Pró-Reitoria de Graduação Curso De Comunicação Social - Jornalismo Trabalho de Conclusão de Curso. Ponto H REVISTA SUPLEMENTAR MASCULINA



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Transcrição:

1 Fffff Pró-Reitoria de Graduação Curso De Comunicação Social - Jornalismo Trabalho de Conclusão de Curso Ponto H REVISTA SUPLEMENTAR MASCULINA Autor: Tuane Suellen Araújo Dias Orientadora: MSc. Cynthia da Silva Rosa Brasília DF 2013

2 PONTO H REVISTA SUPLEMENTAR MASCULINA Projeto apresentado ao curso de graduação em Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Comunicação / Habilitação Jornalismo. Orientadora: MSc. Cynthia da Silva Rosa Brasília 2013

3 Projeto de autoria de Tuane Suellen Araújo Dias, intitulado Ponto H Revista Suplementar Jornalística, apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Comunicação / Habilitação Jornalismo da Universidade Católica de Brasília em 02 de dezembro de 2013, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada : Professora MSc. Cynthia da Silva Rosa Orientadora Comunicação Social UCB Professora Dra. Sheila da Costa Oliveira Comunicação Social UCB Professora MSc. Angélica Cordova Machado Miletto Comunicação Social UCB Brasília DF 2013

4 AGRADECIMENTO Começo o meu agradecimento por aquele que me deu o dom da vida. A força, a saúde, a fé e a determinação que Deus me proporcionou para tocar em frente este projeto exaustivo, mas gratificante na mesma proporção, e assim concluir mais essa etapa tão importante da minha vida. Aos meus pais, Ivanilson e Eleu, e ao meu irmão Tauã Aurélio, que a todo o momento dessa jornada de quatro anos, estiveram ao meu lado. Sem eles com toda certeza esse objetivo não teria sido alcançado. Não existem palavras para expressar a minha gratidão, pois o que sou hoje é reflexo de todos os ensinamentos de uma vida. Obrigada por todo esforço feito para que mais esse sonho fosse realizado na minha vida. Não posso deixar de agradecer ao meu namorado Rodrigo Barros, que em mais esse momento tão especial esteve ao meu lado, me dando força e acreditando no meu potencial. A minha orientadora Cynthia Rosa, que de forma espetacular aceitou o meu convite e ao meu lado esteve presente em cada momento. Que além de professora passou a ser uma amiga que me deu força em todos os momentos. E não menos relevante, a todos os meus amigos que estiveram envolvidos na construção desse projeto, direta ou indiretamente, e contribuíram para o sucesso e desenvolvimento desse trabalho.

5 RESUMO Este memorial trata da produção editorial de uma Revista Suplementar Jornalística para Jornal Impresso. A publicação tem por objetivo entreter, informar, esclarecer e incentivar o público, contando a vida de profissionais do sexo masculino dentro do mercado de trabalho, no seu dia a dia, além de conteúdos de entretenimento. O foco primordial de construção de pautas e abordagem noticiosa é a vida de homens em variados nichos profissionais e sociais. A intenção é oferecer um produto que colabore nas discussões acerca do homem contemporâneo, suas realidades, conflitos e perspectivas frente à revolução dos gêneros que vem ocorrendo nas últimas décadas. A construção dessas narrativas se dará com matérias ricas em informação, diagramação, fotografia e construção textual. Palavra-chave: Impresso. Revista. Suplemento Jornalístico. Homem.

6 ABSTRACT This memorial talks about an editorial of a supplementary journalistic magazine for a newspaper. This magazine aims to entertain, advice, explain and encourage the audience, telling about the life of professional male gender within the labor market, their day to day, also entertaining contents. The primary focus of textual construction and news approach is the men s life in several social and professional niches. The intention is to offer a product that collaborates in discussions about a contemporary men, their realities, conflicts and expectation regard gender revolution that happening in the last decades. These narratives construction will occur with articles full of information, diagramming, pictures and textual construction. Keywords: Printed, Magazine, Journalistic Supplement, Men

