Mapa de risco dos passivos ambientais originais em postos de abastecimento de combustíveis no setor Central em Goiânia (GO).



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Transcrição:

Mapa de risco dos passivos ambientais originais em postos de abastecimento de combustíveis no setor Central em Goiânia (GO). Professor Dr. Antônio Pasqualetto Orientador do Projeto Final de Curso II Universidade Católica de Goiás Carlos Henrique Maia Graduando em Engenharia Ambiental Universidade Católica de Goiás RESUMO As contaminações por combustíveis derivados de petróleo em solo e águas subterrâneas são alvos de inúmeras pesquisas tornando um desafio para os profissionais, na tentativa da diminuição dos altos custos na recuperação de áreas impactadas. Postos de abastecimento de combustíveis são atividades potenciais, no que diz respeito à geração de passivo ambiental, devido a fatores como: a alta periculosidade dos produtos comercializados, através das suas características químicas e físicas; o armazenamento subterrâneo dos produtos, onde ocorre a dificuldade de identificação de vazamento; e a grande quantidade desses empreendimentos nos centros urbanos. Surge, a obrigatoriedade de aplicação das normas e leis federal, estadual e municipal que iniba a geração dessa poluição. A recuperação de áreas degradadas, por uma determinada atividade, é de responsabilidade do empreendedor sendo onerosa para as empresas, tornando necessário, para minimização dos custos, aplicação de novas tecnologias de prevenção. Nesse sentido, na condição de ferramenta para o controle ambiental, esse artigo determina o potencial gerador de passivos ambientais de cada posto de abastecimento de combustíveis do setor Central em Goiânia, através da aplicação da metodologia proposta por Moisa (2006) na utilização do método multicriterial de análise hierárquica de processo (AHP) e a lei de Weber-Fechner de estímulos e respostas em empreendimentos dessa natureza. Palavras-Chave: Postos de Serviços; Método Multicriterial; Mapa de Risco; Passivo Ambiental. Goiânia, 2006/1 1

1. INTRODUÇÃO O presente artigo descreve estudos realizados em postos de abastecimento de combustíveis do Centro de Goiânia (GO) identificando a potencialidade na geração de passivo ambiental, da aplicação do método multicriterial de análise hierárquica de processo (AHP) e com a utilização, para obtenção dos pesos, a lei de Weber-Fechner de estímulos e respostas. E como produto final, a confecção do mapa de risco do setor Central. Localiza-se na área de drenagem do Ribeiro João Leite, delimitado pelos setores Norte Ferroviário I e II, Vila Nova, Nova Vila, Leste Universitário, Aeroporto, Oeste e Sul, conforme mostra a figura 1.1. Figura 1.1 - Detalhe do Setor Central e Bairros Vizinhos Setor Norte Ferroviário II Setor Norte Ferroviário Setor Nova Vila Setor Vila Nova Setor Central Setor Aeroporto Setor Leste Universitário Setor Oeste Setor Sul O centro de Goiânia tem grande importância política cultural e social para cidade por ter em suas dependência o palácio das esmeraldas, residência do governador do estado de Goiás, o centro administrativo, prédio que centraliza todas as secretárias do estado, centro de convenções, museus, bibliotecas, igrejas, hospitais, clínicas, parques e estádio. Como nas grandes capitais do país é a parte mais antiga da cidade, nesse sentido a idade e a má conservação das instalações podem facilitar a ocorrência de danos ao meio ambiente. Nos últimos anos alguns fatos evidenciaram esse quadro. O acidente do Césio 137 em 1985, por exemplo, fruto da má disposição dos resíduos sólidos, contaminou milhares de pessoas com radiação. Em 2002 a morte de animais no parque Botafogo causada por poluição através de esgoto clandestino proveniente de um lavajato. 2

Considerando também a grande quantidade de prédios e estabelecimentos que usam como abastecimento de água, poços artesianos, ou seja, água retirada do lençol freático. E a concentração de postos de combustíveis no centro de Goiânia, tendo de acordo com Marques et al, (2006) 10,1 % do total, atrás apenas dos setores Bueno (14,1%) e Jardim América (12,1 %). Tem-se a necessidade de uma fiscalização mais eficiente usando como ferramenta de análise métodos que previnam a geração de passivos ambientais. A figura 1.2 mostra a localização geográfica dos postos de combustíveis no setor Central. Mapa 1.2 - Localização dos Postos de Combustíveis no Setor Central LEGENDA Setor Central Posto ativado Posto Desativado Posto Não Analisado Na capital estimava-se que a frota de veículos chegasse a 628.000 até o mês de maio de 2003, o que foi confirmado, ou seja, 0,57 veículos por habitante (Departamento Estadual de Trânsito de Goiás DETRAN, 2003), sinalizando a demanda pelos serviços prestados por este segmento, que além de revenda de combustíveis, oferece troca de óleo, lavagem de carros, entre outros (MARQUES, et al, 2006). 2.REVISÃO BIBLIOGRÀFICA 2.1. Passivo Ambiental As instalações dos postos de combustíveis, conjuntamente com seus sistemas de armazenagem de derivados de petróleo e álcool hidratado configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais (MARQUES, et al, 2006). 3

