPPS do Município de Santa Izabel do Oeste e dá outras providências. A Câmara Municipal de Vereadores do Município de Santa Izabel do Oeste, Estado do Paraná, aprovou e eu Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: TÍTULO ÚNICO Do Regime Próprio de Previdência Social do Município de Santa Izabel do Oeste CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares e dos Objetivos Art. 1º - Fica instituído, nos termos desta Lei, o Regime Próprio de Previdência Social do Município de Santa Izabel do Oeste - RPPS, que trata do Regime Jurídico dos Servidores deste Município, assegurando aos servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo do Município, integrantes dos Poderes Legislativo e Executivo, incluídas suas autarquias e fundações, de que trata o art. 40 da Constituição Federal. Art. 2º - O RPPS visa dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos os beneficiários assegurando-lhes meios de subsistência nos eventos de incapacidade, idade avançada e morte. Parágrafo Único. Consideram-se meios de subsistência aqueles que substituem a remuneração, que é base de contribuição dos beneficiários, observando-se ainda as demais condições desta Lei. CAPÍTULO II Do Instituto de Previdência Social Art. 3º- Fica criada, nos termos desta Lei, a autarquia Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Santa Izabel do Oeste, sob a denominação IPRESIO Instituto de Previdência do Município de Santa Izabel do Oeste. Art. 4º - O IPRESIO, entidade autárquica, com personalidade jurídica de direito público interno, detentora de autonomia financeira e administrativa, tem por finalidade a administração do RPPS. Parágrafo Único - Fica assegurada permissão ao IPRESIO para utilização, naquilo que couber, de normas da Administração Direta, ainda que não façam referência expressa ao RPPS, bem como utilização, naquilo que couber, de normas do RGPS. Dos Beneficiários Art. 5º - São beneficiárias do RPPS as pessoas físicas classificadas como segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste Capítulo. 1

Seção I Dos Segurados Art. 6º - São segurados do RPPS: I - o servidor público titular de cargo efetivo dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo, suas autarquias fundações públicas; e II - os aposentados nos cargos efetivos citados no inciso I. Parágrafo Primeiro - Fica excluído do disposto no caput o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como o ocupante de cargo temporário ou emprego público. Parágrafo Segundo - O segurado aposentado que exerça ou venha a exercer cargo em comissão, cargo temporário, emprego público ou mandato eletivo vincula-se, obrigatoriamente, ao Regime Geral de Previdência Social- RGPS. Parágrafo Terceiro - Na hipótese de lícita acumulação remunerada de cargos efetivos, o servidor mencionado neste artigo será segurado obrigatório do RPPS em relação a cada um dos cargos ocupados. Parágrafo Quarto - O servidor titular de cargo efetivo amparado por RPPS, que se afastar do cargo efetivo quando nomeado para o exercício de cargo em comissão, continua vinculado exclusivamente a esse regime previdenciário, não sendo devidas contribuições ao RGPS sobre a remuneração correspondente ao cargo em comissão, sendo-lhe facultado optar por recolher sobre essa parcela ao RPPS, conforme previsto no art. 17, 1º. Parágrafo Quinto - Quando houver acumulação de cargo efetivo e cargo em comissão, com exercício concomitante e compatibilidade de horários, haverá o vínculo e o recolhimento ao RPPS, pelo cargo efetivo e, ao RGPS, pelo cargo em comissão. Art. 7º - O servidor público titular de cargo efetivo permanece vinculado ao RPPS nas seguintes situações: I - quando cedido, com ou sem ônus para o cessionário, a órgão ou entidade da administração direta ou indireta de quaisquer dos entes federativos; II - quando licenciado; III - durante o afastamento do cargo efetivo para o exercício de mandato eletivo em quaisquer dos entes federativos; e IV - durante o afastamento do país por cessão ou licenciamento com remuneração. Parágrafo Único - O segurado de RPPS, investido no mandato de Vereador, que exerça, concomitantemente, o cargo efetivo e o mandato filia-se ao RPPS, pelo cargo efetivo, e ao RGPS, pelo mandato eletivo. Art. 8º - O servidor efetivo requisitado da União, do Estado, do Distrito Federal ou de outro Município permanece filiado ao regime previdenciário de origem. Art. 9º - A perda da condição de segurado do RPPS ocorrerá nas hipóteses de morte, exoneração, demissão ou posse em outro cargo efetivo inacumulável, nos termos do inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal. Seção II Dos Dependentes Art. 10 - São beneficiários do Regime Próprio de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: 2

I - o cônjuge, a companheira ou o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um anos) anos ou até os 24 (vinte e quatro) anos se estudante universitário, ou ainda, inválido; II - os pais; ou III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um anos) anos ou inválido. Parágrafo Primeiro - A existência de dependente indicado em qualquer dos incisos deste artigo exclui do direito ao benefício os indicados nos incisos subseqüentes. Parágrafo Segundo - Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com segurado ou segurada nos termos da legislação civil em vigor. Parágrafo Terceiro - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, que comprove o recebimento de pensão alimentícia determinada por sentença judicial, terá direito ao benefício de pensão por morte até o limite do percentual estabelecido judicialmente a título de pensão alimentícia, tendo o direito de permanecer recebendo o mesmo percentual após a morte do instituidor da pensão. Parágrafo Quarto - Equiparam-se aos filhos, nas condições do inciso I, mediante declaração escrita do segurado e comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação. Parágrafo Quinto - O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado quando, além de atender aos requisitos do 4º, houver a apresentação do termo de tutela. Parágrafo Sexto - A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e das demais deve ser comprovada. Art. 11 - A perda da qualidade de dependente ocorre: I - para o cônjuge: a) pela separação judicial ou divórcio, desde que não lhe seja assegurada a prestação de alimentos; b) pela separação de fato, desde que não seja comprovada a dependência econômica; c) pela anulação do casamento; d) pelo óbito; e) por sentença judicial transitada em julgado. II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos; III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem 21 (vinte e um) anos de idade, ou 24 (vinte e quatro) anos de idade se estudante universitário, salvo se inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes: a) de completarem 21 (vinte e um) anos de idade; b) do casamento; c) do início do exercício de cargo ou emprego público. d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia própria; ou e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; IV - Para os dependentes em geral, ocorre a perda dessa qualidade: a) pela cessação da invalidez; b) por ordem judicial; c) pela renúncia expressa; d) pela cessação da dependência econômica; 3

