1. NOÇÕES GERAIS 1.1 A História 1.2 Locais das competições ruas pista campo

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Transcrição:

ATLETISMO

1. NOÇÕES GERAIS O atletismo é considerado um desporto de base, pois sua prática reflete alguns movimentos naturais dos seres humanos: correr, saltar e lançar. Praticado desde o início de nossa civilização, o atletismo provavelmente originou-se da necessidade de treinar guerreiros. A palavra atletismo deriva da raiz grega athlon, que significa combate. 1.1 A História Modalidade desportiva cujas origens remontam à antiguidade grega e aos primeiros Jogos Olímpicos, realizados no ano de 776 a.c., pode-se dizer que o atletismo é a forma mais antiga de organização desportiva. Mas foi na era moderna dos Jogos, iniciada em 1896, que o atletismo marcou a sua presença, tornando-se um desporto fundamental na realização deste evento. Tradicionalmente amador e encarado como o modelo do ideal olímpico, o atletismo, no entanto, vem-se transformando em um esporte altamente profissionalizado, significando arrecadações cada vez mais altas para atletas, clubes, patrocinadores e federações. As federações cuidam da modalidade em termos olímpicos: campeonatos regionais, nacionais, mundiais, pan-americanos, Olimpíadas e Para-olimpíadas; além de organizar as corridas de rua (pedestrianismo), as corridas de aventura e os ralis de regularidade. 1.2 Locais das competições As competições de atletismo podem acontecer nas ruas de qualquer cidade, como é o caso de corridas de longa duração, bem como em estádios apropriados. Os estádios possuem uma pista para corridas, ao redor de um campo completamente demarcado, onde acontecem as provas de saltos e lançamentos.

ESTÁDIO DE ATLETISMO PISTA E CAMPO Como podemos notar, cada prova de atletismo acontece em um local específico e possui a sua demarcação. Porém, algumas provas podem utilizar ambientes mistos, como é o caso da Marcha e da Maratona em grandes competições, que usam a pista e as ruas. Existem ainda as provas ditas combinadas, pois ocupam pista e campo, como o decatlo masculino e o heptatlo feminino. A pista de corrida é delimitada por faixas paralelas, usadas principalmente em provas de velocidade, que chamamos de raias. A foto ao lado mostra a pista de corrida do Colégio Pedro II, Complexo de São Cristóvão, que só possui 6 raias, enquanto as pistas oficiais têm 8. As raias são importantes para que os corredores ocupem cada um o seu espaço. Uma pista oficial de atletismo é constituída de duas retas e duas curvas, possuindo raias concêntricas. Tem o comprimento exato de 400 metros na raia mais interna, sendo a raia externa mais longa, possuindo 449 metros. Nas corridas de curta distância, os atletas devem permanecer nas raias a partir das quais largaram. Porém, a partir de 200 metros largam de diferentes posições para compensar a diferença de percurso entre as raias. Nas corridas de média e longa distância, os atletas não precisam correr nas raias, e geralmente se encaminham para a raia mais interna, evitando, assim, percorrer distâncias maiores. As delimitações que existem no campo são necessárias para que acidentes sejam evitados. Em um campeonato, a organização dos espaços e dos horários de cada

prova torna-se, então, fundamental; vocês conseguiriam imaginar a execução de lançamento de dardo com pessoas atravessando o campo? Em geral, o campo possui: pista de salto em distância, pista de salto triplo, que pode ser a mesma do salto em distância só que com outras marcações, pista do salto com vara, meia-lua para salto em altura, área de lançamento de martelo e disco, área de lançamento de dardo, área de arremesso de peso e fosso para corrida de 3000m com obstáculos. 1.3 Considerações sobre as corridas A corrida é uma das formas mais primitivas de exercício e surgiu da necessidade de nossos ancestrais andarem mais depressa, para fugir de alguns perigos ou perseguir a caça, ou seja, visando a sobrevivência da espécie. Atualmente não dependemos dela para sobreviver, mas sua prática regular continua muito importante, pois a corrida aumenta a capacidade respiratória, melhora a circulação sanguínea e aumenta a resistência muscular. Você já percebeu a diferença entre o movimento de correr e o de caminhar? Quando uma pessoa está andando depressa, em cada ciclo da passada, ela mantém pelo menos um dos pés no chão. O outro pode estar no ar ou no chão também. Na corrida, em cada passada, por um momento, os dois pés do atleta ficam no ar simultaneamente. Dizemos que a passada da corrida possui três fases: o ataque, que é a fase de elevação do joelho a frente; a fase do vôo, onde os dois pés estão simultaneamente no ar e; a recuperação, quando elevamos o calcanhar atrás do corpo, preparando a perna para uma nova fase de ataque. ATAQUE + VOO + RECUPERAÇÃO Se transferirmos estes termos para analisar o ato de caminhar (marcha), poderíamos dizer que este só possui duas fases: ataque e recuperação. As provas atléticas de corrida podem ser classificadas de diversas formas. Uma das formas mais básicas é a divisão entre corrida de velocidade e corrida de resistência.

