Versão 1.1 janeiro 2019

Documentos relacionados
TERMOS E CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE AUDITORIAS DE PÓS-AVALIAÇÃO

Versão 1.2 março 2019

PROCEDIMENTO PARA A QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR PCIP. Versão setembro 2017

PROCEDIMENTO PARA A ATIVIDADE E VALIDAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DO VERIFICADOR SGSPAG

PROCEDIMENTO PARA A VALIDAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR DE PÓS-AVALIAÇÃO. Versão janeiro 2018

PROCEDIMENTO PARA A ATIVIDADE E RENOVAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR PCIP. Versão dezembro 2018

PLANO DE TRANSIÇÃO E ALTERAÇÕES

PROCEDIMENTO PARA A QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR SGSPAG

PROCEDIMENTO PARA A QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR SGSPAG

ORIENTAÇÕES NO ÂMBITO DA ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL E RESPETIVAS

PROCEDIMENTO PARA A QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR DE PÓS-AVALIAÇÃO. Versão janeiro 2017

Projecto Relatório Único no SIRAPA. Sessões Técnicas Grupo de Trabalho RU 29, 30 e 31 de Março 2011

PANORAMA NACIONAL EM TERMOS DE CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS AMBIENTAIS

PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO DA DURAÇÃO MÍNIMA IN SITU DA VERIFICAÇÃO SGSPAG

16.º ENCONTRO DE VERIFICADORES AMBIENTAIS EMAS

PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO DA DURAÇÃO MÍNIMA IN SITU DA VERIFICAÇÃO SGSPAG

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO CONDIÇÕES PARTICULARES

POLÍTICA DE PREVENÇÃO DO BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO DO TERRORISMO VICTORIA SEGUROS, S.A.

POLÍTICA PREVENÇÃO DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO DO TERRORISMO POLÍTICA

Prevenção e Controlo Integrado da Poluição. Prevenção e Controlo Integrado da Poluição

TÍTULO DIGITAL DE INSTALAÇÃO N.º NAVIGATOR TISSUE CACIA, SA

TÍTULO DIGITAL DE ALTERAÇÃO N.º 1121/2012 /

Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril

Resumo Público de Certificação Florestal Referencial PEFC Portugal para Sistemas de Gestão Florestal Sustentável

Procedimento de Notificação de Organismos, no âmbito do Regulamento (UE) n.º 305/2011, relativo aos Produtos de Construção

Política de privacidade

(P20) Plano de Aprovação e Controlo dos Estabelecimentos (PACE) 2 Objetivos Objetivo geral Objetivos estratégicos...

L 320/8 Jornal Oficial da União Europeia

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

TERMOS DAS AUDITORIAS

Manual de Procedimentos. Volume 9.4 Área Para a Qualidade e Auditoria Interna

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Subcomissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho. Capítulo I INTRODUÇÃO

1. Qual o prazo para resposta aos diversos pedidos de elementos efetuados em sede de renovação de AIM?

Licenciamento industrial e ambiental

Manual de Confirmação de Apoio Regime Escolar

TÍTULO DIGITAL DE INSTALAÇÃO N.º /2018-1

MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DO AMBIENTE. Portaria n. 174/97 de 10 de Março

Procedimento do SGI PSG-08. (Auditorias Internas)

Regulamento (CE) n.º 1221/2009, de 25 de Novembro - Declaração Ambiental. Hélder Gil Joana Gorgulho Vanda Martins Pereira 7 de Abril de 2010

Encontro de Verificadores CELE 18 de outubro de 2016

Encontro de Verificadores CELE

REGIME JURÍDICO DO SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (RJSPTP)

Regulamento da CMVM n.º 11/2018

METODOLOGIA PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE QUALIFICAÇÃO

Regulamento da Comissão de Remunerações e Avaliação

Divisão de Informação Legislativa e Parlamentar. Legislação Citada. O E Página 1

Responsabilidade por danos ambientais nos recursos hídricos, sua prevenção e reparação

Verificação do Relatório de Conformidade do Projecto de Execução com a DIA (RECAPE)

15.º ENCONTRO DE VERIFICADORES AMBIENTAIS EMAS

EDP Distribuição - Energia, S.A.

