ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO

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Transcrição:

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO Relatório O Mundo Pula Maia Processo NUP n.º 10.03.24/00006/EMN/17 Área Territorial de Inspeção do Norte

I. ENQUADRAMENTO 1. Preâmbulo A atividade Organização e Funcionamento dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (OFEEPC) integra o plano de atividades da Inspeção-Geral da Educação e Ciência, visando: Verificar a existência das estruturas de gestão pedagógica. Confirmar o cumprimento das matrizes curriculares. Apreciar a fiabilidade dos registos de avaliação e de certificação. Analisar a organização dos procedimentos administrativos. Verificar o cumprimento dos requisitos aplicáveis ao nível: dos recursos humanos; dos recursos materiais; dos procedimentos de segurança. Verificar a correção dos procedimentos de execução dos contratos de apoio à família. Assegurar o cumprimento do dever de transparência 1. De acordo com a metodologia desta atividade, em resultado de cada intervenção é elaborado um projeto de relatório, o qual é remetido ao estabelecimento de educação e ou ensino intervencionado, para pronúncia no prazo de 10 dias, podendo, neste período, ser demonstrada a correção de eventuais desconformidades. Esta pronúncia é refletida no documento, que então se converte em relatório, o qual é homologado e remetido à escola. Se o relatório identificar eventuais incumprimentos em matérias que não são da competência da IGEC, o documento homologado é igualmente remetido à(s) entidade(s) competente(s) nessa(s) matéria(s). Após a receção, pela escola, do relatório homologado, decorre um período de 60 dias para implementação das medidas necessárias ao cumprimento das recomendações nele incluídas, devendo a escola comunicar à IGEC as diligências efetuadas nesse sentido, apresentando os correspondentes comprovativos. Findo este prazo, a IGEC verifica o cumprimento das supramencionadas recomendações (intervenção sequencial) e, caso persistam situações não corrigidas, comunica esse facto à tutela, ou aos serviços da administração educativa competentes. 2. Introdução A presente intervenção foi determinada por despacho de 02-01-2017, da chefe da Equipa 1 Artigo 39.º do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro 1

Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Norte, e foi executada pela equipa de inspeção constituída pelos inspetores Graça Costa e Vítor Rosa, entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2017. Ao longo das três etapas da intervenção (preparação, trabalho de campo e elaboração do relatório) foram consultados documentos diversos da escola (autorização de funcionamento e respetivos averbamentos, projeto educativo, regulamento interno, documentos de planificação e operacionalização do currículo, processos individuais das crianças, processos individuais dos docentes, lista e horário do grupo, medidas de autoproteção contra incêndios em edifícios, licenças e relatórios das inspeções de segurança), foram realizadas entrevistas com um representante dos pais e encarregados de educação e o responsável pela segurança, e foi realizada uma visita às instalações. A equipa regista a atitude de mobilização dos responsáveis do jardim de infância com quem interagiu no decurso da intervenção. 3. Audiência prévia A entidade titular d O Mundo Pula, em 10-02-2017, exerceu o direito de audiência prévia, previsto nos artigos 121.º e seguintes do Código do Procedimento Administrativo. II. RELATÓRIO 1. Identificação e caracterização da escola Designação: O Mundo Pula (doravante designado por JI) Endereço: Rua Engenheiro Duarte Pacheco, 283, 4470-174 Maia Entidade titular: Fátima Isabel Carreira Filipe Autorização de funcionamento: Autorização definitiva DREN/n.º 27, de 08-03-2000, emitida pela Direção Regional de Educação do Norte Oferta educativa: Educação pré-escolar Direção pedagógica: Por despacho de 17-06-2016, da subdiretora-geral da administração escolar, foi homologada a direção pedagógica, de caráter singular, constituída por Milena Machado Barroso. Este procedimento foi averbado na autorização definitiva de funcionamento, em 07-07-2016. 2