e) pelo falecimento. Art. 12 - A vinculação do servidor ao RPPS é automática e obrigatória ocorre quando da investidura do cargo, e/ou, dar-se-á pelo exercício das atribuições do cargo de que é titular. Parágrafo Primeiro - O segurado deverá atualizar suas bases cadastrais, a cada 2 (dois) anos, no mês do respectivo aniversário, mediante o preenchimento de ficha ou formulário, impresso ou eletrônico, do IPRESIO, sob pena de retenção dos vencimentos até que a providência seja tomada. Parágrafo Segundo - O segurado inativo e o pensionista, obrigatoriamente, deverão atualizar suas bases cadastrais no período de janeiro a março de cada ano, mediante o preenchimento de ficha ou formulário, impresso ou eletrônico, do IPRESIO, sob pena de retenção dos proventos até que a providência seja tomada. Parágrafo Terceiro - Em caso de falecimento do segurado inativo ou pensionista os familiares deverão encaminhar o atestado de óbito ao IPRESIO, no prazo máximo de 10 (dez) dias. 5 Seção III Das Inscrições Art. 13 - Incumbe ao segurado a inscrição de seus dependentes, que poderão promovê-la se ele falecer sem tê-la efetivado. Parágrafo Primeiro - A inscrição de dependente inválido poderá ser realizada mediante a apresentação de documentação idônea em que se comprove a respectiva invalidez, devendo o dependente inválido ser avaliado pela perícia médica a cargo do IPRESIO para fins de concessão do direito à pensão por morte no caso de óbito do segurado. Parágrafo Segundo - As informações referentes aos dependentes deverão ser comprovadas documentalmente. Parágrafo Terceiro - A perda da condição de segurado implica o automático cancelamento da inscrição de seus dependentes. CAPÍTULO III Do Custeio Seção I Das Fontes de Financiamento e dos Limites de Contribuição Art. 14 - Compete ao IPRESIO administrar, gerir e garantir o plano de benefício, observados os critérios estabelecidos nesta Lei, como unidade gestora única do RPPS, sendo que são fontes de financiamento do plano de custeio as seguintes receitas: I - o produto da arrecadação referente às contribuições previdenciárias de caráter compulsório, dos servidores ativos de qualquer dos Poderes do Município, suas autarquias e fundações, na razão de 11% (onze por cento) sobre a sua remuneração de contribuição; II - o produto da arrecadação referente às contribuições previdenciárias dos aposentados e pensionistas de qualquer dos Poderes do Município, suas autarquias e fundações na razão de 11% (onze por cento), incidentes sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e das pensões concedidas pelo RPPS que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS; III - o produto da arrecadação da contribuição previdenciária do Município - Administração Centralizada, Câmara Municipal, Autarquias e Fundações Públicas, equivalente a 12% (doze por cento), sobre o valor da remuneração de contribuição paga aos servidores ativos; IV - o produto da arrecadação da contribuição dos Poderes Legislativo e Executivo, suas autarquias e fundações, equivalente a 2,00% (dois por cento) sobre o valor da remuneração de contribuição paga aos servidores ativos, a para custear da taxa de administração, conforme estipulado no artigo 26 desta Lei; V as receitas decorrentes de investimentos, aplicações financeiras e receitas patrimoniais; 4

VI os valores recebidos a título de compensação financeira com outros regimes previdenciários, prevista no 9º do art. 201 da Constituição Federal; VII os valores aportados pelo Município; VIII as demais dotações previstas no orçamento municipal; IX quaisquer bens, direitos e ativos; X doações, subvenções, legados e outras receitas eventuais; XI receitas decorrentes do ativo imobiliário; XII - multas, juros e correção monetária decorrentes de contribuições recebidas em atraso. Parágrafo Primeiro - As receitas de que trata este artigo somente poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários do RPPS e da taxa de administração destinada à manutenção desse Regime. Parágrafo Segundo - Quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante, a contribuição prevista no inciso II incidirá apenas sobre a parcela de proventos de aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS. Parágrafo Terceiro - Constituem também fonte do plano de custeio do RPPS as contribuições previdenciárias previstas nos incisos I, II e III deste artigo incidentes sobre a gratificação natalina e os valores pagos ao segurado pelo seu vínculo funcional com o Município, em razão de decisão judicial ou administrativa. Parágrafo Quarto - Em hipótese alguma será permitido o recolhimento antecipado de contribuições para o recebimento de benefícios. Art. 15 - O plano de custeio do RPPS será revisto anualmente, observadas as normas gerais de atuária, objetivando a manutenção de seu equilíbrio financeiro e atuarial. Parágrafo Primeiro - Ocorrendo a necessidade de aplicação de alíquota (ou aporte) para custeio de passivo atuarial conforme previsto na Portaria nº 403 de 10/12/2008 (Art. 19, 1º), demonstrada através de cálculo atuarial anual, a fim de manter o equilíbrio financeiro e atuarial, esta alíquota (ou aporte) poderá ser fixada através de Decreto Municipal regulamentador da matéria. Parágrafo Segundo - As alíquotas de responsabilidade do Município, previstas no art. 14, III desta Lei, deverão ser revistas por Ato do Poder Executivo, através de Decreto Municipal regulamentador da matéria, conforme reavaliação atuarial anual. Parágrafo Terceiro - O Município é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do RPPS, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários. Art. 16 - As disponibilidades financeiras vinculadas ao IPRESIO serão depositadas em contas distintas das contas do Tesouro Municipal. Parágrafo Primeiro - Os recursos referidos no caput serão aplicados nas condições de mercado, com observância de regras de segurança, solvência, liquidez, rentabilidade, proteção e prudência financeira, conforme as diretrizes estabelecidas em norma específica do Conselho Monetário Nacional e a Política de Investimentos do RPPS, vedada expressamente a concessão de empréstimos 7 de qualquer natureza, inclusive ao Município, a entidades da administração indireta e aos respectivos segurados ou dependentes. Parágrafo Segundo - A escrituração contábil do RPPS será distinta da contabilidade do ente federativo, inclusive quanto às rubricas destacadas no orçamento para pagamento de benefícios, e obedecerão às normas e princípios contábeis previstos na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, e suas alterações, e demais atos normativos estabelecidos pelo Ministério da Previdência Social. Seção II Da Base de Cálculo das Contribuições 5

