MATÉRIA TÉCNICA APTTA BRASIL TRANSMISSÃO MERCEDES 722.9 INFORMAÇÃO PRELIMINAR



Documentos relacionados
NOVA TRANSMISSÃO ZF8HP45 DE 8 VELOCIDADES. UTILIZADA NOS VEÍCULOS VW AMAROK, DODGE GRAND CHEROKEE e CHRYSLER 300M 2011 EM DIANTE.

ESTRATÉGIA DE FUNCIONAMENTO DA TRANSMISSÃO DPS6 DE DUPLA EMBREAGEM DA FORD, APLICADA NOS VEÍCULOS ECOSPORT E NEW FIESTA MODELO 2013.

BOLETIM INFORMATIVO Nº 11/08 DICAS PARA O TÉCNICO REPARADOR AUDI 01J MULTITRONIC ENGATE À FRENTE DEMORADO VIBRAÇÃO NA RETOMADA OU SAÍDA

VERIFICAÇÃO DE NÍVEL DE FLUIDO E SUBSTITUIÇÃO DO FLUIDO DA TRANSMISSÃO DE ENGATES DIRETOS 02E VW/AUDI DSG.

E-BOOK 15 DICAS PARA ECONOMIZAR COMBUSTÍVEL

POR QUE UM PROBLEMA EM MEU MOTOR MUITAS VEZES AFETA O FUNCIONAMENTO DA MINHA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA?

FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA

CONVERSOR DE TORQUE PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO

PERFIL DO TÉCNICO REPARADOR DE TRANSMISSÕES AUTOMÁTICAS. Competências necessárias ao técnico para o desempenho de suas funções.

MATÉRIA TÉCNICA APTTA BRASIL DEZEMBRO DE 2011 DIAGNÓSTICO DE UMA CAIXA AUTOMÁTICA UTILIZANDO MEDIÇÕES DE PRESSÃO USO DO MANÔMETRO

P0001 Controle regulador de volume de combustível Circuito aberto P0002 Controle regulador de volume de combustível Faixa/desempenho P0003 Controle

GAMA TT COMPACT TT35 TT40 TT45

Nota: As informações apresentadas estão corretas no momento da publicação, e estão sujeitas a alteração sem aviso prévio.

RELAÇÃO DE CÓDIGOS DE FALHA DO DIAGNÓSTICO A BORDO SEGUNDA GERAÇÃO (OBD2) TRADUZIDOS PARA O PORTUGUÊS CORTESIA APTTA BRASIL AO TÉCNICO REPARADOR

PROGRAMAÇÃO FÁCIL DO. Micro Master. Midi Master

DESCRITIVO TÉCNICO. 1 Alimentador

Automação Hidráulica

Tratores Agrícolas 1

Viação Cometa adquire 40 ônibus rodoviários

INTRODUÇÃO ITENS DE SERIE QUE COMPÕEM

FACILITY TOP HÍBRIDA. Manual Técnico MANUAL TÉCNICO AUTOMATIZADOR PARA PORTÕES DESLIZANTES MONDIALE. P Rev. 1

Guia rápido de uso do FULL TEMP

Scania Driver Support, Opticruise e Retarder.

SISTEMA I MOTION. FOX - I Motion

APLICATIVOS GM BOSCH MOTRONIC M1.5.4 P

Empilhadeiras a combustão:

GUINDASTE SOBRE CAMINHÃO STC1300. Capacidade de Elevação 130t

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA)

DESCRIÇÃO VALOR UNIDADE Comprimento máximo

ST 160 ST # Manual de Referência e Instalação

Potenciometer [Potenciômetro] - Ligado ao eixo de saída do servo, monitora a posição do mesmo.

Central de Alarme de Oito Zonas

Fuelbox F100. Injeção eletrônica programável

MANUAL. - Leia cuidadosamente este manual antes de ligar o Driver. - A Neoyama Automação se reserva no direito de fazer alterações sem aviso prévio.

