IPNI: EQUIPE CIENTÍFICA

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Transcrição:

I ENCONTRO PAULISTA DE CIÊNCIA DO SOLO - UNESP / JABOTICABAL, SP - PESQUISA E USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES NO BRASIL Dr. Valter Casarin Diretor Adjunto do IPNI Brasil Dr. Luís Ignácio Prochnow Diretor Geral do IPNI Brasil AGRICULTURE LIVESTOCK FORESTS IPNI 1

MISSÃO O International Plant Nutrition Institute (IPNI) é uma organização nova, sem fins lucrativos, dedicada a desenvolver e promover informações científicas sobre o manejo responsável dos nutrientes das plantas N, P, K, nutrientes secundários, e micronutrientes para o benefício da família humana. IPNI: EQUIPE CIENTÍFICA Nos treinamos os que treinam e influenciamos os que influenciam Dr. Terry Roberts - President IPNI 2

INTRODUÇÃO Projeção para Rendimento de Milho Grain yield, kg/ha 9500 8500 7500 6500 5500 4500 3500 2500 1500 500 y = 63.71x -123011 r² = 0.96 Dobrar em 30 anos 2.4% 1.8% 1.3% Histórico 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 Curvas as linhas tal como necessário irá exigir esforço multidisciplinar/cooperação e entre setores Aumento Anual Extraído de Fixen, 2009 3

Broadbalk, Rothamsted, Inglaterra: Experimento contínuo de Trigo, 1852-1995 Média = 64% Experimento contínuo de campo mais antigo no mundo. compara trats sem e com fertilizante. Iniciada em 1843. N (145 kg / ha). desde 1974 = P (33 kg / ha) e K (59 kg / ha). Rendimento devido a N com PK adequado em relação a somente P e K. Como nunca antes estamos sob a mira/lupa da sociedade em geral Preços e fornecimento Utilização de áreas naturais Nitratos na água Zonas de hipoxia Emissão GEE Qualidade do ar Tremendo incentivo/pressão para se utilizar insumos de forma adequada Extraído de Fixen, 2008 4

BALANÇO DE NUTRIENTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA Resultados do balanço do consumo de nutrientes pela agricultura do Brasil Balanço Brasil N P 2 O 5 K 2 O Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn (tonelada) Exportação das culturas 5.461.678 1.591.858 2.724.891 545.138 499.010 477.230 2.762 2.764 20.634 9.607 6.770 (saídas) Deduções das exportações 3.805338 (1) - 121.954 (2) - - - - - - - - Exportação líquida de 1.656.340 1.591.858 2.602.937 545.138 499.010 477.230 2.762 2.764 20.634 9.607 6.770 nutrientes (I) Total de Entradas (3) (II) 2.308.171 2.948.058 3.402.523 5.001.501 1.693.498 1.193.022 9.217 4.619 205.371 16.140 18.058 Balanço de Nutrientes (II-I) 651.831 1.356.200 799.586 4.456.363 1.194.488 715.792 6.455 1.855 184.737 6.533 11.288 Indice de aproveitament 71,8% 54,0% 76,5% 10,9% 29,5% 40,0% 30,0% 59,8% 10,0% 59,5% 37,5% o médio Fator de consumo (II/I) 1,4 1,9 1,3 9,2 3,4 2,5 3,3 1,7 10,0 1,7 2,7 (1) As deduções de Nitrogênio correspondem a 3.376.571 t referentes a fixação biológica de todo o N exportado pela soja, 60.399 t referentes a 50% do N exportado pelo feijão, 284.586 t considerando 70% da exportação do milho de 2ª safra e 50% das exportações de trigo e sorgo e, ainda, a exportação de 30 kg.ha -1 das culturas em rotação com soja, atribuindo-se um percentual de 30% para a área de milho e 10% para a área de algodão. (2) As deduções de potássio correspondem a 20% do potássio exportado pela cana-de-açúcar atendido pelo uso de vinhaça (3) As entradas correspondem a 92,24% do consumo de fertilizantes indicado nas Tabelas 3 e 4. 5