7 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO... 08 2. O IMPRESSO VIVE... 10 2.1 A revista no Brasil... 10 2.2 Suplemento: diferencial para segmentos específicos de público... 12 2.3 Suplementos do Correio Braziliense... 12 3. O HOMEM CONTEMPORÂNEO: CONTEÚDO DE GÊNERO AINDA ESCASSO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO... 17 3.1 O homem brasileiro segundo dados do IBGE... 17 3.2 Mercado editorial brasileiro para homens: traços de preconceito... 18 4. PONTO H: SUPLEMENTO JORNALÍSTICO EM FORMA DE REVISTA PARA O HOMEM ATUAL... 20 4.1 Linha editorial... 20 4.2 Público alvo... 20 4.3 Periodicidade... 21 4.4 Tiragem... 21 4.5 Colaboradores... 21 4.6 Distribuição de pautas... 22 4.7 Publicidade... 23 4.8 Projeto gráfico... 23 4.9 Produção gráfica...23 CONSIDERAÇÕES FINAIS...25 REFERÊNCIAS...26

8 1. APRESENTAÇÃO O projeto apresentado consiste no desenvolvimento de um suplemento jornalísticos, que tem como intuito quebrar alguns preconceitos que ainda existem quanto a pessoas do sexo masculino, que enfrentam situações muitas vezes consideradas pela sociedade como femininas. A função do suplemento é informar os leitores com matérias diferentes, contar com detalhes a rotina de profissionais dentro do mercado de trabalho, e mostrar que não nem sempre existe preconceito no desempenho das atividades que os personagens exercem. São pessoas que estão no anonimato e que com a possibilidade da criação do suplemento, tem suas histórias de vida, batalhas e conquistas contadas com um olhar diferente. Hoje a internet proporciona informações instantâneas, fazendo com que grande parte da população acredite que o material impresso não tenha mais seu valor. E é exatamente com o pensamento contrário que apresento essa proposta de construir um complemento de jornais impressos, contando as histórias de vida de homens de classes sociais, funções e idades diferentes. Histórias de pessoas que são independentes, em vários campos da vida, seja para mostrar que homem pode sim cuidar da aparência sem sofrer nenhum tipo de pré-conceito, e que homens também são bons na cozinha. A escolha do tema causaria uma sensação estranha e seria irrelevante se não estivesse tendo um aumento significativo de homens que deixam o preconceito de lado e passam a frequentar salões de beleza, e deixam de encarar a cozinha de sua casa como um campo minado e totalmente feminino, entre outros comportamentos em transformação. Esse aumento não vem de agora. De acordo com uma publicação da Revista Veja, em 2004, cerca de 110 mil homens brasileiros, provenientes da classe média alta moram sozinhos, e 55 % deles tinham entre 30 e 44 anos. Segundo a DBA Editora, 60% dos compradores de livros de luxo que tratam de gastronomia correspondem ao público masculino, e são eles que compram carnes especiais e os famosos azeites importados. Esses alimentos estão no topo da lista, além de 60% dos alunos de culinária são homens. Com a intenção de exercer o que aprendi no curso de comunicação, além de aprofundar os meus conhecimentos, resolvi apresentar um projeto editorial e por meio dele atender a um público especifico, o do homem contemporâneo, visando um

9 contraponto às tradicionais reportagens de esporte (principalmente futebol) e de sexo (principalmente ensaios fotográficos com celebridades). Essa ideia inicial não foi estimulada pela minha então orientadora, que me recomendou levar à banca de qualificação não um projeto editorial, mas sim a proposta de uma grande reportagem, onde o tema era explorar profissões masculinas e femininas. Essa proposta foi vista como viável pela banca 1, e várias sugestões foram apresentadas para complementar a reportagem. Porém a vontade inicial de fazer um suplemento permanecia, e fazer uma grande reportagem não era realmente o que eu queria explorar e trabalhar. Eu sentia a necessidade de fazer uma discussão e uma experimentação sobre o impresso e por que ele ainda é importante, mesmo com toda a tecnologia digital que se tem hoje em dia. E eu também acreditava, como acredito, que a linha editorial é bastante viável, uma revista para o homem atual. Então, resolvi que iria atrás do meu sonho, mesmo sabendo que os riscos eram enormes. Foi só aí que pude organizar o mínimo das ideias que eu tinha; idéias confusas e dispersas, eu reconheço, assim como a minha pouca maturidade para lidar com um trabalho tão complexo, que é o de editar. Mas apesar de tudo isso, eu nunca deixei de acreditar na minha formação, nos estudos, nas matérias que eu fiz. Para o Projeto II, tive a orientação da professora Cynthia Rosa, que acreditou na criação desse projeto e contribuiu com ideias para que ele pudesse se concretizar. Foi só nesse momento que consegui sair da teoria e partir para a prática, realizando pesquisas, lendo revistas, artigos, tudo que fosse relacionado à minha ideia, que era a criação de um suplemento para jornal impresso voltado para o homem real do nosso tempo.