PAINEL ELETRÔNICO DE MENSAGENS MANUAL DE OPERAÇÃO E INSTALAÇÃO CARROS URBANOS E G7 MARCOPOLO

Manual de Operação Balança Eletrônica Mod: EB 2001

Placa Acessório Modem Impacta

sapatas de 500mm sapatas de 600mm sapatas de 700mm sapatas de 800mm

Motores Síncronos ADRIELLE C SANTANA

Bancada de Testes Hidrostáticos e Pneumáticos

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul

O modelo da foto pode conter equipamentos opcionais.

BOMBA DE VÁCUO MANUAL DE OPERAÇÃO MODELOS. VP-50D (1,8cfm) VP-140D ( 5cfm) VP-200D (7cfm) VP-340D (12cfm) I COMPONENTES

BI 1-7. Sistemas de aceleração (testes de disparo)

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II AT-102

Instruções para Implementadores

FICHA TÉCNICA CARROCERIA Hatchback em monobloco, 4 lugares, 2 portas AERODINÂMICA Coeficiente aerodinâmico. Cx 0,38

Aproveitamento de potência de tratores agrícolas *

O barco movido a eletricidade mais potente do mundo - inspirado pela Mercedes-AMG

APLICATIVOS RENAULT. Siemens/Fênix 5

GERADORES MECÂNICOS DE ENERGIA ELÉTRICA

Hardware Básico. Refrigeração. Professor: Wanderson Dantas

Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v

Carregadeira LW300K. Potência Motor: 124 HP - Capacidade da caçamba: 1,9 m³ - Peso operacional: Kg

Eberhardt Comércio e Assist. Técnica. Ltda.

MANUAL DE INSTRUÇÕES DA FONTE DIGITAL MODELO PS-1500

TUTORIAL DE UTILIZAÇÃO DE CERTIFICADOR DE CABEAMENTO

ANEXO IX INJETORA DE MATERIAIS PLÁSTICOS 1. Para fins de aplicação deste Anexo considera-se injetora a máquina utilizada para a fabricação

PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração.

11

INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Monitor de Rede Elétrica Som Maior Pro. Manual do Usuário Versão 3.9f

Arquitetura das Unidades de Controle Eletrônico

Material de Apoio INJEÇÃO ELETRÔNICA DE COMBUSTÍVEL BOSCH. Programa Especial - Injeção Eletrônica LE-Jetronic

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE ALAGOAS - DETRAN/AL QUESTÕES SOBRE MECÂNICA

Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006. PdP. Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos

das válvulas de vazão de líquidos e gases

Soluções para Transmissão

Caminhões basculantes. Design PGRT

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda.

Mercedes-Benz lança novas opções para o transporte rodoviário de passageiros

TRATOR DE ESTEIRA 7D kg a kg. Potência líquida no volante. 90 hp (67 kw) Peso operacional. CAPACIDADE DA LÂMINA (SAE J1265) 1,8 m 3

MANUAL DE INSTRUÇÕES

IMPORTANTE. Guia Rápido de Instalação. Utilizando seu projetor AIPTEK V10 Pro para projetar imagens a partir do seu Notebook/PC.

DTGHV_ Características e especificações técnicas sujeitas a alterações sem prévio aviso./ Fotos meramente ilustrativas. pág.

Thunder Pro II Gold Edition Manual de operações v 8.7 Rev:b

Attack Software de controle e Monitoração de amplificadores

Distribuidor exclusivo: Distrito Federal. Espírito Santo. Goiás. Minas Gerais. Paraná

Manual de Instruções. C o n t r o l a d o r D i f e r e n c i a l para P i s c i n a. Rev. B

Guia Site Empresarial

RET Relatório Técnico de Encerramento Título do Teste TESTE DE HIDROVARIADOR DE VELOCIDADE HENFEL MODELO HFPM2500

E7 Bike de Spinning Manual do Proprietário

Como funciona o motor de corrente contínua

Surg Light. Manual do Usuário

SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

MICROMASTER MM4. Usando o Controle de Malha Fechada (PID) Edição IND 1 Drives technology Suporte Técnico Drives Hotline

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Instruções para Implementadores Volvo Truck Corporation

Ar Condicionado Central VRF Ar de Confiança

Fundamentos de Automação. Hidráulica 01/06/2015. Hidráulica. Hidráulica. Hidráulica. Considerações Iniciais CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA:

Tecnologia em encadernações.

