Workshop Regras de atribuição gratuita de Licenças de Emissão 4º período CELE

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Transcrição:

Workshop Regras de atribuição gratuita de Licenças de Emissão 4º período CELE 2. Regras de atribuição gratuita de Licenças de Emissão para o 4.º período CELE - Regulamento Delegado (UE) 2019/331 DCLIMA.DMMC Núcleo CELE Março de 2019

Agenda 1. Principais alterações para o 4.º período CELE (2021-2030) 2. Divisão em subinstalações 3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita 4. Regras Específicas 2

1. Principais alterações para o 4.º período CELE (2021-2030) 3 REGULAMENTO DELEGADO (UE) 2019/331 DA COMISSÃO de 19 de dezembro de 2018 (Regulamento FAR) 3.º Período (2013-2020) 4.º Período (2021-2030) 8 anos - 1 único período de atribuição Redução da quantidade licenças de emissão em 1,74 % p/ano Pedido de atribuição de licenças de início do período emissão gratuitas no Setores não-cl - Atribuição gratuita diminui de 80% em 2013 até 30% em 2020 Alteração da atribuição por cessação parcial da atividade Alteração da atribuição devido a aumentos ou reduções significativas da capacidade, sempre com alterações físicas à instalação Acesso à Reserva destinado a novos operadores e extensões significativas da capacidade de instalações existentes 10 anos - 2 fases de atribuição de 5 anos cada Redução da quantidade licenças de emissão em 2,2 % p/ano Pedido de atribuição de licenças de emissão gratuitas em 2 fases Setores não-cl 30% de atribuição gratuita até 2026 que diminui até 0% em 2030 Não aplicável Alteração da atribuição apenas relacionada com o nível de atividade (limiar de 15%), independentemente de ocorrerem alterações físicas na instalação Acesso à reserva apenas destinado a novos operadores

4 2. Divisão em Subinstalações

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação A divisão em subinstalações é um conceito teórico, não estando em regra associada a unidades físicas específicas da instalação, i.e., uma unidade física pode ser partilhada entre várias subinstalações; Não pode haver sobreposição de consumos e nem de emissões entre subinstalações; As emissões de todas as subinstalações devem perfazer 100% das emissões elegíveis da instalação; Nova subinstalação associada ao calor exportado para Aquecimento Urbano (District Heating DH). 5

2. Divisão em Subinstalações Fuga de Carbono (Carbon Leakage - CL) Na identificação de subinstalação devem ser distinguidos os produtos que se encontram sujeitos a risco significativo de CL dos que não são CL; Os sectores que se encontram sujeitos a risco significativo de fuga de carbono vão constar da lista de CL (com base no PRODCOM ou NACE); Os sectores que não constam da lista de CL não estão sujeitos a risco significativo de fuga de carbono; A nova lista será aplicada à totalidade do período 4 (2021-2030). 6

2. Divisão em Subinstalações Quantas subinstalações podem existir numa instalação? Uma instalação pode ser dividida no máximo em n+7 subinstalações, onde: n é o número de subinstalações com um Parâmetro de Referência de Produto (Benchmark de Produto - BM de produto) As outras subinstalações, com base na abordagem de recurso, podem incluir até: - Duas subinstalações de BM de calor: uma CL, uma não-cl; - Uma subinstalação de aquecimento urbano (District Heating - DH); - Duas subinstalações de BM de combustível: uma CL, uma não-cl; 7 - Duas subinstalações de Emissões de Processo: uma CL, uma não-cl.

2. Divisão em Subinstalações 1. Benchmark de Produto Se é aplicado um ou mais BM de produto (de entre os 52 existentes) 2. Benchmark de Calor Se o calor mensurável é consumido fora dos limites da subinstalação de BM de produto E/ou se o calor mensurável é exportado para instalações não-cele 3. Aquecimento Urbano (District heating) Se o calor mensurável é exportado para uma instalação de aquecimento urbano A DIVISÃO A SER APLICADA POR ESTA ORDEM 4. Benchmark de combustível Se o combustível é consumido fora dos limites da subinstalação de BM de produto 5. Emissões de Processo Se as emissões de processo são emitidas fora dos limites de uma subinstalação de BM de 8 produto