De acordo com Cerri et al (2003) os problemas ambientais associados a freqüentes vazamentos de tanques de armazenamento são classificados como bastante graves e de difícil recuperação nas áreas afetadas pela contaminação e poluição dos solos e, principalmente, das águas subterrâneas. Ribeiro e Gratão, 2000 dizem que as contaminações, por atividades geradas em postos de serviços, são de difícil mensuração podendo demorar até trinta anos após a ocorrência de contaminação, considerando que os resíduos tóxicos, uma vez atingindo o lençol freático, espalham os seus efeitos por profundidade de tamanho inestimável dando origem a um passivo ambiental. O passivo ambiental é resultado de ações que ao longo do tempo vão causando contaminação, ao meio ambiente em uma determinada área, decorrente da atividade do empreendimento, assim a empresa torna-se responsável, legal ou não, perante a sociedade pela a geração desse passivo. Segundo Lage (2003) citado Moisa (2006) passivo ambiental pode ser definido, também, por alguma deficiência ou problema existente nas áreas de segurança, saúde e proteção ambiental cuja solução pode significar investimentos, ou mesmo, pode impedir a continuidade do negócio em avaliação. No entanto Ribeiro e Lisboa (2000) dizem que, os passivos ambientais são obrigações que exigirão a entrega de ativos ou prestação de serviços em um momento futuro, em decorrência das transações passadas ou presentes e que envolveram a empresa e o meio ambiente. Estes autores ainda mostram que o passivo representa as obrigações das empresas para com terceiros, as quais devem ser reconhecidas a partir do momento que são conhecidas independentemente se há ou não cobrança. Desta forma, os passivos ambientais representam as obrigações cujos fatos geradores já ocorridos configurem responsabilidade da empresa. Paiva (2003) diz que segundo a Financial Account Standards Board FASB são três as características essenciais de determinado passivo: 1. Contém uma obrigação ou responsabilidade presente com uma ou mais entidades, prevendo liquidação pela transferência futura provável ou pelo uso de ativos numa data especificada ou determinável, na ocorrência de um evento predeterminado, ou assim que seja solicitada. 2. A obrigação ou responsabilidade compromete dada entidade permitindo-lhe pouca ou nenhuma liberdade para evitar sacrifício futuro. 3. A transação ou outro evento que obriga a entidade já ocorreu. Para Moisa (2006), vários métodos são propostos para a identificação e avaliação de passivos ambientais, os quais englobam as seguintes etapas básicas: 1. Avaliação preliminar: é a fase de acordo com CFATF (1998) citado por Moisa (2005) onde se deve verificar e determinar a existência de um passivo ambiental em uma determinada área ou contaminações que pode torna-se um passivo ambiental futuramente. Esta avaliação é composta por visitas, entrevistas, verificação de documentos, registros, licenças e de estudos geológicos e hidrogeológicos, não se restringindo a área sob suspeita, mas também as áreas em seu entorno. Schianetz (1999) outro autor citado por Moisa (2005) indica que nesta etapa o potencial de risco da área também deve ser especificado; 4

2. Confirmação e caracterização da contaminação: CFATF, (1998) citado por Moisa (2006) diz que a confirmação e caracterização são referentes à determinação de passivos ambientais na fase anterior, ou seja, o próximo passo é a confirmação desses, uma vez que levantada a suspeita da existência de contaminação ambiental precisa ser feitas amostragens para a realização de testes que venham a confirmar ou não a ocorrência do passivo. Caso seja confirmada a presença de contaminantes no local, mais análises são realizadas para caracterizá-los e determinar a extensão da área atingida; 3. Definição da técnica de remediação: de acordo com Lage (2003) citado por Moisa (2006) esta é a etapa onde é escolhido o melhor método sob o ponto de vista econômico e tecnológico, a ser usado na remediação da área contaminada. Nesta etapa também é estabelecido o nível de descontaminação requerido conforme a legislação e uso futuro da área; 4. Remediação: O uso da técnica escolhida para a recuperação do local. O mapa de risco consolida-se como uma ferramenta para prevenção de passivos ambientais. A sua elaboração consiste na avaliação preliminar de dados fornecidos aos órgãos ambientais pelas empresas que pleiteiam a licença. Quando se constrói um mapa de risco de geração de passivo ambiental há a visualização de áreas ameaçadas permitindo que os órgãos públicos regulamentadores e fiscalizadores exijam das empresas a elaboração de um plano de ações que evitem a geração do passivo ambiental. A vantagem é que uma vez identificado o risco de contaminação em postos de combustíveis, as medidas tomadas para prevenção é menos onerosa do que a remediação, no caso de ocorrência da necessidade de recuperação de uma área contaminada. De acordo com uma pesquisa da Universidade do Tennessee, citada por Guiguer (19??), diz que os custos de recuperação de locais contaminados por vazamentos de tanques subterrâneos de armazenamento, ficam geralmente entre US$ 2.000 até mais de US$ 400.000. A Agência de proteção Ambiental dos Estados Unidos EPA, também citada por Guiguer (19??), estima que o custo médio de um trabalho de recuperação por local é de cerca de US$ 100.000, incluindo o tratamento ou remoção do solo e de água subterrânea, investigação no local e estudos de aplicabilidade. Não incluindo custos relacionados à escavação, eliminação de resíduos ou reforma dos tanques e equipamentos afins. Considerando o elevado custo de recuperação de passivos ambientais e, que muitas vezes os mesmos não podem ser estimados através das técnicas usuais, é necessário o desenvolvimento de novas metodologias para prevenir o seu aparecimento (MOISA, 2006). 2.2 Método de Análise Multicriterial O método de análise multicriterial é usado em problemas complexos, de difícil solução, onde são analisados mais de um critério, não somente do ponto de vista financeiro e/ou econômico, ou seja, fatores objetivos e subjetivos são considerados ao se analisar determinadas situações. Moisa (2006, apud. PEREIRA NETO, 2001) informa que para 5

a resolução do problema não se busca a solução ótima, uma vez que é muito difícil encontrar uma alternativa simultaneamente melhor para todos os pontos de vista em questão. Nesse sentido o método multicriterial de análise hierárquica de processo (AHP) se destaca, pois, foi desenvolvido para diversas aplicações tais como estudo sobre racionamento de energia na indústria. Moisa (2006) cita Schidt (1995) citado por Orofino (1996) onde o segundo o autor esse método sistematiza um problema complexo composto por vários elementos agregando-o e, grupos de acordo com suas propriedades. A estruturação hierárquica prioriza fatores quantitativos ou qualitativos na análise das alternativas. Seguem-se para aplicabilidade dessa metodologia quatro etapas básicas, a estruturação hierárquica, comparação paritária dos elementos em cada nível do sistema, princípio da priorização e sintetização das prioridades (MOISA, 2006 aput. Lucena, 2003). A Figura 2.2.1 mostra o fluxograma geral do funcionamento do método de análise hierárquica de processo (AHP) citado por Moisa (2006). Figura 2.2.1 Fluxograma Geral do Método de Análise Hierárquica de Processo (AHP). ESTRUTURAÇÃO Estruturação do problema hierarquicamente COMPARAÇÃO Decisor compara paritariamente os elementos de um nível hierárquico em relação ao nível superior RC >0,10 Determinação do vetor de prioridades locais para cada matriz de comparação PRIORIZAÇÃO Verificar a consistência das comparações em função de RC SINTETIZAÇÃO RC<0,10 Determinação do vetor de prioridades globais A estruturação hierárquica simples baseia-se na definição do objetivo geral e decomposição do problema em níveis de hierarquia. Sendo três, elementos (meta ou objetivo), critérios de avaliação e alternativas. Após essa etapa ocorre a comparação paritária dos elementos de um determinado nível, ou seja, um julgamento comparativo através da distribuição de pesos, que são dados de acordo com a escala de julgamento de Staay. 2.3 Legislação 6

