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Transcrição:

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: FINANCIAMENTO SETEMBRO DE 2012 ÍNDICE Nivalde J. de Castro Luiza Campello

SUMÁRIO EXECUTIVO...3 1 - FINANCIAMENTO VIA BANCOS...5 1.1 - BNDES...5 2 - FINANCIAMENTO DE EMPRESAS VIA MERCADO DE CAPITAIS...9 2.1 - AÇÕES...9 2.2 - DEBÊNTURES...9 2

SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório tem como objetivo central sistematizar os principais fatos, dados, informações e ações que ocorreram no mês de Setembro de 2012 e têm relação direta com o financiamento do Setor Elétrico Brasileiro (SEB). A estrutura do relatório Financiamento está dividida em duas seções principais: Financiamento via Bancos e Financiamento de Empresas via Mercado de Capitais. Neste mês de setembro, o BNDES publicou o boletim de desempenho referente ao mês de julho de 2012, que será analisado nesse relatório. O BNDES realizou desembolsos totais de R$ 14.322 milhões durante o mês de julho de 2012. As aprovações somaram R$ 14.302 milhões. Já as consultas e enquadramentos fecharam em R$ 22.415 milhões e R$ 21.827 milhões, respectivamente. No acumulado de janeiro a julho, o banco totalizou desembolsos no valor de R$ 67.866 milhões. Neste período, o SEB recebeu R$ 7.136 milhões, valor que representa aproximadamente 31% dos R$ 22.843 milhões desembolsados para a área de infraestrutura. O valor representa um aumento de 1% em comparação com os desembolsos efetuados para o setor no mesmo período do ano passado. Neste mesmo período, as aprovações do BNDES totalizaram R$ 86.817 milhões, sendo o SEB responsável por R$ 7.621 milhões. Além disso, no final do mês de setembro, o BNDES aprovou suplementação de recursos no valor de R$ 2,32 bilhões para a implantação da UHE Jirau, localizada no Rio Madeira, no município de Porto Velho (RO). Os recursos serão utilizados também para a instalação do sistema de transmissão associado, que ligará a usina à estação coletora. O crédito adicional dará suporte à expansão dos investimentos em Jirau, que passaram para R$ 15,7 bilhões, representando aumento de R$ 5,1 bilhões em relação ao orçamento original de R$ 10,5 bilhões. Quanto ao financiamento de empresas via mercado de capitais, a Energisa anunciou que pretende aumentar seu capital entre R$ 300 e R$ 500 milhões por meio de uma oferta privada de ações. Os recursos serão utilizados para fortalecer a estrutura de capital da companhia e fazer frente ao plano de investimentos para o período entre 2012 e 2014. Além disso, a Renova Energia comunicou que foi aprovada a realização da segunda emissão de debêntures simples, no valor de R$ 300 milhões. Os recursos captados serão destinados ao 3

caixa da empresa como reforço ou como investimentos nos projetos provenientes de contratos do leilão especial de reserva de 2010 do A-3 de 2011. Por fim, a Taesa entrou com pedido para realizar uma oferta de pelo menos R$ 1,6 bilhão com a emissão de debêntures. Mesmo com os lotes extras, que podem levar a captação a R$ 2,16 bilhões, o valor da emissão será menor do que o aprovado inicialmente pela companhia, que era de R$ 2,5 bilhões. A operação será realizada em três séries, duas das quais seguirão as regras do Novo Mercado de Renda Fixa, iniciativa da ANBIMA para aumentar a transparência nas emissões. 4

1 - FINANCIAMENTO VIA BANCOS 1.1 - BNDES O BNDES realizou desembolsos totais de R$ 14.322 milhões durante o mês de julho de 2012. As aprovações do banco durante julho somaram R$ 14.302 milhões. Já as consultas e enquadramentos, que são uma amostra para possíveis aprovações e desembolsos futuros, totalizaram R$ 22.415 milhões e R$ 21.827 milhões, respectivamente. No acumulado dos últimos 12 meses, o BNDES realizou desembolsos que totalizaram aproximadamente R$ 138 milhões, cerca de 2% menos que no mesmo período do ano anterior. As consultas e enquadramentos totalizaram aproximadamente R$ 138,7 milhões e R$ 129,6 milhões, respectivamente, no período de janeiro a julho de 2012. No acumulado dos últimos 12 meses, os enquadramentos realizados pelo BNDES somaram R$ 210,4 milhões, enquanto que as consultas alcançaram o montante de R$ 230,6 milhões. Tabela 1: Evolução dos desembolsos e aprovações do BNDES (em milhões de reais) Fonte: Boletim de desempenho setorial do BNDES, julho/2012. No acumulado dos sete primeiros meses do ano (janeiro até julho), o BNDES desembolsou R$ 67.866 milhões. O Setor Elétrico Brasileiro (SEB) recebeu R$ 7.136 milhões de um total de R$ 22.843 milhões desembolsados para infraestrutura, representando um aumento de 1% em relação ao desembolsado entre janeiro e julho de 2011. O montante desembolsado para o setor elétrico representou aproximadamente 31% do total liberado para o segmento de infraestrutura e 11% do total desembolsado pelo BNDES. O volume desembolsado para o segmento de infraestrutura apresentou queda de 21% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 5