A velocidade é a capacidade de se mover o mais rapidamente possível, ou seja, percorrer uma curta distância no menor tempo. A velocidade é uma capacidade inata do ser; já nascemos com ela, mas ela pode ser melhorada com o treinamento. A resistência é a capacidade de manter esforços por um período prolongado. A resistência pode ser adquirida ou aprendida por meio de treinamento, de forma a percorrer distâncias médias ou longas em um menor tempo possível. No meio atlético, as corridas de velocidade são chamadas de rasas e as corridas de resistência de fundo. Existem corridas que unem velocidade e resistência e são chamadas de meio-fundo. 2. AS PROVAS NOS JOGOS OLÍMPICOS Nos últimos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, os atletas disputaram 24 provas na modalidade Atletismo, sendo que as mulheres participaram de 23. Até as próximas Olimpíadas esses números podem mudar, mas atualmente, do total masculino, 13 são provas de corrida, 2 são de marcha, 4 são de saltos, 4 estão na categoria de lançamentos e uma é a prova combinada. A diferença do total feminino é que elas têm apenas uma prova de marcha. Segue abaixo um esquema geral para auxiliar a visualização. ESQUEMA DAS PROVAS OLÍMPICAS ATLETISMO CORRIDAS SALTOS LANÇAMENTOS VELOCIDADE RESISTÊNCIA VERTICAIS HORIZONTAIS DARDO DISCO PESO MARTELO ALTURA VARA DISTÂNCIA TRIPLO 2.1 As provas de corrida 1) Provas rasas (velocidade): corridas com distâncias de 100, 200 e, 400 metros; corrida com barreiras com distâncias de 100 para mulheres e 110m para homens, 200 e 400 metros; e, a corrida de revezamento que é disputada em equipes 4 X 100 e 4 X 400 metros.

2) Provas de meio-fundo (resistência de velocidade): corridas com distância de 800 e, 1.500 metros e 3.000 metros com obstáculos. 3) Provas de fundo (resistência): corridas com distâncias de 5.000, 10.000 metros e a Maratona. Marcha Atlética com distância de 20 km para mulheres e homens e 50 km para homens, que se realizam normalmente em uma pista de rua. 2.2 As provas de salto Os tipos de saltos: salto em altura salto em distância e salto triplo salto com vara 2.3 As provas de lançamento Abaixo, ilustrações do arremesso de peso e dos lançamentos de disco, dardo e martelo, respectivamente. 2.4 O decatlo e o heptatlo Como o próprio nome diz, o decatlo é uma prova masculina que combina 10 provas de saltos, lançamentos e corridas: corrida de 100 metros, salto em distância, salto em altura, lançamento de peso, corridas de 400 metros e 110 metros com barreira, lançamento de disco, lançamento de dardo, salto com vara e a corrida de 1.500 metros. No feminino, o heptatlo combina 7 provas: 100 metros com barreira, lançamento de peso, lançamento de dardo, salto em altura, salto em distância, corrida de 200 metros e 800 metros. Os resultados em cada prova são convertidos em pontos e somados para que seja conhecido o(a) atleta mais completo(a) de cada temporada, justamente porque é uma prova que reúne diferentes habilidades e requer muito treinamento.