Os postos de abastecimento de combustível são empreendimentos de alto risco ao meio ambiente. Devido à comercialização de produtos, uma vez em contato com o meio físico, considerados como contaminantes e a alta concentração em aglomerados urbanos. Contudo as legislações e normas técnicas são usadas como ferramentas do poder público e sociedade na fiscalização e regulamentação dessas atividades. Marques (2006) diz que essas leis surgiram para atribuir responsabilidades aos empreendimentos potencialmente impactantes no que se referem à tomada das devidas precauções cabíveis. A contaminação ambiental é considerada crime ambiental pela Lei Federal 9.605/98, regulamentada pelo Decreto 3.179/99. A legislação brasileira obriga todos os postos de revenda de combustíveis a serem devidamente licenciados pelos órgãos ambientais competentes após cadastramento do mesmo. Em Goiânia, a SEMMA constitui o órgão responsável pela aplicação dos instrumentos legais regulamenta dores (MARQUES, 2006). A resolução CONAMA 357 de 17 de março de 2005 classifica as águas doce, salobra e salina e determina parâmetro de efluentes no corpo hídrico. O artigo 34 da mesma resolução diz que para óleos minerais o máximo permitido é de 20 mg/l e óleos vegetais e gorduras animais até 50mg/l sendo lançamento em corpo receptor superficial. No caso do destino final em aqüíferos não há base legal, mas usualmente faz-se o comparativo entre o poço de monitoramento a montante e os a jusante do lançamento. A resolução CONAMA 273 de 29 de novembro de 2000 determina que para a aprovação da localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos de abastecimentos é necessário o prévio licenciamento do órgão ambiental competente. Determinam também que todos os projetos de construção, modificação e ampliação dos postos de abastecimento de combustíveis deverão ser realizados de acordo com as diretrizes estabelecidas na resolução, pelas normas técnicas expedidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT ou órgão competente. A portaria n 084/2005 (AGÊNCIA AMBIENTAL DE GOIÁS), atribui à obrigatoriedade, no estado de Goiás, do licenciamento prévio de postos revendedores de combustíveis, quanto à localização, construção, instalação, modificação e ampliações. Determinando a validação, de projetos dessa natureza, pela as normas da ABNT. A mesma portaria cria o Anexo II, a exigência de Investigação de Passivo Ambiental e Laudo de Estanqueidade, de acordo com a NBR 13.784, ambos com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica e assim como determina as documentações necessárias. A ABNT em NBR 10004 Resíduo Sólido classificação, classifica os óleos lubrificantes usados como perigoso por ter toxidade. A resolução CONAMA 09 de 31 de agosto de 1993 obriga o gerador a armazená-lo de forma segura e adequada, em locais acessíveis para coleta, e destiná-lo para reciclagem. De acordo com Marques (2006) outras normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas consideradas no licenciamento ambiental são: NBR13312 Posto de serviço Construção de tanque atmosférico subterrâneo em aço-carbono. 7

NBR13212 Posto de serviço - Tanque atmosférico subterrâneo em resina termofixa, reforçada com fibra de vidro de parede simples ou dupla. NBR5244 NB 370 Determinação da resistência relativa de isolantes sólidos à ruptura causada por descargas superficiais. NBR13781 Posto de serviço Manuseio e instalação de tanque subterrâneo de combustíveis. NBR13782 Posto de serviço - Sistemas de proteção externa para tanque atmosférico subterrâneo em aço-carbono. NBR13783 Instalação hidráulica de tanque atmosférico subterrâneo em postos de serviço. NBR13784 Detecção de vazamento em postos de serviço. NBR13785 Posto de serviço - Construção de tanque atmosférico de parede dupla, jaquetado. NBR13786 Posto de serviço - Seleção de equipamentos e sistemas para instalações subterrâneas de combustíveis. NBR13787 Controle de estoque dos sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) nos postos de serviço. NBR13788 Proteção catódica para sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) em posto de serviço. NBR14605 Posto de serviço - Sistema de drenagem oleosa. NBR14606 Postos de serviço - Entrada em espaço confinado. NBR14623 Posto de serviço - Poço de monitoramento para detecção de vazamento. NBR14632 Postos de serviço - Procedimentos para recuperação, com resinas termofixas reforçadas com fibra de vidro, de tanque subterrâneo instalado. NBR14639 Posto de serviço - Instalações elétricas. NBR14722 Posto de serviço - Tubulação não-metálica. NBR14867 Posto de serviço - Tubos metálicos flexíveis. NBR14973 Posto de serviço - Remoção e destinação de tanques subterrâneos usados. ABNT ISO/IEC GUIA7 Diretrizes para elaboração de normas adequadas ao uso em avaliação de conformidade. ABNT ISO/IEC GUIA22 Critérios gerais para a declaração de conformidade pelo fornecedor. ABNT ISO/IEC GUIA58 Sistemas de credenciamento de laboratórios de calibração e ensaios - Requisitos gerais para operação e reconhecimento. Em Goiás a Lei 8.544 de 17 de outubro de 1978, regulamentada pelo decreto 1.745/79 e da Lei 13.583 de 11 de Janeiro de 2000, estabelece os controles ambientais do estado, que é usado como ferramenta pela SEMMA e Agência Ambiental de Goiás, órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento e fiscalização. 3. METODOLOGIA No primeiro momento fez-se a aplicação do método de análise hierárquica de processo (AHP). Sendo que o problema a ser resolvido era o objetivo do trabalho, identificar a potencialidade de postos do setor Central em Goiânia (GO), usando a metodologia de estudo da Moisa (2006) em sua tese de mestrado pela Universidade federal do Paraná. 8

