1 PROC. CIVIL PONTO 1: EXECUÇÕES PONTO 2: a) RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL, MODALIDADES DE PENHORA PONTO 3: b) FRAUDE À CREDORES E À EXECUÇÃO, EXPROPRIAÇÃO RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL: abrange penhora e fraudes. _ PENHORA: via de regra, implica em apreensão de patrimônio. Apreensão que se dará com o depósito. Entretanto, esta apreensão vai ocorrer apenas em se tratando de bens corpóreos. No caso de bens não corpóreos, por exemplo, penhora de crédito, não há apreensão, e, consequentemente, não vamos ter depósito. Se não constar a assinatura do depositário existirá penhora válida? STJ de acordo com a jurisprudência, a assinatura do depositário não é condição nem de existência, nem de validade, nem de eficácia da penhora. Trata-se de mera irregularidade que pode ser sanada a qualquer momento, ou seja, mesmo que não tenha assinatura do depositário, tem penhora; o prazo para embargos nos executivos fiscais irá fluir, na impugnação do cumprimento de sentença irá fluir, o bem será alienado. Qual será o problema então? Não há como se responsabilizar alguém como infiel depositário. SÚMULA vinculante nº 25 1 - não é mais possível a prisão do depositário infiel em razão do Pacto de São José da Costa Rica. ORDEM DE NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA: O Art. 655 2 CPC contempla uma ordem de nomeação. Sendo uma ordem preferencial. Não é obrigatória, ou seja, mesmo que esta ordem não seja cumprida a penhora de bens poderá ser considerada válida e eficaz. Foram positivadas três hipóteses de penhora que eram controvertidas sendo a penhora online do inc. I; a penhora de cotas e ações nas sociedades empresárias; a penhora sobre o faturamento. 1 SÚM. VINCULANTE Nº 25 - É ILÍCITA A PRISÃO CIVIL DE DEPOSITÁRIO INFIEL, QUALQUER QUE SEJA A MODALIDADE DO DEPÓSITO. 2 Art. 655. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: (Redação dada pela Lei nº I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; (Redação dada pela Lei nº II - veículos de via terrestre; (Redação dada pela Lei nº III - bens móveis em geral; (Redação dada pela Lei nº IV - bens imóveis; (Redação dada pela Lei nº V - navios e aeronaves; (Redação dada pela Lei nº VI - ações e quotas de sociedades empresárias; (Redação dada pela Lei nº VII - percentual do faturamento de empresa devedora; (Redação dada pela Lei nº VIII - pedras e metais preciosos; (Redação dada pela Lei nº IX - títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação em mercado; (Redação dada pela Lei nº
2 S 417 3 STJ PENHORA ONLINE prevista no inc. I do art. 655 CPC tendo sido positivada apenas em 2006 antes de 2006 esta penhora não estava prevista no CPC. Esta previsto apenas em jurisprudência. A S 417 do STJ é fruto de jurisprudência anterior a esta alteração legislativa. Antes da alteração legislativa no art. 655, inc. I CPC, a jurisprudência dominante entendia que o magistrado não era obrigado a determinar a penhora online se o devedor demonstrasse ter patrimônio (ter bens penhoráveis). Por outro lado, antes de 2006 ainda, havia um forte entendimento no sentido de que antes de determinar uma penhora online de que o credor deveria demonstrar ter esgotado todas as possibilidades de penhora. Em 2006 então, positivaram a penhora online, colocando a mesma em primeiro lugar na ordem de preferência do art. 655 CPC. Nas execuções ajuizadas após 2006, como a penhora online está em primeiro lugar na lista de preferência, que esta deva ser determinada, ainda que o devedor tenha outros bens penhoráveis. Ou seja, nas execuções desencadeadas após 2006, o STJ abandonou essa súmula 417 STJ aplicando-a apenas às execuções anteriores a 2006, após 2006 não aplica. PENHORA DE COTAS E AÇÕES NAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS: terminou com uma velha discussão, sendo possível essa modalidade. Na prática é difícil os credores quererem. Em razão da positivação PENHORA SOBRE O FATURAMENTO foi revogado o usufruto de empresa. No tocante a esta modalidade de penhora deve-se observar algumas cautelas. (faturamento é todo o dinheiro arrecadado, sem descontar nenhuma dívida) por isso descontar 10% sobre o faturamento é muita coisa em determinados casos. É necessário perícia. Há decisões na jurisprudência determinando que ao invés de percentual sobre o faturamento o correto seja o lucro. 1º do art. 655 CPC trata de garantias prestadas por terceiros; nos termos do art. 1º os terceiros garantidores também devem ser intimados da penhora. Intimados os terceiros garantidores da penhora o que podem fazer? É possível opor embargos à execução. Por que os terceiros garantidores têm legitimidade? Porque será ele quem irá suportar as consequências econômicas da execução. X - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; (Redação dada pela Lei nº XI - outros direitos. (Incluído pela Lei nº 1 o Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa pertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora. (Redação dada pela Lei nº 2 o Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do executado. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 3 SÚM. 417 - Na execução civil, a penhora de dinheiro na ordem de nomeação de bens não tem caráter absoluto.
