PROJETO DE LEI Nº 231/2011 Deputado(a) Dr Basegio



Documentos relacionados
Considerando inexistir matéria regulamentando a relação profissionais/leitos;

Erika Gondim Gurgel Ramalho Lima Junho 2012

UNIVERSIDADE FEDERALDE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM II

04.05 Estimativa da necessidade de pessoal medica de uma unidade; calculo pratico

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GAB Nº 043 / 2011

RESOLUÇÃO COFEN-293/2004

A LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM

NOVO CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM 240 VIDEOAULAS PARA CONCURSOS

Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem. Profa Karina Gomes Lourenço

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS CÂMARA TÉCNICA DE EDUCAÇÃO

Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 21/2007

MINUTA DE RESOLUÇÃO CFM

Suplementar após s 10 anos de regulamentação

Direcionamento para apresentação do Cálculo de Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem ao Conselho Regional de Enfermagem

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Lei N. 391/2007 Wanderlândia 14 de Março de 2007.

Audiência Pública no Senado Federal

Diário Oficial Imprensa Nacional

REGIMENTO DA DIRETORIA DE ENFERMAGEM HOSPITAL SÃO PAULO/ HU da UNIFESP. Subseção I. Subseção II. Subseção III. Subseção IV. Subseção V.

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

MANIFESTO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS À REDE DE HOSPITAIS PÚBLICOS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO

REQUERIMENTO N.º DE 2013 (Deputado Ivan Valente e outros)

IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

Art. 3º Os detentores de cargo de Educador Infantil atuarão exclusivamente na educação infantil.

NR 4. SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria de 08 de junho de 1978

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

PROJETO DE LEI Nº,DE 2014

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PROJETO DE LEI Nº., DE DE DE 2012.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

PARECER COREN-SP 028 /2013 CT. PRCI n e Ticket:

REGIMENTO DA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências

Considerando o previsto na Resolução CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989, que instituiu o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar PRONAR, e

TÍTULO I DAS ENTIDADES

Normativas para as Atividades Complementares de Graduação do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores CTISM/UFSM

FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

LEI N 7.350, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2000 D.O

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/ /10/2012

Processo Seletivo: Cirurgião Dentista. Para atuar no PSF Para Vagas em Aberto e Formação de Cadastro Reserva

ATO DA SECRETÁRIA DIÁRIO OFICIAL de 7 de fevereiro de 2012 (*) RESOLUÇÃO SME Nº 1178, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2012

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

I instituições e empresas empregados; II estabelecimentos de ensino 400 alunos; VI serviços de reabilitação física 60 usuários;

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ UECE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Níveis de atenção à saúde e serviços de saúde

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

Regulamento dos Cursos da Diretoria de Educação Continuada

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Coordenadoria do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica

PROJETO DE LEI N.º 903, DE 2015 (Do Sr. Alfredo Nascimento)

RESOLUÇÃO CFM N º 1.834/2008

RESOLUÇÃO. Artigo 2º - O Currículo, ora alterado, será implantado no 2º semestre letivo de 2001 para os alunos matriculados no 4º semestre.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Administração Comissão de Graduação em Administração RESOLUÇÃO Nº 04/2010

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE CANOAS

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

REGULAMENTO DOS COLEGIADOS DE CURSO CAPITULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO COLEGIADO DO CURSO DE PEDAGOGIA

CURSO: ENFERMAGEM. Objetivos Específicos 1- Estudar a evolução histórica do cuidado e a inserção da Enfermagem quanto às

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora MARTA SUPLICY I RELATÓRIO

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA SUGESTÃO Nº 46, DE 2002

PARECER TÉCNICO I ANÁLISE E FUNDAMENTAÇÃO:

RESOLUÇÃO Nº 003/2007 CONEPE

REGULAMENTO DA FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

MINUTA DE RESOLUÇÃO. Florianópolis, XX de junho de 2011.