Após uma análise, juntamente com os postos e órgão ambientais do Paraná, Moisa (2006) estabeleceu os critérios que melhor caracteriza em uma análise de risco de geração de passivo ambiental são: Caixa separadora de água e óleo; Tanque subterrâneo de armazenamento de combustíveis; Piso; Canaletas para contenção de vazamentos; Poço de monitoramento de água subterrânea; Resíduos Sólidos; Administração; Filtro tipo prensa; Troca de óleo lubrificante; Linha de respiro; Bombas de abastecimento. Os critérios foram subdivididos para ter a sua própria estrutura hierárquica no sentido de facilitar a análise. A seguir serão apresentadas as estruturas hierárquicas atribuídas a cada critério: Tabela 3.1 Estrutura hierárquica do critério Tanque 1 o Subcritério Vazamento LMC 2 o Subcritério - - Alternativas Observadas -SUMP da descarga selada; -SPILL da boca de visita; - Manchas no piso ao redor das bocas; -Caixa de chão sem SUMP com produto; - Interstício da parede do tanque. -Sensor eletrônico de interstício; - Controle Eletrônico do volume de combustível; - Leitura do encerrante da bomba (eletrônico/ analógico); -Controle do volume de combustível por leitura de régua. Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não C/I Opções de respostas Correto ou Incorreto TANQUE Teste de Estanqueidade Estanqueidade (n estanque/ estanque) - Análise do resultado do teste de estanqueidade Derramamento - SPILL da boca de vista Proteção Transbordamento - Válvula contra transbordamento; - Alarme contra transbordamento; -Válvula esfera flutuante; - SUMP da descarga selada; -Descarga selada. Tabela 3.2 - Estrutura Hierárquica do Critério Troca de Óleo Lubrificante TROCA DE ÓLEO LUBRIFICANTE 1 o Vazamento Subcritério Armazenamento Destinação Rerrefinadoras 2 o Subcritério - - autorizadas pela ANP Alternativas Observadas -Tambores; Tubulações de transporte; -Tanques subterrâneos -Tambores; Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não - Tanques Subterrâneos - Empresas cadastradas pela ANP 9

Tabela 3.3 Estrutura Hierárquica do Critério Separador de Água e Óleo - SAO SEPARADOR DE ÁGUA E ÓLEO - SAO 1 o Subcritério Vazamento Manutenção Instalação (C/I) Resíduos 2 o Subcritério - - - Destinação (C/I) Alternativas Observadas - Análise visual de manchas no calçamento. - Conservação das tampas; - Conservação dos tubos e paredes; - Existência de resíduo na cx; - Lavagem periódica. - Realização de teste no efluente; - Existência de resíduos no último compartimento; - Concentração acima de óleos e graxas. Ida ou não para aterro industrial. Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não C/I Opções de respostas Correto ou Incorreto Tabela 3.4 - Estrutura Hierárquica do Critério Bombas de Abastecimento BOMBAS DE ABASTECIMENTO 1 o Subcritério Vazamento Manutenção Instalação 2 o Subcritério - - Elétrica (C/I) Hidráulica (C/I) Alternativas Observadas - SUMP da bomba; Mangueira / Bico de abastecimento; - Tubulações. Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não C/I Opções de respostas Correto ou Incorreto - Mangueira / Bico; Fiação; - Bomba / Tubulações internas. - Fiação exposta; - Motor à prova de explosão; - Compartimento intrinsecamente seguro; - Unidade seladora; - Quadro de luz distinto para bombas e posto. - Conexões flexíveis; SUMP; - CHECK VALVE. Tabela 3.5 - Estrutura Hierárquica do Critério Poços de Monitoramento de Água Subterrânea POÇOS DE MONITORAMENTO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA 1 o Subcritério Instalação Inspeção 2 o Subcritério Quantidade (C/I) Localização Visual 3 o Subcritério - -Em Relação aos Tanques Em relação à hidrologia Contaminação Cheiro do Produto Teste Químico - Alternativas Observadas - Em relação à contaminação; - A montante e a jusante como comparação - Distância dos tanques - Sentido do Fluxo do lençol freático - Mudança da propriedade física da água ( cor, turbidez e ECT.) - Cheiro de combustível na água retirada do poço - Concentrações de BTEX dentro dos padrões aceitáveis Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não C/I Opções de respostas Correto ou Incorreto Tabela 3.6 - Estrutura Hierárquica da Administração 1 o Subcritério Alternativas Observadas Licença Ambiental Conformidade com resolução CONAMA 273/00 Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não ADMINISTRAÇÃO Adequação a NBR 13.786 Equipamentos de segurança Treinamento de funcionários Treinamento atendo a Resolução CONAMA 273/00 Classificação do Entorno Proximidade de Igrejas, escolas, parques e outros. Tempo de Operação Idade de posto 10

Tabela 3.7 - Estrutura Hierárquica do Critério Piso 1 o Subcritério Impermeável 2 o Subcritério - Armazenamen to de óleo Lavagem de veículos PISO Localização Área de troca de óleo Área de abastecimento Descarga de combustível Rachadura Conservação Contaminação Alternativas Observadas - Verificação da composição do piso - Existência e a Construção adequada - Existência e a Construção adequada - Existência e a Construção adequada - Existência e a Construção adequada - Existência e a Construção adequada - Existência Rachaduras -Existência de manchas de combustíveis, óleos lubrificantes e graxas. Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não Tabela 3.8 - Estrutura Hierárquica do Critério Canaleta para Contenção de Vazamento CANALETA PARA CONTEÇÃO DE VAZAMENTO 1 o Subcritério Instalação Localização Conservação 2 o Subcritério Alternativas Observadas Conectadas à SAO -Verificação da conexão com a SAO Armazenamento de óleo -Existência de canaletas nesta área Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não Lavagem de veículos Existência de canaletas nesta área Área de troca de óleo Existência de canaletas nesta área Área de abastecimento -Existência de canaletas nesta área Descarga de combustíveis -Existência de canaletas nesta área Obstrução Existência de materiais sólidos nas canaletas Desnivelamento -Existência de desnível em relação ao piso Tabela 3.9 - Estrutura Hierárquica do Critério Linha de Respiro LINHA DE RESPIRO 1 o Subcritério Instalação Válvula Condensadora Contaminação Quantidade 2 o igual ao Subcritério numero de Altura (C/I) - - tanques (C/I) - Números de Alternativas - Norma - Verificação na tanques com - Verificação da existência Observadas 13.783 Tubulação da Linha equivalentes Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não C/I Opções de respostas Correto ou Incorreto Tabela 3.10- Estrutura Hierárquica dos Resíduos Sólidos 1 o Subcritério 2 o Subcritério Alternativas Observadas Pneus Existência desse resíduo Filtros de Ar Existência desse resíduo RESÍDUOS SÓLIDOS Geração Embalagens usadas Existência desse resíduo Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não C/I Opções de respostas Correto ou Incorreto Filtros de Óleo Existência desse resíduo Serragem contaminada Existência desse resíduo Armazenamento (C/I) -Locais cobertos; -Recipiente Específico Destinação (C/I) - - -Aterros Industriais; -Reciclagem 11