3. ALGUMAS TÉCNICAS DO ATLETISMO VIVENCIADAS EM AULAS PRÁTICAS 3.1 A saída ou partida: como nos preparamos para a largada? O bloco é um objeto que serve para apoiar os pés do corredor para o impulso inicial da largada. Cada corredor ajusta seu bloco às suas dimensões corporais e o fixa na pista, atrás da linha da largada. Posiciona-se, então, atrás do bloco e quando todos estiverem prontos, o árbitro de partida diz: AOS SEUS LUGARES. No mesmo instante, cada corredor posiciona-se em seu bloco: ficando em quatro apoios, coloca o pé da frente no apoio e depois o pé de trás, com o joelho desta perna apoiado no chão. Por último, posiciona as mãos, imediatamente atrás da linha de partida. A distância entre as mãos deve ser igual a distância entre os ombros e elas são apoiadas no solo formando a letra U ao contrário. (Figura 1) (Figura 2) Posicionado como na figura 1, o corredor fica imóvel, concentrando-se, até que o árbitro dirá: "PRONTOS!". Então, o corredor eleva rapidamente o quadril (figura 2), de forma a elevar o joelho que estava no solo, ao mesmo tempo em que projeta os ombros um pouco à frente da linha de partida, de forma que todo o peso do tronco fique sustentado pelos dedos das mãos. Quanto mais próximo for a distância entre os apoios dos pés, tanto maior será a elevação. Os braços devem estar totalmente estendidos, a cabeça abaixada olhando um ponto cerca de um metro e meio adiante ou entre os joelhos. O corredor deve manterse estático, aguardando o tiro de partida, que será dado logo que todos os demais corredores estejam em posição. Ao ouvir o tiro de partida, rapidamente o corredor impulsiona seu corpo a frente, com a ação do pé que está na frente do bloco (perna de impulsão). A perna de trás deixa o bloco com um movimento rasante, juntamente com os quadris. No momento da partida, o bloco oferece uma grande ajuda, devido a forte ação dos pés sobre os apoios. A ação dos braços é muito forte no início, para logo em seguida entrar em ritmo rápido e compassado com as pernas. 3.2 A corrida com barreiras

Embora todo barreirista se depare com 10 barreiras em sua frente, a corrida com barreiras é uma prova rasa, ou seja, de velocidade (100 e 400 metros). O corredor é capaz de ultrapassar as barreiras sem a mínima perda da velocidade, pois seu centro de gravidade não se altera em função destas passagens, ficando sempre paralelo ao chão. A altura das barreiras é diferente para homens e mulheres: 1,06m e 84 cm, respectivamente. Se o atleta derrubar as barreiras enquanto corre, não é desclassificado, apenas perde tempo. COMO SE FAZ A PASSAGEM SOBRE A BARREIRA? A forma correta de se ultrapassar a barreira é quase idêntica aos movimentos básicos de uma corrida veloz, pois a rapidez se deriva de um contato equilibrado dos pés com o solo. Após a passagem sobre a barreira, tem que haver um controle no equilíbrio da ação e este controle é melhor quando o corpo permanece o menor tempo no ar. Quando estudamos a técnica do movimento, detalhes são muito importantes: o ângulo da perna de ataque à barreira; a inclinação do tronco sobre o obstáculo; a rapidez com que a perna de ataque se dirige ao solo após a passagem; e, finalmente, a posição correta da perna traseira (perna de passagem). Todos estes movimentos devem ter uma ação contínua e coordenada: a) Ponto de impulsão depende da estatura, da mobilidade e da velocidade do corredor. É o ponto onde o barreirista vai impulsionar-se em uma trajetória de arco. Este ponto fica mais distante da barreira do que o ponto de abordagem ao solo. b) Perna de ataque iniciamos a passagem no momento em que a perna da frente é lançada de encontro à barreira. Ligeiramente flexionada, em seguida ela se estende para fazer a passagem e depois chega rápido ao solo, buscando a recuperação. Durante as aulas foi ensinado o chute frontal das lutas para facilitar a aprendizagem do ataque à barreira, pois são movimentos semelhantes.