No total, o BNDES desembolsou R$ 67.897 milhões entre janeiro e julho, registrando queda de 2% na comparação o mesmo período do ano anterior. As aprovações realizadas pelo BNDES de janeiro a julho de 2012 totalizaram R$ 86.817 milhões. O SEB foi responsável por aproximadamente 9% do total aprovado pelo banco neste período, representando R$ 7.621 milhões. O segmento de infraestrutura totalizou R$ 20.613milhões em aprovações. Deste montante, o SEB teve participação de aproximadamente 37%. Gráfico 1: Evolução dos desembolsos e aprovações do BNDES (em milhões de reais) Fonte: Boletim de desempenho setorial do BNDES, julho/2012. Os desembolsos destinados à infraestrutura nos últimos 12 meses somaram R$ 50.142 milhões, o que significou uma participação de aproximadamente 37% do total desembolsado pelo BNDES. No âmbito das aprovações, o setor de infraestrutura totalizou um montante de R$ 53.905 milhões nos últimos 12 meses até o mês de julho de 2012, o que significou uma participação de 32% do total aprovado. Tabela 2: Desempenho setorial do BNDES de janeiro até maio de 2012 (em milhões de reais) Fonte: Boletim de desempenho setorial do BNDES, julho/2012. Já o SEB recebeu desembolsos que totalizaram R$ 16.026 milhões nos últimos 12 meses findados em julho de 2012, o que significou 12% do total desembolsado pelo BNDES. No setor de infraestrutura, o SEB representou aproximadamente 32% do total desembolsado. Já as aprovações para o SEB totalizaram R$ 19.056 milhões nesse período, representando 6

participação de 11% do total aprovado pelo banco de fomento e aproximadamente 35% das aprovações realizadas dentro do segmento de infraestrutura. Tabela 3: Evolução das aprovações para Infraestrutura e SEB 2003 a Julho/2012 (em bilhões de R$) Anos Infraestrutura SEB 2003 * 5,5 2004 * 5,16 2005 * 4 2006 22,4 3,4 2007 45,6 12,8 2008 44,3 16,9 2009 59,2 12,5 2010 * 12,3 Julho/2012 20,6 7,6 *dados não encontrados Fontes: Boletim de desempenho setorial do BNDES, out/2011, BNDES 2011; Relatórios Anuais 2010, 2009, 2008, 2007, 2006, 2005, 2004, 2003, BNDES; Boletins Trimensais n 2, 6, 10, BNDES 2011. Além disso, no final do mês de setembro, o BNDES aprovou suplementação de recursos no valor de R$ 2,32 bilhões para a implantação da UHE Jirau, localizada no Rio Madeira, no município de Porto Velho (RO). Os recursos serão utilizados também para a instalação do sistema de transmissão associado, que ligará a usina à estação coletora. O crédito adicional dará suporte à expansão dos investimentos em Jirau, que passaram para R$ 15,7 bilhões, representando aumento de R$ 5,1 bilhões em relação ao orçamento original de R$ 10,5 bilhões. Com os novos investimentos, Jirau terá aumento de 450 MW na potência instalada da usina, com a implantação de seis unidades geradoras adicionais e capacidade total de 3.750 MW. O recurso suplementar se soma ao financiamento de R$ 7,2 bilhões contratado pelo BNDES em 2009. O financiamento do BNDES equivale a 60,8% do investimento total do projeto. O empréstimo suplementar será repassado na modalidade mista, seguindo o padrão da operação original, sendo 50% direta e 50% indireta, tendo como agentes financeiros Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú BBA. Por fim, a diretoria do BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 1,3 bilhão para seis distribuidoras de energia pertencentes ao grupo CPFL Energia. A CPFL receberá o maior volume de recursos, R$ 790 milhões, destinados ao plano de investimento da empresa nos anos 2012/2013, com prioridade para a expansão e modernização do sistema elétrico. O BNDES financiará 64,1% do plano de investimentos da CPFL de 2012 a 2013, no valor de R$ 7