A diretora pedagógica tem qualificações académicas de nível superior e experiência pedagógica de três anos, tal como se prevê no artigo 40.º, n.º 6, do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro (doravante designado por Estatuto). Contratos e ou acordos celebrados com o Estado: Não foi celebrado contrato de apoio às famílias. Transparência: O JI não divulga, publicamente, informação sobre a autorização de funcionamento, o projeto educativo, o regulamento interno, o nível de educação ministrado, os órgãos de direção, o corpo docente, os direitos e os deveres das crianças, incluindo as mensalidades e demais encargos devidos pelas mesmas, bem como a tabela de preços completa dos serviços obrigatórios e facultativos. Assim, não é respeitado e definido no n.º 2 do artigo 39.º do Estatuto. No exercício do direito de audiência prévia, sobre a questão levantada no parágrafo anterior, a entidade titular do JI refere o seguinte: ( ) encontramo-nos neste momento a desenvolver o site para podermos divulgar publicamente o projeto educativo e o regulamento interno. As medidas que, entretanto, forem tomadas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. A tabela foi elaborada, mas não é entregue aos encarregados de educação no ato da matrícula, não sendo cumprido o estipulado no ponto 3.º da Portaria n.º 809/93, de 7 de setembro. Livro de reclamações: A informação de que existe livro de reclamações está afixada na entrada do JI, de forma bem visível. O letreiro de publicitação da existência do referido livro não inclui a identificação completa e a morada da entidade junto da qual o utente pode, querendo-o, apresentar também a reclamação, desrespeitando o expresso no n.º 6 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado pelos decretos-leis n.º 371/2007, de 6 de novembro, n.º 118/2009, de 19 de maio, n.º 317/2009, de 30 de outubro, e n.º 242/2012, 7 de novembro. No exercício do direito de audiência prévia, sobre a questão levantada no parágrafo anterior, a entidade titular do JI refere o seguinte: Em relação ao livro de reclamações já adicionamos a identificação e morada do IGEC. Tendo em atenção que a entidade titular não enviou comprovativos das medidas entretanto tomadas, estas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. Outros aspetos relevantes: O JI goza das prerrogativas das pessoas coletivas de utilidade pública, segundo declaração da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), de 01-09-2016. 3

2. Comunidade escolar O JI é frequentado por cinco crianças (um grupo), uma com três anos de idade, três com quatro anos e uma com cinco anos. A autorização funcionamento do JI fixa a lotação global de 70 crianças. As atividades educativas do referido grupo são da responsabilidade de um elemento da comunidade escolar com licenciatura em Educação Social. Sobre a questão expressa no parágrafo anterior, no exercício do direito de audiência prévia, a entidade titular do JI refere o seguinte: estamos também a seleccionar a Educadora de Infância que passará a acompanhar as nossas crianças, contamos ter este processo terminado na próxima semana e aí enviaremos a informação também à DGEstE. As medidas que, entretanto, foram tomadas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. São ainda elementos da comunidade escolar a diretora pedagógica, a responsável pela animação socioeducativa, bem como os elementos que asseguram o serviço de cozinha e a limpeza. 3. Documentos estruturantes O JI elaborou o seu projeto educativo (PE) e o regulamento interno (RI), os quais não foram remetidos à DGEstE, para conhecimento, conforme determinam o n.º 2 do artigo 27.º e o n.º 6 do artigo 37.º do Estatuto. No exercício do direito de audiência prévia, a entidade titular do JI refere o seguinte, sobre a questão expressa no parágrafo anterior: Estes documentos foram já enviados para a DGEstE. Tendo em atenção que a entidade titular não enviou comprovativos das medidas entretanto tomadas, estas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. É elaborado um plano individual de trabalho, por período, para cada criança. Contudo, a planificação das atividades educativas não assenta nas orientações curriculares para a educação pré-escolar, homologadas pelo Despacho n.º 9180/2016, de 19 de julho, nomeadamente nas áreas de conteúdo e respetivos domínios. No exercício do direito de audiência prévia, sobre a questão apresentada no parágrafo anterior, a entidade titular do JI refere o seguinte: Estamos já a fazer novas planificações cujos parâmetros obedeçam mais fielmente às orientações curriculares. As medidas que, entretanto, foram tomadas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. 4