Resultados do balanço do consumo de nutrientes por estados Exportação líquida de nutrientes (I) Estados / Total de entradas (II) IA médio (I/II x 100) (2) N P Regiões 2 O 5 K 2 O N P 2 O 5 K 2 O N P 2 O 5 K 2 O (toneladas) (%) RS 200.791 202.777 288.911 278.397 372.497 364.457 72 54 79 SC 78.483 55.048 73.634 98.650 86.927 78.801 80 63 93 Total Sul 279.275 257.825 362.545 377.047 459.424 443.258 74 56 82 DF 5.357 5.800 6.645 3.975 5.459 5.203 135 106 128 ES 17.828 4.126 19.307 41.564 16.438 39.936 43 25 48 GO 103.809 154.948 27.522 177.986 314.410 300.693 58 49 76 MT 97.490 317.535 499.789 196.911 595.487 597.786 50 53 84 MS 47.812 93.590 134.735 84.001 166.920 166.677 57 56 81 MG 180.182 120.521 191.939 377.205 296.911 384.090 48 41 50 PR 231.450 277.686 381.674 327.988 476.109 454.876 71 58 84 RJ 7.343 2.306 8.101 4.597 3.888 6.165 160 59 131 SP 435.129 169.725 410.243 479.236 286.237 504.515 91 59 81 TO 9.493 15.555 24.901 11.205 25.481 24.185 85 61 103 Total Centro 1.135.893 1.161.791 1.904.855 1.704.668 2.187.340 2.484.127 67 53 77 AL 26.558 8.743 24.984 23.637 9.599 28.017 112 91 89 BA 78.414 67.891 129.457 110.958 167.626 267.932 71 41 48 CE 10.530 7.995 14.127 6.208 2.157 3.990 170 371 354 MA 19.105 22.246 36.276 14.610 44.795 52.074 131 50 70 PB 7.811 3.590 10.132 5.550 1.917 6.751 141 187 150 PE 23.111 9.417 25.668 25.093 8.484 29.955 92 111 86 PI 11.002 16.726 25.432 7.327 25.265 32.878 150 66 77 RN 5.639 2.330 6.512 6.451 4.650 7.596 87 50 86 SE 15.449 7.984 9.899 9.042 5.632 7.885 171 142 126 Total Nordeste 197.620 146.922 282.485 208.876 270.124 437.078 95 54 65 AC 2.255 958 2.294 529 451 346 426 212 663 AP 373 126 420 554 939 1.180 67 13 36 AM 3.442 1.072 4.163 683 512 948 504 209 439 PA 25.234 12.841 29.236 11.067 16.777 26.393 228 77 111 RO 10.802 9.698 15.855 2.659 9.741 6.523 406 100 243 RR 1.447 624 1.083 2.087 2.750 2.670 69 23 41 Total Norte 43.552 25.319 53.051 17.581 31.170 38.060 248 81 139 Total Brasil 1.656.340 1.591.858 2.602.937 2.308.171 2.948.058 3.402.523 71,8 54,0 76,5 Resultados do balanço do consumo de nutrientes pelas principais culturas brasileiras Culturas Consumo de nutrientes (t) Fator de Consumo (1) IA médio (%) (2) N P 2 O 5 K 2 O N P 2 O 5 K 2 O N P 2 O 5 K 2 O Soja 50.721 1.459.726 1.435.858 N/A (3) 2,0 1,1-49 90 Milho 716.320 621.280 563.200 1,3 1,3 1,8 75 74 54 Cana-de-açúcar 573.304 195.498 609.062 1,1 1,2 1,2 94 84 80 Café 261.979 77.182 203.963 5,5 12,0 3,9 18 8 26 Algodão herbáceo 132.866 121.728 123.832 2,2 5,8 2,2 45 17 46 Arroz 143.632 88.886 81.818 0,9 1,4 1,2 109 73 82 Feijão 78.540 100.496 62.297 0,9 3,1 1,0 108 32 103 Laranja 73.416 30.210 57.760 2,1 4,1 1,7 48 24 58 Trigo 97.390 119.896 85.932 1,6 2,8 3,5 61 36 29 (1) Fator de consumo é a relação entre o consumo e a demanda das culturas. (2) IA = índice de aproveitamento. Aproveitamento é o percentual da demanda com relação ao consumo. (3) N/A = não aplicável. 6