1,2 bilhão, cujo objetivo é adequar o sistema elétrico à expansão do mercado e aos níveis de qualidade e confiabilidade. O plano abrange os municípios de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto, todos em São Paulo. Do total do financiamento concedido pelo BNDES, R$ 393 milhões serão repassados pelo Itaú BBA e Banco do Brasil. Além da CPFL, a distribuidora Rio Grande Energia, a Companhia Piratininga de Força e Luz, a Companhia Luz e Força Santa Cruz e a Companhia Sul Paulista de Energia também receberão repasses dos agentes financeiros Itaú BBA e Banco do Brasil. O financiamento de R$ 274,9 milhões para a Rio Grande Energia será destinado ao plano de investimento em expansão e modernização do sistema elétrico da empresa, também para os anos de 2012 e 2013. No caso da Companhia Piratininga de Força e Luz, o BNDES financiará 59,9% dos investimentos da distribuidora neste ano e em 2013, de R$ 367,5 milhões. Os recursos serão aplicados na adequação do sistema elétrico à expansão do mercado e no aprimoramento da qualidade dos serviços. Outras três operações terão recursos desembolsados diretamente pelo BNDES. A Companhia Luz e Força Santa Cruz receberá R$ 25,5 milhões; a Companhia Sul Paulista de Energia ficará com R$ 14,9 milhões; e a Companhia Leste Paulista de Energia receberá R$ 12,3 milhões. Os recursos para essas três empresas serão aportados no plano de investimentos das concessionárias relativo aos anos de 2011 e 2012. 8

2 - FINANCIAMENTO DE EMPRESAS VIA MERCADO DE CAPITAIS 2.1 - AÇÕES Neste mês de setembro, a Energisa anunciou que pretende aumentar seu capital entre R$ 300 e R$ 500 milhões por meio de uma oferta privada de ações. O acionista controlador, a Gipar, afirmou que garantirá o patamar mínimo, caso não haja interesse dos minoritários em acompanhar a oferta. Os recursos serão utilizados para fortalecer a estrutura de capital da companhia e fazer frente ao plano de investimentos para o período entre 2012 e 2014. A Energisa informou ainda que o valor poderá ser utilizado para potenciais aquisições no setor elétrico. Ao fim de junho, a Energisa possuía uma dívida líquida de R$ 1,65 bilhão, equivalente a 2,7 vezes o Ebitda nos últimos 12 meses. Os empréstimos com vencimento em até um ano somavam R$ 209,2 milhões frente a um caixa de R$ 393,6 milhões. Entretanto, a CPFL Renováveis adiou nova oferta de ações. O motivo foi a incerteza gerada pelos pacotes de desoneração do setor elétrico anunciado pelo governo. As medidas castigaram as ações das elétricas e deixaram os investidores receosos em relação ao setor, tradicionalmente considerado um porto-seguro devido a seu alto grau de previsibilidade. A ideia inicial da CPFL Renováveis era precificar sua oferta no fim de junho, mas a operação foi postergada por causa das condições ruins do mercado. A partir daí, os bancos que atuam na oferta passaram a trabalhar com a possibilidade de emitir os papéis entre outubro e novembro. Agora, o processo foi novamente congelado à espera de mais clareza sobre a MP 579, que trata da renovação das concessões do setor. 2.2 - DEBÊNTURES Neste mês de setembro, a Renova Energia comunicou que foi aprovada a realização da segunda emissão de debêntures simples, no valor de R$ 300 milhões. Os recursos captados serão destinados ao caixa da empresa como reforço ou como investimentos nos projetos provenientes de contratos do leilão especial de reserva de 2010 do A-3 de 2011. Além disso, a Taesa entrou com pedido para realizar uma oferta de pelo menos R$ 1,6 bilhão com a emissão de debêntures. Mesmo com os lotes extras, que podem levar a captação a R$ 2,16 bilhões, o valor da emissão será menor do que o aprovado inicialmente pela companhia, que era de R$ 2,5 bilhões. A operação será realizada em três séries, duas das quais seguirão as 9

regras do Novo Mercado de Renda Fixa, iniciativa da ANBIMA para aumentar a transparência nas emissões. A primeira série, com prazo de cinco anos, pagará juros de até 1% ao ano mais a variação da taxa DI. Na segunda, que vence em oito anos e terá correção pelo IPCA, a taxa de juros máxima será de 6% ao ano, e na terceira, também atualizada pela inflação e com vencimento em 12 anos, a remuneração será de até 6,30% ao ano. A colocação será realizada em regime de melhores esforços, ou seja, o coordenador líder Itaú BBA não tem compromisso de adquirir os papéis caso não haja demanda dos investidores. O Conselho de Administração da AES Eletropaulo aprovou também em setembro a nova sobretaxa máxima da remuneração da 15º emissão de debêntures da companhia, que passou de até 1,09% ao ano para até 1,25% ao ano, a ser definida em procedimento de bookbuilding. A empresa irá emitir 75 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, de espécie quirografária, em série única. O valor unitário das debêntures será de R$ 10 mil, perfazendo um montante total de R$ 750 milhões. A emissão será realizada no dia 9/10, com vencimento em 2018. O Bradesco BBI será o coordenador líder da oferta e, em parceria com o Itaú BBA, realizará a coleta de intenções de investimento sobre a emissão. Por fim, a Light comunicou ao mercado a captação de R$30 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ação. A operação foi feita por meio de sua subsidiária Light Energia, sendo emitidas 30 debêntures, com valor nominal unitário de R$1 milhão e vencimento em 4/06 de 2026. Essa é a terceira emissão do tipo feita pela companhia. 10