Tabela 3.11 - Estrutura Hierárquica da Administração FILTRO PRENSA 1 o Vazamento Manutenção Subcritério Instalação 2 o Subcritério - - Elétrica Hidráulica Alternativas Observadas Balão/registros e conexões aéreas; Acionamento do filtro sem abastecimento. Obs: S/N Opções de respostas Sim ou Não Limpeza; Pintura; Manômetro; Papeis filtros; Balão. Fiação exposta; Motor à prova de explosão; Chave de ligação à prova de explosão; Unidade Seladora; INMETRO n 103/98. Balão cilíndrico/cônico; Válvula esfera/gaveta; Sem piso Impermeável; Sem "sump" ou bacia de contenção. O próximo passo desenvolvido foi à visita em todos os postos de combustíveis do setor Central, totalizando sete, onde foram analisadas in loco as alternativas dos subcritérios, e uma consulta nos cadastros da SEMMA. Após a determinação dos pesos dos subcritérios para cada posto de combustível visitado foi calculado o peso dos critérios, de acordo com as fórmulas de recorrências da tabela 3.11. Tabela 3.11 Fórmulas de recorrência para determinação dos pesos dos critérios Critérios (nomenclatura) Fórmulas de Referência * Filtro Prensa (A) Caixa Separadora de Água e Óleo (SAO) (B) Tanque de Armazenagem de Combustíveis (C) Bombas de Abastecimento (D) Poços de Monitoramento de Água Subterrânea (E) Troca de Óleo Lubrificante (F) Piso (G) Canaletas para Contenção de Vazamentos (H) Linha de Respiro (I) Resíduos Sólidos (J) A = ((Va*10)+(Ma*10)+[((Ea*10)+(Ha*10))/20]*10)/30 B = ((Vb*10)+(Mb*10)+(Ib*10)+(Rb*10))/40 C=((Vc*10)+(LMCc*10)+(Ec*10)+[((Dc*10)+TC*10))/20]*10)/40 D = ((Vd*10)+(Md*10)+[((Ed*10)+(Hd*10))/20]*10)/30 E = [[[(Qe*10)+[((LTe*10)+(LHe*10))/20]*10]/20]*10+ [[[((Ce*10)+(CPe*10))/20]*10+(TQe*10)]/20]*10]/20 F = ((Vf*10)+(Af*10)+(Df*10))/30 G = [(Ig*10)+[((Rg*10)+(Cg*10)0/20]*10+[((AOg*10)+ +(LVg*10)+(ATOg*10)+(AAg*10)+(DCg*10))/50]+10]/30 H = [(Ih*10)+[((Oh*10)+(Dh*10))/20]*10+[((AOh*10)+ +(LVh*10)+(AOTh*10)+(AAh*10)+(DCh*10))/50]*10]/30 I=[(Ci*10)+(Vc*10)+[((Qi*100+9Ai*10))/20]*10]/30 J=[(Aj*10)+(Dj*10)+[((Pj*10)+(FAj*10)+(EUj*10)+ +(FOj*10)+(SCj*10))/50]*10]30 Administração (L) K=[(LAk*10)+(ANBRk*10)+(TFk*10)+(CEk*10)+(TOk*10)]/50 *As letras das formulas são as iniciais de cada subcritério adicionado à letra minúscula referente ao critério. Posteriormente pode-se dar início ao tratamento dos dados obtidos com as seguintes etapas de estruturação hierárquica: a comparação paritária dos elementos em cada nível do sistema; princípios de priorização; e sintetização das prioridades; as quais foram realizadas conforme a metodologia descrita por Moisa (2006). Na etapa da comparação paritária, para cada critério foi elaborada uma matriz de mesmo nome, objetivando a comparação dos elementos de um nível hierárquico em relação ao nível imediatamente superior, através da equação: 12

a ij = w i (1) w j Onde a ij é o valor do julgamento do elemento peso (P i ) em relação a outro elemento peso (P j ) e w j é o peso do elemento P j e w i é o peso do elemento P i (SAATY, 1991 aput MOISA, 2006). Em seguida, na fase de priorização dos elementos, obteve-se o vetor de prioridade local, a partir da matriz de comparação, para isso calculou-se, inicialmente, o autovetor da mesma matriz, escrito pela equação: Wi = ( Π a ij ) 1/n (2) j =1 Onde Wi é o autovetor da matriz de comparação das alternativas em relação ao critério i, a ij representa o julgamento do elemento peso (P i ) em relação a o elemento peso (P j ) e n é a ordem da matriz (MOISA, 2006). Para normalização do autovetor da matriz de comparação utiliza-se a fórmula, T = W 1 W 2 W 3. W n (3) ΣW i ΣW i ΣW i ΣW i Onde T é o autovetor de prioridades locais normalizadas, Wn (n = 1, 2,3...) representa o valor da prioridade local não normalizada e ΣW i significa o somatório de todas as prioridades locais não normalizadas (MOISA, 2006). As matrizes de comparações paritárias tiveram as suas consistências verificadas através do cálculo de máximo autovalor. Dado pela fórmula: λ máx = T*w (4) Sendo λ máx o máximo autovalor da matriz de comparação paritária, T representa o vetor das prioridades locais normalizadas e w é o vetor coluna, composto pela somatória dos valores de cada coluna da matriz de comparação (MOISA, 2006 aput PAMPLONA, 1999). Em seguida elaborou-se a matriz de sintetização das prioridades locais para os postos de serviços e através dela estabeleceram-se às prioridades globais pela multiplicação da matriz de pesos de critérios de análise. Em seguida elaborou-se o mapa de risco dos postos de serviços do centro de Goiânia. Na elaboração do mapa adotou-se o seguinte critério: Calcularam-se o mínimo valor possível da prioridade global, o máximo, obtido pela maior pontuação dos postos, um terço e dois terços da diferença entre o máximo e mínimo ( S = valor máximo valor mínimo). Conseguiram-se três faixas, para cada uma foi atribuído um referencial de potencial de geração de passivo, conforme mostra a figura 3.1. 13