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Benchmark de Produto Exemplo com um benchmark de produto A atribuição é baseada na produção do BM de produto CO 2 Gás Natural Fuelóleo Calor Processo Produtivo Productio n process Produto com BM 9

2. Divisão em Subinstalações Sub-instalação de Benchmark de Produto Exemplo com dois benchmarks de produto A atribuição é baseada na produção do benchmark de produto CO 2 Processo Produtivo Produto 1 com BM Fuelóleo Calor CO 2 Processo Produtivo Produto 2 com BM 10

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Benchmark de Calor Calor Elegível Calor que é mensurável, i.e., fluxo de calor que utiliza um meio de transferência de calor (vapor/ar quente/água/óleo/sais/metais líquidos) o qual pode ser medido; Calor que é usado com um propósito (produção de produtos, energia mecânica, aquecimento, arrefecimento), mas não para a produção de eletricidade; Calor que não é produzido dentro das fronteiras de uma subinstalação de BM de ácido nítrico, e não é consumido dentro das fronteiras de nenhuma subinstalação de BM de produto; Calor que é produzido numa instalação CELE; 11 Calor Líquido: deverá ser sempre descontado o teor de calor no condensado ou meio de transferência que retorna ao fornecedor de calor (assume-se que retorna sempre ao fornecedor).

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Benchmark de Calor Exemplo Atribuição baseada no calor consumido (ou exportado para não-cele) CO 2 Gás Natural(TJ) Fuelóleo (TJ) Calor (TJ) Production Processo Produtivo Produto sem BM 12

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de BM de Calor Transferência de calor entre instalações (Cross-boundary) A Calor Mensurável B Instalação A Instalação B Atribuição por calor elegível Instalação CELE Instalação CELE Instalação não-cele Instalação CELE Instalação não-cele Instalação CELE B recebe atribuição de LE pelo calor importado de CELE e pelo calor consumido A recebe atribuição de LE pelo calor exportado para não-cele e pelo calor consumido O calor é não elegível para atribuição de LE gratuitas, dado ser produzido por não-cele 13

2. Divisão em Subinstalações Rede de distribuição de Calor Instalação de Cogeração Incluída no CELE Rede de distribuição de Calor Instalação CELE A (não-cl) Instalação não-cele B (não-cl) Instalação CELE C (CL) Fluxo de calor líquido Contrato de entrega Instalação não-cele D (CL) Uma rede de distribuição de calor é por defeito considerada não-cele Se a cogeração não possui informação sobre o que existe para lá da rede de distribuição de calor, só poderá haver uma subinstalação de calor não-cl, caso contrário: - Se a cogeração tiver um contrato de entrega direta com instalação CELE A que é o consumidor final, será considerado como exportação direta de calor, i.e. inst A recebe atribuição para calor importado, como sendo importado de CELE; - Se a cogeração puder fornecer evidências sobre o estatuto de CL do consumidor final e respetivos fluxos de calor, será considerado que a cogeração terá uma subinstalação de calor CL para o calor exportado para C e D. 14 Neste exemplo a instalação C não recebe atribuição gratuita.

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Aquecimento Urbano (District Heating) Calor Elegível O calor deve ser mensurável, sendo considerado o calor líquido; O calor deve ser produzido por uma instalação CELE, mas não dentro das fronteiras de uma subinstalação de BM de produto de ácido nítrico ; O calor exportado para aquecimento urbano. Definição de Aquecimento Urbano Distribuição de calor mensurável através de uma rede: - Com o propósito de aquecimento ou arrefecimento de espaços ou de aquecimento de água para uso doméstico, com exceção do calor mensurável utilizado para a produção de eletricidade; 15 - Utilizado em edifícios ou locais não abrangidos pelo CELE.

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Aquecimento Urbano (District Heating) Exemplo Atribuição baseada no calor que é exportado para Aquecimento Urbano CO 2 Gás Natural (TJ) Fuelóleo (TJ) Calor (TJ) Production Processo Produtivo Calor (TJ) Aquecimento Urbano 16

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Benchmark de Combustível Combustível Elegível O combustível não é consumido: dentro das fronteiras de uma subinstalação de BM de produto; dentro das fronteiras de uma subinstalação de calor; para a produção de eletricidade. O combustível não é queimado, exceto no caso de queima de segurança em flare. O combustível é consumido para: - Aquecimento ou arrefecimento direto (o calor não é mensurável); - Energia mecânica (não pode ser usado para produção de eletricidade); 17 - Produção de produtos.