Medidor de campo para sinais de TV digital HD padrão Brasileiro ISDB-T

CAPÍTULO 2 - TIPOS DE MÁQUINAS ASSÍNCRONAS TRIFÁSICAS

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas

Instruções para o Motorista

ZIGUEZAGUE ELETRÔNICA ZJ-2290

Transcrição:

MATÉRIA TÉCNICA APTTA BRASIL TRANSMISSÃO MERCEDES 722.9 INFORMAÇÃO PRELIMINAR A transmissão Mercedes 722.9 já está sendo utilizada nos veículos a partir de 2004, mas apesar deste fato, ainda não existe muita literatura técnica a respeito dela. A transmissão 722.9 pode ser encontrada nos seguintes modelos Mercedes: SL500 2004 até 2006 CL500, E500, S430, S500, SLK350, 55 AMG 2005 em diante. C230, C280, C350, CLK350, CLS500, E350, E63 AMG, R350, R500, SLK280 2066 em diante. CLK550, CLS550, CL600, CLS63 AMG, E550, E63 AMG, GL320, GL450, ML350, ML500, ML63 AMG, R63, S550 2007 em diante. São muitos veículos. Esta transmissão de 5ª geração é a primeira transmissão automática de 7 velocidades produzida pela Mercedes Benz. A designação de fábrica para esta transmissão é NAG2 (New Automatic Gearbox 2) ou 7G-Tronic. Além de possuir sete marchas à frente, ela também possui duas marchas à ré (similar à 722.6) dependendo se a transmissão for selecionada em modo esportivo ou modo conforto. Estratégia de Mudanças As melhorias nas estratégias de mudanças incluem: Tempo de reação do computador 1/10 de segundo mais curto. Tempo das reduções foi encurtado em 2/10 de segundo. Tempo das reduções por desaceleração foi encurtado de 4/10 a 2/10 de segundo.

Tempo de aceleração de 60 a 75 km/h encurtado em até 28% (dependendo do modelo). Consumo de combustível reduzido em até 4%. Níveis de ruído reduzido devido à menor rotação do motor na 5ª, 6ª e 7ª marchas à velocidade constante. Adaptação flexível ao motor e à transmissão. Programação de mudanças variável. Existem dois programas básicos que podem ser alterados pelo motorista (similar ao modelo 722.6) utilizando o botão S ou C no módulo de mudanças eletrônico (ESM). 1. S (SPORT) Sai em primeira marcha Pontos de mudança normais Marcha à ré 1 (relação 3,416:1) 2. C (CONFORTO) Sai em segunda marcha Mudanças ascendentes adiantadas e reduções atrasadas. Marcha à ré 2 (2,231:1) A transmissão somente sairá em 1ª marcha se uma destas condições ocorrerem: A 1ª marcha for selecionada manualmente O motorista sair acelerando o veículo acima de ¾ de abertura da borboleta do acelerador. Temperatura do motor muito baixa (antes do aquecimento do catalisador)

Modo emergência ou de segurança Existe uma grande variedade de modos de segurança: Se um solenóide não operar corretamente, a marcha afetada será bloqueada. Por exemplo: se o solenóide Y3/8y7 ou o freio B3 estiver danificado, não teremos a 1ª marcha, 7ª marcha ou mesmo a marcha à ré no modo S. Se uma falha hidráulica impedir que uma marcha seja aplicada, a marcha anterior continuará aplicada. Se o computador definir o modo de segurança enquanto o veículo estiver sendo dirigido, ele desligará todos os solenóides. Os solenóides que são normalmente abertos permitirão pressão total às embreagens e freios selecionados e a transmissão se fixará em 6ª marcha. Após levar a alavanca para PARK, e pressão de fluido do solenóide de controle da embreagem K2 será redirecionada para o solenóide B2/BR pelas válvulas de operação de emergência, e a transmissão poderá agora ser engatada em marcha à ré e ficará em 2ª marcha com a alavanca seletora em DRIVE (Veja a figura 1)