Figura 3.1 Faixas de potencial de geração de passivos FAIXA 1 FAIXA 2 FAIXA 3 Alto potencial de Geração de passivo Potencial Médio de Geração de Passivo Baixo Potencial de Geração de Passivo Valor máximo 2/3 S 1/3 S Valor mínimo A figura 3.1 atribui para os postos de serviços uma classificação que é em relação aos empreendimentos pesquisados, ou seja, um posto de combustível tem um Alto potencial em um comparativo com a amostragem total. 4.RESULTADOS E DISCUSSÕES Com as visitas nos postos de abastecimento de combustível foi possível verificar os pesos dos subcritérios descritos anteriormente nas tabelas: 3.1; 3.2; 3.3; 3.4; 3.5; 3.6; 3.7; 3.8; 3.9; 3.10; e 3.11. Com esses valores estabelecidos calcularam-se, com a utilização das fórmulas de referência (tabela 3.12), os pesos dos critérios. A figura 4.1 mostra a matriz Posto de Serviço x Critério onde se verifica para cada empreendimento o peso do critério. Figura 4.1 Matriz Postos de Serviços X Critérios. P1 P2 P3 P4 P5 P6 Filtro prensa 36,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 SÃO 16,00 13,00 13,00 16,00 13,00 13,00 Tanque 140,00 98,00 140,00 87,50 136,50 140,00 Bombas 11,33 2,67 4,67 2,00 2,00 2,00 Poços 13,20 13,20 116,70 103,20 103,20 13,20 Troca de óleo 16,00 13,33 29,33 29,33 13,33 29,33 Piso 76,00 43,33 20,00 52,67 43,33 62,00 Canaletas 37,87 22,93 22,93 56,53 11,73 30,40 Respiro 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Resíduos 8,40 5,40 8,40 5,40 5,40 5,40 Administração 104,00 76,00 76,00 76,00 76,00 76,00 A figura 4.2 apresenta a ordem de possibilidades de geração de passivos ambientais por critério, obtida pela média aritmética de cada critério, ou seja, por linha. Tabela 4.2 Ordem decrescente de geração de passivos por critério Critério Peso Médio 1 Tanque 123,67 2 Administração 80,67 3 Poços 60,45 4 Piso 49,56 5 Canaletas 30,40 6 Troca de óleo 21,78 7 SÃO 14,00 8 Filtro prensa 11,00 9 Resíduos 6,40 10 Bombas 4,11 11 Respiro 1,00 14

A ordenação teve o maior valor para o critério, tanque de armazenamento de combustíveis, devido a sua importância no empreendimento e a capacidade no caso de contaminação de um impacto imediato. Visto que o contato com o subsolo e a proximidade com o lençol freático facilita a difusão da poluição. Administração foi responsável pela segunda pontuação, nesse caso a idade dos postos e a classificação do entorno, baseado na NBR 13.786, em todos os casos atingindo o valor máximo atribuído a esses critérios. Os poços de monitoramento, na terceira posição, são essenciais para a manutenção da qualidade ambiental e com os resultados dos testes químicos dentro dos padrões assegura a não contaminação do lençol pelo empreendimento. Mas somente a existência não é suficiente esse critério exige a sua correta instalação e inspeção para a determinação no tempo certo de uma contaminação. Os critérios pisos e canaletas no quarto e quinto lugares respectivamente, mostram-se, com a análise empírica, erros na manutenção e localização, principalmente na área de descarga de combustíveis, visto que são locais de movimentação de combustíveis que não contavam com esses dispositivos. Uma vez derramado a impermeabilidade do piso impede a infiltração no solo e canaletas conduzem ao local apropriado. A troca de óleo tem como principal pontuado o subcritério armazenamento, onde a opção tanques subterrâneo tem maior peso. Considerando que é comum esse tipo de armazenamento, na maioria dos postos visitados, e que a possibilidade de contaminação aumenta com vazamentos em tanques subterrâneos, obteve-se a sexta colocação para esse critério. O SAO, filtro prensa, resíduos sólidos e respiros estão nas últimas colocações. O fator que levou essa pontuação baixa, não foi somente à adequação dos postos a esses critérios. Dificuldades surgiram no momento da coleta de dados como não abertura de bomba, filtro prensa para visualização, tubulações dos respiros na parte interna das pilastras e outros. Alguns postos não tinham filtro prensa, por não comercializarem óleo diesel, combustível filtrado na distribuidora ou instalação de outro tipo de equipamento. Para esses casos citados nesse parágrafo, atribuiu-se o menor valor dos critérios. Cada critério de análise gerou uma matriz de comparação paritária, totalizando onze, onde foi verificada a influência de cada posto em relação a um mesmo critério. A figura 4.3 mostra a matriz de comparação paritária entre os postos estudados para o critério postos de combustível. 15

Figura 4.3 Matriz Comparação Paritária Entre os Postos Estudados Para o Critério Tanque Subterrâneo Tanques P1 P2 P3 P4 P5 P6 P1 1,00 1,43 1,00 1,60 1,03 1,00 P2 0,70 1,00 0,70 1,12 0,72 0,70 P3 1,00 1,43 1,00 1,60 1,03 1,00 P4 0,63 0,89 0,63 1,00 0,64 0,63 P5 0,98 1,39 0,98 1,56 1,00 0,98 P6 1,00 1,43 1,00 1,60 1,03 1,00 A consistência dessas matrizes de comparação paritária foram testadas e obtendo resultados igual à ordem das matrizes.calculou-se e normalizou o autovetor de matriz de comparação paritária, posteriormente sintetizado em uma matriz de prioridade local conforme ilustra a figura 4.4. Figura 4.4 Matriz de Prioridade Local Filtro Prensa SÃO Tanque Bombas Poços Troca de Óleo Piso Canaletas Respiro Resíduos Sólidos Administração P1 0,545 0,190 0,189 0,459 0,036 0,122 0,256 0,208 0,167 0,219 0,215 P2 0,091 0,155 0,132 0,108 0,036 0,102 0,146 0,126 0,167 0,141 0,157 P3 0,091 0,155 0,189 0,189 0,322 0,224 0,067 0,126 0,167 0,219 0,157 P4 0,091 0,190 0,118 0,081 0,285 0,224 0,177 0,310 0,167 0,141 0,157 P5 0,091 0,155 0,184 0,081 0,285 0,102 0,146 0,064 0,167 0,141 0,157 P6 0,091 0,155 0,189 0,081 0,036 0,224 0,209 0,167 0,167 0,141 0,157 Observa-se na figura 4.4 que o valor, relativo a uma posição na matriz, determina a potencialidade de geração de passivo ambiental para cada posto em relação a um critério. O posto P1, por exemplo, tem na bomba de abastecimento de combustível um alto potencial gerador de passivo, comparado aos outros postos e a seus próprios critérios. No entanto o baixo potencial, desse empreendimento, está relacionado ao critério Poço de monitoramento de água subterrânea, que ao ser comparado com outros postos é o menor. A matriz de prioridade local multiplica pela Matriz de Pesos x Critério resulta na Matriz de prioridade global demonstrada na figura 4.5. 16

