UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA Auditoria Externa como ferramenta de tomada de decisão Por: Murilo Deus de Almeida Orientador Prof. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2012

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA Auditoria Externa como ferramenta de tomada de decisão Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Auditoria e Controladoria Por: Murilo Deus de Almeida

3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, que iluminou meu caminho para que eu pudesse realizar este curso,

4 DEDICATÓRIA Dedico a minha família, pela confiança, apoio e incentivo durante toda minha educação.

5 RESUMO A auditoria externa, que é assunto desenvolvido neste trabalho, surgiu da necessidade de se garantir a veracidade das informações derivadas dos registros contábeis. Com a economia globalizada e em decorrência das aceleradas mudanças, a auditoria deixou ser um fantasma para os funcionários das empresas auditadas, para se constituir numa importante ferramenta de gestão, um meio indispensável de confirmação da eficiência dos controles, sendo fator de maior tranquilidade para a administração e para os investidores, bem como para órgãos do governo. O auditor, contador legalmente habilitado por registro no Conselho Regional de Contabilidade, tem papel importantíssimo, é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo não contenha distorções relevantes, causadas por fraude ou erro, segundo Osni Moura Ribeiro (2011, Pág. 208).

6 METODOLOGIA O método a ser utilizado neste trabalho será a pesquisa bibliográfica, em livros sobre auditoria externa, além de artigos extraídos de publicações e sites especializados na internet como www.portaldecontabilidade.com.br. Os principais autores utilizados na realização deste trabalho serão William Attie, Osni Ribeiro, Marcelo Cavalcante e Jose Hernandez Perez Junior.

7 SUMÁRIO Resumo 05 Introdução 08 Capítulo 1 - Conceito e características da auditoria externa 09 Capítulo 2 - Procedimentos, relatórios e parecer dos auditores independentes 17 Capítulo 3 - Importância da auditoria externa 26 Conclusão 30 Bibliografia Consultada 31 Bibliografia Citada 32 ìndice 33 Folha de Avaliação 35

8 INTRODUÇÃO A auditoria externa pode ser resumida como a possibilidade de detectar, corrigir, prever e prevenir ocorrência de falhas no controle interno; na confirmação da qualidade e da confiabilidade dos procedimentos em geral, bem como na garantia da veracidade das informações prestadas pela organização em seus relatórios contábeis, segundo Osni Moura Ribeiro (2011, pág. 22). A atividade de auditoria externa, para ser utlizada como meio de aferir eficiência dos controles e como ferramenta administrativa, deverá demonstrar confiabilidade. E o papel do auditor é muito importante neste processo. Logo, o objetivo da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis, segundo estabelece os itens 3 e A1, da NBCT TA 200, aprovada pela resolução n 1203/2009. 1 Com base em pesquisa realizada em instituições financeiras nos últimos cino anos, este trabalho demonstra que os os administradores, futuros investidores e clientes utilizam a auditoria externa como ferramenta de tomada de decisão. O primeiro capítulo aborda os conceitos e características da auditoria externa e a formação do auditor. No segundo capítulo, como a auditoria se desenvolve e como o auditor emite sua opinião. No terceiro e último capítulo, a importância da auditoria externa e seus benefícios, não só 1 Disponível em http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbcta200ind

9 pela obrigatoriedade, mas também pela confirmação da eficiência dos controles e ferramenta para tomada de decisão por parte dos usuários.

10 AUDITORIA EXTERNA CAPITULO 1 CONCEITO E CARACTERISTICAS DA 1 CONCEITO Auditoria é um processo técnico, que embasado no estudo dos resultados contábeis e operacionais de uma entidade, em compatibilidade com os aspectos normativos e legais, tem o dever de assessorar a administração quanto ao equilíbrio, crescimento, segurança e viabilidade econômico-financeira da entidade e de emitir parecer elucidativo, consistente e verdadeiro após estudos científicos e sistemáticos adequados do patrimônio, para acionistas e usuários da informação, de forma a resguardar os interesses das partes, para Nascimento (apud Neto, 1999). A expressão revisão, conforme leva a entender o termo auditoria, dentro do que é estritamente aceitável na prática, foi adotada em um sentido mais amplo, sugerindo um significado também mais ampliado em relação ao seu significado etimológico, o qual resultaria num pensamento de que, auditoria seria apenas um exame e análise retrospectiva dos atos e fatos contábeis e administrativos. Porém, na verdade, não é apenas isso, abrangendo também, previsões sobre as futuras mutações patrimoniais, as expectativas sobre a ocorrência destas no tempo e no espaço futuros e os seus possíveis efeitos no patrimônio do auditado. A revisão, por excelência, é a atividade que se apresenta das mais difíceis para os profissionais, bem