TABELA FIGURA 1 Componente Solenóide Estado do solenóide B1 B2* B3 BR* K1 K2 K3 Y3/8y5 Y3/8y6 Y3/8y7 Y3/8y6 Y3/8y2 Y3/8y3 Y3/8y4 Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Marcha Relação 1 4,377 Cmax/P=0 C=V P=V C=V P=V C=0 P=0 Cmax/P=0 C=V P=V 2 2,859 C=V P=V C=V P=V C=0 P=0 C=0 P=0 Cmax/P=0 C=V P=V 3 1,921 Cmax/P=0 C=V P=V C=0 P=0 C=V P=V Cmax/P=0 C=V P=V 4 1,368 Cmax/P=0 C=V P=V C=0 P=0 C=V P=V C=V P=V Cmax/P=0 5 1,000 Cmax/P=0 C=0 P=0 C=0 P=0 C=V P=V C=V P=V C=V P=V 6 0,820 C=V P=V C=0 P=0 C=0 P=0 C=0 P=0 C=V P=V C=V P=V 7 0,728 Cmax/P=0 C=0 P=0 C=V P=V C=0 P=0 C=V P=V C=V P=V N(1) Cmax/P=0 C=0 P=0 C=V P=V C=0 P=0 C=0 P=0 Cmax/P=0 C=V P=V N(2) C=V P=V C=0 P=0 C=0 P=0 C=0 P=0 C=0 P=0 Cmax/P=0 C=V P=V R(1) R(2) 3,416 Cmax/P=0 veja BR C=V P=V C=V P=V C=0 P=0 Cmax/P=0 C=V P=V 2,231 C=V P=V veja BR C=0 P=0 C=V P=V C=0 P=0 Cmax/P=0 C=V P=V Amarelo=Componente aplicado C=Corrente aplicada ao solenóide P=Pressão do solenóide ao componente (0=zero/V=variável/Max=Maximo) *B2 e BR partilham o mesmo solenóide, o fluido é direcionado a um componente diferente através da válvula seletora de mudanças. Sem corrente = sem pressão Sem corrente = pressão máxima (1) = Modo Sport (2) = Modo Conforto Se a transmissão entrar em modo emergência com veiculo em movimento, todos os solenóides serão desligados. A transmissão engrenará a 6ª marcha. Após selecionar P e depois D, teremos somente 2ª marcha e marcha à ré.

Componentes de Controle Eletrônicos Na figura 2, podemos visualizar um diagrama dos componentes que compõem o sistema de controle eletrônico. Módulo de Controle da Transmissão (Y3/8n4, com memória flash que pode ser reprogramado) Solenóide de controle de pressão de linha (Y3/8y1) normalmente aberto Solenóide da embreagem K1 (Y3/8y2) normalmente fechado Solenóide da embreagem K2 (Y3/8y3) normalmente aberto Solenóide da embreagem K3 (Y3/8y4) normalmente aberto Solenóide do freio B1 (Y3/8y5) normalmente aberto Solenóide do freio B2 (Y3/8y6) normalmente fechado Solenóide do freio B3 (Y3/8y7) normalmente fechado Solenóide de controle da embreagem do conversor de torque (Y3/8y8) normalmente fechado Normalmente fechado: Alta corrente, alta pressão; sem corrente, sem pressão. Normalmente aberto: Sem corrente, alta pressão; alta corrente, pressão baixa. Os solenóides normalmente abertos são utilizados na condição de emergência ou de segurança em caso de ausência de corrente proveniente do módulo de controle. Duas bóias de fluido Bóia de controle de fluido 1 (31) Bóia de controle de fluido 2 (32) Função de bóia de controle de fluido 2 O comprimento aumentado da transmissão (em 41 mm) permite que o fluido escorra para a frente durante freadas mais firmes do veículo. Para impedir que o fluido gere espuma ao entrar em contato com as partes móveis da transmissão, a Mercedes adicionou mais uma bóia de controle de fluido.