Figura 4.5 Matriz de Prioridade Global Filtro Prensa SÃO Tanque Bombas Poços Troca de Óleo Piso Canaletas Respiro Resíduos Sólidos Administração P1 19,636 3,048 26,415 5,207 0,480 1,959 19,426 7,861 0,167 1,838 22,347 P2 0,545 2,012 12,943 0,288 0,480 1,361 6,315 2,883 0,167 0,759 11,934 P3 0,545 2,012 26,415 0,883 37,549 6,585 1,345 2,883 0,167 1,838 11,934 P4 0,545 3,048 10,318 0,162 29,364 6,585 9,329 17,522 0,167 0,759 11,934 P5 0,545 2,012 25,111 0,162 29,364 1,361 6,315 0,755 0,167 0,759 11,934 P6 0,545 2,012 26,415 0,162 0,480 6,585 12,928 5,067 0,167 0,759 11,934 Através de uma média aritmética obteve-se o vetor de prioridade global, figura 4.6, do qual se verifica o posto de abastecimento de combustível com o maior e menor potencial de geração de passivo ambiental no universo estudado. A ordenação, mostrada na figura 4.7, dispõe em seqüência qual posto têm o maior potencial. Figura 4.6 Vetor de Prioridade Global Figura 4.7 Vetor de Prioridade Global em Ordenação Posto Prioridade Global P1 108,38 P2 39,69 P3 92,16 P4 89,73 P5 78,48 P6 67,05 Posto Prioridade Global P1 108,38 P3 92,16 P4 89,73 P5 78,48 P6 67,05 P2 39,69 Através da análise da figura 4.7 pode-se confeccionar o Mapa de Risco de Geração de passivo Ambiental Por Postos de Combustíveis no Setor Central em Goiânia que é demonstrado na figura 4.8. 17

Figura 4.8 Mapa de Risco de Geração de Passivo Ambiental em Postos de Abastecimento de Combustíveis no Setor Central em Goiânia (GO). LEGENDA Potencial Alto Potencial Médio Potencial Baixo Posto de Combustível A figura 4.8 mostra o Mapa de Risco de Geração de Passivo Ambiental proposto no início desse artigo. Para legenda todos os postos com valores abaixo de 52, na prioridade global (figura 4.7), têm sua classificação tida como Baixo Potencial, já o Médio Potencial são aqueles empreendimentos que situam entre o intervalo de 52 a 80 e acima desse valor é Alto Potencial. Verifica-se que para cada posto de serviço, existe um raio de cem metros, onde segundo a NBR 13.786, esse tipo de atividade tem influência. É notória, pela análise, que à parte centro-norte do setor, abaixo da Avenida Paranaíba, têm o potencial alto, entende-se que é em decorrência do maior número de empreendimentos, em operação. Na parte centrosul, acima da avenida Paranaíba, existem cinco postos de serviços, mas três deles estão desativados a mais de um ano, um não foi analisado em função de não haver uma pessoa que pudesse responder o questionário, no horário da visita e outro analisado tem como potencial a classificação, Médio. A proximidade do curso d água na primeira região agrava ainda mais esse quadro. 5.CONCLUSÃO Os postos de combustíveis são empreendimentos com presença notória no setor Central em Goiânia, apesar de ser um local bastante movimentado, teoricamente mais fiscalizado, muitos deles apresentam irregularidades visual e superficial, em itens como canaletas e piso. Porém os tanques subterrâneos em sua maioria, com pouco tempo de instalação, proporcionaram a diminuição de geração de passivos nos subcritérios, estanqueidade e vazamento em quatro dos seis postos de serviço analisados. No entanto 18

a descarga do tanque, em três postos, notou-se o descumprimento com as normas técnicas da ABNT, onde apesar de ter a boca selada, situavam-se em pisos impermeáveis e alguns com manchas de combustível, sendo que qualquer vazamento no momento da descarga poderá contaminar o solo. Na destinação de resíduos sólidos gerados, notou-se, a falta de opção por parte dos empresários, pois, não há uma forma legal de disposição para os resíduos como a serragem contaminada, embalagens de óleo, filtro de ar e óleo, e Zona Metropolitana de Goiânia não dispõem de um aterro industrial, o mais apropriado. Sendo que todo o resíduo é destinado à coleta pública e encaminha para o aterro sanitário. Os postos de combustíveis do setor Central precisam de uma fiscalização mais adequada em pequenos intervalos de tempo e maiores informações aos seus colaboradores, que desconhecem medidas simples que evitam transtornos futuros. A dificuldade de obtenção de informação para o preenchimento do formulário, por exemplo, é evidenciada na falta de conhecimento técnico da maioria dos gerentes, disponibilidade de tempo durante a visita e algumas situações o descaso com o trabalho. O método multicriterial de Análise Hierárquica de Processo (AHP), aplicado em postos de abastecimento de combustível, consolida-se como ferramenta de controle de geração de passivos. Uma vez que sua aplicação foi testada e validada por Moisa (2006) e utilizada nesse trabalho, obtendo resultados satisfatórios, no ponto de vista, da prevenção. Com a sistematização hierárquica, em critério e subcritério, fica pontual e evidente a potencialidade de geração de passivos ambientais, facilitando a fiscalização e a manutenção por parte do posto de serviço, minimizando o custo na ação preventiva. A utilização desse método como ferramenta pode ser feita pelo: Poder público, com intuito de fiscalizar e identificar irregularidades nos postos de abastecimentos de combustível onde uma vez estruturado em um programa de computador pode-se apenas alimentar uma base de dados e ter a geração instantânea de um Mapa de Risco, para que áreas possam ser monitoradas; Profissional da área, em prestação de serviços, sabe-se que no estado de Goiás a Portaria 084/2005 estabelece a obrigatoriedade do Laudo de Investigação de Passivo Ambiental, dessa maneira a verificação do mesmo pode ser complementada com um mapa de risco do posto, dando assim um embasamento matemático e confiável. Observou-se que o método, apesar de bastante satisfatório, tem possibilidade de algumas melhorias. Na fase de estruturação hierárquica proposta por Moisa (2006), por exemplo, mais critérios deveriam ser abordados, como a geotecnia ambiental, tipo de combustíveis consumido, posto de monitoramento de vapor e características químicas e físicas do produto. Sendo os subcritérios destes fossem elaborados por uma equipe capacitada especializada em cada critério. Na abordagem do Mapa de Risco, para os próximos trabalhos, seria identificar até que ponto existe a influência entre os postos de combustíveis próximos, através do sentido lençol freático, tipo de solo, carregamento de resíduos pela chuva e outros e evidenciar 19