3 2º do art. 655 CPC trata de bens imóveis que pertence a pessoas casadas. No caso destes bens, o cônjuge também deve ser intimado da penhora. Se não for intimado, estamos diante de nulidade relativa e não absoluta porque o interesse tutelado por esta norma é meramente privado. Consequentemente, para que esta nulidade seja decretada o cônjuge terá que demonstrar prejuízo, pois as nulidades relativas estão vinculadas ao princípio do prejuízo. Art. 250 4 CPC. E se o cônjuge for intimado o que poderá fazer? Duas possibilidades pode opor embargos de terceiro, também chamados de embargos à meação, com fundamento de que a dívida não foi contraída em benefício da família ou do casal. Se os embargos à meação forem julgados procedentes não será preservada a meação em espécie. (não será vendida apenas a metade do bem). Hoje se os embargos de terceiros forem julgados procedentes o bem será vendido, integralmente, entregando-se 50% do produto da alienação ao cônjuge. (o que facilitou a venda de bens) O cônjuge também tem a possibilidade de se valer de uma segunda alternativa que é opor embargos à execução, quando não tiver alternativa e tiver que reconhecer que a dívida foi contraída em benefício da família ou do casal respondendo junto com o devedor e consequentemente terá interesse em opor embargos à execução. IMPENHORABILIDADES ART. 649 E 650 CPC 5. Temos também, a impenhorabilidade do bem de família prevista na lei 8009/90. 4 Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. 5 Art. 649. São absolutamente impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; (Redação dada pela Lei nº III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; (Redação dada pela Lei nº IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no 3 o deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; (Redação dada pela Lei nº VI - o seguro de vida; (Redação dada pela Lei nº VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
4 As impenhorabilidades têm como fundamento constitucional a tutela de Direitos Fundamentais do devedor. Basicamente, temos dois Direitos Fundamentais principais que estão por traz das impenhorabilidades, que são o Direito fundamental à vida e à moradia. O art. 649 CPC, nos últimos anos, foi modernizado, ou seja, hipóteses anacrônicas de impenhorabilidades que não eram muito utilizadas foram revogadas. No art. 649 CPC foi acrescentado a impenhorabilidade dos bens móveis que guarnecem a residência que seja essencial a sobrevivência que já existem na lei 8009, também foi acrescentada a impenhorabilidade do vestuário, exceto o vestuário de elevado valor, no inc. IV, do art. 649 CPC, foi acrescentado a impenhorabilidade de honorários liberais, na verdade a impenhorabilidade de qualquer rendimento auferido com o produto do trabalho ou qualquer nome que se dê nesse sentido. O salário é impenhorável qualquer que seja o valor. O salário só será penhorável nas execuções de alimentos. E se o salário estiver parado na conta, poderá ser penhorado? Nesse caso, há entendimentos jurisprudenciais no sentido de que o salário passa a ser penhorável, pois perde o caráter alimentar. Existe a impenhorabilidade da caderneta de poupança até o valor de 40 salários mínimos. Será que as demais modalidades de investimento também são impenhoráveis? Não, apenas a caderneta de poupança, para fins de concurso. Se o devedor tiver uma pluralidade de cadernetas de poupança, evidentemente, que deve se considerar o somatório delas e não as mesmas isoladamente. Art. 650 CPC hipótese DE IMPENHORABILIDADE RELATIVA: trata de bens que podem ser penhorados na falta de outros. Os bens gravados com cláusula de impenhorabilidade e inalienabilidade são impenhoráveis, todavia, se o devedor não tiver mais patrimônio, mas os bens gravados geram renda, por exemplo, os bens gravados estão locados, se o devedor não tiver mais nada, é possível a penhora da renda que o devedor auferir com esses bens. Via de regra, para penhorar de aluguel, o devedor não poderá ter mais nada que possa ser penhorado. Se não tiver mais patrimônio e dependa desta renda até o aluguel será impenhorável. IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; (Redação dada pela Lei nº X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança. (Redação dada pela Lei nº XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político. (Incluído pela Lei nº 11.694, de 2008) 1 o A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a aquisição do próprio bem. (Incluído pela Lei nº 2 o O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia. (Incluído pela Lei nº 3 o (VETADO). (Incluído pela Lei nº Art. 650. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se destinados à satisfação de prestação alimentícia.(redação dada pela Lei nº