10 2. O IMPRESSO VIVE A discussão sobre o futuro do jornal impresso não é uma questão nova, com frequência a população se divide em opiniões. O primeiro veículo de comunicação que chegou para colocar em risco a vida útil dos impressos foi o rádio. Em seguida surgiu a televisão, onde além de ouvir o público passou a ver as informações. Como se já não fosse o suficiente, a chegada da internet colocou mais uma vez o jornal impresso em crise. Mesmo com a população tendo acesso facilitado às informações na era digital, o impresso ainda é rico em informações completas, bem apuradas e com fontes igualmente confiáveis. O que observa-se é que, década após década, surge algo que faz os temerosos dizerem que o impresso vai acabar. Mas ele já provou que não é tão fácil assim. Assim como o rádio e a televisão não substituíram o jornal impresso, a internet também não vai substituir, pois temos a necessidade de guardar parte das informações de que necessitamos em meio físico; e o papel faz parte desses padrões de armazenamento de cada pessoa. O que os grandes jornais precisam fazer é trazer o leitor para o cenário dos fatos novos, dos novos nichos de informação, novas histórias e personagens, levando o público a interagir com informações que sejam interessantes e bem apuradas e fazendo com que cada leitor se envolva com o texto e demais elementos da informação. E, assim, o impresso vai continuar vivendo por ainda por muitos e muitos séculos. 2.1 A revista no Brasil A história das revistas brasileiras, assim como o da imprensa, se relaciona com a história da indústria e da economia do país. Mas o seu aparecimento se dá por volta do século XIX, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil. A primeira revista do Brasil surgiu no ano de 1812, em Salvador, e foi nomeada como As Variedades, a qual tinha a proposta de publicar diversos assuntos, de virtudes morais a novelas. A primeira revista tinha uma aparência que se chegava mais a de um livro.

11 No ano de 1813, no Rio de Janeiro, foi lançada uma segunda revista, uma concorrente da publicação As variedades. Nomeada como A Patriota, a publicação tinha como tema coisas da terra. Com o passar do tempo e o acesso à leitura aumentando para a população o prazer por novos temas foi surgindo naturalmente. Assim novas revistas surgiram, como por exemplo, Anais Fluminenses de Ciência e Arte e Literatura, que era voltada para diversas áreas do conhecimento. Antigamente as revistas que eram publicadas não duravam muito no mercado, mas essa estatística começou a mudar com a chegada da publicação Museu Universal, destina a um público especifico com um intuito de prender o leitor. No século XX, uma serie de transformações científicas e tecnológicas vai impactar o universo do impresso, e as revistas do Brasil acompanham essas mudanças, com muitos outros títulos sendo lançados, trazendo novos temas e apresentações gráficas inovadoras. Nessa ocasião, o Rio de Janeiro possuía o maior parque gráfico do país, onde iriam nascer muitas outras publicações de vários gêneros. O autor Sérgio Vilas Boas (1996, p.09) afirma que além de a revista ser graficamente mais aprimorada, ela também se difere do jornal impresso por poder apresentar textos e matérias de forma mais criativa e interpretativa, pois o tempo de apuração dos fatos é superior ao do jornal impresso. Vilas Boas difere ainda o formato dos textos de revista e jornal impresso, afirmando que toda reportagem de revista traz no texto, implícito ou não, uma espécie de ponto de vista, que não deve ser confundido com qualquer tipo de opinião (1996, p.09). As revistas apresentam múltiplos textos segmentados para diversos públicos, mas sempre com o intuito de entreter e informar. E é baseado nesses diversos segmentos que se torna importante agrupar e organizar as editorias. De acordo com Casali (2004, p.06) tal agrupamento é chamado macroestrutura, a qual é dividida em gêneros, referencial, ficcional e credual: Nesse sentido o gênero referencial atualiza-se nos subgêneros feminino, masculino, noticioso, cientifico, étnico, infantil e cultural. O gênero ficcional atualiza-se nos subgêneros fotonovela e história em quadrinhos. Por sua vez, o credual atualiza-se nos subgêneros astrológico e religioso; o exposicional, em fofoca; e o lúdico em desenhos e jogos. Como veículo jornalístico, a revista pode ser tratada como objeto exclusivo para um determinado público e tema; é o sentido mais comum que se tem sobre esse tipo de publicação. Mas a revista também pode estar acoplada a outra publicação,