O RI contempla algumas normas relativas aos serviços prestados pela instituição. No entanto, não distingue de forma clara os serviços de utilização obrigatória dos de utilização facultativa, nem explicita as normas e as condições aplicáveis a cada um dos serviços, não sendo respeitado o ponto 4.º da Portaria n.º 809/93, de 7 de setembro. No exercício do direito de audiência prévia, a entidade titular do JI refere o seguinte: [o regulamento interno] tem já o horário alterado e o preçário define quais as atividades incluídas na mensalidade e quais as que poderão ser facultativas. Tendo em atenção que a entidade titular não enviou comprovativos das medidas entretanto tomadas, estas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. 4. Organização do currículo De acordo com a rotina do grupo/sala, são garantidas cinco horas diárias de atividades educativas. Contudo, tal como foi indicado no ponto anterior, a planificação das atividades educativas não assenta nas orientações curriculares para a educação pré-escolar, homologadas pelo Despacho n.º 9180/2016, de 19 de julho, nomeadamente nas áreas de conteúdo e respetivos domínios. 5. Avaliação Há evidências da realização da avaliação diagnóstica e formativa das crianças, através de técnicas e de instrumentos de observação e registo diversificados. Trimestralmente é entregue aos encarregados de educação a avaliação de cada uma das crianças. 6. Organização dos serviços administrativos O serviço de secretaria é assegurado pela entidade titular. Os processos individuais das crianças estão organizados e integram os elementos fundamentais, designadamente os dados de identificação e a documentação relativa às aprendizagens realizadas. É garantida a sua confidencialidade. As crianças estão abrangidas por um seguro, tendo o último pagamento sido efetuado em 28-12-2016. Não foram formalmente constituídos os processos individuais das docentes, contrariando o definido no n.º 1 do artigo 48.º do Estatuto. A instituição apenas possui os comprovativos das habilitações académicas. No exercício do direito de audiência prévia, sobre a questão levantada no parágrafo anterior, a 5

entidade titular do JI refere o seguinte: [N]este momento temos já no dossier dos professores o seu registo criminal mas ainda nos falta o certificado de robustez física e perfil psíquico. As medidas que, entretanto, foram tomadas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. A responsável pelo grupo não possui as habilitações profissionais e académicas adequadas ao exercício dessa função, nos mesmos termos dos das escolas públicas, desrespeitando o estipulado no artigo 45.º do Estatuto. A relação discriminada dos docentes ao serviço da instituição não foi enviada aos serviços competentes do Ministério da Educação, conforme determina o artigo 47.º do Estatuto. No exercício do direito de audiência prévia, sobre os incumprimentos expressos nos dois parágrafos anteriores, a entidade titular do JI refere o seguinte: estamos também a seleccionar a Educadora de Infância que passará a acompanhar as nossas crianças, contamos ter este processo terminado na próxima semana e aí enviaremos a informação também à DGEstE. As medidas que, entretanto, foram tomadas poderão ser verificadas em sede de intervenção sequencial. O JI não dispõe dos certificados do registo criminal, atualizados, de todos os trabalhadores docentes e não docentes, desrespeitando o determinado no artigo 2.º da Lei n.º 113/2009, de 17 de setembro, alterada pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto. No exercício do direito de audiência prévia, sobre a desconformidade referida no parágrafo anterior, a entidade titular do JI refere o seguinte: [N]este momento temos já no dossier dos professores o seu registo criminal mas ainda nos falta o certificado de robustez física e perfil psíquico. Tendo em atenção que a entidade titular não enviou comprovativos das medidas entretanto tomadas, estas serão verificadas em sede de intervenção sequencial. 7. Instalações e equipamentos educativos Apesar de se encontrar a implementar algumas medidas de autoproteção contra incêndios, o JI não dispõe de um plano de segurança contra incêndios, nos termos do definido no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro, e no artigo 198.º do regulamento técnico de segurança contra incêndio em edifícios, aprovado pela Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro. As medidas de autoproteção contra incêndios não foram sujeitas a inspeções regulares da Autoridade Nacional de Proteção Civil ou de outra entidade por ela credenciada, nos termos do artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro. 6