5 DISTINÇÃO FRAUDE À EXECUÇÃO E FRAUDE À CREDORES: a fraude à execução tem natureza, tipicamente, de direito processual e está prevista no art. 593 6 CPC; a fraude contra credores, por sua vez, possui a natureza típica de Direito Material estando prevista no Cód. Civil. A FRAUDE À EXECUÇÃO ocorre em duas hipóteses: 1ª após, se a alienação de Bens se der após a citação do devedor para responder uma ação de natureza real, por exemplo, alienação ou oneração de bens; 2ª - após a citação do devedor, para responder uma ação que possa lhe reduzir a insolvência. Problema? Todas as ações condenatórias, potencialmente, podem reduzir o devedor a insolvência, como ações de cobrança, indenização, enriquecimento injustificado, ação monitória, ação cautelar de arresto, reclamatórias trabalhistas. A alienação ou oneração de bens na FRAUDE CONTRA CREDORES ocorre antes ou após o ajuizamento, mas antes da citação. A FRAUDE À EXECUÇÃO situa-se no plano da eficácia. É existente, válida, eficaz entre as partes, porém ineficaz em relação aos credores. Já a FRAUDE CONTRA CREDORES situase no plano da validade, a alienação ou oneração de bens é existente, porém nula. A FRAUDE À EXECUÇÃO, como se situa no plano da eficácia, é pronunciada nos próprios autos da execução e não através de ação própria, ou seja, é só pedir a penhora dos bens nos próprios autos. O pronunciamento, na FRAUDE CONTRA CREDORES, é preciso o ingresso de ação própria, que é AÇÃO PAULIANA, que desfaz a venda, ou seja, se houver FRAUDE CONTRA CREDORES para que o credor consiga penhora do bem é preciso esperar o julgamento da pauliana, o que poderá levar uns 10 anos. Na FRAUDE À EXECUÇÃO temo a presunção de má-fé na transmissão, já na FRAUDE CONTRA CREDORES há a necessidade da prova do concilium fraudis (plano de fraude). 6 Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens: I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real; II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência; III - nos demais casos expressos em lei.
6 DISTINÇÃO de FRAUDE À EXECUÇÃO - S 375 7 STJ E A PROTEÇÃO DOS 3ºS DE BOA-FÉ esta súmula se deu em face do art. 659, 4º 8 CPC, nos termos deste artigo o credor poderá averbar a penhora junto a registros. Qual a finalidade desta averbação? Unicamente publicizar a penhora não gerando direito de preferência. Essa averbação não é obrigatória, mas facultativa. O credor averba se quiser. Se não averbar o devedor poderá vender o bem. Nos termos da súmula 375 STJ, se a penhora não tiver sido averbada e houver venda presume-se de boa-fé o 3º adquirente. Evidentemente, que se trata de presunção relativa e não absoluta que admite, pois prova em contrário, sendo ônus do credor. Esta súmula 375 não tem sido aplicada nos executivos fiscais e nem nas execuções trabalhistas, nestes procedimentos a opção é por proteger a fazenda pública e o trabalhador, respectivamente. EXPROPRIAÇÃO DE BENS: ART. 680-685 CPC 9. 4 MODALIDADES: 7 SÚM. 375 - O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. 8 Art. 659. A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios. (Redação dada pela Lei nº 4 o A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exeqüente, sem prejuízo da imediata intimação do executado (art. 652, 4 o ), providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, a respectiva averbação no ofício imobiliário, mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial. (Redação dada pela Lei nº 9 Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 652), ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo. (Redação dada pela Lei nº Art. 681. O laudo da avaliação integrará o auto de penhora ou, em caso de perícia (art. 680), será apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo conter: (Redação dada pela Lei nº I - a descrição dos bens, com os seus característicos, e a indicação do estado em que se encontram; II - o valor dos bens. Parágrafo único. Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, o avaliador, tendo em conta o crédito reclamado, o avaliará em partes, sugerindo os possíveis desmembramentos. (Redação dada pela Lei nº Art. 682. O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou publicação no órgão oficial. Art. 683. É admitida nova avaliação quando: (Redação dada pela Lei nº I - qualquer das partes argüir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador; (Redação dada pela Lei nº II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem; ou (Redação dada pela Lei nº III - houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem (art. 668, parágrafo único, inciso V). (Redação dada pela Lei nº Art. 684. Não se procederá à avaliação se: I - o exeqüente aceitar a estimativa feita pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V); (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