Art. 17 - Entende-se por remuneração de contribuição o valor constituído pelo vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei e dos adicionais de caráter individual, excluídas: I as diárias para viagens; II a ajuda de custo em razão de mudança de sede; III a indenização de transporte; IV o salário-família; V o auxílio-alimentação; VI o auxílio-creche; VII - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho; VIII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança; IX o abono de permanência de que trata o art. 56, desta lei; e X outras parcelas cujo caráter indenizatório esteja definido em lei. Parágrafo Primeiro - O segurado ativo poderá optar pela inclusão na remuneração de contribuição de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, para efeito de cálculo do benefício a ser concedido com fundamento nos arts. 34, 35, 36, 37 e 51, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no 9º do art. 57. Parágrafo Segundo - Os segurados ativos contribuirão também sobre a gratificação natalina, bem como sobre os benefícios de salário-maternidade e auxílio-doença, e os inativos e pensionistas sobre a gratificação natalina. Parágrafo Terceiro - A gratificação natalina será considerada, para fins contributivos, separadamente da remuneração de contribuição relativa ao mês em que for pago. Parágrafo Quarto - Não incidirá contribuição sobre o valor do abono de permanência de que trata o art. 56 desta lei. Parágrafo Quinto - Quando o pagamento mensal do servidor sofrer descontos em razão de faltas ou de quaisquer outras ocorrências, a alíquota de contribuição deverá incidir sobre o valor total da remuneração de contribuição prevista em lei, relativa à remuneração mensal do servidor no cargo efetivo, desconsiderados os descontos. Parágrafo Sexto - Havendo redução de carga horária, com prejuízo da remuneração, a base de cálculo da contribuição não poderá ser inferior ao valor do salário mínimo. Parágrafo Sétimo - Na composição dos proventos de aposentadoria e pensão fica assegurado ao Segurado, desde que requerido expressamente por escrito pelo servidor, a incorporação de algumas vantagens transitórias ou temporárias, a serem definidas em lei especifica, bem como desde que garantido o princípio contributivo e observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Parágrafo Oitavo - As vantagens pecuniárias transitórias ou temporárias sobre as quais tenha incidido contribuição serão incorporadas, quando de sua aposentadoria, ao vencimento do servidor público municipal ocupante de cargo efetivo na Administração Direta, Autárquica e Fundacional e do Poder Legislativo de forma proporcional ao seu exercício, e a sua base de cálculo será definida em lei especifica. Art. 18 - Incidirá contribuição de responsabilidade do segurado, ativo e inativo, do pensionista e do Município sobre as parcelas que componham a base de cálculo, pagas retroativamente em razão de determinação legal, administrativa ou judicial, observando-se que: 6

I sendo possível identificar as competências a que se refere o pagamento, aplicar-se-á a alíquota vigente em cada competência; II em caso de impossibilidade de identificação das competências a que se refere o pagamento aplicar-se-á a alíquota vigente na competência em que for efetuado o pagamento; III em qualquer caso, as contribuições correspondentes deverão ser repassadas à unidade gestora no mesmo prazo fixado para o repasse das contribuições relativas à competência em que se efetivar o pagamento dos valores retroativos, sob pena de incidirem os acréscimos legais previstos no 1º do art. 19. Art. 19 - Cabe às entidades mencionadas no inciso III do artigo 14 desta Lei proceder ao desconto da contribuição de seus servidores na folha de pagamento e recolhê-la, juntamente com a de sua obrigação, até o dia 15 (quinze) do mês seguinte aquele a que as contribuições se referirem. Parágrafo Único - As contribuições previdenciárias recolhidas ou repassadas em atraso ficam sujeitas a incidência de acréscimos legais, desde a época em que eram devidas até a efetiva data de pagamento, nos seguintes termos e ordem: I - atualização monetária do valor pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ou ainda, na falta deste, por qualquer índice de preços, oficial, que reflita a variação da inflação no período de reajuste, e na falta deste último, pelo maior índice permitido, por lei; II - incidência de juros moratórios simples de 0,5% (meio por cento) ao mês ou fração sobre o valor já atualizado monetariamente; e III - multa de mora de 0,33% (trinta e três centésimos percentuais) ao dia até o limite de 10% (dez por cento), a ser aplicada sobre o montante já atualizado monetariamente e acrescido de juros moratórios; Art. 20 - Salvo na hipótese de recolhimento indevido, não haverá restituição de contribuições pagas ao RPPS. SEÇÃO III Das Contribuições dos Servidores Cedidos, Afastados e Licenciados Art. 21 - Nas hipóteses de cessão, licenciamento ou afastamento de servidor, o cálculo da contribuição ao RPPS será feito com base na remuneração do cargo efetivo de que o servidor for titular, observando-se as normas desta seção. Art. 22 - Na cessão de servidores ou no afastamento para exercício de mandato eletivo em que o pagamento da remuneração ou subsídio seja ônus do cessionário ou do órgão de exercício do mandato será de responsabilidade desse órgão ou entidade: I o desconto da contribuição devida pelo segurado; II o custeio da contribuição devida pelo órgão ou entidade de origem; e III o repasse das contribuições de que tratam os incisos I e II, à unidade gestora a que está vinculado o servidor cedido ou afastado. Art. 23 - Na cessão ou afastamento de servidores sem ônus para o cessionário ou para o órgão do exercício do mandato, continuará sob a responsabilidade do órgão ou entidade de origem o recolhimento e o repasse à unidade gestora do RPPS das contribuições relativas à parcela devida pelo servidor e pelo Município. Parágrafo Único - O disposto neste artigo se aplica aos casos de afastamento para exercício de mandato eletivo de Prefeito ou de Vereador em que haja opção pelo recebimento da remuneração do cargo efetivo de que o servidor seja titular. Art. 24 - O servidor afastado ou licenciado temporariamente do exercício do cargo efetivo sem recebimento de remuneração ou subsídio pelo Município contribuirá para o RPPS, computando-se o respectivo tempo de afastamento ou licenciamento para fins de aposentadoria. 7

