Pagamento de Bolsas pela FUNDUNESP com recursos públicos e ou privados

Documentos relacionados
REGULAMENTO DE EXTENSÃO. Dispõe sobre o Regulamento de Extensão da Faculdade Capivari. CAPITULO I Da Concepção e Objetivos

Novo Marco Legal de CT&I e seus Possíveis Impactos na área de Atuação na Coordenação de Transferência e Inovação Tecnológica.

Política de Inovação. 13ª. Reunião Grupo de Trabalho. 10 de novembro de 2017

REGIMENTO INTERNO DA COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO. 1º Dentro desta concepção considera-se que a Extensão da Faculdade Católica do Tocantins:

Regimento Geral da Extensão Universitária na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura PROEC.

Política de Inovação. 17 ª. Reunião Grupo de Trabalho. 16 de maio de 2018

Política de Inovação. 15 ª. Reunião Grupo de Trabalho. 18 de abril de 2018

Lei de Inovação atualizada

MARCO CIVIL DA CIÊNCIA,

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Conselho Universitário. DELIBERAÇÃO Nº. 06/2015, de 07 de julho de 2015.

Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação EC Nº 85/15 e LEI Nº /16

RESOLUÇÃO Nº 011/2018 CONSUNI

Resolução nº 033, de 26 de junho de 2018.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG SECRETARIA EXECUTIVA DOS CONSELHOS

ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 25/ CUn INSTITUTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (INIT) CAPÍTULO I. Da Titularidade e da Proteção da Propriedade Intelectual

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

XI ENCONTRO NACIONAL DO FORTEC DECRETO DE INOVAÇÃO Uniformização de Entendimentos

Resolução nº 047, de 21 de agosto de 2018.

Política de Inovação. 16 ª. Reunião Grupo de Trabalho. 02 de maio de 2018

NORMAS PARA REGULAMENTAR A CONCESSÃO DE BOLSAS NO INSTITUTO FEDERAL GOIANO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Política de Inovação da Unifesp

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE DESENVOLVIMENTO DE EXTENSÃO E PESQUISA FUNDEPES CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO Nº 01/2008

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

RESOLUÇÃO Nº 07, DE 29 DE JULHO DE 2010

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG SECRETARIA EXECUTIVA DOS CONSELHOS

RELAÇÕES IFES x FUNDAÇÕES DE APOIO

CONSIDERANDO o que consta do processo n.º /03-2, 247/03 CONSEPE; I DA CONCEITUAÇÃO

MINUTA DE PROJETO ACADÊMICO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (PAPS)

RESOLUÇÃO- CONSUNI Nº 03/2017

Antes de 1950 o que havia era apenas um tímido apoio à pesquisa;

RESOLUÇÃO CONSEPE 12/2008 APROVA AS DIRETRIZES DO NÚCLEO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO DO PARANÁ UNIFAE.

Políticas de CT&I para Pesquisa e Inovação: Novo Marco Legal

1 de 5 29/08/ :37

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO N 75, DE 11 DE MAIO DE 2012.

REGIMENTO INTERNO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO DAS FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IGUAÇU CAPÍTULO I DO CONCEITO E OBJETIVOS

RESOLUÇÃO UNESP Nº 11, DE 02 DE FEVEREIRO DE Dispõe sobre o Regimento Geral da Extensão Universitária na UNESP.

MARCO LEGAL DA CT&I. Marco Legal e a perspectiva de atuação da Fundação de Apoio

DECRETO Nº 7.416, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010

RESOLUÇÃO UNESP Nº 85, DE 04 DE NOVEMBRO DE l999. Dispõe sobre os regimes de trabalho dos docentes da UNESP.

LEGISLAÇÃO / Resoluções UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Dispõe sobre os regimes de trabalho dos docentes da UNESP.

REGULAMENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Facear Curitiba

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Campus de Franca SP Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS)

RESOLUÇÃO Nº 28/2016/CONSUP, DE 13 DE MAIO DE CONSELHO SUPERIOR PRO TEMPORE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI

RESOLUÇÃO N. XX, DE XX DE XX DE

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Conselho Universitário. DELIBERAÇÃO Nº. 14/2016, de 18 de novembro de 2016.