12 especificamente os jornais semanais, que recorrem a esse formato quando o tema e seu respectivo público podem ser tratados com algum refino editorial. É quando se transforma em suplemento, como se pode ver a seguir. 2.2 Suplemento: diferencial para segmentos específicos de público O suplemento jornalístico foi criado como forma de complementar e aprimorar a qualidade de informação de jornais e revistas. Pode ser feito de diversas maneiras e em variados formatos, mas sempre adequados ao público e de acordo com o produto original, ou seja, o jornal impresso. O suplemento pode ser fornecido aos leitores em mídia impressa, como jornal, revista e até livro, ou como mídia digital, como CD Rom, DVD e outros. Em geral, o suplemento vem sem custo adicional. Mas esse componente, o preço, vai depender dos objetivos estabelecidos pela empresa noticiosa. O suplemento pode trazer ao leitor informações diferentes, e não existe um padrão especifico que determine como deve funcionar a criação de um suplemento jornalístico. As matérias podem ser escritas por jornalistas fixos da própria empresa jornalística ou por colaboradores convidados para edições especiais. Outro aspecto de um suplemento jornalístico é quanto à periodicidade, que pode ser regular ou sazonal. No primeiro grupo, encontram-se temáticas editorialmente tradicionais, como suplementos de cultura, feminino, trabalho, televisão, veículos e imóveis. No segundo, aparecem temas mais afastados do universo temático jornalístico tradicional, como filosofia, artes plásticas, música erudita, história e muitos outros. 2.3 Suplementos do Correio Braziliense A necessidade de falar a públicos específicos, encontrados e reconhecíveis em seu largo espectro de recepção, faz o Correio Braziliense recorrer com muita frequência ao uso de suplementos. Todo dia o jornal traz ao menos um conteúdo suplementar reunido em variados formatos: suplementos semanais e mensal, cadernos standards e tabloides, alguns grampeados, outros não. O domingo é um dia crucial para o alcance dos públicos específicos. Dia de maior tiragem, é também o dia das variadas leituras dos públicos específicos, como se pode ver no quadros abaixo, que informam também sobre a tiragem média:

13 a) Suplementos semanais: DIA Segunda-Feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo SUPLEMENTO Direito&Justiça e Hora Livre Informática Turismo Veículos Divirta-se Super Revista D, Trabalho&Formação Profissional e Caderno da TV b) Suplemento mensal: DIA Segunda-feira da terceira semana do mês. Eu, concurseiro SUPLEMENTO Direito&Justiça O suplemento publica matérias, notícias, artigos e dicas de leitura especializada sobre direito. É direcionado a profissionais e estudantes dessa área, bem como a interessados em prestar concurso público. O suplemento tem o formato de tablóide, tem 138 mil leitores com perfil de 54% de homens e 46% de mulheres. Desse público 67% pertencem a ás classes AB e 30% á classe C. Eu, estudante/concurseiro Voltado aos estudantes, o Eu estudante traz dicas e estudo, discursões sobre temas atuais, cursos em alta, exames simulados para auxiliar os leitores que se preparam para prestar vestibular.