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Benchmark de Combustível Exemplo Atribuição baseada no consumo de combustível CO 2 Gás Natural(TJ) Fuelóleo (TJ) Calor (TJ) Production Processo Produtivo Produto sem BM 18

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Emissões de Processo Emissões de Processo Elegíveis Emissões de gases com efeito de estufa não-co 2 (ex. N 2 O) Emissões de CO 2 a partir de qualquer dos processos (a) a (f) listados no n.º 10 do Art. n.º 2 do Regulamento 2019/331 (Regulamento FAR); Emissões da combustão de gases residuais (waste gases) para a produção de calor mensurável, calor nãomensurável ou eletricidade. Neste caso apenas são consideradas as emissões adicionais às emissões que resultariam da combustão direta de gás natural. 19

2. Divisão em Subinstalações Processos contemplados no n.º 10 do Artigo n.º2 do Regulamento FAR 20 a) A redução química, eletrolítica ou pirometalúrgica de compostos metálicos, minérios, concentrados e materiais secundários, para um fim primário que não seja a geração de calor; b) A remoção de impurezas de metais e compostos metálicos, para um fim primário que não seja a produção de calor; c) A decomposição de carbonatos, exceto para a depuração dos gases de combustão, para um fim primário que não seja a produção de calor; d) As sínteses químicas de produtos e de produtos intermédios em cuja reação os materiais carbonados participam, para um fim primário que não seja a produção de calor; e) A utilização de matérias-primas ou aditivos carbonados, para um fim primário que não seja a produção de calor; f) A redução química ou eletrolítica de óxidos metálicos ou óxidos não metálicos, como os óxidos de silício e os fosfatos, para um fim primário que não seja a produção de calor.

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Emissões de Processo Definição de Gases Residuais (waste gases) Contêm carbono parcialmente oxidado; No estado gasoso em condições normalizadas (T=273,15 K e P=101 325 Pa); Que resultam de qualquer um dos processos listados de (a) a (f) do n.º 10 do Art. n.º 2 do Regulamento FAR. 21

2. Divisão em Subinstalações Subinstalação de Emissões de Processo Exemplo Atribuição baseada nas emissões do processo não-co 2 CO 2 processo CO 2 CO (combustão incompleta) Agente redutor (TJ) Matérias primas Calor (TJ) Production Processo Produtivo Produto sem benchmark 22

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita 23

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Atribuição preliminar ao nível da subinstalação F i (k) = BM i x HAL i x CLEF i (k) F i (k) = Atribuição preliminar anual para a subinstalação i no ano k (licenças/ano) BM i = Valor de BM para a subinstalação i (licenças/unidade da atividade) HAL i = Nível Histórico de Atividade de uma subinstalação i (unidade de atividade/ano) CLEF i (k) = Fator de Risco de Exposição a CL para uma subinstalação i no ano k (adimensional) 24

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Atribuição preliminar ao nível da subinstalação de Emissões de Processo F i (k) = PRF x HAL i x CLEF i (k) F i (k) = Atribuição preliminar anual para a subinstalação i no ano k (licenças/ano) PRF = Fator de Redução de Emissões de Processo, o qual está definido em 0,97 (adimensional) HAL i = Nível Histórico de Atividade, i.e. a média aritmética das emissões do processo de uma subinstalação i (t CO 2 eq/ano) CLEF i (k) = Fator de Risco de Exposição a CL para uma subinstalação de emissões de processo no ano k 25 (adimensional)

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Atribuição preliminar ao nível da instalação F inst (k) = i(f i k ) F inst (k) = Total da atribuição preliminar para a instalação no ano k (licenças/ano) F i (k) = Atribuição preliminar para a subinstalação i no ano k (licenças/unidade de atividade) 26