onde realmente seria gerado esse passivo ambiental. Aumentando a área de influência dos postos. 6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA AMBIENTAL DE GOIÁS, portaria n 084/2005, Gabinete da Presidência, sobre Licenciamento Ambiental Para Postos Revendedores de Combustíveis, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT 10.004 Classificação de Resíduos Sólidos. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRTA DE NORMAS TÉCNICAS ISO/IEC GUIA7 Diretrizes para elaboração de normas adequadas ao uso em avaliação de conformidade. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRTA DE NORMAS TÉCNICAS ISO/IEC GUIA22 Critérios gerais para a declaração de conformidade pelo fornecedor. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRTA DE NORMAS TÉCNICAS ISO/IEC GUIA58 Sistemas de credenciamento de laboratórios de calibração e ensaios - Requisitos gerais para operação e reconhecimento. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRTA DE NORMAS TÉCNICAS - NB 16: Classifica as atividades industriais de risco. Rio de Janeiro, 1982..NBR 5244 NB 370 Determinação da resistência relativa de isolantes sólidos à ruptura causada por descargas superficiais..nbr 13312: Posto de serviço Construção de tanque atmosférico subterrâneo em aço-carbono..nbr 13212 Posto de serviço Tanque atmosférico subterrâneo em resina..nbr 13781 Posto de serviço Manuseio e instalação de tanque subterrâneo de combustíveis..nbr 13782 Posto de serviço Sistemas de proteção externa para tanque atmosférico subterrâneo em aço-carbono..nbr 13783 Instalação hidráulica de tanque atmosférico subterrâneo em postos de serviço..nbr 13784 Detecção de vazamento em postos de serviço..nbr 13785 Posto de serviço - Construção de tanque atmosférico de parede dupla, jaquetado..nbr 13786 Posto de serviço Seleção de equipamentos e sistemas para instalações subterrâneas de combustíveis. 20

.NBR 13787 Controle de estoque dos sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) nos postos de serviço..nbr 13788 Proteção catódica para sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) em posto de serviço..nbr 13895 Construção de poços de monitoramento e amostragem - Procedimento, 1997..NBR 14605 Posto de serviço Sistema de drenagem oleosa..nbr 14606 Postos de serviço Entrada em espaço confinado..nbr 14623 Posto de serviço Poço de monitoramento para detecção de vazamento..nbr 14632 Postos de serviço - Procedimentos para recuperação, com resinas termofixas reforçadas com fibra de vidro, de tanque subterrâneo instalado..nbr 14639 Posto de serviço - Instalações elétricas..nbr 14722 Posto de serviço - Tubulação não-metálica..nbr 14867 Posto de serviço - Tubos metálicos flexíveis..nbr 14973 Posto de serviço - Remoção e destinação de tanques subterrâneos usados..nbr 5244 NB 370 Determinação da resistência relativa de isolantes sólidos à ruptura causada por descargas superficiais. BRASIL, GOIÁS. Lei 8.544 de 17 de outubro de 1978. Estabelece os controles ambientais do estado. CERRI, L. E. S.; ZAINE, J. E.; NÓBREGA, C. A.; GIBOTTI JUNIOR, M. Estudo geológico em área de instalação de posto de combustível em Rio Claro (SP). São Paulo, Universidade Estadual de São Paulo, v. 22, n. especial, p. 105-116, 2003. Disponível em: < http://jasper.rc.unesp.br/revistageociencias/22_especial/10.pdf > Acesso em: 24 de abr. 2006. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Resolução n. 9, de 31 de agosto de 1993. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Resolução n. 273, de 29 de novembro de 2000. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Resolução n. 357, de 17 de março de 2005. 21

GARTNERI, I. R.; GAMA, M. L. S. Avaliação multicriterial dos impactos ambientais da suinocultura no distrito federal: um estudo de caso. Disponível em: < http://www.dae.ufla.br/revista/revistas/2005/2005_2/revista_v7_n2_maiago_2005_2.pdf > Acesso em: 28 de abr. 2006. MARQUES, C. E. B.; PUGAS, C. G. S.; SILVA, F. F.; MACEDO, M. H. A.; PASQUALETTO, A. O licenciamento ambiental dos postos de revenda varejista de combustíveis de Goiânia. Disponível em < http://www.ucg.br/nupenge/pdf/artigo005.pdf > Acesso em: 24 de abr. 2006. MELO JUNIOR, H. R.; COSTI, A. C. Z. Avaliação da contaminação das águas subterrâneas por hidrocarbonetos provenientes de postos de abastecimento de combustíveis na Vila Tupi, Porto Velho (RO). Disponível em: < http://www.cprm.gov.br/rehi/congresso/avali_contami.pdf > Acesso em: 24 de abr. 2006. MOISA, R. E. Avaliação qualitativa de passivos ambientais em postos de serviços através do método de análise hierárquica de processo. Disponível em: < dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/ 1884/1914/1/mestrado+Rubia+Moisa.pdf -> Acesso em: 30 de mar. 2006. PAIVA, P. R. Contabilidade Ambiental Evidenciação dos gastos ambientais com transparência focada na prevenção. São Paulo: Atlas, 2003. RIBEIRO, M. S.; GRATÃO, A. D. Custos Ambientais O caso das empresas distribuidoras de combustíveis. In: Congresso Brasileiro de Custos, 7., 2000, Recife. Disponível em: <http://www.fipecafi.com.br/public_artigos/maisa/congresso_custos20002.pdf > Acesso em: 15 abr. 2006. RIBEIRO, M. S.; LISBOA, L. P. Passivo Ambiental. In: Congresso Brasileiro de Contabilidade, 16., 2000, Goiânia. Disponível em: < http://www.fipecafi.com.br/public_artigos/maisa/passivo_ambiental.pdf > Acesso em: 28 de abr. 2006. SECRETÁRIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE Semma, 2006. 22