c) Perna de passagem ao deixar o solo, a perna de trás flexiona-se e eleva-se lateralmente, acompanhando a trajetória aérea do corpo. Quando o corpo ultrapassa a barreira e a perna de ataque atinge o solo, elevase o joelho da perna de passagem para dar prosseguimento à corrida, buscando ampliar a passada. Da mesma forma, nas aulas foi ensinado o chute lateral das lutas, semelhante ao movimento da perna de passagem, visando facilitar este aprendizado. d) Braços os braços auxiliam o equilíbrio. Em geral, são utilizados dois estilos: o braço contrário à perna de ataque vai para frente e o outro é flexionado para trás, ou então ambos os braços são levados para frente, juntamente com o tronco. e) Tronco No momento da impulsão, o tronco se inclina sobre a perna de ataque, como um "canivete". Quanto mais fechado for o ângulo formado por tronco e perna, mais fácil será a passagem. Após a passagem sobre a barreira, o tronco eleva-se, voltando à posição normal, enquanto a perna de ataque procura o solo rapidamente. 3.3 Salto em distância Uma boa técnica para o salto em distância envolve transformar a velocidade da corrida em impulsão vertical e horizontal, além de coordenar os movimentos aéreos com uma boa aterrissagem. Antes de cada prova, o saltador mede seus passos, para marcar de onde terá que iniciar a corrida, evitando, assim, que pise na marcação da pista. O atleta inicia sua corrida o mais veloz possível, pisa com o pé de impulsão antes da marcação, impulsiona-se para cima e para frente com o auxílio da elevação dos braços e termina aterrissando com braços e pés juntos a frente. Na areia, mede-se a distância entre a marcação da pista e a marca deixada pelo corpo que estiver mais próxima daquela. 3.4 Salto com vara Prova que combina corrida de velocidade e ultrapassagem de um sarrafo em uma altura considerável, com o auxílio de uma vara flexível. O saltador corre segurando a vara no alto. Com a aproximação do ponto onde a vara será encaixada, a velocidade diminui e a vara é abaixada. Com o auxílio da flexibilidade da vara, o atleta se impulsiona para cima, tentando, no ponto mais alto de sua trajetória, ultrapassar o sarrafo. Feito isto, gira o corpo para amortecer a queda.

3.5 Corrida de revezamento O revezamento é uma prova disputada em equipes de 4 corredores. Pode ser de 100 ou 400 metros. Durante as provas de revezamento, os componentes de cada equipe permanecem na pista em diferentes posições, ocupando a mesma raia. Cada corredor corre um determinado trecho com um bastão, passando-o em seguida ao próximo companheiro até que o último ultrapasse a linha de chegada. Importante notar que, antes de receber o bastão, o corredor já se encontra em movimento e existe uma área própria para esta troca. 3.6 Marcha Atlética A Marcha é uma modalidade do atletismo onde se executa uma progressão de passos sempre mantendo contato de um dos pés com o solo. O marchador que tirar os dois pés simultaneamente do solo é desclassificado. A perna que avança tem que estar estendida até que se encontre em posição vertical. A marcha é uma atividade em que a resistência, a coordenação, o ritmo e a agilidade do atleta são fundamentais. 3.7 Lançamento de dardo O dardo é semelhante a uma lança que o atleta segura com uma das mãos. A prova combina uma corrida veloz, com passadas mais laterais no final da corrida, preparando o corpo para o movimento de lançamento. O dardo tem que descrever uma trajetória em arco para conseguir ferir o solo. Se o dardo cair deitado, o lançamento é invalidado. 3.8 Curiosidades sobre a Maratona A Maratona é uma corrida de longa distância, realizada parcialmente ou totalmente fora do estádio. É uma prova que envolve grande resistência física, sendo seu percurso estabelecido em 42 quilômetros e 195 metros. Esta é a distância entre a planície de Maratona e a cidade de Atenas. Reza a lenda que um soldado grego percorreu esta distância para anunciar que os helenos haviam vencido uma batalha contra os persas. O soldado teria falecido após dar a notícia. Fontes: TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. São Paulo: Saraiva, 1992. http://pt.wikipedia.org/wiki/atletismo http://www.quadrodemedalhas.com/olimpiadas http://www.fatdf.org.br http://www.cbat.org.br/provas