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Cálculo da Atribuição Final ao nível da Instalação Nos anos em que a quantidade da atribuição gratuita excede a quantidade total de licenças de emissão a título gratuito disponível, é aplicado um Fator de Correção Transetorial (Cross-Sectoral Correction Factor - CSCF) a todas as instalações existentes (incluindo os produtores de eletricidade): F final inst k =F inst k CSCF(k) Se não for necessário aplicar o CSCF, a atribuição gratuita para os Produtores de Eletricidade será reduzida de acordo com o Fator de Redução Linear (LRF): F final inst k =F inst k LRF(k) 27 inst F final (k) = Total de atribuição final para a instalação i no ano k (licenças/ano) F inst (k) = Total de atribuição preliminar para a instalação no ano k (licenças/ano) CSCF(k) = Fator de Correção Transetorial no ano k (adimensional), (aplicado se necessário) LRF(k) = Fator de Redução Linear no ano k (2.2%/ano)

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Fator de risco de Exposição a CL (CLEF) CLEF é baseado no estatuto de CL (CL ou não-cl) É aplicado um CLEF específico às subinstalações de Aquecimento Urbano (DH) Valor do CLEF 2021-2026 2027 2028 2029 2030 Subinstalação CL 1 1 1 1 1 Subinstalação Não-CL 0.300 0.225 0.150 0.075 0 Subinstalação DH 0.300 0.300 0.300 0.300 0.300 28

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Benchmarks (BM) F i (k) = BM i HAL i CLEF i k (k) 52 produtos com BM, baseados na produção de produtos (média obtida com base em 10% das instalações CELE mais eficientes); 1 BM de calor, baseado na quantidade de calor mensurável consumido ou exportado para não-cele (aplicado a subinstalações de BMde calor e subinstalações de DH); 1 BM de combustível, baseado na quantidade de combustível consumido; 1 abordagem de emissões de processo, atribuição baseada em 97% das emissões históricas. 29

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Nível Histórico de Atividade (HAL) F i (k) = BM i HAL i CLEF i (k) HAL = Média Aritmética Período de referência (Níveis Anuais de Atividade da subinstalação) Dois períodos de referência no 4.º período CELE: 2014-2018 e 2019-2023; Considerados todos os anos de calendário nos quais a instalação operou pelo menos 1 dia; Para alguns anos, devem ser considerados níveis de atividade zero de uma subinstalação se pelo menos, uma outra subinstalação tiver operado. Caso relevante, para instalações que produzem diferentes BM de produto na mesma linha de produção. 30

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Nível Histórico de Atividade (HAL) - Exemplo F i (k) = BMi HAL i CLEF i (k) 2014 2015 2016 2017 2018 A : Papel de jornal 800 0 400 500 0 B : Papel fino sem revestimento 0 600 0 300 400 C: Papel fino revestido N.A. 200 400 0 400 Pressupostos: Subinstalação Boperava antes de 2014; Subinstalação C começou a operar em2015 HAL A = Média (800, 0, 400, 500, 0) = 340 HAL B = Média (0, 600, 0, 300, 400) = 260 31 HAL C = Média (200, 400, 0, 400) = 250

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Subinstalações que não operaram durante todo o Período de Referência Caso 1: Subinstalações que operaram < 2 anos de calendário do Período de Referência - Início normal de operação > 01/01/2017 - HAL = AL (Nível de Atividade) do 1º ano de calendário em que operaram após início normal de operação da subinstalação; Caso 2: Subinstalações que operaram < 1 ano de calendário no Período de Referência - Início normal de operação > 01/01/2018 - HAL = AL (Nível de Atividade) do 1º ano de calendário de operação após início normal de operação da subinstalação é determinado quando apresentado o relatório do nível de atividade após o primeiro ano civil de funcionamento. 32

3. Fórmulas de Cálculo da Atribuição Gratuita Definição de Início de Operação Normal Início da Operação Normal é o "primeiro dia de funcionamento, i.e. o primeiro dia em que o Nível de Atividade é maior que 0 (zero). 33

34 4. Regras Específicas

4. Regras Específicas Regra de de-minimis Quando numa instalação com abordagem de recurso, existe uma subinstalação CL e uma subinstalação não-cl, o RegulamentoAL) for considerado FAR prevê um método de simplificação da recolha de dados, no caso de um dos níveis de atividade (dominante sobre o outro. Assim, se AL (subinst Calor, Combustível ou Emissões Processo) 95% do valor dos setores expostos a risco de CL, pode ser considerada apenas 1 subinstalação BM de calor, de BM de combustível ou de BM de processo, e fica o operador dispensado de apresentar dados que permitam distinção em termos de exposição ao risco de fuga de carbono; O Aquecimento Urbano (District Heating) também está incluído nesta regra em combinação com o BM de calor: se o AL (subinst calor, DH) 95% pode ser atribuído a apenas 1 das subinstalações BM de calor (CL, não-cl, DH), podendo o operador atribuir os restantes 5% à mesma subinstalação. 35