11 como para os gestores da empresa auditada. Ela requer, sobre quem deva ser feita, em relação ao tempo e ao espaço e em relação aos atos e fatos auditados, para atestar sua eficiência, certa profundidade na preparação teórica nos campos de administração, da economia em geral e, ainda, um conhecimento mais aprofundado do campo jurídico e do direito no contexto das relações de negócios e de mercados, envolvendo, também, em muitos casos, extremo conhecimento tecnológico e de negócios em geral. 1.1 - AUDITORIA EXTERNA Auditoria Externa ou Independente, também denominada auditoria das demonstrações contábeis, é uma técnica contábil que consiste na verificação da exatidão e fidedignidade dos dados contidos nas demonstrações contábeis, por meio de exame minucioso dos registros de contabilidade e dos documentos que deram origem a eles. A auditoria externa é realizada por auditores independentes contratados pela organização para examinar as suas demonstrações contábeis e expressar opinião por intermédio do relatório de auditoria, com o propósito de aumentar o grau de confiança dos usuários das respectivas demonstrações, segundo autor Osni Moura Ribeiro (2011, pág. 95). O Auditor Externo é prerrogativa somente dos profissionais de Contabilidade, com curso superior em Ciências Contábeis, o Contador, devidamente registrado nos Conselhos Regionais de Contabilidade.

12 Há, ainda, um requisito, para a auditoria de Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que têm ações negociadas no mercado de capitais, ou seja, nas Bolsas de Valores), que seria o seu registro na Comissão de Valores. 1.2 OBJETIVO Ampliando bastante o conceito que se deve ter sobra auditoria, William H. Bell e Ralph S. Johns (1942 apud Sá, 1998, p 24-25) assim a definiram ou expressaram seus objetivos: 1. Para verificação geral até onde possível das contas de uma empresa, para determinar sua posição financeira, o resultado de suas operações e a probidade de SUS administradores, com o fim de comunicar o resultado do exame aos proprietários, acionistas, bolsas e outros órgãos oficiais, atuais ou prováveis arrendatários, futuros interventores ou compradores, junto às de credores, agências mercantis, hipotecárias ou quaisquer outros interessados. 2. Para determinar se houve prestação justa de contas de um patrimônio e se os negócios foram convenientemente administrados, para satisfação ao público, aos doadores e etc., como no caos de entidades públicas, beneficentes, religiosas ou educacionais. 3. Para fixar os lucros ou prejuízos de um negócio, para comunicação aos interessados. 4. Para determinar custos, inventários, perdas por sinistros e demais casos especiais. 5. Para averiguar a dimensão de fraude descoberta Muito embora os auditores internos se prestem a melhorar a confiabilidade das informações contábeis e dos sistemas de controle interno, os relatórios e processos por eles emitidos têm sua utilidade limitada à

13 administração interna da companhia, uma vez que não dispõem de característica fundamental da independência. Como muitas companhias têm necessidade de um relatório e de um parecer de auditoria devido a interesses externos, tais como acionistas credores ou legislação, nada mais correto do que a obtenção de um relatório e parecer externo de pessoal independente e não influenciável pela administração da companhia. A auditoria também pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrado, cuja informação mereça confiança, desde que tais informações possam ser admitidas como seguras pela evidência ou por indícios convincentes. Dentro das limitações de seu objetivo, o auditor deve estar atento à possibilidade de irregularidades, bem como procurar dar sugestões de melhoria dos controles internos e de planejamento fiscal adequado com possíveis economias de impostos. 1.3 FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO AUDITOR Para exercer a profissão de Auditor Independente, o auditor independente deve cumprir exigências contidas em normas derivadas de vários órgãos nacionais e internacionais, os quais têm por responsabilidade fiscalizar e regulamentar a profissão do contabilista. Além do exigido na Instrução da CVM n. 308/1999, para o bom desempenho de suas atividades é necessário que ele possua outros conhecimentos que complementem sua formação acadêmica, como:

14 Comunicações; Informática; Sistemas e Métodos; Economia; Métodos quantitativos; Aspecto Legal de negócios; Processo administrativo e atividades gerenciais; Práticas internacionais de negócios; Tecnologia de Produção; Automatização e robotização; Práticas comerciais e de negócios; Ciências do comportamento; Fatores motivacionais; Geralmente as empresas de auditoria externa possuem um plano de carreira que é seguido para todos os funcionários. Cada funcionário fica dentro de uma faixa por um determinado tempo. Durante esse tempo, o seu desempenho é avaliado e estando de acordo com as pretensões exigidas pela empresa, ele será promovido à próxima faixa por um determinado tempo. Durante esse tempo, o seu desempenho é avaliado e estando de acordo com as pretensões exigidas pela empresa, ele será promovido à próxima faixa. Caso contrário o funcionário é demitido, pois não interessa a empresa manter um funcionário que não esteja agradando.

15 1.4 REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO No Brasil não existe a profissão do Auditor com tal denominação e regulamentação, mas apenas a de Contador. Ao Contador, bacharel em Ciências Contábeis, é que se atribui o direito de realizar as tarefas de auditoria. Considerando-se que o Contador precisa reunir maior dose de cultura e que seu título só pode ser hoje expedido para os que concluem o Curso Superior de Ciências Contábeis, natural será que seja reservada a ele a função da revisão e da verificação de balanços, escritas e contas (auditoria contábil), segundo Henrique Hermes Gomes de Morais (2009, pág. 2). A CVM nº 308 2, de 14 de maio de 1999, dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, define os deveres e as responsabilidades dos administradores das entidades auditadas no relacionamento com os auditores independentes. 1.5 - INDEPENDÊNCIA A condição de independência é fundamental e óbvia para o exercício da atividade de auditoria independente. Entende-se como independência o estado no qual as obrigações ou os interesses da entidade de auditoria são, suficientemente, isentos dos interesses das entidades 2 Disponível em http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?file=%5cinst%5cinst308.htm, acesso em 31/03/2012

16 auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com objetividade. Em suma, é a capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho, segundo Resolução CFC nº 1267/09, que aprova a NBC PA 02. 3 Os auditores internos são empregados da empresa, cujos registros e procedimentos examinam. Eles devem sua fidelidade principalmente à empresa. Seus trabalhos, suas remunerações e suas oportunidades para as promoções são todos controlados pela mesma administração que controla e supervisiona o departamento de contabilidade sob exame. Isto não quer dizer, que os auditores internos não possuam independência. A independência é tanto um estado de espírito quanto uma questão de separação organizacional. O alto grau de independência, tanto em organização como em atitude, é perfeitamente possível em um departamento de auditoria interna. Uma empresa de auditores independentes é uma organização inteiramente independente da empresa que ela examina. Como organização de profissionais liberais, ela se reserva no direito de dirigir e controlar seus próprios empregados, sem interferência das empresas, suas clientes. Uma vez contratado o trabalho para exame, o auditor independente é livre para usar os métodos mais convenientes, e aumentar ou reduzir, a seu próprio 3 Disponível em http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/res1267.htm

17 critério, o volume e a natureza do trabalho que executa. Além disso, no relatório que apresenta, ao concluir seu exame, ele pode também se expressar sem recear outras consequências, a não ser a perda do cliente. Isto lhe dá considerável independência com relação àqueles cujos relatórios e atos estão sob seu exame, posição essa de menor subordinação que aquela do auditor interno. Deve ser salientado que a diferença na independência desfrutada pelos dois tipos de auditores, independente e interno, é apenas de grau. Os auditores internos podem alcançar alto grau de independência; não podem, porém, atingir completa independência. Os auditores Independentes, como está implícito em seu nome, podem alcançar esse grau final de independência, embora possam sacrificá-la por indevida subserviência a seus clientes.