7 Segue esta ordem conforme lei, arts. 686, 685-A, e 685-C CPC. 1ª - ADJUDICAÇÃO 685-A E 685-B CPC. Essa modalidade é uma mistura da velha adjudicação com a velha remissão de bens, ou seja, hoje não existe mais remissão de bens, foi revogada em razão da nova adjudicação de bens. A única remissão que existe é a da execução, prevista no art. 651 10 CPC. Problema: no que diz respeito à legitimação para adjudicar têm legitimidade para adjudicar os credores concorrentes, o exequente, os credores com garantia real, os ascendentes, os descendentes e o cônjuge. 2º problema: momento para adjudicar a adjudicação pode ser exercida logo após a avaliação, portanto, antes do edital. O valor mínimo da adjudicação é o de avaliação. Bens que podem ser objeto da adjudicação: são tantos bens imóveis, quanto os bens móveis. Exibição do preço (pagamento): 1ª se houver credor único, três situações podem ocorrer: a) o valor do crédito é igual ao valor do bem adjudicado, neste caso, o credor é dispensado de exibir o preço. b) o valor do bem objeto da adjudicação é superior ao valor do crédito (o bem vale 100 e o crédito é 30), em ocorrendo esta hipótese o credor deverá exibir a diferença. c) o valor do crédito é superior ao valor do bem adjudicado, neste caso o credor ficará com o bem adjudicado e poderá requerer ainda, um reforço de penhora. 2ª concurso de credores aquele credor que pretender adjudicar deverá exibir o preço, pois em muitos casos o credor não é preferencial. 3ª parentes, descendentes, ascendentes, cônjuge: também é obrigatória a exibição do preço. Perfectibilização da adjudicação: se perfectibiliza com a assinatura de um auto. Art. 475-B 11 CPC. Em havendo a necessidade da expedição de um instrumento formal da aquisição do domínio deverá ser expedida uma carta de adjudicação que deverá ter, por aplicação analógica, os requisitos do art. 403 12 CPC. II - se tratar de títulos ou de mercadorias, que tenham cotação em bolsa, comprovada por certidão ou publicação oficial; Art. 685. Após a avaliação, poderá mandar o juiz, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária: I - reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi-la para outros, que bastem à execução, se o valor dos penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exeqüente e acessórios; Il - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos penhorados for inferior ao referido crédito. Parágrafo único. Uma vez cumpridas essas providências, o juiz dará início aos atos de expropriação de bens. (Redação dada pela Lei nº 10 Art. 651. Antes de adjudicados ou alienados os bens, pode o executado, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios. (Redação dada pela Lei nº 11 Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
8 Se não houver interessados em adjudicar o exequente, nos termos do art. 685-C 13 CPC, poderá requerer a autorização judicial para ele exequente, promover a venda do bem ou para que o juiz nomeie um corretor de imóveis para que o faça. REQUISITOS: * o valor mínimo desta venda, quem fixará será o magistrado que deverá observar o valor de avaliação. * o magistrado é quem irá fixar as condições desta venda, ou seja, o magistrado é quem fixará as garantias apresentadas, o número máximo de parcelas, a incidência de correção monetária. 2ª PERFECTIBILIZAÇÃO DA ALIENAÇÃO PRIVADA: em que pese o nome alienação privada, ela não vai se perfectibilizar por escritura pública, mas sim por termo nos autos, em havendo a necessidade de um instrumento formal para aquisição do domínio também será expedido uma carta de alienação privada. No tocante a alienação privada se faz duas perguntas: quem vende o bem? Qual a natureza? De acordo com entendimento dominante o alienante não é o exequente nem o corretor, do mesmo modo não é o devedor, então o alienante na alienação privada é o Estado. Se o Estado é quem vende, se praticamente não existe a autonomia de vontade, se essa venda é feita por termo nos autos, parece ter natureza pública do que privada. Na verdade a natureza da alienação privada é de uma venda pública, sendo privada a oferta. 