(Texto relevante para efeitos do EEE)

METODOLOGIA PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE QUALIFICAÇÃO

GESTÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

Manual de Procedimentos. Volume 9.4 Área Para a Qualidade e Auditoria Interna

PROGRAMA CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA E PLANEAMENTO

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO, PROCESSO E SERVIÇO CONDIÇÕES PARTICULARES. Modo Produção Biológico CONTROLO DA PRODUÇÃO DE BETÃO

PROCEDIMENTO DE REGISTO DAS ORGANIZAÇÕES NO SISTEMA COMUNITÁRIO DE ECOGESTÃO E AUDITORIA (EMAS) Índice. SQ.E.O.01 maio de 2013

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

Decisão da Comissão de /6674 (Período de abrangência ano 2015)

TRANSFERÊNCIA DE RESÍDUOS E RASTREABILIDADE Webinar sobre Resíduos, Dupla Contagem, Fraude e Fiscalização e Biocombustíveis Avançados

Administração Interna, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Planeamento e das Infraestruturas e do Ambiente. Portaria n.

Diretiva ERSE n.º 8/2017

RELATÓRIO DE BASE Avaliação da necessidade da sua realização

NORMA DE PROCEDIMENTO DE LICENCIAMENTO DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS EM ATERRO

Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Cargos com Funções

"COV's: enquadramento no D. L. n.º78/2004, de 3 de abril, e no D. L. n.º127/2013, de 30 de agosto" Ana Cristina Taliscas 18.setembro.

Obrigações da atividade limpeza a seco em Lavandarias face ao D.L. n.º 127/2013, de 30 de agosto

(Texto relevante para efeitos do EEE)

MEMORANDO DE ENTENDIMENTO ENTRE PARCEIROS

7424-(58) Diário da República, 1.ª série N.º de dezembro de 2012

TÍTULO DIGITAL DE ALTERAÇÃO N.º 6055/2017-1

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO CONDIÇÕES PARTICULARES HUMANO

Capítulos IV e VI da Diretiva 2010/75/EU (Emissões Industriais) Incineração e coincineração de resíduos Produção de dióxido de titânio

Guia de Apoio. Orientações para Candidaturas Ano 2013 Regiões de Convergência, do Algarve e de Lisboa

ÁRVORE DE CONTEÚDOS. Secção Separador 1 Separador 2 Separador 3 Separador 4 Identificação Entidade Recursos Humanos (Entidades parceiras)*

UNO Unidade Nacional de Operações DEPO Divisão de Estudos e planeamento operacional

NOTA INFORMATIVA ÁREA DE PRÁTICA DE DIREITO PÚBLICO & AMBIENTE

Deliberação n.º 80/CD/2017

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 91. o,

PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DA INSTRUÇÃO DE UM PEDIDO DE RENOVAÇÃO DA AIM SUBMETIDO POR PROCEDIMENTO NACIONAL MÓDULO 1 INFORMAÇÕES ADMINISTRATIVAS

2.º SUPLEMENTO I SÉRIE ÍNDICE. Presidência do Conselho de Ministros. Terça-feira, 29 de outubro de 2013 Número 209

Após ser emitida a classificação do Auditor, não há qualquer compromisso da parte da CERTIF de integrar os formandos nas suas bolsas de auditores.

PROCEDIMENTO GERAL Desempenho e melhoria

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO ENSINO SECUNDÁRIO

Comissão Técnica Amianto Regulamento Interno

Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa

Licenciamento Simplificado de Operações de Gestão de Resíduos

(Texto relevante para efeitos do EEE)

PEDIDO DE EMISSÃO DE ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE FRACÇÃO AUTÓNOMA

Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Cargos com Funções

CAE Rev_3: 60200, 61100, 61200, e TELECOMUNICAÇÕES

CONDIÇÕES APLICÁVEIS AOS ADERENTES DE PEQUENA DIMENSÃO DE EMBALAGENS

Instrução n. o 1/2017 BO n. o

NORMA DE PROCEDIMENTOS NºNº/MÊS/08

Parecer de Localização sobre Regularização de Estabelecimentos Industriais

Reforma legislativa da proteção de dados pessoais na União Europeia. Jornadas FCCN 2017

ISABEL ROSMANINHO. Diretiva SEVESO III: enquadramento legal

Transcrição:

TERMOS E CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE VERIFICAÇÃO DE RELATÓRIOS AMBIENTAIS ANUAIS (RAA) REFERENTES AO REGIME DE PREVENÇÃO E CONTROLO INTEGRADOS DA POLUIÇÃO (PCIP) O presente documento estabelece os termos e as condições para a realização das tarefas de verificação a efetuar no âmbito do regime de emissões industriais (REI) de instalações sujeitas à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), ao abrigo do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, com a Declaração de Retificação n.º 45-A/2013, de 29 de outubro. Versão 1.1 janeiro 2019

Síntese das versões do presente documento Versão Data Descrição 1.0 dezembro 2018 Criação do Documento 1.1 janeiro 2019 Diversas alterações realizadas: Paginação; Ponto 4. Documentos de referência ; Ponto 5. Conceitos ; Ponto 6.2 Âmbito da verificação e respetiva programação ; Ponto 6.3 Aspetos relevantes no âmbito do papel do Verificador PCIP Ponto 10. Relatório de Verificação. 2 de 13

Índice 1. Introdução... 4 2. Objeto e campo de aplicação... 6 3. Legislação de enquadramento... 6 4. Documentos de referência... 6 5. Conceitos... 7 5.1 Decisão PCIP:... 7 5.2 Verificação PCIP-RAA... 7 5.3 Verificador... 7 5.3.1 Verificador coordenador... 7 5.4 Critérios da Verificação PCIP-RAA... 7 5.5 Evidência objetiva... 8 5.6 Não-conformidade... 8 5.7 Constatações da Verificação PCIP-RAA... 8 5.8 Ação corretiva... 8 6. Verificação PCIP-RAA... 8 6.1 Objetivo da Verificação... 8 6.2 Âmbito da verificação e respetiva programação... 8 6.3 Aspetos relevantes no âmbito do papel do Verificador PCIP... 9 7. Entidades intervenientes... 10 8. Documentos de Base... 10 9. Metodologia da Verificação PCIP... 11 10. Relatório de Verificação PCIP... 13 3 de 13

1. Introdução O Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, que estabelece o Regime de Emissões Industriais (Diploma REI), com a Declaração de Retificação n.º 45-A/2013, de 29 de outubro, é aplicável à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), ajudando a estabelecer regras para evitar e/ou reduzir as emissões para o ar, a água e o solo e a produção de resíduos, a fim de alcançar um elevado nível de proteção do ambiente, no seu todo, prevendo a obrigatoriedade de os operadores abrangidos pela PCIP apresentarem à Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA), relatórios, dados ou informações relativos à monitorização das emissões. No âmbito deste regime é emitida uma decisão PCIP 1, que poderá ser sujeita a atualizações, caso exista a necessidade de alterar as condições de licenciamento no domínio do ambiente, estabelecidas nos referidos documentos. As decisões PCIP definem, de acordo com o artigo 41.º do diploma REI, as condições de licenciamento e incluem as medidas necessárias ao cumprimento das obrigações gerais do operador, referidas no artigo 7.º, bem como das melhores técnicas disponíveis (MTD) e objetivos de qualidade ambiental. A verificação PCIP tem por objetivo a validação dos relatórios, dados ou informações relativas à monitorização das emissões das instalações sujeitas à PCIP, pontos de situação de implementação e manutenção de MTD, reportados anualmente à APA. À data, esta informação é reportada em sede de Relatório Ambiental Anual (RAA). A verificação PCIP suporta-se, para além da análise do RAA, do conteúdo da decisão PCIP, da legislação nacional e normativo europeu, nomeadamente os documentos de referência MTD, e dos procedimentos definidos no âmbito da qualificação de verificadores PCIP. A verificação tem como principais intervenientes os indicados na Figura 1 que se apresenta em seguida: 1 Decisão PCIP: a Licença Ambiental (LA) ou a decisão integrada no Título Único Ambiental (TUA). 4 de 13

