ail Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso II Importância da Atividade Física na Redução de Gastos Publicos com o Tratamento da Diabetes Mellitus em Escolares do Ensino Fundamental Autor: Sergio Antonio Pereira da Silva Orientador: Prof. MSc. Rafael da Costa Sotero Taguatinga - DF 2012
Sérgio Antonio Preira da Silva Importância da Atividade Física na Redução de Gastos Publicos com o Tratamento da Diabetes Mellitus em Escolares do Ensino Fundamental. RESUMO O presente estudo tem como objetivo analisar como a redução da prática de atividade física em escolares do 9ª ano pode influenciar o aumento de gastos públicos com o tratamento da Diabetes Mellitus (DM). Com base em informações pesquisadas através da análise de dados publicados no ano de 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estática e do Ministério da Saúde, foi possível demonstram que a meninas são menos ativas fisicamente que os meninos e gastam mais com o tratamento da DM. Sendo assim foi possível concluir que a prática de atividade física parece influenciar os gastos com DM. Palavras chaves: atividade física, diabete mellitus, diminuição dos gastos públicos. Introdução A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como uma condição de bem-estar físico, psíquico e social (OMS, 1948). A promoção da saúde esta associada a condições adequadas de habitação, lazer, salário, água, esgoto e uma série de outros requisitos e ações (SANTANA, SILVA, 2009). No Brasil, esse problema está relacionado a um desenvolvimento urbano equivocado e ao problema da desigualdade financeira, uma das piores do mundo (PIMENTA, PALMA, 2001). Em todo o mundo as pessoas estão consumindo mais alimentos de grande densidade energética e juntamente com a má nutrição, a inatividade física (sedentarismo) também é crescente. Esses crescentes fatores estão contribuindo para um grave problema de saúde pública global (ABRANTES et al., 2002). No meio de vários problemas de saúde pública encontrado na atualidade a Diabetes Mellitus (DM) se destaca como um mal que agride
vítimas em todo mundo, podendo ser definida como a insuficiente produção de insulina pelo organismo e/ou a inabilidade de usá-la adequadamente e seu surgimento esta intimamente relacionado com o sedentarismo e com a má alimentação (SOUZA, 2009). A escola certamente pode contribuir em relação à população e em especial crianças e jovens, principalmente no que diz respeito à melhora dos hábitos de vida. Sendo com um importante local promotor da saúde o papel do professor torna-se fundamental, pois é ele quem estará com os alunos na maior parte do tempo escolar (DIMON e BARROS, 2006). Os males associados à inatividade física (sedentarismo) são silenciosos e comprometem a saúde gradativamente (IBGE, 2009). De acordo o IBGE e recomendável que as crianças e adolescentes pratique atividade física 300 minutos semanais. Com os avanços da tecnologia, crianças e adolescentes vem sofrendo com a baixa prática de atividade o que proporciona um menor gasto energético diário, este estilo de vida provavelmente contribuirá para um estilo de vida não saudável (MARANI, 2007). A atividade física é um fator importante na prevenção e no tratamento do DM (DULLIUS e LOPEZ, 2003), e oferece uma a qualidade de vida melhor ao portador de diabetes (DULLIUS e LOPEZ, 2003). Objetivo Analisar a importância da atividade física na redução de gastos publicos com o tratamento da Diabetes Mellitus em crianças de ambos os sexos do 9º ano escolar. Materiais e métodos O presente estudo realizou uma análise dos dados publicados em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estática na Pesquisa Nacional da Saúde Escolar (IBGE, 2009) e pelo Ministério da Saúde no Departamento de Informática do Serviço Único de Saúde (DATASUS).
Amostras A amostra da Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (IBGE, 2009) é constituída de 6.780 escolas, totalizando um número de 618.555 alunos sendo: 293.596 do sexo masculino (47,5%) e 324.958 femininos (52,5%) do 9º ano do ensino fundamental, com faixa etária de 13 a 15 anos de todo o Brasil. Os dados do DATASUS (2009) mostram os gastos em reais referentes à doença da DM entre crianças de 10 a 14 anos de ambos os sexos de todo o Brasil. Análises Estatísticas Os dados foram analisados a partir da distribuição das frequências do número de crianças que praticam 300 minutos semanais de atividade física (IBGE, 2009) com os gastos públicos associados ao tratamento da DM (DATASUS, 2009) em escolares. Para realizar comparações dos dados foi utilizado o teste t-student (Excel 2007 para o Windows). Foi realizado teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e adotado nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS Os gastos públicos por internação para o tratamento do DM para o sexo feminino foi 20,6% superior quando comparado ao masculino (Tabela 1). Tabela 1. Gastos públicos em reais e % de gastos por sexo com o tratamento da DM (DATASUS, 2009). Sexo Feminino Masculino Total Gasto R$ 1.059.492,78 R$ 740.616,36 R$ 1.800.109,14 % de Gasto 60,3% *39,7% 100% * p<0,05 em relação ao sexo feminino
Em comparação aos dados do IBGE com o DATASUS foi verificada que a relação dos gastos e a prática de atividade física entre ambos os sexos foi possível avaliar que os escolares do sexo masculino apresentam um menor gasto publico como o tratamento do DM e apresentam um maior % de atividade física 300 minutos semanais quando comparado com as escolares do sexo feminino (Figura 1). * p<0,05 em relação ao sexo feminino Figura 1. Percentual de praticantes de 300 min de atividade física e gastos públicos com o tratamento do DM entre ambos os sexos. Discussão O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que vem alcançando proporções cada vez maiores em nossa sociedade. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (2010) estima que no Brasil, existam entre 10 a 12 milhões de pessoas com diabetes. As informações atuais preveem que no ano 2030 os diabéticos serão 435 milhões, a maioria está localizada em países em desenvolvimento (PIMENTA e PALMA, 2001). O DM, até ultimamente, era considerado como uma doença rara na adolescência. No entanto, nas últimas décadas, nos países industrializados,
vêm aumentando incidência do diabetes em adolescentes, com características similares às do DM do adulto (GABBAY et. al., 2003). Com base nas informações houve gastos maiores com o tratamento da (DM) com o sexo feminino 60,3% em comparação ao masculino 39,7% representando 20,6% a mais com gastos públicos (tabela 1) no tratamento da doença essa diferença acontece por eles serem mais ativos na prática de atividade física. Pra que haja uma redução nesses gastos seria necessário que as mulheres busquem hábitos mais saudáveis de vida para diminuir os gastos com o tratamento da DM. Adolescentes do sexo masculino por serem mais ativos e adeptos a prática parecem ter um maior controle sobre a doença, resultando ao poder público menores gastos para manutenção da saúde e controle do DM.. A prática de atividade física diária e bons hábitos alimentares são fundamentais para prevenir doenças crônicas não transmissíveis como o DM, porém, 60% da população global não correspondem à indicação mínima de 30 minutos diários de atividade física de intensidade baixa a moderada indicada para uma pessoa saudável (ABRANTES et al., 2002). Entretanto, a prática de uma atividade física regular e adequada ao condicionamento do indivíduo é uma forma bastante saudável e necessária para contribuir com a melhora da qualidade de vida e da saúde em geral (SOUZA, 2009). Nesse sentido, a Educação Física pode ter grande importância para o aluno por meio de aulas que relacionem aspectos teóricos com aspectos da prática das atividades físicas (TAVARES e CATARINA., SOUZA, 2009). Além disso, a Educação Física poderá ensinar como o jovem pode utilizar o próprio momento das aulas, visto que é ideal que sejam ministradas regularmente, três, quatro ou ate mais vezes por semana, e utilizar a adoção da prática regular de atividades físicas como um meio de prevenção. Juntos os adolescentes irão exercer atividades físicas, mediante jogos, brincadeiras, esportes, recreação, educação física ou programas de exercícios físicos, no contexto familiar e escolar, diminuindo o sedentarismo entre eles e
melhorando a qualidade de vida. Portanto, ira constituir efeitos positivos para a saúde, aumentando demanda energética proveniente dos esforços físicos. Conclusão Os dados apresentados na presente pesquisa evidenciam a importância da prática de atividade física 300 minutos semanais na redução dos gastos públicos relacionados com o tratamento do DM em escolares. Estimular a prática da atividade significa diminuir de uma forma inteligente e menos onerosa a incidência do DM na infância. Referências ABRANTES M. M., LAMOUNIER A. J., ENRICO., COLONISMO A. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes das regiões Sudeste e Nordeste. Jornal de Pediatria, 2002. DIMON F.,BARROS B. L. A ATIVIDADE FÍSICA NO CONTROLE DA OBESIDADE INFANTIL: notas de comportamento e afirmações. São Paulo, jul, 2006. GABBAY M.1, CESARINI P. R., Dib S. A. Diabetes melito do tipo 2 na infância e adolescência:revisão da literatura. Jornal de Pediatria, 2003. IBGE: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2009)..Ministério da Saúde no Departamento de informática (DATASUS). ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Doenças crônicas degenerativas e obesidade: Estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. 2003. PIMENTA. A. P. A. A., PALMA A. Perfil epidemiológico da obesidade em crianças: relação entre televisão, atividade física e obesidade, Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v. 9 n. 4 p. outubro, 2001.
SANTANA A. E., SILVA S. P. P. Educação Física escolar para alunos com diabetes mellitus tipo 1. Rio Claro, jul./set, 2009. Sociedade Brasileira de Diabetes. Índices de diabetes na pesquisa sobre o Panorama da saúde no Brasil. Rev. da SBD 2010, Vol. 17 n 2. SOUZA, A. P. A. Lazer e atividade física Trabalhando Pela Saúde Pública e o Bem Estar. Uberlândia MG. Ano 2009. DULLIUS.,F.ALONSO Atividades físicas é parte do tratamento para diabéticos:mas quem e o profissional que a deve prescrever? Revista Digital - Buenos Aires - Ano 9 - N 60 - ma io, 2003 TAVARES E CATARINE, SOUZA Educação física Escolar: contribuições teórico-metodológicas para a prática pedagógica dos professores de Educação Física. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nº 135 - agosto 2009 MARANI, F. OLIVEIRA, A.R.DE; GUEDES, D.P. Indicadores comportamentais associados a prática de atividade física e saúde em escolares do ensino médio. R. Brás. Cie Mov. 2007