INOVAÇÕES NO MANEJO DE FERTILIZANTES PARA AUMENTAR O USO EFICIENTE BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES 7

Intensificação: mais do que o aumento de produtividade Manejo de nutrientes 4C Balanço de nutrientes Utilização Energia eficiente dos Trabalho recursos: Nutriente Água Produtividade Perda de nutrientes Durabilidade Metas do Sist. Prod. Biodiversidade Sustentabilidade Erosão do solo Qualidade do ar e da água Serviços dos ecossistemas Alimentos acessíveis Qualidade Rentabilidade Produtividade Condições de trabalho Lucro Retorno do investimento Sistema de cultivo Produtividade do solo Receitas da propriedade Estabilidade da produção Adoção Aplicação das fontes corretas de nutrientes nas doses, época e local corretos Manejo atual x eficiência da adubação Necessidade de repensar!! Facilidade X Perda de nutrientes O primeiro nutriente a ser perdido é a matéria orgânica, que não se compra, mas se maneja. Ela é que condiciona a eficiência de todos os processos do solo!!!! 8

Manejo atual x eficiência da adubação Terraços? Facilidades x Perdas de nutrientes ERROS BÁSICOS Falta de reparos & manutenção Esteiras Aletas faltando distribuidoras taliscas e com desgastadas taliscas torcidas EQUIPAMENTO COM MANUTENÇÃO Disco com somente 2 aletas Extraído de Pedro Henrique. Fonte: Luz & Otto 2009 9

Qualidade operacional Fonte: Márcio Veronese, Fundação MT/PMA (2012) Qualidade operacional AREA ABERTA PELO NOVO DONO FAIXA DE CALCÁRIO ÁREA ANTIGO DONO Fonte: Haroldo Hoogerheide, Fundação MT (2010). 10

Espécies ROTAÇÃO DE CULTURAS / SISTEMAS DE PRODUÇÃO 11

Recuperação de P LA muito argiloso, 22 anos S.simples aplicado Fósforo recuperado anuais 1 anuais e capim 2 kg/ha de P 2 O 5 ---------------- % --------------- 100 44 85 200 40 82 400 35 70 800 40 62 1 A área foi cultivada por dez anos com soja, seguida de um plantio com milho e quatro ciclos da seqüência milho-soja, dois cultivos de milho e um de soja. 2 A área foi cultivada por dois anos com soja, seguida de nove anos com braquiária mais dois anos com soja e dois ciclos da seqüência milho-soja, e cinco anos com braquiária. Extraído de Djalma Martinhão. Fonte: Sousa et al., 2007. Resultados financeiros de sistemas de produção, em dois anos agrícolas, na Agro Pecuária Peeters S.A (2005). Cultura Renda Bruta Renda Líquida Preço unit. Lucro 1 (R$) SISTEMA MONOCULTIVO DE ALGODÃO Primeiro verão Algodão 200 @ 60 @ 20,00 1.200,00 Total 1 1.200,00 Segundo verão Algodão 200 @ 60 @ 20,00 1.200,00 Total 2.400,00 SISTEMA ILP (SAFRA + BOI) Primeiro verão Milho + Braq 2 100 sc 40 sc 15,00 600,00 Pecuária 900 kg 450 kg 3,33 1.500,00 Total 1 2.100,00 Segundo verão Algodão 250 @ 110 @ 20,00 2.200,00 Total 4.300,00 SISTEMA ILP (SAFRA + SAFRINHA + BOI) Primeiro verão Soja 50 sc 15 sc 30,00 450,00 Milho saf. + Braq 2 100 sc 40 sc 15,00 600,00 Pecuária 600 kg 300 kg 3,33 1.000,00 Total 1 2.100,00 Segundo verão Algodão 280 @ 140@ 20,00 2.800,00 Total 1 Lucro por hectare. 4.850,00 2 Milho + Braq. = milho + braquiária; Milho saf. + Braq. = milho safrinha + braquiária. Extraído de Crusciol 2009. 12

28/02/2013 Educação - PUBLICAÇÕES The four fertilizer rights: placement Scott Murrell (IPNI),Tony Vyn (Purdue), Guy Lafond (AAFC), Dave Finlayson (CFI), Educação PROGRAMA CONCEITO 4C Cropping system APLICAÇÃO DA FONTE CERTA, NA DOSE CERTA, NA ÉPOCA CERTA E NO LUGAR CERTO 13

PESQUISA (3) IPNI GLOBAL MAIZE PROJECT PANORAMA Identifica a Intensificação Ecológica (IE) do sistema de produção do milho como alta prioridade e necessidade comum. Vários campos experimentais em diversas regiões. OBJETIVOS Determinar a capacidade de aumento da produção em várias áreas de milho no mundo (facilitado pelo Hybrid Maize Model) Determinar quais práticas de manejo necessitam mudar para eliminar a diferença de rendimento mais rápido que a tendência atual (PP Versus IE) MODELO PRDSS (Sistema de Suporte a Decisão de Uso de Rocha Fosfática) Com base em informação agronômica e econômica o modelo aponta se o uso de rocha fosfática é viável. Depósitos de Minas de Fósforo O modelo está disponível: www.iswam.iaea.org/dapr/sr v/en/home Source: (Van Kauwenbergh, 2003). 14

Crop simulation models Fonte: http://www.hybridmaize.unl.edu/ MUITAS INFORMAÇÕES NECESSIDADE DE PASSAR A INFORMAÇÃO PARA USUÁRIO FINAL URGENTE NECESSIDADE DE AUMENTAR OS SERVIÇOS DE EXTENSÃO Nós treinamos os que treinam e influenciamos os que influenciam Dr. Terry Roberts Presidente do IPNI 15

RESUMO: INOVAÇÕES NO MANEJO DE FERTILIZANTES Campos de pesquisa aplicada objetivando melhor uso eficiente dos nutrientes. Várias ferramentas disponíveis ao agricultor para melhor uso eficiente dos nutrientes (publicações, modelos, dados de pesquisa local, etc). Várias iniciativas conjuntas em todo o mundo para BPUFs. Grande esforço da indústria sobre o uso eficiente de nutrientes visando adequado sistema de produção, meio ambiente e aspectos sociais e econômicos (Programa 4C). Necessitamos intensificar o trabalho de extensão. INOVAÇÕES EM NOVAS FONTES DE NUTRIENTES 16

Novos Produtos Fertilizantes com baixo potencial de perda de N para o ambiente (ex.: ureia com NBPT). Fertilizantes específico para certas condições agronômicas (ex.: ureia supergranulo para arroz inundado). Composição mais adequada de nutrientes para diferentes solos e culturas (ex.: inclusão de micronutrientes). Formas mais eficientes de liberação de nutrientes (ex.: adubo fluido contendo P para solos calcáreos). Fertilizantes de liberação lenta e controlada. Lehr (1980) Fosfatos insolúveis em água deven ser evitados a todo custo? A necessidade de um conjunto mais realista de especificações do produto é um dos problemas mais importantes enfrentados pelos produtores de fosfato que buscam alíviar etapas de purificação desnecessárias e dispendiosas. Só pesquisa agronômica pode fornecer as orientações necessárias. 17

INFORMAÇÕES Em alguns países, incluindo o Brasil, fertilizantes P acidulados têm que ter alta solúvel em água (90%) em citrato neutro de amônio + H 2 O da fração do P solúvel (legislação). Qualidade da rocha fosfática está diminuindo no mundo. Altas quantidades de energia e dinheiro são gastos, a fim de sempre produzir fertilizantes fosfatados, com altos teores solúveis em água. Parte das apatitas concentradas são descartadas. DE PROBLEMA A SOLUÇÃO ATRAVÉS DA CIÊNCIA Qualidade das rochas fosfáticas está diminuindo drasticamente no mundo. Tendência para fertilizantes fosfatos de baixa solubilidade em água Realmente é necessário acidular totalmente as fontes de fósforo para obter produtos com alta solubilidade em água? 18

Análise Estatística de Grupo de Experimentos 16 Campos Experimentais Tratament P SOURCE AVERAGE RAE 1 SSP GCA (High WSP) 96.1 A 2 SSP RCA (Low WSP) 95.3 A 3 SSP GCA/RCA 94.5 A 4 SSP Patos (Low WSP) 95.5 A C.V. = 10.4; dms = 4.2. 1 Conjunto de dados = experimentos 01 sulco, 01 lanço, 02 sulco, 02 lanço, 04 sulco, 04 lanço, 07 granulado, 07 pó, 08-01 RSP, 08-01 RCP, 08-02 RSP, 08-02 RCP, 11, 12 M1, 12 M2, 12 M3. 19

Aparando arestas na PESQUISA DE FERTILIZANTES Mike McLaughlin CSIRO Sustainable Agriculture Flagship Soil Science, University of Adelaide Melhorar o uso eficiente de fertilizantes P (PUE) Modificar cultivares para melhorar PUE Interações localização/umidade Alteração química na região fertilizada Diagnóstico preciso da deficiência de P Modificar cultivares para aumentar PUE Source: Courtesy of Mike McLaughlin. trigo Excreção de citrato tremoço canola - P +P - P +P - P +P Source: Hocking et al. 1997. 20

Novos quelatos para melhorar a eficiência dos micronutrientes Rhamnolipid (RH) Produzido por bactérias, pode difundir facilmente através das membranas ds raízes Zn- Rhamnol ipid Resposta do trigo a aplicação de rhamnolipid Polyethyleninime (PEI) Polímero com elevada capacidade de complexar Zn RESUMO: INOVAÇÕES EM FERTILIZANTES (NOVAS FONTES) Algumas opções disponíveis no mercado (uso de NBPT para reduzir volatilização de N da ureia). Várias empresas de fertilizantes trabalhando com novas possibilidades. Várias oportunidades na literatura que poderia se transformar em novos produtos. Necessidade de pesquisa de campo. Técnicas avançadas aplicadas na pesquisa de fertilizantes. Boas oportunidades para adaptar as plantas ao solo (estudos genéticos). Muito cuidado com produtos milagrosos. 21

PESQUISA NO SETOR DE FERTILIZANTES NO BRASIL HISTÓRICO No geral pesquisa em fertilizantes tinha maior enfoque no passado (Exemplos: TVA nos EUA e CEFER no Brasil). Institutos de pesquisa especializados em fertilizantes foram fechados. Crise em preço de 2008 alertou para dependência do Brasil em fertilizantes. Início de incentivo a novas pesquisas. Surgem iniciativas. Redefert Brasil da EMBRAPA é um exemplo claro. No geral ainda pouca massa critíca no setor. Iniciativas individuais ou de grupos em coordenação integrada. 22

O QUE FAZER? Resgate do conhecimento já existente (ex.: publicação do TVA na forma de boletins). Maior investimento para formação de pessoal qualificado. Estabelecimento de orgão específico para desenvolvimento de novas fontes de nutrientes. Maior investimento em pesquisa qualificada. COMENTÁRIOS FINAIS 23

Evolução do uso de fertilizantes por hectare e por tonelada de produto. Itiquira, MT NPK, kg/ha 180 40 170 38 160 36 Aumento de 150 38% 34 140 32 130 30 120 28 Diminuição 110 de 29% 26 100 24 90 22 80 20 2004 2005 2006 2007 2008 2009 8.0 milhões tons 14.9 millões tons NPK, kg/ton Dados fornecidos pela Fundação MT. MUITO OBRIGADO! Website: http://www.ipni.org.br Telefone/fax: 55 (19) 3433-3254 24