Titulação de Actos sujeitos a Registo Predial Forma Legal e Desmaterialização Olga Barreto IRN,I.P. Os actos sujeitos a registo predial podem ser titulados: Escritura pública Documento particular autenticado (Dec-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, Dec-Lei n.º 122/2009, de 21 de Maio e Dec-Lei n.º 185/2009, de 12 de Agosto) Procedimentos casa pronta (Dec-Lei n.º 263- -A/2007, de 23 de Julho) e balcão das heranças e divórcio com partilha (Dec-Lei n.º 324/2007, de 28 de Setembro e Dec-lei n.º 247-B/2008, de 30 de Dezembro) 1
Actos sujeitos a escritura pública art.º 80.º do Código do Notariado Habilitações de herdeiros - Balcão das heranças Actos de revogação, rectificação ou alteração de negócio celebrado por escritura pública Constituição de associações e fundações, respectivos estatutos e suas alterações e revogações Associação na Hora (Dec-Lei n.º 40/2007, de 24 de Agosto) Justificações processo de justificação (art.ºs 116.º e seguintes do Código do Registo Predial) Escritura Pública (documento autêntico art.º 369.º e seguintes do Código Civil)- Requisitos Requisitos Gerais - art.ºs 46.º e seguintes do Código do Notariado (ex: data, identificação dos outorgantes, verificação da identidade) Requisitos Especiais art.ºs 54.º e seguintes do Código do Notariado (ex: elementos registrais e matriciais) 2
Tornam-se facultativas as escrituras públicas Os actos de transmissão ou oneração de bens imóveis passam a poder ser realizados por documento particular autenticado Art.º 22.º do Dec-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho Documento particular autenticado art.º 377.º do Código Civil e art.º 150.º do Código do Notariado Deve conter os requisitos legais a que estão sujeitos os negócios jurídicos sobre imóveis aplicação subsidiária do Código do Notariado (aprovado pelo Dec-Lei n.º 207/95, de 14 de Agosto) - art.º 24.º, n.º 1, do Dec-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho) 3
Entidades autenticadoras: Advogados Câmaras de Comércio e Indústria Notários Serviços de Registo Solicitadores Funcionam em regime de balcão único preâmbulo do Dec- Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho Termo de autenticação Requisitos comuns art.º 151.º do Código do Notariado Com as adaptações necessárias: Dia mês e ano O nome completo da entidade autenticadora Nome, estado, naturalidade e residência dos outorgantes, bem como das pessoas singulares por estes representadas, a denominação das pessoas colectivas que representem, com indicação da sede 4
Verificação da identidade Menção das procurações e dos documentos que justifiquem a qualidade de procuradores e de representantes Menção dos documentos arquivados Menção dos documentos exibidos Nome completo, estado e residência habitual dos abonadores intérpretes, peritos-médicos, testemunhas e leitores A referência ao juramento ou compromisso de honra dos intérpretes, peritos ou leitores, com indicação dos motivos da sua intervenção Declarações previstas nos art.ºs 65.º e 66.º do Código do Notariado A menção da leitura e explicação em voz alta, na presença simultânea de todos os intervenientes As assinaturas dos outorgantes que possam e saibam assinar, bem como de todos os intervenientes e da entidade autenticadora 5
Declaração das partes de que já leram o documento ou estão perfeitamente inteiradas do conteúdo e que este exprime a sua vontade Ressalva das emendas, entrelinhas, rasuras ou traços contidos no documento e que neste não estejam devidamente ressalvadas Requisitos Especiais art.º 152.º do Código do Notariado Se o documento estiver assinado a rogo deve conter O Nome completo, a naturalidade, o estado e a residência do rogado e menção de que o rogante confirmou o rogo no acto da autenticação 6
Os Documentos Particulares não podem ser autenticados enquanto não se mostrar pago ou assegurado o IMT e o IS liquidados (art.º 25.º, n.º 1, do Dec- -Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho) Do termo deve constar o valor dos impostos e a data da liquidação ou a disposição legal que prevê a sua isenção (n.º 2 do mesmo art.º) Obrigações de Verificação Comunicação e Participação As disposições legais, regulamentares ou outras que imponham obrigações de verificação, comunicação ou participação são impostas às entidades autenticadoras art.º 23.º, n.º 3, do Dec-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho 7
Portaria n.º 975/2004, de 3 de Agosto Envio electrónico da declaração modelo 11 para: Actualização das matrizes prediais Combate à fraude e evasão fiscal art.º 123.º do CIRS, art.ºs 48.º, 49.º, n.º 4, alínea a), do CIMT e art.º 63.º do CIS Algumas alterações introduzidas pelo Dec-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho: Ao Código Civil - para introduzir o documento particular autenticado (ex: art.º 875.º e art.º 947.º) Ao Código do Notariado - para dispensar a escritura pública (ex: art.º 80.º) Ao Dec-Lei n.º 281/99, de 26 de Julho (art.º 1.º, n.º1) - para referenciar a autenticação de documentos Ao Dec-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro (art.º 49.º, n.º 2) - para referenciar a entidade que autentica o documento 8
Depósito Electrónico É promovido pela entidade autenticadora art.º 6.º da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de Dezembro. A validade da autenticação depende do depósito electrónico do documento particular 9