14 O suplemento tem o formato de tablóide, tem 140 mil leitores com perfil de 66% de homens e 34% de mulheres. Desse público 71% pertencem a ás classes AB e 26% á classe C. Informática Informações traduzidas do informatiquês para a linguagem do usuário: novidade no mundo digital, análises comparativas e informações sobre empresas de tecnologia. O suplemento tem o formato de standart, tem 173 mil leitores com perfil de 62% de homens e 38% de mulheres. Desse público 70% pertencem a ás classes AB e 25% á classe C. Turismo Traz os melhores roteiros turísticos. As melhores dias de viagens, roteiros, serviços de hospedagem, pacotes, e tudo sobre o mercado turístico. Veículos O suplemento tem o formato de standart, tem 165 mil leitores com perfil de 77% de homens e 23% de mulheres. Desse público 80% pertencem a ás classes AB e 18% á classe C. Veículos Oferecem informações sobre o mundo dos automóveis e motocicletas. Lançamentos, tendências, evento, acessórios. Além de uma tabela de preços referente ao Distrito Federal. O suplemento tem o formato de standart, tem 191 mil leitores com perfil de 76% de homens e 24% de mulheres. Desse público 71% pertencem a ás classes AB e 27% á classe C. Divirta-se Guia ideal para o leitor que quer se informar sobre o que de mais interessante acontece nos finais de semana do Distrito Federal.

15 O suplemento tem o formato de tablóide, tem 170 mil leitores com perfil de 50% de homens e 50% de mulheres. Desse público 74% pertencem a ás classes AB e 23% á classe C. Super A garotada tem vez no sábado, com dicas de livros, jogos eletrônicos, desenhos, cinema e passatempos. O suplemento tem o formato de tablóide, tem 202 mil leitores com perfil de 54% de homens e 46% de mulheres. Desse público 74% pertencem a ás classes AB e 23% á classe C. Revista do Correio Matérias sobre saúde, comportamento, consumo, moda, beleza, decoração, cuidados com animais de estimação e educação dos filhos. O suplemento tem o formato de tablóide, tem 180 mil leitores com perfil de 54% de homens e 42% de mulheres. Desse público 67% pertencem a ás classes AB e 30% á classe C. Trabalho & Formação profissional Para quem procura se atualizar sobre o mercado de trabalho ou está em busca de um bom emprego ou concurso público, encontra todas as informações nesse suplemento. O suplemento tem o formato de standart, tem 240 mil leitores com perfil de 51% de homens e 49% de mulheres. Desse público 60% pertencem a ás classes AB e 35% á classe C. Caderno de TV Para quem gosta de acompanhar a programação da televisão encontra nesse suplemento as notícias mais atualizadas sobres os programas, personagens, atores, jornalistas e outros profissionais das principais emissoras. Para quem procura se atualizar sobre o mercado de trabalho ou está em busca de um bom emprego ou concurso público, encontra todas as informações nesse suplemento.

16 O suplemento tem o formato de tablóide, tem 229 mil leitores com perfil de 40% de homens e 60% de mulheres. Desse público 60% pertencem a ás classes AB e 35% á classe C. Fonte:Estudos EGM Marplan Outubro 2010 Brasília, DF, Filtro Esses dados nos levam à compreensão de que o domingo é o dia propício, pois é quando, em geral, o leitor pode fazer uma mais tranquila, feita fora das rotinas de trabalho e demais compromissos. Nesse dia, o leitor também tem mais tempo para refletir sobre as matérias, como as do suplemento Ponto H, que o homem em situações relativamente inesperadas. Por ser um dia propício às trocas entre os vários públicos específicos do Correio Braziliense, o suplemento poderia interessar a parcelas dos outros públicos, ampliando a circulação da informação.

17 3. O HOMEM CONTEMPORÂNEO: CONTEÚDO DE GÊNERO AINDA ESCASSO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO De acordo com Joan Scott (1989, p.21), gênero é um elemento constitutivo de relações baseados nas diferenças percebidas entre os sexos. Em função da revolução feminista que atravessou todo o século XX, muitos são os veículos e editorias que hoje se encontram voltados para o assunto. Essa revolução impactou e ainda impacta toda a sociedade, seja em termos profissionais, de relacionamentos, saúde e outros. A mudança na conduta das mulheres contemporâneas transformou muita coisa, inclusive os homens. Mas essa mudança dos homens é muito pouco investigada pelo jornalismo, que em geral continua tratando o homem como sexo forte, cujos principais e centrais interesses na vida são futebol e mulher. Pode até ser. Mas será que é só isso? 3.1 O homem brasileiro segundo dados do IBGE Gráfico referente à população masculina no Brasil no espaço Urbano e Rural Fonte: IBGE 2010