18 CAPITULO 2 PROCEDIMENTOS, RELATÓRIOS E PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 2.1 PROCEDIMENTOS NO TRABALHO DE AUDITORIA O auditor aplica dois grandes conjuntos de testes, para que tenha condições de certificar as informações apresentadas: os testes de observância e os testes substantivos. Segundo José Carlos de Oliveira (2006, pág. 41) os testes de observância objetivam verificar a existência, efetividade, adequação e confiabilidade do controle interno da empresa, com vistas a determinar, em um segundo momento, o volume de testes substantivos a serem aplicados nas diversas áreas a serem testada. O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração segundo afirma o Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados, AICPA, Estados Unidos.

19 A importância deste controle interno para a técnica de auditoria é enorme, em função da quantidade de eventos a serem testados, das áreas a serem analisadas e da limitação de recursos materiais e humanos. 2.2 RELATÓRIOS DE AUDITORIA O item 11, da NBC TA 200 4, estabelece que, ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são: obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que ele expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável: e apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido elas NBC TAs, em conformidade com as constatações que efetuou. Quando a auditoria é conduzida de acordo com as normas de auditoria, de forma consistente com as normas internacionais de auditoria, propicia não só maior credibilidade no mercado global, como também ajuda 4 Disponível em http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbcta200ind

20 a promover o entendimento por parte dos usuários e a identificar circunstâncias não usuais quando elas ocorrem. 2.3 PARECER DE AUDITORIA Após aplicação dos procedimentos de auditoria, o auditor terá condição de exprimir sua opinião acerca da qualidade e adequação das demonstrações, em um relatório de auditoria denominado parecer de auditoria. Esse documento admite quatro modalidades face à legislação vigente: sem ressalvas, com ressalvas, adverso e com abstenção de opinião, segundo Osni Moura Ribeiro (2011, pág 341) 1. Parecer sem ressalva - É emitido quando o auditor obtém segurança razoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de distorção relevante, segundo Osni Moura Ribeiro (2011, pág 341) 2. Parecer com ressalva - O parecer com ressalvas é aquele em que o auditor constata a existência de distorção relevante nas demonstrações contábeis, segundo Osni Moura Ribeiro (2011, pág 341) 3. Parecer adverso - Deve ser emitido quando, nos casos em que o auditor encontra distorção relevante nas demonstrações contábeis, segundo Osni Moura Ribeiro (2011, pág 342). 4. Parecer com abstenção de opinião - O parecer com abstenção de opinião é emitido devido à impossibilidade de obter evidência

21 de auditoria apropriada e suficiente sobre um ou diversos elementos das demonstrações contábeis, segundo Osni Moura Ribeiro (2011, pág 343). 2.4 FINALIDADE DO PARECER DE AUDITORIA cliente(s) o seguinte: O parecer de auditoria tem a finalidade de informar ao seu(s) a) O trabalho realizado; b) A extensão abrangida pelo trabalho; c) A forma de sua realização; d) Os fatos relevantes observados; e) As conclusões chegadas; Para atingir esta finalidade, a opinião final do auditor deve estar baseada em fatos concretos, devidamente comprováveis, através dos papéis de trabalho, e em uma consubstanciada análise desses fatos, com total imparcialidade e independência.

22 2.5 Fraude Fraude é ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal (item 11, da NBC TA 240 5, aprovada pela Resolução n.1207/09), para o Tribunal de Contas da União TCU, no seu boletim Interno TCU n 34 de 23.07.1992, a fraude é a manipulação, falsificação ou omissão intencionais dos registros e/ou documentos e apropriação indevida de ativos, que prejudicam a regularização e a veracidade da escrituração (1992 apud Araújo, 1998, p. 295). Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são relevantes para o auditor: distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e distorções decorrentes da apropriação indébita de ativos. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude. A fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou de apropriação indevida de ativos, envolve o incentivo ou a 5 Disponível em http://www.portaldeauditoria.com.br/resolucoes.asp