Parágrafo Primeiro - O Município continuará a repassar ao RPPS as contribuições a seu cargo durante o período de afastamento ou licenciamento. Parágrafo Segundo - A contribuição efetuada pelo servidor na situação de que trata o caput não será computada para cumprimento dos requisitos de tempo de carreira, tempo de efetivo exercício no serviço público e tempo no cargo efetivo para concessão de aposentadoria. Art. 25 - O servidor cedido ou licenciado para exercício de mandato em outro ente federativo poderá optar por contribuir facultativamente ao RPPS de origem sobre as parcelas remuneratórias não componentes da remuneração do cargo efetivo, para efeito de cálculo do benefício a ser concedido com fundamento nos arts. 34, 35, 36, 37 e 51, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no 9º do art. 57. SEÇÃO IV Da Utilização dos Recursos Previdenciários e da Taxa de Administração Art. 26 - As receitas de que trata o art. 14 desta Lei, somente poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários do RPPS e para o custeio da taxa de administração destinada à manutenção do regime, respeitado o disposto no art. 6º, da Lei Federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998. Parágrafo Primeiro - O valor anual da taxa de administração mencionada no caput deste artigo será de 2% (dois por cento) do valor total da remuneração, proventos e pensões dos segurados vinculados ao IPRESIO, abrangendo todos os servidores ativos, inativos e pensionistas do Município de Santa Izabel do Oeste, incluídos os seus Poderes Legislativo e Executivo, suas autarquias e fundações, relativamente ao exercício financeiro anterior, observando-se que: I - será destinada exclusivamente ao custeio das despesas correntes e de capital necessárias à organização e ao funcionamento do IPRESIO; II - na verificação do limite definido neste parágrafo, não serão computadas as despesas decorrentes das aplicações de recursos em ativos financeiros; III - o IPRESIO poderá constituir reserva com as sobras do custeio das despesas do exercício, cujos valores serão utilizados para os fins a que se destina a taxa de administração. Parágrafo Segundo - O descumprimento dos critérios fixados neste artigo para a taxa de administração do RPPS representará utilização indevida dos recursos previdenciários. Parágrafo Terceiro - Compete única e exclusivamente ao Município de Santa Izabel do Oeste, o pagamento do valor total da taxa referida no "caput" do presente artigo, o qual será repassado ao Regime Próprio de Previdência Social pela Administração Direta, Autarquias, Fundações e Câmara Municipal de Santa Izabel do Oeste, dividido em até 12 (doze) parcelas mensais iguais, no exercício subsequente àquele que serviu de base para o cálculo da taxa. CAPÍTULO IV Da Organização do RPPS Art. 27 - A organização do IPRESIO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE SANTA IZABEL DO OESTE será composta da seguinte estrutura organizacional: I Um Diretor-Presidente; II - Conselho de Administração; III Conselho Fiscal. Parágrafo Primeiro - O Diretor-Presidente do IPRESIO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE SANTA IZABEL DO OESTE, o qual deverá ser escolhido dentre os servidores efetivos, ativos ou inativos, dos Poderes 11 Legislativo ou Executivo, suas autarquias e fundações, do Município de Santa Izabel do Oeste, será de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Chefe do Poder Executivo Municipal. 8

Parágrafo Segundo - O Conselho de Administração terá a seguinte composição: a) 2 (dois) representantes eleitos pelos servidores ativos ou inativos; b) 1 (um) representante indicado pelo Poder Legislativo; c) 2 (dois) representantes indicados pelo Poder Executivo. Parágrafo Terceiro - O Conselho Fiscal terá a seguinte composição: a) 2 (dois) representantes eleitos pelos servidores ativos ou inativos; b) 1 (um) representante indicado pelo Poder Executivo. Parágrafo Quarto - Os membros dos Conselhos terão mandato de 02 (dois) anos, admitida uma recondução. Parágrafo Quinto - Cada membro terá um suplente com igual período de mandato do titular, também admitida uma recondução. Parágrafo Sexto - O mandato de conselheiro,quer seja, de administração e/ou fiscal, é privativo do servidor público ativo ou inativo do Município de Santa Izabel do Oeste. Parágrafo Sétimo - As despesas e as movimentações das contas bancárias do RPPS, serão autorizadas por no mínimo 2 (duas) pessoas, sendo uma o Diretor-Presidente, em conjunto com um membro do Conselho de Administração, designado para tal obrigação. Parágrafo Oitavo - Os representantes dos servidores, inclusive os suplentes, serão eleitos pelos servidores, em Assembléia Geral especificamente convocada, sendo que o resultado da eleição deverá ser homologado pelo chefe do Poder Executivo, através de Decreto. Parágrafo Nono - Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal do RPPS não serão destituíveis ad nutum, somente podendo ser afastados de suas funções depois de julgados em processo administrativo, se culpados por falta grave ou infração punível com demissão, ou em caso de vacância, assim entendida a ausência não justificada em duas reuniões consecutivas ou em três intercaladas no mesmo ano, renúncia por escrito, ou morte. Parágrafo Décimo - Todos os conselheiros indicados ou escolhidos deverão ser obrigatoriamente servidores efetivos, ativos ou inativos, dos Poderes Legislativo ou Executivo, suas autarquias e fundações, do Município de Santa Izabel do Oeste. Seção I Da Competência do Diretor Presidente Art. 28 - São competências e/ou atribuições do Diretor Presidente: I - representar o IPRESIO perante os poderes públicos e em juízo, podendo, nesta última hipótese, delegar poderes; II - elaborar e submeter à apreciação do Conselho de Administração e Fiscal a proposta orçamentária anual, bem como as respectivas alterações; III - elaborar e apresentar ao Conselho de Administração e Fiscal, em reunião especificamente convocada para este fim, na primeira semana do mês de dezembro, o plano de alteração para o exercício referente; IV - despachar conclusivamente os processos que tramitem pelo IPRESIO e que ao mesmo digam respeito, podendo delegar, expressa e especificamente, aos setores, despachos que não se refiram à movimentação de numerário, alienação de patrimônio ou admissão de pessoal; V - admitir e dispensar servidores do IPRESIO, fixando-lhes os salários e obrigações; VI - atribuir gratificações, fixar diárias e arbitrar ajuda de custo, submetendo a análise do Conselho de Administração; VII - expedir atos, resoluções e ordens de serviço; 9

