Faculdade de Direito Milton Campos Reconhecida pelo Ministério da Educação Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Ciências Penais Teoria Geral do Processo Penal II Carga Horária: 28 H/A 1- Ementa Do conceito de prova: estrutura analítica da prova elemento, meio, instrumento e objeto de prova; Valoração da prova: valoração x valorização da prova; Sistemas de apreciação da prova: sistemas da certeza legal, íntima convicção e persuasão racional; O mito da verdade real no processo penal, a gestão da prova e a iniciativa probatória do Juízo; Da prova ilicitamente obtida: origem, finalidade, conceito e extensão; Provas ilícitas por derivação e suas limitações; Valoração da prova ilicitamente obtida; Teoria geral das nulidades: principiologia e natureza das nulidades; A Sentença e a natureza das decisões no processo penal; Princípio da Correlação e a emendatio e mutatio libeli. 2- Objetivos Compreender a principiologia e os contornos teóricos do instituto jurídico da prova. Discutir as limitações constitucionais à busca legítima da verdade no processo penal. Perceber a colocação do instituto jurídico da prova como pilar para a formação da cognitio no processo penal. Compreender a principiologia que orienta o reconhecimento das nulidades no processo penal, bem como suas espécies e conseqüências. Constatar a relevância do princípio da correlação dentro do processo penal acusatório, a natureza das decisões e a estrutura da sentença.
3- Conteúdo Unidade 1 O processo penal como uma máquina retrospectiva, o conceito e a estrutura analítica da prova: elemento, meio, instrumento e objeto de prova; valoração e valorização da prova; sistemas de apreciação da prova: certeza lega, íntima convicção e persuasão racional. Unidade 2 O mito da verdade real no processo penal, a gestão da prova e a iniciativa probatória do Juízo; Presunção de Inocência e ônus probatório. Unidade 3 Limitações constitucionais à busca da verdade no processo penal: da prova ilicitamente obtida: origem, finalidade, conceito e extensão; Provas ilícitas por derivação e suas limitações; Valoração da prova ilicitamente obtida: ponderação de valores versus senso de adequabilidade normativa. Unidade 4 Meios de provas em espécie; Meios de provas invasivos e as intervenções corporais. Unidade 5 Teoria geral das nulidades: principiologia que orienta o reconhecimento das nulidades no processo penal, bem como suas espécies e conseqüências. Unidade 6 A estrutura da Sentença e a natureza das decisões no processo penal; o Princípio da Correlação e a emendatio e mutatio libeli. Distribuição da carga horária Cada unidade tem a seguinte carga horária: Unidade 1 4 h/a Unidade 2 4 h/a Unidade 3 8 h/a Unidade 4 4 h/a Unidade 5 4 h/a Unidade 6 4 h/a
4- Avaliação Os alunos serão avaliados diariamente por suas participações em sala de aula, durante as interações propostas pelo professor quanto ao conteúdo da matéria. Haverá ainda uma atividade de avaliação final para se verificar o nível de aprendizado da disciplina, de forma sistemática e objetiva. Ressalte-se, por fim, que a avaliação dos alunos será feita em conformidade com as normas institucionais da Faculdade de Direito Milton Campos. 5- Metodologia O conteúdo programático será ministrado, predominantemente, através de aulas expositivas participativas. Aplicação de trabalhos individuais e em grupos, estudo de casos e resolução de exercícios, visando possibilitar não só a retenção de conteúdo, mas principalmente a reflexão acerca deste. Pesquisas e atividades extraclasses visando aprimorar a qualidade do ensino aprendizagem. 6- Bibliografia Básica ANDRADE, Manoel da Costa. Sobre as proibições de prova em processo penal. Coimbra: Coimbra Editora, 1992. ARANHA, Adalberto José Q. T. de Camargo. Da prova no processo penal. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Ônus da prova no processo penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
CHOUKR, Fauzi Hassan. Garantias constitucionais na investigação criminal. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. CORREIA, João Conde. Contributo para a análise da inexistência e das nulidades processuais penais. Coimbra: Coimbra Editora, 1999. COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. Opapel do novo juiz no processo penal, in Crítica à teoria geral do processo penal, Rio de Janeiro: Renovar, 2001. ESTRAMPES, Manuel Miranda. El concepto de prueba ilícita y su tratamiento em el processo penal. 2ª ed. Barcelona: Bosch Editor. 2004. FERNANDES, Antonio Scarance. Processo penal constitucional. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. ; et al (organizadores). Sigilo no processo penal; eficácia e garantismo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.. A reação defensiva à imputação. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. Tradução de Ana Paula Zomer. et. al. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. GONÇALVES, Aroldo Plínio. Nulidades no processo penal. Rio de Janeiro: Aide, 2000. GRINOVER, Ada Pellegrini, FERNANDES, Antônio Scarance, GOMES FILHO, Antônio Magalhães. As nulidades no processo penal. 10 ed. São Paulo: RT, 2007. GURIDI, José Francisco Etxeberria. Las intervenciones corporales: su prática y valoración como prueba em el proceso penal. Madrid: Editorial Trivium, 1999.