23 pressão pra que ela seja cometida, uma oportunidade percebida pra tal e alguma racionalidade do ato. Por exemplo: Pode existir incentivo ou pressão para a informação financeira fraudulenta quando a administração sofre pressão, de fontes externas ou internas, para alcançar metas de ganhos ou resultados financeiros previstos em especial porque as consequências do insucesso no cumprimento dos objetivos financeiros para administração podem ser significativas. Pode haver uma oportunidade percebida de praticar uma fraude quando um indivíduo acredita que o controle interno possa ser burlado, por exemplo, porque ele ocupa um cargo de confiança ou tem conhecimento de deficiências específicas no controle interno. Os indivíduos podem ser capazes de racionalizar e perpetrar um ato fraudulento. Algumas pessoas têm uma postura, caráter ou valores éticos que os levam a perpetrar um ato desonesto de forma consciente e intencional. Entretanto, mesmo indivíduos normalmente honestos podem perpetrar uma fraude em ambiente em que sejam suficientemente pressionados. A informação financeira fraudulenta envolve distorções intencionais, inclusive omissões de valor ou divulgações nas demonstrações contábeis para enganar os usuários destas. Ela pode ser causada pelas tentativas da administração de manipular os ganhos de modo a enganar os

24 usuários das demonstrações contábeis, influenciando suas percepções do desempenho e da lucratividade da entidade. Essa manipulação de ganhos pode começar com pequenos atos ou com ajuste inadequado de premissas e mudanças de julgamento pela administração Pressões e incentivos podem levar tais atos a crescera ponto de resultarem em informação financeira fraudulenta. Essa situação pode ocorrer quando decorrem de pressões para atender aas expectativas do mercado ou a um desejo de maximizar a remuneração baseada em desempenho; a administração assume posições que fazem que as informações contábeis fraudulentas provoquem distorções relevantes nas demonstrações contábeis. 2.5.1 Responsabilidade do Auditor A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contenham distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Conforme descrito na NBCTA 200 6, devido às limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis possam não ser detectadas, 6 Disponível em http://www.cfc.org.br/uparq/nbcta_200.pdf, acesso em 11/04/2012

25 apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria. Como descrito na NBCTA 200 7, item 51, os efeitos potenciais das limitações inerentes são particularmente significativas no caso de a distorção resultar de fraude. O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor. 8 A capacidade do auditor de detectar uma fraude depende de fatores com habilidade do perpetrador, a frequência e a extensão da manipulação, o grau de conluio, a dimensão relativa dos valores individuais manipulados e a posição dos indivíduos envolvidos. 9 Na obtenção de segurança razoável, o auditor tem a responsabilidade de manter atitude de ceticismo profissional durante a auditoria, considerando o potencial de burlar os controles pela administração, e de reconhecer o fato de que procedimentos de auditoria eficazes na detecção de erros podem não ser eficazes na detecção de fraude. 7 Disponível em http://www.cfc.org.br/uparq/nbcta_200.pdf, acesso em 11/04/2012 8 Disponível em http://www.cfc.org.br/uparq/nbcta_200.pdf, acesso em 11/04/2012 9 Disponível em http://www.cfc.org.br/uparq/nbcta_200.pdf, acesso em 11/04/2012

26 2.6 LIMITAÇÕES DA AUDITORIA CONTÁBIL Embora a auditoria seja considerada um instrumento indispensável para o controle na moderna administração da empresa, não se deve interpretar com exagero as suas funções, tomando-a como órgão de supervisão geral da empresa, em substituição à própria administração. Segundo a NBCT 11 10, devido às limitações inerentes à auditoria, existe risco inevitável de que distorções relevantes resultantes de fraude e, em menor grau, de erro possam deixar de ser detectadas. Caso se descubra posteriormente que, durante o período coberto pelo parecer do auditor, exista distorção relevante não refletida ou não corrigida nas demonstrações contábeis, resultante de fraude e/ou relevante não refletida ou não corrigida nas demonstrações contábeis, resultante de fraude e/ou erro, isto não indica que o auditor não cumpriu as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. O que vai determinar se o auditor cumpriu estas normas é a adequação dos procedimentos de auditoria adotados nas circunstâncias e do seu parecer com base nos resultados desses procedimentos.. 10 Disponível em http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t1103.htm, acesso em 11/04/2012