VIII - solicitar ao Conselho de Administração, autorização prévia em todas as transações a serem desenvolvidas pelo instituto, que envolvam o seu patrimônio ou seus bens, exceto aquelas previstas pelo orçamento; IX - elaborar e submeter à apreciação do Conselho Fiscal, para análise, balancetes mensais, balanço e relatórios anuais; X - recorrer das decisões do Conselho Fiscal e de Administração; XI - rever as próprias decisões; XII - convocar e presidir reuniões da diretoria e dos conselhos; XIII - assinar cheques em conjunto com um membro do Conselho de Administração, designado para tal obrigação, conforme disposto no artigo 27, 7º desta Lei, bem como documentos e contratos referentes ao IPRESIO; XIV - autorizar despesas do IPRESIO, através de solicitação própria do interessado; XV - contratar e supervisionar a execução de planos e programas aprovados, mediante avaliação e sendo necessário, decidir sobre os ajustes visando seu cumprimento oportuno; XVI - controlar e supervisionar as atividades dos funcionários do IPRESIO através de reuniões internas e relatórios periódicos; XVII - apresentar anualmente relatório escrito aos segurados do IPRESIO, das atividades e atos realizados pela Administração no exercício anterior; XVIII - visar os balancetes mensais e o balanço do IPRESIO. Seção II Da Competência do Conselho de Administração Art. 29 - Compete ao Conselho de Administração: I elaborar a proposta orçamentária do Fundo; II deliberar sobre a prestação de contas e os relatórios de execução orçamentária do Fundo; III decidir sobre a forma de funcionamento do Conselho, elaborar o Regimento Interno, que será homologado pelo Prefeito Municipal, e eleger seu presidente; IV fiscalizar o recolhimento das contribuições, inclusive verificando a correta base de cálculo e a aplicação das alíquotas; V analisar e fiscalizar a aplicação do saldo de recursos do Fundo quanto à forma, ao prazo e à natureza dos investimentos; VI expedir instruções necessárias à devolução de parcelas de benefícios indevidamente recebidos; VII propor a alteração das alíquotas referentes às contribuições a que alude o art.14 desta Lei, com vistas a assegurar o equilíbrio financeiro e atuarial do Fundo, com base nas avaliações atuariais; VIII elaborar, aprovar e publicar a Política de Investimentos do Fundo para o próximo exercício fiscal; IX garantir pleno acesso das informações referentes à gestão do Regime aos segurados e dependentes; X divulgar no quadro de publicações da Prefeitura Municipal e no sítio eletrônico do Município ou na imprensa oficial, todas as decisões do Conselho; XI - dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas ao RPPS, nas matérias de sua competência; XII - autorizar despesas extraordinárias, propostas pelo Diretor Presidente; XIII - fiscalizar todos os atos de gerenciamento do Diretor Presidente; XIV - deliberar sobre outros assuntos de interesse do Fundo. Parágrafo Único - As demais disposições atinentes ao funcionamento do Conselho de Administração serão disciplinadas em regulamento. Seção III Da Competência do Conselho Fiscal 10

Art. 30 - Compete ao Conselho Fiscal: I fiscalizar a administração financeira e contábil do Fundo, podendo, para tal fim, requisitar perícias, examinar a escrituração e respectiva documentação; II dar parecer sobre balanços e prestações de contas anuais e balancetes mensais; III proceder à verificação de caixa, quando entender oportuno; IV atender às consultas e solicitações que lhe forem submetidas pelo Conselho de Administração e/ou Diretor-Presidente; V examinar as prestações de contas dos servidores responsáveis por bens e valores do Fundo, em especial Diretor-Presidente, opinando a respeito; e VI comunicar por escrito ao Diretor-Presidente e/ou Conselho de Administração as deficiências e irregularidades encontradas no desempenho de suas atividades. Parágrafo Único - As demais disposições atinentes ao funcionamento do Conselho Fiscal serão disciplinadas em regulamento. Art. 31 - Incumbirá à Secretaria Municipal de Administração e Finanças proporcionar ao Diretor- Presidente, Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal do RPPS os meios necessários ao exercício de suas competências. Art. 32 - Os órgãos municipais deverão prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências dos Conselhos, fornecendo sempre que necessário os estudos técnicos correspondentes, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis. CAPÍTULO V Do Plano de Benefícios Art. 33 - O RPPS compreende os seguintes benefícios: I - Quanto ao servidor: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria compulsória; c) aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição; d) aposentadoria voluntária por idade; e) aposentadoria especial do professor; II - Quanto ao dependente: a) pensão por morte. Parágrafo Único - O RPPS não poderá conceder benefícios distintos dos previstos no RGPS, salvo disposição em contrário da Constituição Federal. Parágrafo Segundo. O pagamento dos auxílios doença e reclusão, além do salário maternidade e salário família, ficarão exclusivamente ao encargo da Prefeitura Municipal de Santa Izabel do Oeste. Seção I Da Aposentadoria por Invalidez Art. 34 - A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de licença para tratamento de saúde, for considerado incapaz de readaptação para o exercício de seu cargo ou outro de atribuições e atividades compatíveis com a limitação que tenha sofrido, respeitada a habilitação exigida, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição. Parágrafo Primeiro - Os proventos da aposentadoria por invalidez serão proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, hipóteses em que os proventos serão integrais, observado, quanto ao seu cálculo, o disposto no art. 57 desta Lei. Parágrafo Segundo - Nos termos da Emenda Constitucional 70, de 29 de março de 2012, o servidor do Município que tenha ingressado no serviço público até a data de publicação desta Emenda Constitucional e que tenha se aposentado ou venha a se aposentar por invalidez 11

permanente, com fundamento no inciso I do 1º do art. 40 da Constituição Federal, tem direito a proventos de 15 aposentadoria calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, não sendo aplicáveis as disposições constantes dos 3º, 8º e 17 do art. 40 da Constituição Federal. Parágrafo Terceiro - Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base no caput o disposto no art. 7º desta Emenda Constitucional, observando-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos proventos desses servidores. Parágrafo Quarto - A aposentadoria por invalidez será concedida com base na legislação vigente na data em que o laudo médico pericial definir como início da incapacidade total e definitiva para o trabalho, assegurada ao servidor a opção prevista no art. 65 desta lei. Parágrafo Quinto - O pagamento do benefício de aposentadoria por invalidez decorrente de doença mental somente será feito ao curador do segurado, condicionado à apresentação do termo de curatela, ainda que provisório. Parágrafo Sexto - O segurado aposentado por invalidez fica obrigado, a submeter-se a exames médicos-periciais a realizarem-se a cada 02 (dois) anos, mediante convocação. Parágrafo Sétimo - O não comparecimento do segurado no prazo designado para a realização da perícia médica, sem qualquer justificativa plausível, implicará na suspensão imediata do pagamento do benefício. Parágrafo Oitavo - O aposentado que voltar a exercer atividade laboral terá a aposentadoria por invalidez permanente cessada, a partir da data do retorno, inclusive em caso de exercício de cargo eletivo. Parágrafo Nono - O acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, direta ou indiretamente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Parágrafo Décimo - Equiparam-se ao acidente em serviço, para os efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de serviço; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao serviço; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de serviço; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior. III - a doença proveniente de contaminação acidental do servidor no exercício do cargo; e IV - o acidente sofrido pelo servidor ainda que fora do local e horário de serviço: a) na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo; b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao Município para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço, inclusive para estudo quando financiada pelo Município dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-deobra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do servidor; e 12