18 Fonte: IBGE 2010 3.2 Mercado editorial brasileiro para homens: traços de preconceito Ainda nos dias de hoje existem pessoas que tem preconceito, seja ele com raça, cor ou gênero. Temos preconceito por conta da história vinda de muitos anos e até por conta das leis atuais, que avançam no rumo de legitimar os direitos da mulher, o que é muito importante e necessário, fruto de lutas de muitos méritos. Porém aos homens resta apenas e sempre serem vistos como fortes e provedores de um lar estável, dominantes e dominadores. Logo, não são lembrados como pessoas que também possuem fraquezas e também sofrem preconceito. Alguns desses homens, como as mulheres de séculos atrás e de hoje ainda, querem assumir sua revolução. Mas a luta deles é mais difícil, até porque a mídia não quer (ou não sabe) representar esse outro homem. O homem de hoje pode sim ser um pai de família, trabalhando fora e gostando de cozinhar ou passar algumas horas de frente ao espelho. Existem projetos editoriais que são escritos especificamente por homens e destinado também a esse público, mas que se restringe a representar o homem de acordo com velhas categorias das culturas patriarcais. Nem todo homem concorda com os princípios dessa cultura, embora a maioria se curve diante deles.

19 4. PONTO H: SUPLEMENTO JORNALÍSTICO EM FORMA DE REVISTA PARA O HOMEM ATUAL Ao ser definido que o projeto seria um suplemento jornalístico em formato de revista, o próximo passo deveria ser a escolha do nome. A idéia era encontrar um nome que logo remetesse o leitor ao universo masculino. Não foi preciso muito tempo para que esse nome ser definido: Ponto H. O termo Ponto H surge com a intenção de ser uma referência ao ponto G feminino. Mas também quer marcar a força do princípio masculino marcada no imaginário com ideias como homem com H maiúsculo. O objetivo da escolha é mostrar que há um novo homem na sociedade, mas que seu valor como indivíduo masculino não é menor. Pelo contrário, vem crescendo, embora precise ser melhor noticiado. 4.1 Linha editorial A revista Ponto H é um suplemento jornalístico sobre o universo masculino na contemporaneidade, mais especificamente sobre o padrão de vida dos homens que moram no Distrito Federal. Seria um suplemento para o Jornal Correio Braziliense, cuja distribuição é feita em bancas de jornal e em residências, por meio de assinatura mensal. A intenção foi criar matérias para o público masculino, mas que pudessem, eventualmente, interessar a outros segmentos de leitores, notadamente o feminino, uma vez que a opinião de públicos diferenciados pode interessar aos produtores da revista, suscitando novas pautas e até seções. 4.2 Público alvo A intenção do suplemento é atingir o público masculino das classes A e B, na faixa etária entre 30 e 45 anos, levando em conta que homens com essa idade em sua maioria das vezes já possuem certa estabilidade financeira, frequentam locais sofisticados e se preocupam com a aparência.

20 4.3 Periodicidade Ponto H é um suplemento semanal das edições de domingo do Correio Braziliense. A cada nova edição, novas reportagens são apresentadas. Novos colaboradores também são convidados para participar da revista. 4.4 Tiragem A quantidade do suplemento Ponto H a ser distribuído é idêntica à quantidade de jornais do Correio Braziliense. De acordo com a ANJ Associação Nacional de Jornais, pesquisa realizada no ano de 2012, o jornal Correio Braziliense está em 21 no Rank com 55.105 de circulação média, com variação de -2%. 4.5 Colaboradores Para a construção das matérias foram convidados alguns colaboradores, onde os mesmos escreveram de acordo com a pauta informada por mim. A equipe foi formada por André Barros, Aline Sales, Eduardo Pessoa, Gisele Poliana e Roberta Souza, com a participação como entrevistado do especialista na área de nutrição Fábio Cavalcante. Com exceção do especialista na área de saúde, todos os colaboradores são formados no Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Não foi cobrado nenhum valor para a criação das matérias, todos aceitaram o convite para a construção da Ponto H, e abraçaram a ideia com todo empenho. Cada jornalista ficou responsável também por todas as fotos para compor a matéria. A revista Ponto H segue a linha de que em cada edição novas matérias e novos colaboradores serão escolhidos, o que não impede de forma alguma que o mesmo colaborador participe de outras edições. O suplemento foi feito com a técnica de entrevista. Encontrei-me com os colaboradores onde foram definidas e aprovadas todas as pauta e as fontes. Foi realizada uma junção com a teoria e a prática, principalmente em relação às pesquisas que foram realizadas para basear todo o projeto gráfico do suplemento.