27 CAPITULO 3 IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA EXTERNA 3.1 SARBANES-OXLEY-SOX Promulgada em julho de 2002, a SOX(como essa lei americana é conhecida), editada mormente em função dos escândalos envolvendo a Eron e a World.com, objetiva garantir, dentre outras coisas, maior fidedignidade às informações contidas nos demonstrativos contábeis e mecanismos de auditoria. Estabelecem, por isso, em seus 11 títulos, procedimentos a serem observados pelos executivos das companhias responsabilizando-os severamente em caso de descumprimento. Em especial, obriga-os a efetuar a revisão dos relatórios, documentá-los e evidenciar quaisquer informações significativas, inclusive fraudes, oportunamente. Em geral, a SOX burocratiza os diversos processos administrativos que envolvem a geração e o registro de informações de cunho financeiro- contábil. A força reside na necessidade de controle detalhado, por etapas, e não apenas quando da emissão do documento final. As mais importantes seções, dentro dos 11 títulos, são as de número 302, 404, segundo José Carlos Oliveira ( 2006, p16) A Seção 302 determina que Diretores Executivos e Diretores Financeiros devem declarar pessoalmente que são responsáveis pelos controles e procedimentos de divulgação. Cada arquivo trimestral deve conter a certificação de que eles executaram a avaliação dodesenho e da eficácia desses controles. Os executivos certificados também devem

28 declarar que divulgaram todas e quaisquer deficiências significativas de controles, insuficiências materiais e atos de fraude ao seu Comitêde Auditoria. A SEC também propôs uma exigência de certificação mais abrangente que inclui os controles internos e os procedimentos para a emissão de relatórios financeiros, além da exigência relacionada com os controles e procedimentos de divulgação. 11 A Seção 404 determina uma avaliação anual dos controles e procedimentos internos para a missão de relatórios financeiros. Além disso, o auditor independente da companhia deve emitir um relatório distinto que ateste a asserção da administração sobre a eficácia dos controles internos e dos procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros.12 3.2 VANTAGENS DA AUDITORIA EXTERNA As entidades ao contratarem os serviços de auditoria externa, fazem-no na perspectiva de verem analisadas as suas operações para que os riscos que lhe são característicos sejam mitigados. A confiança que a opinião dos auditores transmite para os usuários das informações produzidas pelas organizações, constitui a grande vantagem que estes serviços lhes proporcionam. 11 Disponível em http://www.reginaldo.cnt.br/contabilidade/sox/sarbanes-oxley-portugues.pdf, acesso em 11/04/2012 12 Disponível em http://www.reginaldo.cnt.br/contabilidade/sox/sarbanes-oxley-portugues.pdf, acesso em 11/04/2012

29 O mais importante é as empresas terem suas informações financeiras credibilizadas por uma auditoria independente e idónea. Vários são os benefícios que uma empresa pode obter ao contratar os serviços de auditoria externa, que comparados aos custos destes serviços acabam por justificar os valores que são cobrados. 3.3 AUDITORIA EXTERNA PARA TOMADA DE DECISÃO Os órgãos do governo tem na auditoria externa um colaborador eficiente para promover o atendimento de toda legislação, principalmente a fiscal. Para os administradores, assegura que os controles estejam sendo habilmente executados e que os dados contábeis sejam confiáveis. Os futuros investidores tem na auditoria, a confirmação que as demonstrações contábeis refletem, adequadamente, a situação econômicofinanceira da entidade para futuros investimentos. Os clientes, fornecedores, credores também utilizam os trabalhos da auditoria para realização de negócios com a entidade. A auditoria externa é um meio para aferir eficiência dos controles, ferramenta administrativa para validação das demonstrações financeiras apresentadas e, principamente, uma ferramenta utilizada para tomada de decisão das partes envolvidas. 13 13 Disponível em http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_6mod/controladoria_auditoria/pdf/aula12.pdf