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do servidor. Parágrafo Décimo Primeiro - Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o servidor é considerado no exercício do cargo. Parágrafo Décimo Segundo - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis aquelas especificadas pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado, restringindo-se aos seguintes casos: I - alienação mental; II - cardiopatia grave; III - cegueira; IV - contaminação por radiação, com base em medicina especializada; V- doença de Parkinson; VI - esclerose múltipla; VII - espondiloartrose anquilosante; VIII - estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante); IX - hanseníase; X - hepatopatia grave; X - nefropatia grave; XI - neoplasia maligna; XII - paralisia irreversível e incapacitante; XIII - síndrome da deficiência imunológica adquirida AIDS; XIV - tuberculose ativa. Parágrafo Décimo Terceiro - A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial, a cargo do IPRESIO, que concluir pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho. Parágrafo Décimo Quarto - A invalidez permanente para o exercício do cargo público não pressupõe e nem se confunde com a invalidez para o serviço público. Parágrafo Décimo Quinto - A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiarse ao IPRESIO não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. Parágrafo Décimo Sexto - O pagamento do benefício de aposentadoria por invalidez decorrente de doença mental somente será feito ao curador do segurado, condicionado à apresentação do termo de curatela, ainda que provisório. Parágrafo Décimo Sétimo - Caso o segurado aposentado por invalidez se julgar apto para retornar à atividade, deverá solicitar a realização de nova avaliação médico-pericial e se a perícia concluir pela recuperação da capacidade laborativa o servidor será encaminhado de ofício ao setor responsável pelo Setor de Pessoal do Município de Santa Izabel do Oeste, para o devido processo de reversão. Parágrafo Décimo Oitavo - O aposentado por invalidez que voltar a exercer atividade laboral terá seu benefício suspenso e comprovando-se a recuperação de capacidade laboral ocorrerá a reversão de sua aposentadoria, sujeitando-se as cominações administrativas, civis e penais aplicáveis ao caso. Parágrafo Décimo Nono - Em caso de reversão de aposentadoria por invalidez poderá ser requerido novo benefício a qualquer tempo desde que preenchidos os requisitos necessários, sendo que o tempo em que permaneceu aposentado não reputará efeitos em relação ao tem pode 13

contribuição, tempo de serviço público, ao tempo de carreira e ao tempo no cargo efetivo, ressalvado o tempo de contribuição se verteu contribuições durante o respectivo período. Seção II Da Aposentadoria Compulsória Art. 35 - O servidor, homem ou mulher, será aposentado compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma estabelecida no art. 57, observado ainda o disposto no art. 72 desta Lei, não podendo ser inferiores ao valor do salário-mínimo nacional. Parágrafo Único - A aposentadoria será declarada por ato da autoridade competente, com vigência a partir do dia em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço, assegurada a opção prevista no art. 65 desta lei. Seção III Da Aposentadoria Voluntária por Idade e Tempo de Contribuição Art. 36 - O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição com proventos calculados na forma prevista no art. 57 desta Lei, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público na União, nos Estados, no Distrito Federal ou nos Municípios; II - tempo mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria; e III 60 (sessenta anos) de idade e (35) trinta e cinco de tempo de contribuição, se homem, e 55 (cinqüenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) de tempo de contribuição, se mulher. Seção IV Da Aposentadoria Voluntária por Idade Art. 37 - O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma prevista no art. 57 desta Lei, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público na União, nos Estados, no Distrito Federal ou nos Municípios; II - tempo mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria; e III 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher. Seção V Da Aposentadoria Especial do Professor Art. 38 - O professor que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, quando da aposentadoria prevista no art. 36, terá os requisitos de idade e de tempo de contribuição reduzidos em 5 (cinco) anos. Parágrafo Único - São consideradas funções de magistério as exercidas por professores no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício de docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico, considerando-se função de magistério aquela assim definida em lei federal. 14

Seção VI Da Pensão por Morte Art. 39 - A pensão por morte consistirá numa importância mensal, a qual será devida ao conjunto dos dependentes do segurado, definidos no art. 10 desta Lei, quando do seu falecimento e consistirá numa renda mensal correspondente à: I ao valor da totalidade dos proventos do servidor inativo falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescida de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou II ao valor da totalidade da remuneração do segurado no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescida de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. Art. 40 - A pensão por morte será devida aos dependentes a contar: I da data do óbito do segurado ou aposentado; II da data do requerimento, quando houver concorrência pelo benefício; ou III da data do ajuizamento da ação declaratória, reconhecida por sentença judicial transitada em julgado, da morte presumida ou ausência do segurado ou aposentado. Parágrafo Primeiro - O valor da pensão por morte será pago aos dependentes habilitados e rateado em contas partes iguais. Parágrafo Segundo - Sempre que extinguir uma cota parte proceder-se-á novo rateio do respectivo benefício dentre os dependentes remanescentes. Parágrafo Terceiro - A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de possível dependente, e qualquer posterior inclusão ou exclusão de dependente somente produzirá efeitos a partir da data de habilitação. Parágrafo Quarto - A alteração da condição de dependente previsto no art. 10º, inciso I, desta Lei Complementar, em gozo de benefício de pensão por morte, por evento de invalidez, dará direito à continuidade do benefício para além da idade estabelecida naquele dispositivo, desde que a invalidez tenha sido caracterizada anteriormente aos 21 (vinte e um) anos de idade. Art. 41 - O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, ou o ex-companheiro que, por decisão judicial, receba pensão de alimentos, fará jus à pensão por morte, no mesmo percentual daquela, limitada ao valor da sua cota parte de rateio com os demais dependentes. Parágrafo Único Aplica-se o disposto no caput ao divórcio e à separação realizados consensualmente, em que tenha sido estipulada pensão alimentícia. Art. 42 - A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido, previsto no art. 10º, inciso II, desta Lei Complementar, se a invalidez tiver início antes do óbito do segurado ou aposentado e confirmada por perícia própria do IPRESIO ou por este designada. Parágrafo Único O pensionista inválido deverá submeter-se, anualmente, à perícia própria do IPRESIO ou por este designada, sob pena de suspensão do benefício. Art. 43 - A parte individual da pensão extingue-se: I - pela morte do pensionista; II para o pensionista menor, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, ou 24 (vinte e quatro) anos de idade se estudante universitário, salvo se for inválido exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior; III para o dependente inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médicopericial a cargo da IPRESIO; 15