21 4.6 Distribuiçao de pautas Ao definir que a revista seria destinada especificamente para o público masculino, o próximo passo foi definir quais seriam as pautas e quem as escreveria. Como editora chefe da revista senti que também precisava escrever a minha matéria, foi então que surgiu a ideia de escrever para homens que gostam da dança. Busquei personagens que tinham histórias diferentes, mas que ao mesmo tempo se completavam. O título da matéria que acabou se tornando capa da revista não poderia ser outro Se ela dança, ele também dança, e foi isso que realmente eu quis mostrar, que tanto o homem quanto a mulher pode realizar atividades especificas sem definição de gênero. Os personagens ficaram felizes por poderem participar e contar suas histórias. A matéria nomeada Santo Casamenteiro, surgiu em uma conversa com o jornalista e amigo Eduardo Pessoa. Um homem de 30 anos prestes a e casar e que acompanha sua noiva em todos os passos para esse grande momento. O motivo para que ele fosse o colaborador responsável para escrever essa matérias, foi um comparativo feito por ele mesmo em eventos de casamento, o quanto os homens de hoje em dia estão interessados em detalhes de casamento, o eu antigamente era considerado apenas coisa de mulher. O personagem principal para essa matéria é um empresário do ramo do casamento, que cuida de todos os passos para um evento de sucesso. Paulo Lopes o Santo Casamenteiro apresentou uma proposta para a realização de um evento para o Eduardo Pessoa, colaborador da Ponto H, e então foi o momento ideal para o noivo jornalista também fazer uma proposta para o empresário. O convite de participar como personagem e contar sua história para uma revista de homens. Paulo aceitou e a matéria do Santo Casamenteiro quebra preconceitos e abre a revista com três páginas com ótimo conteúdo e fotos do trabalho de um homem no ramo dos casamentos. A revista Ponto H já estava com duas matérias de páginas triplas, então em uma conversa com a também Jornalista Roberta Sousa sobre homens na cozinha, ela sugeriu a inclusão de uma matéria escrita para a sua conclusão de curso. Ao ler a matéria identifiquei que alguns ponto deveriam ser alterados para se adequar aos padrões do suplemento. Modificações feitas e mais uma matéria entrava para a Ponto H. Depois de falar sobre casamento, dança e cozinha, a Revista precisava de algum personagem que marcasse essa primeira edição. Foi onde pensei em Nicolas Behr, um

22 poeta que ama Brasília, e nada melhor do que complementar com um perfil. A colaboradora responsável para escrever essa matéria foi à jornalista Aline Sales. As duas últimas pautas definidas foram as que se referem a beleza masculina, escrita por André Barros, Jornalista formado e que se encaixa perfeitamente nesse perfil de homem em frente ao espelho. E a dica do especialista, onde um profissional passa aos leitores dicas de saúde, bem estar, academia. Definidas as pautas e colaboradores, as matérias foram escritas, personagens fotografados, e a cada passo dado na construção das matérias eram avaliados. 4.7 Publicidade Como o produto é um suplemento jornalístico em formato de revista, a publicidade precisa estar presente em algumas das páginas. A Ponto H como uma revista para homens tem em cinco páginas publicidades de cerveja, automóvel, academia, e esporte. Essas páginas são como atrativos para os leitores. 4.8 Projeto gráfico Todos os detalhes foram pensados com cuidado para que as matérias conversassem com a diagramação: a) Formato A revista tem o tamanho de 21x30 cm fechada, e 42 x 30 cm aberta. b) Número de paginas - 20 páginas. c) Cores Policromia. Procurei usar na Revista cores que conversassem umas com as outras, colocando cada matéria em uma tonalidade diferente, para que o leitor pudesse identificar na Ponto H, onde começa e termina a editoria ou a matéria, para que nada ficasse confuso visualmente. d) Papel Miolo: Couché 115g; Capa: Couché 230. e) Acabamento Grampeada. 4.9 Produção gráfica a) Diagramação - A diagramação foi um serviço terceirizado a um profissional da área, todas as matérias e fotos foram enviadas e informadas como deveriam ser