REGULAMENTO DE CONCESSÃO DE BOLSAS DE PESQUISA, EXTENSÃO, DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E INTERCÂMBIO, NO ÂMBITO DO IFRJ

CONFERÊNCIA. O NOVO MARCO LEGAL DA INOVAÇÃO: Desafios e Oportunidades. O impacto do Novo Marco Legal sobre as empresas que se dedicam à Inovação

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO UNIVERSITÁRIO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

PRINCIPAIS ARTIGOS DA LEGISLAÇÃO RELACIONADA À EDUCAÇÃO SUPERIOR

Resolução Unesp-11, de

Políticas de CT&I para Pesquisa e Inovação: Novo Marco Legal

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DA UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CAPÍTULO I DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SEUS FINS

Lei nº 8.958, de 02 de dezembro de 1994

Direito Constitucional

Art O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES

Plano Nacional de Extensão Universitária

DIREITO DE PESSOAL NA LEI 10973/2004 (INOVAÇÃO) MARIANA LOJA TÁPIAS

LEI N.º 3.095, de 17 de Novembro de 2006

Resolução UNESP-57, de

INFORMAÇÃO CPEU 17/10/2016

RESOLUÇÃO nº 10 DE 19 DE FEVEREIRO DE 2015

AULA 03 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 03

FACULDADE ATENEU FATE REGULAMENTO DO NÚCLEO DE EXTENSÃO E EVENTOS

REGULAMENTO DE CONCESSÃO DE BOLSAS DE PESQUISA, EXTENSÃO, DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E INTERCÂMBIO APROVADO PELA RESOLUÇÃO Nº /CONSUP/IFNMG DE DE DE

Decreto Nº 007/2012. Art. 2 - Constituirão receitas do Fundo Municipal de Assistência social FMAS:

Proposta de Projeto de Lei nº _, de de. (Projeto de Lei de Inovação) Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Universidade Federal de São Paulo - Reitoria Comitê de Avaliação e Acompanhamento Projeto Acadêmico de Prestação de Serviços (PAPS)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PRINCÍPIOS NORTEADORES DO DEPARTAMENTO

Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras FORPROEX

RESOLUÇÃO Nº 17/2016 CONSUNI/CAPGP

ERRATA RESOLUÇÃO ConsUni Nº 131, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ESTE É APENAS UM MODELO PARA AUXILIAR NO PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO OFICIAL.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO RESOLUÇÃO N , DE 19 DE MAIO DE 2016 R E S O L U Ç Ã O :

(de acordo com o parecer da PG) IV exercício de atividade

ORGANIZAÇÃO ACADÊMICO-INSTITUCIONAL

PORTARIA UNESP Nº 06, DE 7 DE JANEIRO DE Regulamenta a Resolução UNESP 85/99, que dispõe sobre os regimes de trabalho de docentes da UNESP

O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FI- LHO UNESP, baixa a seguinte Portaria:

REGULAMENTO INTERNO DAS EMPRESAS JUNIORES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SÚADE DE ALAGOAS UNCISAL

PORTARIA UNESP Nº 464, DE 30 DE SETEMBRO DE Dispõe sobre a distribuição de cargos de Professor Titular para as Unidades Universitárias.

CONSIDERANDO a importância da internacionalização no Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRN;

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO

COLEGIADO DE CURSOS FACULDADE UNA DE BETIM. Resolução nº 16 de 21 de novembro de 2016

RESOLUÇÃO Nº 47, DE 30 DE AGOSTO DE INSTITUIR as seguintes NORMAS PARA AS ATIVIDADES DE EXTENSÃO CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

Universidade de Cruz Alta

Comissão Permanente de Avaliação

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA POLÍTICA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PORTARIA N 07 DE 01 DE MARÇO DE 2017

ANEXO II DA RESOLUÇÃO CS nº 70/2011, que CRIA DA INCUBADORA DO IFES. (Referência: artigo 17, 1º)

REGULAMENTO DOS PROGRAMAS DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS DE GUARANTÂ DO NORTE

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N , DE 25 DE ABRIL DE 2017

São Paulo, 23 de fevereiro de 2017 CIRCULAR Nº 4/2017. Ref.: Acordo de Cooperação USP x FUSP. Senhor(a) Coordenador(a) de Projeto,

Universidade Federal de Uberlândia Av. João Naves de Ávila, 2121 Campus Santa Mônica CP Uberlândia MG


Política públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação A AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA

GUIA PRÁTICO PROJETOS UNIFICADOS COBALTO

Transcrição:

Pagamento de Bolsas pela FUNDUNESP com recursos públicos e ou privados A Fundação para o Desenvolvimento da UNESP - FUNDUNESP, na qualidade de fundação de apoio, possuindo natureza jurídica de Fundação de Direito Privado, sem finalidade lucrativa, tem como missão institucional executar a gestão administrativa e financeira de projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, conforme previsto na Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994; Lei nº 10.973, de 02 de dezembro de 2004, com as alterações introduzidas pela Lei nª 13.243, de 11 de janeiro de 2016, mais conhecida como o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação. Cabe ainda informar que no âmbito do Estado de São Paulo, a possibilidade de pagamento de Bolsas a pesquisadores também está disciplinado pela Lei Complementar nº 1.049/2008 e pelo Decreto nº 62.817, de 04 de setembro de 2017, que regulamentaram a Lei federal nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, no tocante a normas gerais aplicáveis ao Estado e dispôs sobre outras medidas em matéria da política estadual de ciência, tecnologia e inovação, a exemplo do que já existia no âmbito federal. No caso das Universidades Públicas, a matéria já se encontrava regulamentada pelos normativos internos que tratam dos regimes de trabalho docente, consoante o princípio da autonomia universitária insculpida no art. 207 da Constituição Brasileira de 1988: Art. 207. As universidades gozam de autonomia didáticocientífica, administrativa e de gestão financeira e

patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Pois bem, no âmbito da Universidade Estadual Paulista UNESP, o exercício de atividades concomitantes está regulamentado pelo art. 4º da Resolução UNESP nº 85, de 04 de Novembro de 1.999: Art. 4º O docente em RDIDP obriga-se, na UNESP, a quarenta horas semanais de trabalho, durante as quais desenvolverá atividades de ensino, de pesquisa, de extensão e de gestão, bem como de prestação de serviços relacionados a essas atividades. 1º O docente em RDIDP, portador de, no mínimo, título de doutor e desde que em dia com as obrigações decorrentes desse regime de trabalho, poderá, em caráter excepcional, exercer simultaneamente, mediante remuneração e desde que não prejudique o desempenho de suas funções, as seguintes atividades, nas condições estabelecidas nesta Resolução: 1. difusão de idéias e conhecimentos; 2. exercício de atividades docentes; 3. assessoria, prestação de serviços e participação em projetos, decorrentes de ajustes de cooperação. 2º Excepcionalmente, e mediante proposta do Departamento aprovada pela Congregação, poderá aplicar-se aos docentes com título de Mestre o disposto no 1º deste artigo. 3º O tempo total destinado às atividades previstas no 1º deverá observar o limite médio de 08 horas semanais no período determinado para a execução do projeto. Nesse contexto, a extensão universitária está regulamentada pela Resolução Unesp nº 102, de 29 de Novembro de 2000, publicada no D.O.E. nº 230, de 01/12/2000, p. 24, que dispõe sobre o Regimento

Geral da Extensão Universitária na UNESP, do qual colacionamos os primeiros artigos, com vistas a revelar não somente o significado da expressão, mas, principalmente, a quem se destinam os projetos extensionistas: Art. 1º A extensão universitária é um processo educativo, cultural e científico, que se articula ao ensino e à pesquisa de forma indissociável, e que viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a sociedade. 1º Dentro desta concepção considera-se que a extensão: I - representa um trabalho onde a relação escolaprofessor-aluno-sociedade passa a ser de intercâmbio, de interação, de influência e de modificação mútua, de desafios e complementaridade; II - constitui um veículo de comunicação permanente com os outros setores da sociedade e sua problemática, numa perspectiva contextualizada; III - é um meio de formar profissionais-cidadãos capacitados a responder, antecipar e criar respostas às questões da sociedade; IV - é uma alternativa de produção de conhecimento, de aprendizado mútuo e de realização de ações simultaneamente transformadoras entre universidade e sociedade; V - favorece a renovação e a ampliação do conceito de sala de aula, que deixa de ser o lugar privilegiado para o ato de aprender, adquirindo uma estrutura ágil e dinâmica, caracterizada por uma efetiva aprendizagem recíproca de