Escola Superior de Ciências da Saúde RESOLUÇÃO Nº 014/2006 DO COLEGIADO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ DO SUL

Governança Clínica. As práticas passaram a ser amplamente utilizadas em cuidados de saúde à partir de

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONSELHO UNIVERSITÁRIO CÂMARA SUPERIOR DE ENSINO

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

PARÂMETROS ASSISTENCIAIS FISIOTERAPÊUTICOS Diário Oficial da União Nº 202, Seção 1 segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Projecto de Lei n.º 408/ X

RESOLUÇÃO CFP N 009/2000 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2000

TCU - Relatório Governança de TI

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (NEPEC/UCB)

RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria da Saúde Complexo Regulador Estadual Central de Regulação das Urgências/SAMU. Nota Técnica nº 10

Norma para Registro de Projetos de Pesquisa - UNIFEI-

Lei: Art. 8º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos 6 (seis) anos de idade, no ensino fundamental.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO DIRETRIZES BÁSICAS

Ementa : Estabelece normas para o funcionamento de cursos de Pós-Graduação lato sensu na Universidade de Pernambuco

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS ASSESSORIA DE PROJETOS, CAPTAÇÃO DE RECURSOS E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA SEÇÃO DE PROJETOS E CAPTAÇÃO DE RECURSOS

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013

Mesa Redonda: PNE pra Valer!

ATO NORMATIVO Nº 021/2014

LEI N 1.892/2008 Dá nova redação a Lei nº 1.580/2004

RESOLUÇÃO FADISA Nº. 005/2006 CONSELHO SUPERIOR DA FACULDADE DE DIREITO SANTO AGOSTINHO FADISA

RESOLUÇÃO N 002, DE 11 DE OUTUBRO DE 1991, DA CONGREGAÇÃO.

DECISÃO Nº 193/2011 D E C I D E

Os serviços, objetos desse termo de referência, deverão ser desenvolvidos em 03 (três) etapas, conforme descrição a seguir:

PROJETO DE LEI N.º 73, DE (DA SRA. NICE LOBÃO)

RESOLUÇÃO N 26/95 - CUn

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHk0 Fundação Instituída nos termos da Lei de São Luís - Maranhão

RESOLUÇÃO N 003/2010

RESOLUÇÃO Nº 028/2004-COU

Transcrição:

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015. PRO 1 PROJETO DE LEI Nº 231/2011 Fixa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas unidades assistenciais das instituições de saúde e assemelhados nos setores públicos e privados no Estado do Rio Grande do Sul. Art. 1.º Ficam estabelecidos os parâmetros para dimensionar o quantitativo mínimo dos diferentes níveis de formação dos profissionais de enfermagem para a cobertura assistencial nas instituições de saúde públicas e privadas no Estado do Rio Grande do Sul. 1.º Os referidos parâmetros representam normas técnicas mínimas, constituindo-se em referências para orientar os gestores e gerentes das instituições de saúde e assemelhados, públicas ou privadas, no planejamento, programação e priorização das ações de saúde a serem desenvolvidas. 2.º Esses parâmetros serão fixados com base em Resoluções específicas quanto à matéria, exaradas pelo Conselho Federal de Enfermagem COFEN, devidamente regulamentadas pelo Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Rio Grande do Sul COREN, de acordo com realidades epidemiológicas e financeiras de cada região do Estado. Art. 2.º O dimensionamento e a adequação quantitativa e qualitativa do quadro de profissionais de enfermagem devem basear-se em características relativas: I - à instituição/empresa: a) missão e valores; b) porte; c) estrutura organizacional e física; d) tipos de serviços e/ou programas; e) tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; f) política de pessoal, de recursos materiais e financeiros; g) atribuições e competências dos integrantes dos diferentes serviços e/ou programas; e h) indicadores hospitalares do Ministério da Saúde; II - ao serviço de enfermagem: a) fundamentação legal do exercício profissional: 1. Lei Federal n.º 7.498, de 25 de junho de 1986; 2. Decreto Federal n.º 94.406, de 8 de junho de 1987; 3. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem; 4. Resoluções COFEN; e 5. Decisões dos CORENs; b) aspectos técnico-administrativos: 1. dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; 2. modelo gerencial; 3. modelo assistencial; 4. métodos de trabalho; 5. jornada de trabalho; 6. carga horária semanal; 7. padrões de desempenho dos profissionais; 8. índice de segurança técnica (IST);

