4.1.6 O Poder de Polícia Incide sobre: BENS DIREITOS OU INTERESSES ATIVIDADES LIBERDADES (Exceto de Locomoção) Obs: Em nenhuma hipótese, o poder de polícia não acarreta prisão, ou seja, não incide sobre pessoa, porque somente pode ser exercido em decorrência de um ilícito administrativo, ao passo que a prisão decorre de ilícito penal.
4.1.7 Delegação do Poder de Polícia: Não se admite delegação do Poder de Polícia, especialmente a particulares. OBS1: Conforme jurisprudência do STJ, é possível delegar as atividades de consentimento e fiscalização inerentes ao poder de polícia à Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista que prestem serviços públicos.
OBS2: Como exceção à regra, a doutrina admite delegação do poder de polícia à particular em situações excepcionalíssimas, como, por exemplo, para capitães de navio e comandantes de aeronave (no tocante a atividade de fiscalização). Somente considerar as exceções se a questão de prova expressamente mencioná-la.
PODER DE POLÍCIA 1. FINALIDADE: Restringir ou limitar atividades particulares em beneficio do interesse coletivo. 2. OBJETO: ILÍCITO ADMINISTRATIVO 3. COMPETÊNCIA: Todo órgão ou autarquia que, no âmbito de suas atribuições, tenha poderes para restringir ou limitar atividades particulares. 4. NATUREZA: * Preventiva * Repressiva POLÍCIA JUDICIÁRIA 1. FINALIDADE: Investigar e apurar indícios da materialidade e da autoria de suposto crime, com vistas a uma condenação penal posterior. 2. OBJETO: ILÍCITO PENAL 3. COMPETÊNCIA: Polícia Civil e Polícia Federal 4. NATUREZA: * Repressiva
4.2 PODER HIERÁRQUICO: É a prerrogativa que a administração tem de organizar, estruturar, escalonar e dispor sobre o funcionamento da atividade administrativa do Estado, a conduta dos agentes e o exercício das competências. É o fundamento das relações entre o nível político de direção ou comando e as esferas administrativas inferiores, que se realizam mediante atos concretos e abstratos de caráter vinculante.
Permite a distribuição da legitimidade democrática do governo nas várias esferas administrativas do Estado. Dele decorrem as ordens de serviço, a revisão, a fiscalização, o controle, a validação e convalidação de atos, bem como, a delegação de competências e a avocação de atribuições. COMPREENDE AS RELAÇÕES FUNCIONAIS DE: SUBORDINAÇÃO COORDENAÇÃO RELAÇÕES VERTICALIZADAS RELAÇÕES HORIZONTALIZADAS
4.3 PODER DISCIPLINAR: É a prerrogativa que a administração tem de apurar e punir infrações disciplinares cometidas por: Servidores Públicos => (pressupõe hierarquia); Particulares que por ato ou contrato passaram a se submeter à disciplina interna da administração.
PARTICULARES SUJEITOS À DISCIPLINA INTERNA DA ADMINISTRAÇÃO Particulares contratados pela Administração para executar obras, serviços e fornecimentos; Entidades paraestatais (3º Setor); Alunos de instituições públicas; Delegatários de serviço público CONCESSIONÁRIOS PERMISSINÁRIOS AUTORIZADOS
4.4 PODER REGULAMENTAR: É a prerrogativa que a administração tem (principalmente o poder executivo) de editar atos normativos para detalhar, esclarecer e regulamentar a interpretação e a aplicação de uma lei. Tanto o chefe do poder executivo como órgãos e autoridades hierarquicamente abaixo dele podem exercer o poder regulamentar no âmbito de suas competências. (Art. 87, II, CF).
4.4.1 Limites ao Exercício do Poder Regulamentar: Não pode inovar no ordenamento jurídico (não pode criar uma obrigação ou dever que já não estivesse previsto em lei). ART. 5º, II, CF => Princípio da legalidade FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS ART. 84, IV, CF => A regulamentação é apenas para fiel Execução da lei. ART. 49, V, CF => Controle do Congresso Nacional ART. 25, ADCT => Eliminou o antigo Decreto-Lei
4.4.2 Decreto Autônomo: É o decreto regulamentar editado pelo chefe do poder executivo que inova no ordenamento jurídico à revelia de uma lei. A CF/88 não admite decreto autônomo, exceto nas seguintes hipóteses: * Art. 84, VI, a, CF => para organizar e estruturar a administração pública, desde que não acarrete aumento de despesa orçamentária nem a criação ou extinção de órgãos públicos; * Art. 84, VI, b, CF => para extinguir cargos e funções públicas quando vagos.
4.5 PODER VINCULADO: É a prerrogativa que a administração tem de agir, mas também a obrigação de fazê-lo, sempre que estiverem presentes os motivos legais para tanto. É exercido por meio de atos vinculados, razão para a qual não há margem para conveniência e oportunidade (mérito administrativo).
4.6 PODER DISCRICIONÁRIO: É a faculdade que a administração tem de agir, mas não está obrigada à fazê-lo de determinado modo e em determinado momento, porque a lei autoriza a realização de um juízo de conveniência e oportunidade para ponderar os motivos e escolher o objeto mais adequado ao caso concreto. É exercido por meio de atos discricionário.