alunos, professores e sociedade, ocorrendo em qualquer espaço e momento, dentro e fora da Universidade; 2º Obedecendo ao preceito constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão os planos de atividades de extensão serão elaborados levando em consideração uma ou mais das perspectivas acima. Art. 2º As atividades de extensão universitária terão como referência que à Universidade, no que diz respeito às suas atribuições específicas relativas à responsabilidade de promover o desenvolvimento do saber, cabe: produzir, sistematizar, criticar, proteger, integrar, divulgar e difundir o conhecimento. Art. 3º As atividades de extensão terão como escopo socializar e compartilhar com a comunidade o conhecimento já sistematizado pelo saber humano e o produzido pela Universidade, bem como contribuir para o desenvolvimento desta. (...) Art. 5º A extensão constituir-se-á numa prática permanente de interação universidade-sociedade, em suas atividades de ensino e pesquisa, dando-se prioridade a iniciativas voltadas para a comunidade extra-campus, devendo garantir a qualidade científica, tecnológica, artístico-cultural e buscar a interação com a sociedade por meio de ações de promoção e garantia de valores democráticos de igualdade e desenvolvimento social. 1º A extensão poderá alcançar toda a comunidade ou parte dela, as instituições públicas ou privadas, abrangendo cursos e serviços que serão realizados na

execução de planos específicos. 2º As ações propostas devem atender a uma mais ampla gama de problemas e pessoas, e em especial, aquelas parcelas da sociedade que não têm acesso aos bens científicos e culturais, produzidos ou sistematizados pelo saber humano. Definido no âmbito da UNESP o significado da expressão: extensão universitária, passa-se doravante a análise desta forma de relacionamento da universidade com a sociedade, frente ao Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação Lei federal nº 13.243, de 11 de Janeiro de 2016. No âmbito do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Extensão tecnológica é a atividade que auxilia no desenvolvimento, no aperfeiçoamento e na difusão de soluções tecnológicas e na sua disponibilização à sociedade e ao mercado, enfim, é um caminho para fazer chegar à sociedade o conhecimento desenvolvido em instituições de ensino e pesquisa. Como vimos, a Lei federal nº 13.243/16 e o Decreto paulista nº 62.817, de 04 de setembro de 2017, reservaram especial missão às Fundações de Apoio na gestão administrativa e financeira dos projetos de pesquisa, ensino e extensão, projetos de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e projetos de estímulo à inovação de interesse das ICTs; O Marco Legal de ciência, tecnologia e inovação ao inserir o art. 15-A a Lei nº 10.973/2004, trouxe o comando para as ICTs de direito público, no caso, a UNESP, a obrigação de instituir sua política de inovação, dispondo sobre a organização e a gestão dos processos que orientam a transferência de tecnologia e a geração de inovação no ambiente

produtivo, em consonância com as prioridades da política nacional de ciência, tecnologia e inovação e com a política industrial e tecnológica nacional. As diretrizes e objetivos da política de inovação, nos termos do parágrafo único do art. 15-A, dentre outras, são os seguintes: I - estratégicos de atuação institucional no ambiente produtivo local, regional ou nacional; II - de empreendedorismo, de gestão de incubadoras e de participação no capital social de empresas; III - para extensão tecnológica e prestação de serviços técnicos; IV - para compartilhamento e permissão de uso por terceiros de seus laboratórios, equipamentos, recursos humanos e capital intelectual; (...) Com efeito, pelo artigo acima é facultado às ICTs celebrar acordos de parceria com instituições públicas e privadas para realização de atividades conjuntas de pesquisa científica e tecnológica e de desenvolvimento de tecnologia, produto, serviço ou processo e, ainda, nos termos do art. 9º, 1º 1, da Lei de inovação federal, a que os pesquisadores recebam bolsa de estímulo à inovação paga também pelas fundações de apoio. Importante também informar que a própria Receita Federal do Brasil, por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.756, de 31/10/2017, regulamentou a Bolsa de estímulo à inovação 2 concedida nos termos 1 1º O servidor, o militar, o empregado da ICT pública e o aluno de curso técnico, de graduação ou de pós-graduação envolvidos na execução das atividades previstas no caput poderão receber bolsa de estímulo à inovação diretamente da ICT a que estejam vinculados, de fundação de apoio ou de agência de fomento.

do art. 9º da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, contribuindo decisamente para destravar os projetos e trazer segurança jurídica aos pesquisadores. É nesse contexto que a FUNDUNESP, no exercício de sua missão institucional de gestora administrativa e financeira de projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, após a constituição da equipe técnica de cada projeto, efetua o pagamento de todos os insumos, inclusive o pagamento de bolsas com recursos provenientes dos financiadores públicos ou privados, que integram o respectivo projeto. 2 A Lei federal nº 9.250, de 26 de Dezembro de 1995, no art. 26, já considerava isentas do imposto de renda as bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços. ANEXO I Tabela de modalidade e valores de bolsas Vigência 2018-2019.