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Transcrição:

CONTROLE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARTE I Prof. Alexandre Teshima Conceito de Controle Na definição de Hely Lopes Meirelles, a expressão controle em tema de administração pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro. 1

CONCEITO DE CONTROLE Vigilância Orientação Controle Correção CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE a) Controle Externo Éocontroleexercidoporum poder ou órgão distinto, apartado da estrutura do órgão controlado. No Brasil, o controle externo é exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas, conforme preceituam os artigos 70 e 71 da Constituição Federal. b) Controle Interno É o controle decorrente de órgão da própria estrutura na qual se insere o Poder fiscalizado. 2

CONTROLE EXTERNO União Entes Poder Legislativo Tribunal de Contas Congresso Nacional TCU Estados Assemb. Legislativa TCE Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF Municípios Câmara Municipal TCE Todos os Municípios da BA, CE, GO e PA Câmara Municipal TCMs (órgão estadual) Município de SP e RJ Câmara Municipal TCM (órgão municipal) Territórios Congresso Nacional TCU Informe o Tribunal de Contas responsável pela fiscalização: RIO GRANDE DO SUL PORTO ALEGRE ESTADO DO RIO DE JANEIRO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO BAHIA SALVADOR DISTRITO FEDERAL TERRITÓRIOS ESTADO DE SÃO PAULO CAMPINAS 3

Controle na Constituição Federal CF Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Controle na Constituição Federal Segundo Valdecir Pascoal define se: Fiscalização contábil relacionada a aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis. Fiscalização financeira relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) geridos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos orçamentários. 4

Controle na Constituição Federal Fiscalização Orçamentária relacionada a aplicação de recursos públicos conforme as leis orçamentárias, acompanhado a arrecadação dos recursos e sua aplicação. Fiscalização Operacional relacionada a verificação do cumprimento de metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos. Fiscalização Patrimonial: relacionada ao controle e conservação de bens públicos. Controle na Constituição Federal Legalidade princípio jurídico fundamental do Estado de Direito e critério do controle externo da administração pública. Para fins do controle externo, o termo legalidade é interpretado de forma mais extensiva do que apenas o confronto direto com as disposições de leis. As disposições infralegais, como os regulamentos e demais atos normativos, por serem instrumentos ordenadores da gestão pública, também são critérios para avaliação dos atos de gestão. 5

Controle na Constituição Federal Legitimidade princípio jurídico fundamental do Estado Democrático de Direito e critério informativo do controle externo da administração pública que amplia a incidência do controle para além da aplicação isolada do critério da legalidade. Não basta verificar se a lei foi cumprida, mas se o interesse público, o bem comum, foi alcançado. Admite o ceticismo profissional de que nem sempre o que é legal é legítimo. Controle na Constituição Federal Economicidade minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere se à capacidade de uma instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. 6

Controle na Constituição Federal Art. 70 Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Exercício de Fixação: Estão sujeitos a prestação de contas? 1 Presidente da República 2 Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 3 Autarquias e Fundações Públicas 4 Empresa pelo valor recebido em decorrência de serviços prestados para o Governo. 5 Uma ONG que recebeu subvenções do Governo. 6 Servidor Público pela remuneração recebida. 7 Servidor Público responsável pelo Almoxarifado de um órgão público. 8 Uma pessoa física em decorrência de uma bolsa de estudo recebida do Governo. 7

Competências dos TC CF Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; Competências dos TC CF Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXIV prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; CF Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: II proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 8

Competências dos TC CF 166 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; CF. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IX julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; Contas TCU Competências dos TC Prazo de Envio: 60 dias do início da sessão legislativa O TC aprecia mediante parecer prévio em 60 dias do recebimento. CMO A Comissão Mista de Orçamento também emite parecer CN O Congresso Nacional julga as Contas 9

CF. Art. 71 II julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 10

CF. Art. 71 III apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; TC Aprecia a legalidade p/ registro Admissão de Pessoal, a qualquer título, da administração direta e indireta Concessão de aposentadoria, reformas e pensões e melhorias posteriores que alterem o fundamento legal TC Não aprecia a legalidade p/registro Nomeações para Cargo em Comissão Melhorias posteriores das aposentadorias, reformas e pensões que não alterem o fundamento legal 11

CF. Art. 71 IV realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; 12

CF. Art. 71 V fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; O Governo brasileiro participa, em nome da União, do Banco Brasileiro Iraquiano S.A. (BBI), da CompanhiadePromoçãoAgrícola(CPA)edaItaipu Binacional, que foram constituídas a partir de acordos celebrados, respectivamente, com os Governos do Iraque, do Japão e do Paraguai. CF. Art. 71 VI fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 13

Transferência Obrigatória Transferência Voluntária Ente que recebe que fiscaliza Ente que repassa que fiscaliza CF Art.71 VII prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; 14

CF Art. 71 VIII aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; As sanções podem envolver desde aplicação de multa e obrigação de devolução do débito apurado, até afastamento provisório do cargo, o arresto dos bens de responsáveis julgados em débito e a inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da administração pública. Ato Ilegal ou Irregular TC Oferece Ampla Defesa TC Aplica Sanção 15

Cabe destacar que as penalidades aplicadas pelo TC não excluem a aplicação de sanções penais e de sanções administrativas pelas autoridades competentes. A legislação eleitoral, por exemplo, prevê a inelegibilidade, por um período de oito anos, dos responsáveis por contas irregulares. CF Art. 71 IX assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; CF Art. 71 X sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 16

Art. 71 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Art. 71 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. Competência Corretiva do TC 17

CF Art. 71 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. Exemplo do TCU: A decisão do Tribunal da qual resulte imputação de débito ou cominação de multa torna a dívida líquida e certa e tem eficácia de título executivo. Nesse caso, o responsável é notificado para, no prazo legal, recolher o valor devido. Se o responsável, após ter sido notificado, não recolher tempestivamente a importância devida, é formalizado processo de cobrança executiva, o qual é encaminhado ao Ministério Público junto ao Tribunal para, por meio da Advocacia Geral da União (AGU) ou das unidades jurisdicionadas ao TCU, promover a cobrança judicial da dívida ou o arresto de bens. CF Art. 71 XI representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. CF Art. 71 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. 18

Relatório Trimestral do TCU Competência Corretiva da CMO CF Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, 1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários. 19

Competência Corretiva da CMO 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação. Competência Corretiva da CMO 20