Três sensores de velocidade Estes componentes são construídos dentro do conjunto do corpo de válvulas da transmissão (figura 3). Sensor de rotação da Turbina (Y3/8n1) dianteiro Sensor de rotação intermediário (Y3/8n2) central Sensor de rotação de saída da transmissão (Y3/8n3) traseiro, de efeito hall. Sensor de seleção de marcha (Y3/8s1). Função do sensor de seleção de marcha O sensor de seleção de marcha Y3/8s1 é parte integrante do cabo de ligação do módulo, e não pode ser substituído individualmente. É um sensor de movimento linear magnético permanente sem contatos elétricos (PLCD). Possui um ímã permanente montado sobre a válvula manual, que altera o campo magnético e conseqüente tensão de saída quando se move o eixo seletor. Se o sinal do sensor não for registrado corretamente pelo computador da transmissão, ele imediatamente jogará a mesma em modo de segurança ou emergência. Função dos sensores de velocidade A 722.9 utiliza três sensores de velocidade para monitorar a operação da transmissão (figura 4). 1. O sensor de rotação dianteiro (de entrada Y3/8n1) monitora a rotação da turbina (eixo de entrada/engrenagem anelar pequena) 2. O sensor de rotação intermediário (Y3/8n2) monitora a rotação do carregador do conjunto planetário Ravigneaux (engrenagem anelar do conjunto planetário traseiro). 3. O sensor de rotação traseiro (de saída Y3/8n3) monitora a engrenagem de travamento do PARK (anel excitador de efeito hall). Os ímãs destes três sensores são moldados em anéis plásticos e fixados dentro de um flange não ferroso.

Sensor de Temperatura do Fluido da Transmissão O sensor de temperatura do fluido da transmissão é construído junto com o TCM, e não pode ser substituído separadamente.

Componentes das embreagens e freios A transmissão 722.9 utiliza quatro freios e três conjuntos de embreagens para fornecer sete marchas à frente e duas marchas à ré. Quatro freios multi-discos Três embreagens multi-discos Nenhuma roda livre As relações de marchas são conseguidas com um conjunto Ravigneaux e dois conjuntos planetários simples conforme mostrado na figura 5.

Diferente do sistema Lepelletier, a transmissão 722.9 possui a engrenagem solar fixada ao conjunto da embreagem K1, localizada na parte frontal da unidade (figura 6). O conjunto planetário Ravigneaux também está localizado na seção dianteira da transmissão (figura 7). Existem dois conjuntos planetário simples voltados para a traseira da transmissão, um em frente ao outro (figura 8). Fluido Recomendado A transmissão 722.9 utiliza um fluido recentemente desenvolvido, recomendado pela Mercedes, com numeração ATF 3353 ou SHELL 3353 (figura 9). Ele promete uma atuação anti-fricção mais consistente, estabilidade térmica melhorada, e coeficiente de transferência de calor elevado. O ATF 3353 pode ser também utilizado nos modelos mais antigos de transmissões Mercedes tais como a 722.3, 722.4, 722.5 e 722.6. Este fluido especial pode ser adquirido nos Concessionários Mercedes ou em distribuidores SHELL em vasilhames de 1 litro. O número original Mercedes para este fluido é A001 989 45 03 10. Segundo a montadora, a troca do fluido da transmissão é desnecessária, sendo o abastecimento para toda a vida. Na segunda parte desta matéria, estudaremos os padrões seqüenciais de mudanças, fluxo de força para cada marcha e algumas características diferentes associadas com a transmissão 722.9. www.apttabrasil.com.br Artigo extraído da revista GEARS de março de 2009 Autor: Mike Souza Tradução: Carlos Napoletano Neto