Emissões / unidade 5. Regras Específicas Intermutabilidade entre Combustível e Eletricidade F i (k) = BM i x HAL i x CLEF i (k) Existem processos onde tanto o combustível como a eletricidade podem ser usados para produzir calor ou energia mecânica na produção de um produto com BM. O tipo de energia usada não deve influenciar a determinação do valor de BM. Assim, casos em que as emissões indiretas são consideradas no valor do BM, o valor da atribuição deve ser corrigido. Emissões indiretas (a partir do consumo de eletricidade) Emissões diretas Curva ilustra como o valor de BM tem em consideração ambas as emissões diretas e indiretas. 36 Instalações (ordenadas de acordo com o desempenho)

5. Regras Específicas Intermutabilidade entre Combustível e Eletricidade F i (k) = BM i x HAL i x CLEF i (k) A atribuição deve ser baseada apenas nas emissões diretas. Para obter consistência entre os BM e a atribuição, no que respeita aos BM de produto, a atribuição preliminar é calculada usando o rácio entre as emissões diretas e as emissões totais. A atribuição preliminar anual é determinada por: Em dir +Em NHI F i k = BM i H AL i CLEF i k Em dir + Em NHI +Em elet Em dir = Emissões diretas dentro das fronteiras da subinstalação de BM de produto Em NHI = Calor líquido mensurável importado a partir de outra instalação CELE e instalações não-cele Em elet = Emissões indiretas provenientes da eletricidade consumida dentro das fronteiras da subinstalação do BM de 37 produto

4. Regras Específicas Setores Específicos Anexos II e III do Regulamento FAR F i (k) = BM i x HAL i x CLEF i (k) Setores aos quais se aplicam regras específicas para calcular o Nível Histórico de Atividade - HAL: - Refinaria e Aromáticos: abordagem CWT (CO 2 weighted ton) de forma a considerar a complexidade e especificidade de cada instalação; - Cal e Dolomite: correção do teor de óxido de cálcio e teor de óxido de magnésio; - Craqueamento sob vapor (Steam cracking): correção para incluir os produtos químicos de elevado valor na alimentação suplementar; - Hidrogénio e Gás de síntese: Fator de pureza do hidrogénio para assegurar a consistência com a abordagem CWT; - Óxido de Etileno/Etilenoglicóis: Fator de conversão relativo ao óxido de etileno. Guia 9 Guia Específico para os Setores. 38

5. Regras Específicas Setores Específicos Instalações de Pasta e Papel N.º 6 do Art. 16 do Regulamento FAR Para toda a produção de pasta, exceto pasta de papel recuperado, a atribuição gratuita só é concedida à pasta que tenha sido colocada no mercado e não processada em papel na mesma instalação ou numa instalação com relações técnicas. Produção de Ácido Nítrico N.º 5 do Art. 16 do Regulamento FAR O calor exportado a partir de uma subinstalação de BM de produto de Ácido Nítrico não é elegível para atribuição gratuita. 39

5. Regras Específicas Gases Residuais (WG) Atribuição está relacionada com a Produção ou com o Consumo = Gás Natural Produto Parte C: Atribuição relacionada com o consumo + Consumidor Gases Residuais Produto Atribuição Total relativa à combustão de WG Parte P: Atribuição relacionada com a produção Produtor (se BM produto) Consumidor 40

5. Regras Específicas Gases Residuais (WG): Atribuição relacionada com a Produção - Se WG produzidos dentro da fronteira do BM de produto (Produtor de WG): Produtor Atribuição relacionada com a produção e com a queima em flare de segurança já está incluída no BM de produto atribuição ao produtor de WG (Parte P). Consumidor O consumidor de WG não recebe atribuição pela produção; O consumidor recebe atribuição pelo consumo de WG (Parte C). 41