1 o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 2 o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 3 o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária.(incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 4 o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do 3 o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 12 Art. 403. As normas estabelecidas nos dois artigos antecedentes aplicam-se ao pagamento e à remissão da dívida. 13 Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 1 o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo (art. 680), as condições de pagamento e as garantias, bem como, se for o caso, a comissão de corretagem. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 2 o A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, pelo exeqüente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-se carta de alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, mandado de entrega ao adquirente. (Incluído pela Lei nº 3 o Os Tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da alienação prevista neste artigo, inclusive com o concurso de meios eletrônicos, e dispondo sobre o credenciamento dos corretores, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº
9 3ª ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA/ARREMATAÇÃO ART. 686 CPC. De acordo com entendimento dominante a arrematação é uma modalidade de aquisição a título originário da propriedade. Ver na doutrina, o que pensam sobre o tema: (Araken de Assis e Pontes de Miranda). A arrematação é precedida de um edital que vai ter os requisitos no ART. 686 CPC, sob pena de nulidade. Há intimações que são prévias a todas e qualquer hasta pública. Quem precisa ser intimado, previamente, o devedor, pelo menos 5 dias antes da hasta pública e também as pessoas elencadas no art. 698 14 CPC, pelo menos 10 dias antes da hasta pública, que são os credores com garantia real, o senhorio direta, os credores com penhora averbada. INTIMAÇÃO DO DEVEDOR: a intimação pode ser feita na pessoa do advogado; se ele não tiver advogado, será pessoal e se não for encontrado, por edital. Caso esqueçam-se de intimar o devedor, qual consequência para o não atendimento da regra do 685, 5º CPC? Nulidade da hasta pública. Trata-se de nulidade relativa, pois o interesse tutelado por esta norma é meramente privado. (consequência prática, para que o devedor consiga a decretação desta nulidade pela falta de intimação terá que comprovar o prejuízo nos termos do art. 250 15 CPC). Problema qual meio processual que o devedor dispõe para arguir esta nulidade? Dois caminhos 1º poderá opor embargos à arrematação com base no art. 746 16 CPC e se perder o prazo destes embargos poderá ajuizar a ação anulatória do art. 686 CPC. EMBARGOS À ARREMATAÇÃO: ART. 746 CPC estes embargos tem prazo de 5 dias, prazo esse, nos termos da lei será contado da assinatura do auto de arrematação. STF entende que se o devedor não foi intimado da hasta pública, previamente, não há como contar para ele o prazo da assinatura do auto. O artigo não é aplicável. De acordo com STJ, neste caso, o prazo começará a contar da data em que o devedor tiver efetiva ciência que houve uma hasta pública. Este prazo, de acordo com STJ começará a fluir da data do cumprimento do mandado de imissão de posse no caso de bens imóveis ou de busca e apreensão no caso de bens móveis. Art. 651 17 CPC. 14 Art. 698. Não se efetuará a adjudicação ou alienação de bem do executado sem que da execução seja cientificado, por qualquer modo idôneo e com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência, o senhorio direto, o credor com garantia real ou com penhora anteriormente averbada, que não seja de qualquer modo parte na execução.(redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 15 Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. 16 Art. 746. É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da adjudicação, alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em nulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à penhora, aplicando-se, no que couber, o disposto neste Capítulo. (Redação dada pela Lei nº 1 o Oferecidos embargos, poderá o adquirente desistir da aquisição. (Incluído pela Lei nº 2 o No caso do 1 o deste artigo, o juiz deferirá de plano o requerimento, com a imediata liberação do depósito feito pelo adquirente (art. 694, 1 o, inciso IV). (Incluído pela Lei nº 3 o Caso os embargos sejam declarados manifestamente protelatórios, o juiz imporá multa ao embargante, não superior a 20% (vinte por cento) do valor da execução, em favor de quem desistiu da aquisição. (Incluído pela Lei nº 17 Art. 651. Antes de adjudicados ou alienados os bens, pode o executado, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios. (Redação dada pela Lei nº