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015. PRO 2 9. taxa de absenteísmo (TA) e taxa ausência de benefícios (TB) da unidade assistencial; 10. proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio; e 11. indicadores de avaliação da qualidade da assistência; III - à clientela: a) sistema de classificação de pacientes (SCP); b) realidade sociocultural e econômica, levando-se em consideração as peculiaridades de cada região do Estado e principalmente o acesso da população aos serviços de saúde am seus diferentes níveis (primário, secundário e terciário).. Art. 3.º O referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem, incluindo todos os elementos que compõem a equipe, referido no art. 2.º da Lei Federal n.º 7.498/86, para as 24 (vinte e quatro) horas de cada unidade de internação, deve considerar: I - o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP); II - as horas de assistência de enfermagem; III a carga horária dos profissionais de Enfermagem; e IV - a proporção funcionário/leito. Art. 4.º Para efeito de cálculo, devem ser consideradas como horas de enfermagem, por leito, nas 24 (vinte e quatro) horas: I - 3,8 (três inteiros e oito décimos) horas de enfermagem, por cliente, na assistência mínima ou autocuidado; II - 5,6 (cinco inteiros e seis décimos) horas de enfermagem, por cliente, na assistência intermediária; III - 9,4 (nove inteiros e quatro décimos) horas de enfermagem, por cliente, na assistência semiintensiva; IV - 17,9 (dezessete inteiros e nove décimos) horas de enfermagem, por cliente, na assistência intensiva. 1.º Tais quantitativos devem adequar-se aos elementos contidos no art. 2.º desta Lei. 2.º O quantitativo de profissionais estabelecido deverá ser acrescido de um índice de segurança técnica (IST) não inferior a 15% (quinze por cento) do total. 3.º Para o serviço em que a referência não pode ser associada ao leito-dia, a unidade de medida será o sítio funcional, com um significado tridimensional: I - atividades; II - local ou área operacional; e III - o período de tempo para execução. 4.º Para efeito de cálculo deverá ser observada a cláusula contratual quanto à carga horária dos trabalhadores das instituições. 5.º Para unidades especializadas como psiquiatria e oncologia, deve-se classificar o cliente tomando como base as características assistenciais específicas, adaptando-as ao SCP. 6.º O cliente especial ou da área psiquiátrica, com intercorrência clínica ou cirúrgica associada, deve ser classificado um nível acima no SCP, iniciando-se com cuidados intermediários. 7.º Para berçário e unidade de internação em pediatria, caso não tenha acompanhante, a criança menor de 6 (seis) anos e o recém-nascido devem ser classificados com necessidades de cuidados intermediários.

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015. PRO 3 8.º O cliente com demanda de cuidados intensivos deverá ser assistido em unidade com infraestrutura adequada e especializada para este fim. 9.º Ao cliente crônico com idade superior a 60 (sessenta) anos, sem acompanhante, classificado pelo SCP com demanda de assistência intermediária ou semi-intensiva deverá ser acrescido de 0,5 (cinco décimos) às horas de enfermagem especificadas no art. 4.º. Art. 5.º A distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem deve observar as seguintes proporções e o SCP: I - para assistência mínima e intermediária: de 33 (trinta e três) a 37% (trinta e sete por cento) são enfermeiros e os demais, auxiliares e/ou técnicos de enfermagem; II - para assistência semi-intensiva: de 42 (quarenta e dois) a 46% (quarenta e seis por cento) são enfermeiros e os demais, auxiliares e/ou técnicos de enfermagem; III - para assistência intensiva: de 52 (cinquenta e dois) a 56% (cinquenta e seis por cento) são enfermeiros e os demais, técnicos de enfermagem. Parágrafo único. A distribuição de profissionais por categoria deverá seguir o grupo de pacientes de maior prevalência. Art. 6.º Cabe ao enfermeiro o registro diário das: I - ausências ao serviço de profissionais de enfermagem; II - presença de crianças menores de 6 (seis) anos e de clientes crônicos, com mais de 60 (sessenta) anos, sem acompanhantes; e III - classificação dos clientes segundo o SCP, para subsidiar a composição do quadro de enfermagem para as unidades assistenciais. Art. 7.º Deve ser garantida a autonomia do enfermeiro nas unidades assistenciais, para dimensionar e gerenciar o quadro de profissionais de enfermagem. 1.º O responsável técnico de enfermagem da instituição de saúde deve gerenciar os indicadores de performance do pessoal de enfermagem. 2.º Os indicadores de performance devem ter como base a infraestrutura institucional e os dados nacionais e internacionais obtidos por benchmarking. 3.º Os índices máximo e mínimo de performance devem ser de domínio público. Art. 8.º O responsável técnico de enfermagem deve dispor de 3 (três) a 5% (cinco por cento) do quadro geral de profissionais de enfermagem para cobertura de situações relacionadas à rotatividade de pessoal e participação de programas de educação continuada. Parágrafo único. O quantitativo de enfermeiros para o exercício de atividades gerenciais, educação continuada e comissões permanentes, deverá ser dimensionado de acordo com a estrutura da organização/empresa. Art. 9.º O quadro de profissionais de enfermagem da unidade de internação composto por 60% (sessenta por cento) ou mais de pessoas com idade superior a 50 (cinquenta) anos, deve ser acrescido de 10% (dez por cento) ao IST. Art. 10. Cabe ao COREN estabelecer regulamentação quanto ao dimensionamento de pessoal nas instituições de saúde públicas e privadas do Rio Grande do Sul, segundo as normativas do COFEN.