5. Regras Específicas Gases Residuais - Atribuição pela Produção dentro das fronteiras de BM Produto Combustão Após 2026: se WG produzidos dentro das fronteiras de um BM de produto a atribuição será reduzida em função das emissões históricas anuais provenientes de WG queimados em flare (com exceção de queima de segurança em flare). Assim: - De 2021 a 2025: nenhuma correção para quantidades queimadas em flare : F sub_p = BM p x HAL p x CLEF p - De 2026 a 2030: a atribuição é corrigida de acordo com: F sub_p = (BM p x HAL p Média Aritmética Periodo Referência (VW Gfl x NCV WG x EF WG )) x CLEF p (k) F sub_p = Atribuição preliminar (ano k) para o produto p (licenças/ano) BM p = Valor do BM do produto p (licenças/unidade de produto) HAL p = Nível Histórico de Atividade do produto p VW Gfl = Volume de WG queimados, exceto queima de segurança em flare (Nm 3 ou toneladas) NCV WG = Poder Calorífico Inferior de WG (TJ/Nm 3 ou TJ/t) 42 EF WG = Fator de Emissão de WG (tco 2 /TJ)

5. Regras Específicas Gases Residuais (WG): Atribuição pela Produção fora das fronteiras de BM Produto 43 Se WG produzidos fora da fronteira do BM de produto: Emissões resultantes da produção de WG que são recuperados para produção de calor mensurável, calor nãomensurável ou eletricidade, são consideradas numa subinstalação de emissões do processo Atribuição ao consumidor (Se WG usados por mais de uma instalação CELE, atribuição distribuída entre as instalações de acordo com a quantidade de WG usados); No cálculo da atribuição preliminar é necessária uma correção tendo como referência o Gás Natural (slide seguinte); Emissões de WG queimados que não em flare de segurança, não são consideradas como emissões de processo Sem atribuição; Emissões de WG queimados em flare de segurança atribuição com base no BM combustível.

5. Regras Específicas Gases Residuais (WG): Atribuição pela Produção fora das fronteiras de BM Produto Atribuição preliminar relacionada com a produção, se os WG são produzidos fora das fronteiras de um BM de produto atribuição ao consumidor : F sub_c = HAL Gases Residuais x 0,97 x CLEF p (k) HAL WasteGas = Média Aritmética Período Referência [V WG x NCV WG x (EF WG - EF NG x Corr η )] 44 HAL WasteGas = Nível Histórico de Atividade da subinstalação relacionado com a produção de WG não abrangidos por um BM de produto (tco 2 e) V WG = Volume de WG que não queimados (Nm 3 ou toneladas) NCV WG = Poder Calorífico dos WG (TJ/Nm 3 or TJ/t) EF WG = Fator de emissão de WG (tco 2 /TJ) EF NG = Fator de emissão do Gás Natural (56.1 tco 2 /TJ) Corr h = Fator que explica a diferença de eficiências entre WG e Gás Natural (por defeito = 0.667)

5. Regras Específicas Gases Residuais (WG): Atribuição relacionada com o consumo Independentemente de onde gerados, são tratados como qualquer outro combustível e atribuição sempre ao consumidor: Nenhuma atribuição se usados para produzir eletricidade ou queimados em flare (que não flare de segurança); Queimados em flare de segurança (se produzidos fora das fronteiras de subinstalação de BM de produto) Atribuição de acordo com o BM de combustível; Quando usados na produção de BM de produto, a atribuição já é tida em conta nesse BM; Quando usados para produzir calor mensurável, a atribuição relativa ao consumo deste calor baseada no BM de calor; Quando usados como combustível para produção de calor não mensurável e não usados para a produção de eletricidade, a atribuição desta subinstalação é baseada no BM de combustível. 45

5. Regras Específicas Novos Operadores Instalações com Titulo de Emissão de Gases com Efeito de Estufa (TEGEE) após 30/06/2019; Aplicadas as mesmas regras de atribuição gratuita que às instalações existentes; Fórmula de cálculo de atribuição das licenças de emissão: BM x HAL x CLEF x LRF Primeiros 2 anos de operação, a atribuição será baseada no nível de atividade anual. 46

Obrigada! Núcleo CELE cele@apambiente.pt