HAIRABEDIÁN, Maximiliano. Eficácia de la prueba ilícita y sus derivadas em el processo penal. Buenos Aires: Ad.Hoc, 2002. LOPES JÚNIOR, Aury. Direito processual penal e sua conformidade constitucional, volume I. 3 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.. Sistemas de investigação preliminar. 4 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.. Introdução crítica ao processo penal. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2005. MALATESTA, Nicola Framarino Dei. A lógica das provas em matéria criminal. Campinas: Servanda, 2009. MOURA, Maria Thereza Rocha de Assis. A prova por indícios no processo penal. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2009, (reimpressão). OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Processo e hermenêutica na tutela dos direitos fundamentais. Belo Horizonte, Del Rey, 2004. OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de direito processual penal. 10 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. PRADO, Geraldo. Sistema acusatório: a conformidade constitucional das leis processuais penais. 4 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. QUEIJO, Maria Elizabeth. O direito de não produzir prova contra si mesmo o princípio nemo tentur se detegere e suas decorrências no processo penal. São Paulo: Saraiva, 2003. SILVA, Bruno César Gonçalves da. Da prova ilicitamente obtida por particular no processo penal. Campinas: Servanda, 2009.
STRECK, Lênio Luiz. As interceptações telefônicas e os direitos fundamentais. 2ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001. VILELA, Alexandra. Considerações acerca da presunção de inocência em direito processual penal. Coimbra: Coimbra Editora, 2000. 6.1 - Bibliografia Complementar CARVALHO, Luis Gustavo Grandinetti Castanho de. Processo penal e constituição. 4ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2006. CORDERO, Franco. Procedimento penal. Bogotá: Temis, 2000. DIAS, Jorge Figueredo. Direito processual penal. Coimbra: Coimbra Editora, 2004, (reimpressão). FRANCO, Alberto Silva e STOCO, Rui (coord.). Código de processo penal e sua interpretação jurisprudencial. São Paulo: RT, 2007. GOLDSCHMIDT, James. Princípios gerais do processo penal. Belo Horizonte: Líder, 2002. HENDLER, Edmundo. Las garantias penales y procesales enfoque históricocomparado. Buenos Aires: Editores del Puerto, 2004.. Derecho penal y procesal penal de los estados unidos. Buenos Aires: Ad.Hoc, 1996. MAIER, Julio. Derecho processal penal I. Fundamentos. 2ª ed., Buenos Aires: Editores del Puerto, 2004, (3ª reimpressão) ROXIN, Claus. La evolución de la política criminal, el derecho penal y el proceso penal. Valencia: Tirant lo blanch, 2000.
. ROXIN, Claus. Derecho processal penal. Buenos Aires: Editores del Puerto, 2000, (2ª reimpressão) TONINI, Paolo. A prova no processo penal italiano. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. TUCCI, Rogério Lauria. Direitos e garantias individuais no processo penal brasileiro. 3ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009. VARGAS, José Cirilo de. Processo penal e direitos fundamentais. Belo Horizonte: Del Rey, 1992. 6.2 - Bibliografia de referência ALEXY, Robert. Teoria de los derechos fundamentales. Madrid: Centro de Estúdios Constitucionales, 1997. DELMAS-MARTY, Mireille (coord.). Procesos penales de Europa. Alemania, Inglaterra y País de Gales, Bélgica, Francia, itália. Zaragoza: Edijus, 2000. GUNTHER, Klaus. Uma concepção normativa de coerência para uma teoria discursiva da argumentação jurídica. In: Cadernos de filosofia alemã. São Paulo: FFLCH/USP, 2000. LEAL, Rosemiro Pereira. Thomson-IOB, 2004. Teoria geral do processo, 5ª ed., São Paulo: SANTÍS MELENDO, Santiago. Natureza da prova prova é liberdade. Revista Forense, Rio de Janeiro, Forense, vol. 246, fasc. 850 a 852, p. 93-100, abr.- maio/1976. SERRANO, nicolas Gonzalez-Cuellar. Proporcionalidad y derechos fundamentales em el proceso penal. Madrid: Colex, 1990.
6.3 Periódicos - Boletim do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM).Periodicidade mensal. - Boletim do Instituto de Ciências Penais. Periodicidade mensal. - Revista Brasileira de Ciências Criminais (RBCCRIM). Atualmente está no volume 77. - Revista do Instituto de Ciências Penais (ICP). Atualmente está no volume 02. - Revista IOB de Direito e Processo Penal. Atualmente no volume 56.