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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE FULANO DE TAL, brasileiro, casado, portador do RG n. [...], devidamente inscrito no CPF/MF n. [...], fulano@email.com.br, residente e domiciliado na Rua [...] n. [...], no bairro de [...] CEP [...], por intermédio de seus advogados e bastantes procuradores infra-assinados (Procuração em anexo), vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO DE ENTREGA DE COISA INCERTA contra SUPERMERCADO [...], inscrito no CNPJ n. [...], email desconhecido, situado na Rua [...] n. [...], no bairro de [...], CEP [...], pelos motivos de fato e de direito abaixo articulados: I DOS FATOS 1. Em 07 de março de 2015, o autor e sua família dirigiram-se até o estabelecimento comercial do réu para realizar compras. Havia um televisor LED TV de 48 polegadas da Samsung em promoção no valor de R$ 999,00 (novecentos e noventa e nove reais) pelo valor de R$ 899,00 (oitocentos e noventa e nove reais). O autor decidiu pela aquisição do aparelho. 2- Quando o autor foi adquirir o produto, o gerente de plantão da loja informou que era outro televisor. Nesse ínterim, o autor indicou-lhe o televisor, de acordo com a publicidade, entretanto, o gerente não

autorizou a aquisição do bem. Além disso, comportou-se de forma inadequada, humilhando o autor e sua família. Esse fato é que efetivamente impulsionou o autor a propor a ação, ou seja, não pela diferença dos valores tão somente, mas pela falta de educação do gerente da loja. Todavia a publicidade promocional estava grampeada na caixa da televisão de 48 polegadas, claramente indicado por meio de publicidade que havia sido anexada ao modelo pleiteado pelo autor. 3. O autor, inconformado, tirou foto do produto conforme documento incluso, uma vez que se sentiu enganado pela publicidade enganosa. A frustração da família foi imensa ao sair do mercado sem o aparelho. Esclarece que a nota fiscal ao lado do televisor não se refere à compra do bem, mas diz respeito à compra de outros bens no supermercado com o escopo de estabelecer o vínculo jurídico entre eles. 4. Ato contínuo, o autor dirigiu-se ao Procon/SP para as providências cabíveis. Esse fato aconteceu em / /, quando o Procon/SP notificou o réu para se manifestar sobre o assunto. 5. O autor aguardou o resultado, quando tomou conhecimento de que o réu havia respondido a notificação do Procon/SP e que nenhuma providência administrativa havia sido tomada. Se o autor soubesse que o Procon/SP não tomaria nenhuma providência efetiva já teria entrado com a ação a fim de fazer valer seu direito. O Procon/SP apenas enviou uma notificação para o réu e este argumentou que o valor estava na faixa no chão. Diante disso, deu o caso por encerrado. 6. O fato de a faixa estar caída com outro valor não justifica o descumprimento da obrigação. Além disso, o valor verdadeiro é aquele que está grampeado na frente da caixa do televisor em consonância com o documento em anexo. Deve o réu cumprir com a obrigação. II DO DIREITO

7. O artigo 35, incisos I e II, do Código de Defesa do Consumidor explicita que: Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente. 8. Por sua vez, o artigo 30 do mesmo Codex afirma que: Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Isso significa que o réu deveria ter vendido o televisor ao autor no valor divulgado. Neste sentido, já decidiu o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo: AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COMPRA DE CAIXA DE SOM EM AMBIENTE DIGITAL CANCELAMENTO ABRUPTO E INJUSTIFICADO DO PEDIDO PELA RÉ MAJORAÇÃO DO PREÇO APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR PROPAGANDA ENGANOSA ARTIGOS 30, 35, I E 37 DO CDC VEICULAÇÃO DO FORNECEDOR AO PREÇO INICIAL DIVULGADO EXPECTATIVA DO CONSUMIDOR EM ADQUIRIR O PRODUTO OBRIGAÇÃO RECONHECIDA. - Recurso desprovido. (Relator(a): Edgard Rosa; Comarca: Viradouro; Órgão julgador: 25ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 11/05/2017; Data de registro: 12/05/2017) 9. Com a evolução dos televisores, o aparelho correspondente ao anunciado pelo próprio réu custa R$ 2.599,00 (dois mil, quinhentos e noventa e nove reais). O valor pode ser comprovado por meio de anúncio veiculado pelo próprio réu no link (https://www.diashop.com.br/smarttv-led-48-semp-toshiba-48l2400-full-hd-3-hdmi-2-usb-com-acesso-a-internet-

viacabo?gclid=eaiaiqobchmi2jxgqzjq1aivewerch2mzaqaeaqyaiabegji7_d _BwE) 10. Além de não cumprir com a oferta, o representante do réu humilhou o autor diante dos outros clientes que estavam realizando compras. O dano moral caracteriza-se pelo menoscabo público que causa abalo emocional e desequilíbrio psicológico. Em razão disso, o artigo 927 do Código Civil dispõe que: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 11. Ofender o autor com palavras de baixo calão é ato ilícito, ou seja, uma ação voluntária praticada pelo preposto do réu que causou dano à sua dignidade e aos direitos da personalidade. Nesse sentido, dispõe o artigo 186 do Código Civil: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 12. O direito do autor foi violado, causando-lhe dano. Por esse motivo, o réu deverá indenizá-lo. Nesse sentido: O comportamento de prepostos de grande estabelecimento comercial como o supermercado Carrefour, que dirige palavras com o intuito manifestamente injuriante contra o próprio consumidor, tentando inferiorizá-lo perante terceiros, apresenta-se como conduta ilícita apta a ensejar condenação por danos morais, especialmente considerando o vasto conjunto probatório produzido nos autos. Tribunal de Justiça de Minias Gerais Recurso de Apelação Cível 10000180218083001 MG (TJ-MG) Desembargador - Luiz Artur Hilário Hilário 14/04/2018.

13. O aresto supramencionado afirma claramente que comete dano moral aquele que inferioriza outra pessoa perante terceiro. O menoscabo público tem por objetivo humilhar alguém perante outras pessoas. Esse ato ilícito visa a depreciar os atributos de uma pessoa, fazendo-o parecer risível, sem valor, ridicularizá-lo. São atos ilícitos que desrespeitam não somente a dignidade da pessoa humana, mas também os direitos da personalidade, devendo, portanto, o réu indenizar o autor, visto que o fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos, conforme dispõe o artigo 34 do Código de Defesa do Consumidor. III DOS PEDIDOS Isto posto, requer a Vossa Excelência que se digne de determinar a citação do réu para indicar o televisor colorido, LED TV de 48 polegadas da marca Samsung, no valor de R$ 899,00 (oitocentos e noventa e nove reais), de acordo com a oferta e a publicidade veiculadas. Requer a condenação do réu a pagar o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), a título de dano moral, acrescido das custas, despesas processuais e honorários advocatícios para que se faça a costumeira Justiça! Por fim, requer a inversão do ônus da prova, conforme dispõe o artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor. O autor informa Vossa Excelência de que não tem interesse na audiência de conciliação ou mediação, visto que tentou solucionar a questão sub judice no dia da compra e não obteve êxito, além de ser humilhado publicamente. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, inclusive pela oitiva da parte contrária, ouvida de

testemunhas, juntada de documentos, realização de perícia e tudo o mais que se fizer necessário para o deslinde da causa. Dá-se à causa o valor de R$ 8.899,00 (oito mil, novecentos e oitenta e nove reais) a título de alçada. Termos em que pede deferimento. Local e data. Assinatura, nome e OAB