10 Em 2006 possibilidade daquele que adquirir, desista da aquisição em havendo a oposição dos embargos à arrematação, e não há fixação de prazo para desistir. Não precisa ser justificada e ainda, a desistência não precisa da concordância, seja do credor ou, do devedor. Existe uma peculiaridade desses embargos; se o adquirente desiste e, posteriormente, vem a ser aplicada as penas da litigância temerária aos embargantes, eventual multa aplicada não será revertida para o credor, como seria o normal, mas sim, para o adquirente que tiver desistido. Exceção à regra do art. 18 18 CPC. Se o devedor perder o prazo para opor embargos ele ainda poderá ajuizar uma ação anulatória da hasta pública. As pessoas elencadas no art. 698 CPC que precisam ser intimadas (credores com garantia real (credor hipotecário e pignoratício), senhorio direto nas enfiteuses que ainda subsistem, credores concorrentes com penhora averbada (precisa ser intimado para evitar hastas públicas em duplicidade)). Qual a consequência se essas pessoas não forem intimadas? De acordo com entendimento dominante, a hasta pública será ineficaz em relação a elas, por exemplo, se um credor hipotecário não for intimado e o bem for alienado, aquele que estiver comprando um bem estará adquirindo um bem hipotecado. Pagamento do preço: art. 690 19 CPC o preço deve ser pago à vista ou no prazo de 15 dias, mediante uma prestação de caução real ou fidejussória. Importante é a previsão do 1º do art. 690 CPC, é possível que o adquirente faça proposta de pagamento parcelado da dívida. Essa proposta de pagamento parcelado tem alguns requisitos 1º: o valor mínimo do lance deverá ser o valor mínimo de avaliação; 2º: a proposta deverá contemplar, pelo menos, 30% do valor de entrada; 3º: a proposta de pagamento parcelado pode ter por objeto apenas bens imóveis; bens móveis, obrigatoriamente, precisam ser pagos à vista, esta diferença se dá, pois o bem imóvel ficará garantindo o pagamento do saldo do preço; 4º número de parcelas que fazem parte do preço no dia da hasta pública, o magistrado irá escolher entre os lances e as propostas, aquele que é mais vantajoso e evidentemente o lance ou proposta mais vantajosa vai entrar na esfera da discricionariedade judicial. 18 Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. >(Redação dada pela Lei nº 9.668, de 23.6.1998) 1 o Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. 2 o O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 19 Art. 690. A arrematação far-se-á mediante o pagamento imediato do preço pelo arrematante ou, no prazo de até 15 (quinze) dias, mediante caução. (Redação dada pela Lei nº 1 o Tratando-se de bem imóvel, quem estiver interessado em adquiri-lo em prestações poderá apresentar por escrito sua proposta, nunca inferior à avaliação, com oferta de pelo menos 30% (trinta por cento) à vista, sendo o restante garantido por hipoteca sobre o próprio imóvel. (Redação dada pela Lei nº 2 o As propostas para aquisição em prestações, que serão juntadas aos autos, indicarão o prazo, a modalidade e as condições de pagamento do saldo. (Redação dada pela Lei nº 3 o O juiz decidirá por ocasião da praça, dando o bem por arrematado pelo apresentante do melhor lanço ou proposta mais conveniente. (Incluído pela Lei nº
11 Por fim, a arrematação irá se perfectibilizar através da assinatura de um auto e, se for necessário, um instrumento formal a aquisição de domínio será expedido uma carta de arrematação, cujos requisitos estão no art. 703 20 CPC. 4ª USUFRUTO ART. 716 CPC i i a professora disponibilizará o conteúdo para completar os estudos. 4 o No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante pertencerão ao exeqüente até o limite de seu crédito, e os subseqüentes ao executado. (Incluído pela Lei nº 20 Art. 703. A carta de arrematação conterá: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) I - a descrição do imóvel, com remissão à sua matrícula e registros; (Redação dada pela Lei nº II - a cópia do auto de arrematação; e (Redação dada pela Lei nº III - a prova de quitação do imposto de transmissão. (Redação dada pela Lei nº