23 feitas. A primeira versão da revista foi entregue, porém não agradou. Então uma nova reunião foi marcada com o diagramador e novas sugestões foram dadas. Toda a estrutura da revista foi modificada, e então o resultado ficou de acordo com esperado. b) Impressão e provas O trabalho de impressão foi realizado pela Gráfica Milênio. Após a aprovação da diagramação foi impressa uma versão da Revista Ponto H, em um papel couché para verificar os possíveis erros, sendo feito assim uma prova do material. Material aprovado então foi enviado para a gráfica para a impressão final.

24 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a construção desse projeto pude aprender muito, principalmente que poderei levar esse aprendizado para o meu futuro, tanto no nível pessoal quanto no profissional. Tive alguns contratempos durante a criação e execução, mas mesmo com todos os imprevistos, consegui levar a termo a minha idéia, aquilo que eu imaginei. A começar por eu ter feito um impresso, meio jornalístico que tem uma grande importância dentro da comunicação, e que eu me sinto no dever de valorizar. Mesmo com muitas pessoas tendo sido contra, me tirando ânimo, em vez de me mostrar o caminho, eu consegui finalizar, enfrentando todo o processo de produção, desde pensar na sua viabilidade como suplemento, passando pelo projeto editorial e pautas, até chegar na produção gráfica. Fazer um impresso é difícil mesmo. Mas vejo que tenho as condições de me aperfeiçoar e crescer nesse segmento, que eu gosto. O mercado do jornalismo como um todo ainda precisa focar no homem contemporâneo, aprofundar no mercado editorial desse gênero, um universo que ainda é intocado, e isso muito por conta dos preconceitos ainda existentes. Embora muito se vale em mudanças, ninguém quer ouvir as vozes dos homens que questionam o modelo masculino dominante. E hoje, por causa, do meu TCC, eu tenho certeza que um jornal suplemento como o Ponto H teria não só leitores, mas também colaboradores, produtores de conteúdo. Homens, com H, para falar de suas muitas e adoráveis nuances. Nem todo mundo quer ouvir esse tipo de homem, poucos jornalistas admitem que fariam pautas para esse público. Mas ele está aí, só não vê quem não quer. Enfim, mesmo com toda usa situação complicada para a realização do projeto, pude concretizar a ideia que sempre tive, a criação de um Suplemento em forma de revista, com uma visão diferente e que estimula o leitor e também os produtores de conteúdo. Um produto viável para o nosso tempo, eu acredito.

25 REFERÊNCIAS CASALI, Caroline. Gêneros, subgêneros e formatos da mídia impressa revista no Brasil. 2004. 08 f. Tese (Mestrado) - Curso de Ciência da Comunicação, Centro de Educação Superior Norte, Rio Grande do Sul, 2004. Disponível em: <http://encipecom.metodista.br/mediawiki/images/1/11/gt4-04- _Generos_subgeneros_e_formatos_da_midia-_Caroline.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2012. CORREIO BRAZILIENSE. Edições mensais, semanais de suplementos Jornalísticos. Brasília, 2013. MACHADO, Irene. Por que se ocupar dos gêneros? In: REVISTA SYMPOSIUM, Ano 5, n. 1, janeiro-junho de 2001. Recife, 2001. SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2009. 112 p. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. 1986. 30 f. Artigo (Mestrado) - Instituto Para Estudos Avançados de Princeton, Porto Alegre, 1989. VILAS BOAS, Sérgio. O estilo magazine: o texto em revista. São Paulo: Summus, 1996.