IV pelo casamento, pela união estável ou concubinato do pensionista. V para o cônjuge ou companheiro: a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas b e c ; b) em 04 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 02 (dois) anos antes do óbito do segurado; c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 02 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: 1) 03 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 06 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. Parágrafo Primeiro - Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea a ou os prazos previstos na alínea c, ambas do inciso V deste artigo, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 02 (dois) anos de casamento ou de união estável. Parágrafo Segundo - Após o transcurso de pelo menos 03 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea c do inciso V deste artigo, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. Art. 44 - Não faz jus à pensão por morte o dependente que houver sido autor, co-autor ou partícipe de homicídio doloso contra a pessoa do segurado ou aposentado, ainda que na forma tentada, desde o trânsito em julgado da sentença condenatória. Art. 45 - Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo administrativo no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. 21 Art. 46 - A condição legal de dependente, para fins de pensão por morte, é aquela verificada na data do óbito do segurado, observados os critérios de comprovação da dependência. Art. 47 - A pensão devida a dependente incapaz, por motivo de alienação mental comprovada, será paga ao curador judicialmente designado. Art. 48 - Será admitido o recebimento, pelo dependente, de até 02 (duas) pensões no âmbito do RPPS, vedada a acumulação de pensão deixada por cônjuge, companheiro ou companheira, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa Art. 49 - Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada. CAPÍTULO VI Da Gratificação Natalina Art. 50 - A gratificação natalina será devida ao segurado ou dependente que, durante o ano, tiver recebido proventos de aposentadoria ou pensão por morte paga pelo IPRESIO. 16

Parágrafo Primeiro - A gratificação natalina de que trata o caput será proporcional em cada ano ao número de meses de benefício pago pelo IPRESIO, onde cada mês corresponderá a 1/12 (um doze avos), e terá por base o valor do benefício do mês de dezembro, exceto quanto o benefício encerrar-se antes deste mês, quando o valor será o do mês da cessação. Parágrafo Segundo - A gratificação natalina anual será proporcional em cada ano ao número de meses de benefício pago pelo IPRESIO, sendo que cada mês corresponderá a 1/12 (um doze avos) e terá por base o valor do benefício do mês de dezembro, exceto quando o benefício encerrar-se antes deste mês, quando o valor será o do mês da cessação. Parágrafo Terceiro - Considera-se como mês a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias e o pagamento somente ocorrerá quando a respectiva competência não for paga pela Administração Direta. CAPÍTULO VII Das Regras de Transição para Concessão de Aposentadoria Art. 51 - Ao servidor que tenha ingressado por concurso público de provas ou de provas e títulos em cargo efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, até 16 de dezembro de 1998, é facultado aposentar-se com proventos calculados de acordo com o art. 57 desta Lei, quando o servidor, cumulativamente: I - tiver 53 (cinqüenta e três) anos de idade, se homem, e 48 (quarenta e oito) anos de idade, se mulher; 22 II - tiver 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria; III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) 35 (trinta e cinco) anos, se homem, e 30 (trinta) anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a 20% (vinte por cento) do tempo que, na data prevista no caput, faltava para atingir o limite de tempo constante da alínea a deste inciso. Parágrafo Primeiro - O servidor de que trata este artigo que cumprir as exigências para aposentadoria na forma do caput terá os seus proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em relação aos limites de idade estabelecidos no inciso III, do art. 36, observado o art. 38 desta Lei na seguinte proporção: I - três inteiros e cinco décimos por cento, para aquele que tiver completado as exigências para aposentadoria na forma do caput até 31 de dezembro de 2005, independentemente de a concessão do benefício ocorrer em data posterior àquela; ou II - cinco por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na forma do caput a partir de 1º de janeiro de 2006. Parágrafo Segundo - O número de anos antecipados para cálculo da redução de que trata o 1º será verificado no momento da concessão do benefício. Parágrafo Terceiro - Os percentuais de redução de que tratam os incisos I e II do 1º serão aplicados sobre o valor do benefício inicial calculado pela média das contribuições, segundo o art. 57, verificando-se previamente a observância ao limite da remuneração do servidor no cargo efetivo, previsto no 9º do mesmo artigo. Parágrafo Quarto - O segurado professor, de qualquer nível de ensino, que, até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20, tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo de magistério na União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput, terá o tempo de serviço exercido até a publicação daquela Emenda contado com o acréscimo de 17% (dezessete por cento), se homem, e de 20% (vinte por cento), se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício nas funções de magistério, observado o disposto nos 1º, 2º e 3º. 17

Parágrafo Quinto - As aposentadorias concedidas conforme este artigo serão reajustadas de acordo com o disposto no art. 58. Art. 52 - Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas nos art. 36 desta Lei, ou pelas regras estabelecidas pelo art. 51 desta Lei, o segurado do RPPS que tiver ingressado no serviço público na administração pública direta, autárquica e fundacional da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, até 31 de dezembro de 2003, poderá aposentar-se com proventos integrais, que corresponderão à totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria quando, observadas as reduções de idade e tempo de contribuição contidas no art. 38 desta Lei, vier a preencher, cumulativamente, as seguintes condições: I 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher; II 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher; III 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço público federal, estadual, distrital ou municipal; IV 10 (dez) anos de carreira e 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria. Parágrafo Único - Os proventos das aposentadorias concedidas conforme este artigo serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo também estendidos aos aposentados quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. Art. 53 - Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas nos arts. 36 e 38 desta Lei, ou pelas regras estabelecidas nos arts. 51 e 52 desta Lei, o servidor, que tiver ingressado no serviço público da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, até 16 de dezembro de 1998, poderá aposentar-se com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições: I 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher; II 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício no serviço público federal, estadual, distrital ou municipal, 15 (quinze) anos de carreira e 5 (cinco) anos no cargo em que se der a aposentadoria; III - idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites de idade do art. 36, III desta Lei, de 1 (um) ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I do caput deste artigo. Parágrafo Primeiro - Na aplicação dos limites de idade previsto no inciso III do caput, não se aplica a redução prevista no art. 38 relativa ao professor. Parágrafo Segundo - Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base neste artigo o disposto no art. 55 desta Lei, observando-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo. Art. 54 - É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos segurados e seus dependentes que, até 31 de dezembro de 2003, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente, observado o disposto no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal. Parágrafo Primeiro - Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos segurados referidos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de contribuição já exercido até 31 de dezembro de 2003, bem como as pensões de seus dependentes, serão calculados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidas as prescrições nela estabelecidas para a 18