30 CONCLUSÃO Segundo a NBCT 11 14, a auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. O presente estudo descreve o papel do auditor independente, que através da verificação da exatidão e fidedignidade dos dados contidos nas demonstrações contábeis, expressa uma opinião que possibilite o aumento do grau de confiança dos usuários. Essa opinião fundamentada pode ser sem ressalvas, quando não são detectadas impropriedades significativas ou até com abstenção de opinião, quando o auditor não emite uma opinião acerca da regularidade das demonstrações. A principal responsabilidade pela prevenção e deteccção de fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e não do auditor. Segundo José Hernandez Perez (2011, pág: 21), o parecer do auditor independente tem por limite os próprios objetivos da auditoria das demonstrações contábeis e não representa garantia de viabilidade futura da entidade ou algum tipo de atestado de eficácia da administração na gestão dos negócios. 14 Disponível em http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t11.htm

31 A confiança na veracidade das demonstrações contábeis, através de uma auditoria externa, é utilizada como ferramenta na tomada de decisão pelas partes envolvidas, como administradores, futuros investidores acionistas, credores, clientes, governo e sociedade em geral. O estudo demonstra que futuros investidores utilizam a auditoria externa para tomada de decisão de novos investimentos, os administradores na gestão da entidade, sustentando suas tomadas de decisão. Os acionistas para se acautelarem, os órgãos do governo para verificação do atendimento da legislação. Credores para realização de novos negócios. A auditoria externa é de suma importância para as entidades, além do aumento do grau de confiança nas demonstrações contábeis, as partes envolvidas poderão tomar suas decisões com mais tranquilidade e segurança.

32 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Auditoria: conceitos e aplicações/ Attie, William 6 ed São Paulo Atlas, 2011. Auditoria geral e pública : teoria e questões comentadas / José Carlos de Oliveira de Carvalho. Rio de Janeiro : Elsevier, 2006 As fraudes contra as organizações e o papel da auditoria interna / Humberto Ferreira Oriá Filho São Paulo : Sicurezza, 2011 Almeida, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 5 ed. SãoPaulo: Atlas, 2006 Ribeiro, Osni Moura Auditoria Fácil São Paulo : Saraiva 2011 Perez Junior, Jose Hernandez Auditoria das demonstrações contábeis 2 ed Rio de Janeiro : Editora FGV, 2011 Normas Brasileiras de Contabilidade NBC www.cfc.org.br Henrique Hermes Gomes de Morais - Normas técncias de auditoria I - 2009

33 BIBLIOGRAFIA CITADA Neto, João de Deus Pereira, et al. Auditoria aplicada ao planejamento estratégico numa economia globalizada. Revista Múltipla, Ano III. N 5. 1998. Disponível em: www.upis.br/upisweb/revistamultipla/nr003/neto.htm. Acesso em 26/11/1999. Araújo, Inaldo da Paixão Santos. Introdução à auditoria: Breves apontamentos de aula Aplicáveis à área governamental e aos programas de concursos públicos. Salvador 1998.

34 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 1 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I Conceitos e características da auditoria externa 10 1.1 Auditoria externa 1.2 Ojetivo 1.3 Formação Profisional do Auditor 1.4 Regulamentação da Profissão 1.5 Independência CAPÍTULO II Procedimentos, relatórios e parecer dos auditores independentes 18 2.1 Procedimentos no trabalho de auditoria 2.2 Relatórios de auditoria 2.3 Parecer de auditoria 2.4 Finalidade do parecer de auditoria 2.5 Fraude 2.6 Limitações de auditoria contábil Capítulo III

35 Importância da auditoria externa 27 3.1 Lei Sarbanes-Oxley-Sox 3.2 Vantagens da auditoria externa 3.3 Auditoria externa para tomada de decisão CONCLUSÃO 30 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32 BIBLIOGRAFIA CITADA 33 ÍNDICE 34 FOLHA DE AVALIAÇÃO 36

36 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA Título da Monografia: Auditoria externa como ferramenta de tomada de decisão Autor: Murilo Deus de Almeida Data da entrega: 27/03/2012 Avaliado por: Prof. Luciana madeira Conceito: