Sistema Cardiovascular Vasos e Sangue



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Transcrição:

Sistema Cardiovascular Vasos e Sangue Objetivo da Aula Compreender os tipos e funções dos vasos sanguíneos. Adquirir a capacidade de aplicar este conhecimento na prática acadêmica e profissional da Educação Física. O coração, as artérias e as veias formam circuitos fechados que permitem a circulação do sangue pelo corpo. Basicamente, existem dois grandes sistemas de circulação: circulação sistêmica e a circulação pulmonar. Além dessas duas circulações, existem outras menores, como: a circulação cardíaca (estabelecida entre as artérias coronárias que surgem da aorta e as veias cardíacas que terminam no seio coronário), portal (que é um tipo de circulação aberta formada pela veia porta, que se origina do intestino delgado e baço pelas veias mesentéricas e lineal, e no fígado os ramos da veia porta terminam nos sinusoides hepáticos), linfática (circulação aberta formada pela rede capilar linfática, coletores pré-linfonodais, linfonodos, pós-linfonodais e ductos linfáticos) e fetal (circulação estabelecida entre o feto e a mãe, apresenta padrão diferente das circulações pulmonar e sistêmica do adulto). Aula 12 p. 95

Artérias No início do estudo do corpo humano, como as artérias dos cadáveres sempre se encontravam vazias de sangue, acreditava-se que só continha ar, daí seu nome. Somente no século XVII foi demonstrada claramente a circulação sanguínea nas artérias. Aula 12 p. 96

As artérias são vasos que partem do coração e levam o sangue aos tecidos. Duas grandes artérias saem do coração: tronco pulmonar, que distribui o sangue para os pulmões e faz parte da circulação pulmonar e a artéria aorta, cujos ramos constituem as artérias sistêmicas, que distribuem o sangue ao resto do corpo, fazendo parte da circulação sistêmica. As artérias são formadas por três camadas: túnica íntima, túnica média e túnica externa. A túnica íntima fica mais próxima ao lúmen, o centro oco em que flui o sangue. A túnica média é mais espessa e formada por músculo liso. Por estimulação do Sistema Nervoso Autônomo, as artérias podem estreitar (vasoconstrição) ou aumentar (vasodilatação) o lúmen, alterando a pressão e, consequentemente, a fluidez do sangue. Aula 12 p. 97

Quanto mais distante do coração, menor o calibre da artéria. A partir da artéria aorta surgem ramificações que atendem à irrigação do corpo inteiro. As artérias de maior calibre são também chamadas de artérias elásticas, porque suas túnicas médias contêm proporção elevada de fibras elásticas e suas paredes são relativamente finas em relação ao diâmetro do lúmen. Possuem papel importante, pois ajudam na propulsão do sangue para o próximo trecho, enquanto os ventrículos estão relaxando. Conforme o sangue é ejetado do coração para as artérias de grande calibre (artérias elásticas), suas paredes são estiradas, acomodando o sangue. Pelo estiramento, as fibras elásticas momentaneamente armazenam energia mecânica, funcionando como reservatório de pressão. Em seguida, as fibras elásticas se retraem, convertendo a energia mecânica em energia cinética, movimentando o sangue. Exemplos de artérias de grande calibre são: artéria aorta, braquiocefálica, carótidas comuns e ilíacas. As artérias de grande calibre conduzem o sangue para artérias de médio e pequeno calibre (artérias condutoras ou musculares), que possuem mais músculo liso e menos fibras elásticas. Dessa forma, artérias de médio calibre são capazes de vasoconstrição e vasodilatação mais acentuadas, para regular a intensidade do fluxo sanguíneo. Exemplos de artérias de médio calibre são: artéria braquial, radial e tibial. Após a ramificação das artérias de médio calibre, surgem artérias de pequeno calibre, também chamadas de arteríolas, que são quase microscópicas. Elas podem ter diâmetro de até 0,5 mm e levam o sangue para os capilares. As arteríolas possuem papel fundamental no controle do sangue das artérias para os capilares. Quando o músculo liso das arteríolas se contrai, produzindo vasoconstrição, o fluxo sanguíneo diminui, quase para. O número de artérias que irriga um determinado órgão é muito variável. Está relacionado não apenas ao volume do órgão, mas principalmente à sua importância funcional e mesmo à sua atividade em determinados momentos. Geralmente, um órgão ou uma estrutura recebem sangue de mais de uma artéria, embora haja exceções, como é o caso dos rins e do baço. Aula 12 p. 98

Capilares Embora Leonardo da Vinci e Cesalpino tenham intuído a existência dos vasos capilares e feito algumas observações sobre a circulação sanguínea, foi Marcello Malpighi em 1661 quem descreveu pela primeira vez utilizando microscópio. Os capilares são vasos microscópicos que conectam as arteríolas às vênulas. Os capilares são encontrados próximos de quase todas as células do corpo, mas sua distribuição varia conforme a atividade metabólica do tecido vascularizado. A função primária dos capilares é permitir trocas de nutrientes e catabólitos entre o sangue e as células. Aula 12 p. 99

A estrutura desses vasos é adequada a esse propósito, pois possui somente uma camada, a túnica íntima. Os capilares formam extensas redes ramificadas, que aumentam a área de superfície disponível para as trocas. O espaço formado entre os capilares e as células é chamado de interstício. Veias A origem da palavra veia é incerta, pode ser porque o sangue viria ao coração através das veias, ou devido ao sangramento venoso parece um veio, um fio de sangue. As veias conduzem o sangue dos capilares para o coração. Existem dois sistemas distintos, a circulação pulmonar e a sistêmica, representados por veias pulmonares e veias cavas, que desembocam diretamente no coração. Aula 12 p. 100

Quando diversos capilares confluem, eles formam pequenas veias chamadas de vênulas. As vênulas coletam o sangue dos capilares e drenam para as veias de médio calibre. As veias, inclusive as arteríolas, são formadas por três camadas, assim como as artérias, entretanto as espessuras são diferentes. As túnicas externas são mais espessas, enquanto as outras são mais finas. O lúmen das veias é maior que o das artérias e suas paredes são mais distensíveis para se adaptar às variações de volume e pressão. Muitas veias, especialmente as dos membros, possuem número abundante de válvulas voltadas para o lúmen e na direção do coração. As válvulas auxiliam no retorno venoso, por impedir que o sangue vá em direção aos capilares. O número de veias é maior do que o das artérias. Em geral, há duas veias acompanhando uma artéria, mas há exceções, como na porção proximal dos membros, no pênis e no cordão umbilical. Levando-se em conta que a velocidade do sangue é menor nas veias que nas artérias e que as veias têm de transportar o mesmo volume sanguíneo em um determinado tempo, compreende-se o porquê deste maior número. Aula 12 p. 101

Sangue O sangue é um tecido conjuntivo formado por parte líquida chamada de plasma e por parte celular, consistindo em vários tipos de células e por fragmentos celulares. O oxigênio, inspirado pelos pulmões, e os nutrientes, absorvidos pelo trato gastrointestinal são transportados pelo sangue para os tecidos corporais. O oxigênio e os nutrientes passam a partir do sangue para o líquido intersticial e em seguida para as células. O gás carbônico e outros catabólitos movem-se em direção oposta para serem eliminados por rins, pulmões ou trato gastrointestinal. O sangue é o único tecido conjuntivo líquido e têm três funções: transporte (oxigênio, gás carbônico, nutrientes, catabólitos, hormônios, calor, etc.); regulação do funcionamento do organismo (ph, temperatura, água, íons, proteínas) e proteção contra doenças (coagulação, anticorpos, linfócitos, interferon, etc.). O sangue é mais denso e mais viscoso que a água, sua temperatura é cerca de 38ºC e seu ph varia de 7,35 a 7,45. O sangue representa cerca de 8% da massa corporal, seu volume é de 5 a 6 litros no homem adulto médio e de 4,5 litros na mulher adulta média. Aula 12 p. 102

Circulação Pulmonar O sangue entra na circulação pulmonar quando sai do ventrículo direito em direção ao tronco pulmonar. Este se divide em artérias pulmonares direita e esquerda, que se dirigem aos pulmões correspondentes. Ao penetrarem nos pulmões, as artérias pulmonares se dividem em ramos lobares, um para cada lobo do pulmão. As artérias lobares se dividem em artérias de pequeno calibre, arteríolas até capilares. Cada conjunto de capilares envolve um alvéolo e assim as trocas gasosas entre o sangue e o ar podem ocorrer. O sangue do capilar e o ar dos alvéolos estão separados somente por um epitélio alveolar bem fino e o endotélio capilar. Dos capilares, o sangue é coletado por vênulas e destes vasos para veias de calibres cada vez maiores até chegarem nas veias pulmonares. A partir das veias pulmonares, o sangue chega ao coração no átrio esquerdo. As artérias pulmonares transportam sangue com alta concentração de gás carbônico e baixa concentração de oxigênio. O sangue nas veias pulmonares possui alta concentração de oxigênio e baixa concentração de gás carbônico. Esse padrão é exatamente o oposto do que ocorre nas artérias e veias da circulação sistêmica. Os vasos são denominados de acordo com a direção do fluxo sanguíneo. Os vasos do circuito pulmonar não suprem os tecidos dos pulmões com oxigênio e nutrientes. As necessidades metabólicas dos pulmões são supridas por pequenos vasos da circulação sistêmica. Aula 12 p. 103

Aula 12 p. 104

Circulação Sistêmica A circulação sistêmica inicia-se após o sangue sair do ventrículo esquerdo em direção à artéria aorta. A artéria aorta é dividida em parte ascendente, arco e parte descendente. A partir dela surgem ramos para irrigar todo o corpo. Os únicos ramos da parte ascendente são as artérias coronárias, que irrigam o músculo cardíaco. Os ramos do arco da artéria aorta são: tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. Estas artérias se ramificam e irrigam a cabeça, pescoço e membros superiores. Os ramos da parte descendente da artéria aorta são divididos em: parte torácica, que após ramificações irriga o tórax, incluindo os pulmões; parte abdominal, que após ramificações irriga todo o abdome, pelve e membros inferiores. Após chegar aos capilares, o sangue é coletado pelas vênulas e destes vasos ruma para as veias de calibres cada vez maiores, até chegar às veias cavas. A veia cava inferior drena o sangue, que chega abaixo da altura do coração e a veia cava superior, acima do coração, até que ambas desembocam no átrio direito. Aula 12 p. 105

Uma lição de anatomia Arteriosclerose: isquemia e infarto. Veias varicosas. A doença arterial adquirida mais comum em países desenvolvidos é a arteriosclerose (enrijecimento das artérias), com espessamento e perda de elasticidade das paredes arteriais. A forma mais comum está associada ao acúmulo de gordura, principalmente o colesterol, nas paredes arteriais. Há formação de depósito de cálcio na placa de ateroma. O consequente estreitamento arterial e irregularidade superficial podem a artéria ou ser deslocada para a corrente sanguínea, formando um êmbolo e bloquear vasos menores. As consequências podem ser a isquemia, que é a redução do suprimento sanguíneo para um órgão ou região e infarto, que é a morte local, ou necrose de uma área de tecido ou um órgão, decorrente da redução do suprimento sanguíneo. Estas consequências são particularmente significativas em relação ao coração (cardiopatia isquêmica e infarto do miocárdio), encéfalo (derrame) e as partes distais dos membros (gangrena). Aula 12 p. 106

Quando as paredes das veias perdem sua elasticidade, elas se tornam fracas. Uma veia enfraquecida dilata sob pressão da sustentação de uma coluna de sangue contra a gravidade. Isto resulta em veias varicosas, observadas com maior frequência nas pernas. As veias varicosas possuem um calibre maior que o normal e as válvulas não se encontram ou foram destruídas por inflamação. Essas veias possuem válvulas incompetentes, assim a coluna de sangue que ascende em direção ao coração não é interrompida, aumentando a pressão sobre as paredes enfraquecidas, assim exacerbando o problema da varicosidade. Aula 12 p. 107

Acesse o ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE para a visualização da animação. Referências D ANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007. FREITAS, V. Anatomia: conceitos e fundamentos. São Paulo: Artmed, 2004. GARDNER, E.; GRAY, R. J.; O RAHILLY, R. Anatomia estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978. GRAY, H. Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977. HOLLINSHED, W. H. Livro-texto de anatomia humana. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2. ed. Barueri: Manole, 1991. TORTORA, G. T. Princípios de Anatomia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Aula 12 p. 108

Anotações