24 concessão desses benefícios ou nas condições da legislação vigente, conforme opção do segurado. Parágrafo Segundo - No cálculo do benefício concedido de acordo com a legislação em vigor à época da aquisição do direito, será utilizada a remuneração do servidor no cargo efetivo no momento da concessão da aposentadoria. Parágrafo Terceiro - Em caso de utilização de direito adquirido à aposentadoria com proventos proporcionais, considerar-se-á o tempo de contribuição cumprido até 31 de dezembro de 2003, observando-se que o cômputo de tempo de contribuição posterior a essa data, somente será admitido para fins de cumprimento dos requisitos exigidos para outra regra vigente de aposentadoria, com proventos integrais ou proporcionais. Art. 55 - Observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, os proventos de aposentadoria dos segurados do RPPS e as pensões de seus dependentes, em fruição em 31 de dezembro de 2003, bem como os proventos de aposentadoria dos servidores e as pensões dos dependentes abrangidos pelo art. 54 serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. CAPÍTULO VIII Do Abono de Permanência Art. 56 - O servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária, estabelecidas nos art. 36 e 51 desta Lei, e, que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no art. 35 desta Lei. Parágrafo Primeiro - O abono previsto no caput será concedido, nas mesmas condições, ao servidor que até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, tenha cumprido todos os requisitos para obtenção da aposentadoria voluntária, com proventos integrais ou proporcionais, com base nos critérios da legislação então vigente, como previsto no art. 54 desta Lei, desde que conte com, no mínimo, 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se mulher, ou, 30 (trinta) anos, se homem. Parágrafo Segundo - O recebimento do abono de permanência pelo servidor que cumpriu todos os requisitos para obtenção da aposentadoria voluntária, com proventos integrais ou proporcionais, em qualquer das hipóteses previstas nos arts. 36, 51 e 54, conforme previsto no caput e 1º, não constitui impedimento à concessão de benefício de acordo com outra regra vigente, inclusive as previstas nos art. 52 e 53, desde que cumpridos os requisitos previstos para essas hipóteses, garantida ao servidor a opção pela mais vantajosa. Parágrafo Terceiro - O valor do abono de permanência será equivalente ao valor da contribuição efetivamente descontada do servidor, ou recolhida por este, relativamente a cada competência. Parágrafo Quarto - O pagamento do abono de permanência é de responsabilidade do Município e será devido a partir do cumprimento dos requisitos para obtenção do benefício conforme disposto no caput e 1º, mediante opção expressa do servidor pela permanência em atividade. Parágrafo Quinto - Cessará o direito ao pagamento do abono de permanência quando da concessão do benefício de aposentadoria ao servidor titular de cargo efetivo. 19

CAPÍTULO IX Das Regras de Cálculo dos Proventos e Reajuste dos Benefícios Art. 57 - No cálculo dos proventos das aposentadorias referidas nos art. 34, 35, 36, 37, 38 e 51 desta Lei, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994, ou, desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência. Parágrafo Primeiro - As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos terão os seus valores atualizados, mês a mês, de acordo com a variação integral do índice fixado para a atualização dos salários de contribuição considerados no cálculo dos benefícios do RGPS, conforme Portaria editada mensalmente pelo MPS. Parágrafo Segundo - Nas competências a partir de julho de 1994, em que não tenha havido contribuição do servidor vinculado a regime próprio, a base de cálculo dos proventos será a remuneração do servidor no cargo efetivo, inclusive nos períodos em que houve isenção de contribuição ou afastamento do cargo, desde que o respectivo afastamento seja considerado como de efetivo exercício. Parágrafo Terceiro - Na ausência de contribuição do servidor não titular de cargo efetivo vinculado a regime próprio até dezembro de 1998, será considerada a sua remuneração no cargo ocupado no período correspondente. Parágrafo Quarto - Os valores das remunerações a serem utilizadas no cálculo de que trata este artigo serão comprovados mediante documento fornecido pelos órgãos e entidades gestoras dos regimes de previdência aos quais o servidor esteve vinculado ou por outro documento público, de acordo com as normas emanadas pelo MPS. Parágrafo Quinto - Para os fins deste artigo, as remunerações consideradas no cálculo da média da aposentadoria, depois de atualizadas na forma do 1º, não poderão ser: I inferiores ao valor do salário mínimo nacional; II - superiores ao limite máximo do salário de contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao RGPS. Parágrafo Sexto - As maiores remunerações de que trata o caput serão definidas depois da aplicação dos fatores de atualização e da observância, mês a mês, dos limites estabelecidos no 5º. Parágrafo Sétimo - Na determinação do número de competências correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo de que trata o caput, desprezar-se-á a parte decimal. Parágrafo Oitavo - Se a partir de julho de 1994 houver lacunas no período contributivo do segurado por não vinculação a regime previdenciário, decorrente de ausência de prestação de serviço ou de contribuição, esse período será desprezado do cálculo de que trata este artigo. Parágrafo Nono - Os proventos, calculados de acordo com o caput, por ocasião de sua concessão, não poderá exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria, sendo vedada a inclusão de parcelas temporárias conforme previsto no art. 59. Parágrafo Décimo - Considera-se remuneração do cargo efetivo o valor constituído pelos vencimentos e vantagens pecuniárias permanentes do respectivo cargo estabelecidas em lei, acrescido dos adicionais de caráter individual e das vantagens pessoais permanentes. 20