No exercício do direito de audiência prévia, sobre as questões expressas nos dois parágrafos anteriores, a entidade titular do JI refere o seguinte: estamos ainda a realizar o plano de segurança contra incêndios para que possamos contactar os Bombeiros e Proteção Civil. A última inspeção às instalações de gás ocorreu em 17-01-2017, de acordo com o disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 3.º do Anexo I da Portaria n.º 362/2000, de 20 de junho, alterada pela Portaria n.º 690/2001, de 10 de julho, e pela Portaria n.º 1358/2003, de 13 de dezembro. A manutenção dos extintores de incêndio encontra-se atualizada (23-01-2017). Está implementado o sistema de segurança alimentar, baseado nos princípios da análise dos perigos e do controlo dos pontos críticos (HACCP), tendo a última intervenção sido realizada em 19-12-2016. Não estão criadas condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade condicionada aos diferentes espaços do interior do edifício, tendo em consideração o estipulado no Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro. No exercício do direito de audiência prévia, a entidade titular do JI refere o seguinte: Estamos também a solicitar orçamentos para tornarmos todo o edifício acessível a pessoas com mobilidade condicionada. O JI dispõe de instalações e equipamentos adequados aos fins a que se destinam, designadamente a sala de atividades, a sala de refeitório, o espaço exterior para recreio e a área verde. III. RECOMENDAÇÕES 1. Promover a divulgação pública de informação rigorosa e suficiente sobre a autorização de funcionamento, o projeto educativo, o regulamento interno, o nível de educação ministrado, os órgãos de direção, o corpo docente, os direitos e os deveres das crianças, incluindo as mensalidades e demais encargos devidos, nos termos do n.º 2 do artigo 39.º do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro. 2. Entregar aos encarregados de educação, no ato de matrícula ou inscrição, a tabela completa dos serviços obrigatórios e facultativos, dando cumprimento ao disposto no ponto 3.º da Portaria n.º 809/93, de 7 de setembro. 3. Escrever no letreiro de publicitação da existência do livro de reclamações a identificação completa e a morada da entidade junto da qual o utente pode, querendo-o, apresentar também a reclamação, nos termos do n.º 6 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado pelos decretos-leis n.º 371/2007, de 6 de novembro, n.º 118/2009, de 19 de maio, n.º 317/2009, de 30 de outubro, e n.º 242/2012, de 7 de novembro. 4. Clarificar, no regulamento interno, a informação relativa aos serviços de utilização obrigatória e de utilização facultativa e as normas e condições a observar quanto a estes serviços, nos termos do ponto 4.º da Portaria n.º 809/93, de 7 de setembro. 7

5. Remeter o projeto educativo e o regulamento interno aos serviços competentes do Ministério da Educação (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares), para conhecimento, em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 27.º e no n.º 6 do artigo 37.º, ambos do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro. 6. Garantir que a planificação das atividades educativas assenta nas orientações curriculares para a educação pré-escolar, homologadas pelo Despacho n.º 9180/2016, de 19 de julho. 7. Instituir normas que garantam a organização, a atualização e a confidencialidade do processo individual de cada docente, no sentido de dar cumprimento ao disposto nos números 1 e 4 do artigo 48.º do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro. 8. Assegurar a existência de comprovativos de robustez física e perfil psíquico de todos os docentes ao seu serviço, nos termos do artigo 43.º do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro. 9. Assegurar que o desenvolvimento da ação pedagógica com as crianças, no grupo da educação pré-escolar, seja operacionalizado por um docente com habilitações académicas e profissionais adequadas, em cumprimento do disposto no artigo 45.º do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro. 10. Fornecer aos serviços competentes do Ministério da Educação a relação discriminada dos docentes ao seu serviço, nos termos e prazos previstos no artigo 47.º do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro. 11. Solicitar os certificados do registo criminal de todos os trabalhadores, docentes e não docentes, remunerados ou não, ao serviço n O Mundo Pula, conforme o estabelecido na Lei n.º 113/2009, de 17 de setembro, alterada pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto. IV. PROPOSTAS Propõe-se que: 1. O relatório seja homologado, nos termos do n.º 1 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 276/2007, de 31 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de fevereiro. 2. O relatório homologado seja remetido: 2.1. A O Mundo Pula, para conhecimento e cumprimento das recomendações apresentadas no capítulo III deste relatório. 2.2. À Autoridade Nacional de Proteção Civil, para os devidos efeitos, atendendo ao exposto nos primeiro, segundo e terceiro parágrafos do ponto 7 do capítulo II supra. 2.3. À Câmara Municipal da Maia, para os devidos efeitos, atendendo ao exposto nos sétimo e oitavo parágrafos do ponto 7 do capítulo II supra. 8

Local: Porto 19-04-2017 A equipa: Graça Costa Vítor Rosa V. HOMOLOGAÇÃO Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Norte Madalena Moreira 20-04-2016 Homologo. O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência nos termos do Despacho n.º 5942/2016, de 26 de abril, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio de 2016 9