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015. PRO 4 Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, JUSTIFICATIVA O Projeto de Lei sobre o dimensionamento do quadro de profissionais da enfermagem foi originalmente apresentado em 23 de junho de 2010, pelo Deputado Nedy Marques (PL 174/2010), mas arquivado ao fim da legislatura. Em razão da importância de seu conteúdo e do corriqueiro descumprimento da Resolução 293/2004 do COFEN Conselho Federal de Enfermagem, pugna-se por necessário trazer o assunto novamente à baila, através de sua reapresentação perante esta Assembleia Legislativa. Tem-se observado a constante sobrecarga de trabalho aos enfermeiros e auxiliares de enfermagem nas instituições de saúde e assemelhados, tanto privados quanto públicos, no Estado do Rio Grande do Sul, sendo um dos mais graves problemas que o já caótico sistema de saúde gaúcho vem enfrentando. Tal situação acarreta prejuízos tanto aos pacientes quanto aos profissionais, que, se não aceitam a sobrecarga de trabalho, são imediatamente substituídos, em razão do grande contingente de enfermeiros fora do mercado de trabalho. Conforme justificativa outrora apresentada, o dimensionamento de enfermagem é a etapa inicial do processo de provimento de pessoal, que tem por finalidade a previsão da quantidade de funcionário por categoria, requerida para suprir as necessidades de assistência de enfermagem, direta ou indiretamente prestada à clientela. Em que pese esta tarefa atualmente envolver aproximadamente mais de um milhão e meio de profissionais, cento e trinta mil somente no estado do Rio Grande do Sul e praticamente a totalidade dos serviços de saúde em funcionamento no país, é intrigante a ausência de sensibilidade política da maior parte de nossos governantes ao não fixarem parâmetros mínimos para a regulamentação da matéria, deixando a critério das instituições a condução de tal relação. Quanto ao tema, atualmente existe apenas a Resolução COFEN n.º 293/04, de alcance limitado, vez que não dispõe do poder coercitivo legal para vincular às instituições de saúde ao seu fiel cumprimento. O dimensionamento do quadro de profissionais significa qualidade e segurança na prestação do serviço ao paciente-cliente, além da valorização do enfermeiro ou auxiliar, que também terá uma melhor condição laboral. Isto posto, solicita-se apoio dos pares para aprovação do presente Projeto de Lei. Sala das Sessões,

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015. PRO 5 Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa do Estado Nesta Casa O Deputado signatário requer, com base no art. 178, 5.º, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado, o desarquivamento do Projeto de Lei nº 231/2011, que Fixa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas unidades assistenciais das instituições de saúde e assemelhados nos setores públicos e privados no Estado do Rio Grande do Sul. Sala das sessões, 04 de fevereiro de 2015. Deputado Dr. Basegio Bancada do PDT