Entrega Relatório Aspetos a alterar/retificar pelo operador Esclarecimentos para a conclusão do Relatório de Verificação Outras interações necessárias Elaboração do Relatório Termos e condições para a realização da Verificação de RAA Figura 1 - Representação esquemática das etapas e intervenientes na Verificação PCIP-RAA APA Apresenta Relatório de Verificação em conjunto com o RAA Condição: A informação de monitorização incluída no RAA é previamente validada por verificadores qualificados pela APA (art.º 14.º e art.º 17.º do REI) Operador PCIP Contrata verificador da Lista de Verificadores PCIP qualificados Verificador PCIP-RAA Processo de Qualificação de Verificadores + Renovação da Qualificação APA Relatório de Verificação Verificação PCIP-RAA Validação da informação de monitorização (relatórios, dados ou outras informações relativas à monitorização das emissões) constantes do RAA. 5 de 13

2. Objeto e campo de aplicação O presente documento estabelece os termos e as condições para a realização das verificações dos relatórios, dados ou informações relativas a monitorização das emissões das instalações sujeitas à PCIP, i.e. validação da implementação das condicionantes e das medidas impostas no âmbito da PCIP, a reportar anualmente à APA, em sede de RAA. 3. Legislação de enquadramento A legislação que enquadra a realização das verificações a efetuar no âmbito dos RAA encontra-se estabelecida nos seguintes diplomas: Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2010/75/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro, relativa às Emissões Industriais e Declaração de Retificação n.º 45-A/2013, de 29 de outubro; Portaria n.º 202/2017, de 4 de julho, que aprova os requisitos e condições de exercício da atividade de verificador da prevenção e controlo integrados da poluição. 4. Documentos de referência Constituem documentos de referência os seguintes: NP EN ISO 19011 Linhas de orientação para auditorias a sistemas de gestão (ISO 19011); Lista de Verificadores PCIP qualificados, disponível na página eletrónica da APA, I.P. (www.apambiente.pt> Instrumentos> Qualificação Ambiental> Verificadores PCIP); Documentos de Referência para as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) (http://eippcb.jrc.ec.europa.eu/reference/); Modelo de Relatório de Verificação PCIP RAA (que inclui o modelo de Declaração de Conformidade) e Anexo ao Modelo de Relatório de Verificação PCIP-RAA (ficheiro em excel), disponível na página eletrónica da APA, I.P. (http://www.apambiente.pt). 6 de 13

5. Conceitos No âmbito do presente documento aplicam-se os conceitos constantes do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, os termos e definições da NP EN ISO19011 e, ainda, os a seguir indicados: 5.1 Decisão PCIP: Decisão da administração relativa à prevenção e controlo integrados de poluição, que compreende as condições impostas, a reportar anualmente em sede de RAA. Estas decisões podem ser Licenças Ambientais (LA) e respetivos aditamentos ou Títulos Únicos Ambientais (TUA). 5.2 Verificação PCIP-RAA Confirmação do cumprimento das condições impostas no âmbito da PCIP, a reportar anualmente em sede de RAA, nos termos da articulação dos artigos 14.º e 17.º do Decreto- Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto. 5.3 Verificador Pessoa singular agindo em nome próprio ou em nome de uma pessoa coletiva, independentes do operador e da instalação, devidamente qualificadas nos termos da Portaria n.º 202/2017, de 4 de julho. A qualificação do verificador deverá corresponder ao agrupamento da atividade PCIP principal da instalação, cujo RAA será verificado. Caso o verificador qualificado para o agrupamento da atividade PCIP principal da instalação, não reúna qualificação para os restantes agrupamentos associados à atividade principal (devidamente identificadas na Licença Ambiental ou Título Único Ambiental), poderá recorrer a outros verificadores qualificados e/ou a peritos técnicos desde que, estes últimos assumam os requisitos de isenção estabelecidos no artigo 12.º da Portaria n.º 202/2017, de 4 de julho. 5.3.1 Verificador coordenador Caso exista uma equipa de verificadores/peritos técnicos a colaborar para diversas áreas/agrupamentos, deverá existir um verificador responsável pela verificação PCIP- RAA e ser responsável pelo respetivo Relatório de Verificação do RAA no âmbito da PCIP. A qualificação do verificador coordenador deverá corresponder, pelo menos, ao agrupamento da atividade principal PCIP da instalação, cujo RAA será verificado. 5.4 Critérios da Verificação PCIP-RAA Constituem o referencial da verificação, todas as condições impostas na Decisão PCIP (onde se incluem as MTD aplicáveis) a verificar em sede de RAA e quando aplicável, os requisitos associados, legais ou outros. 7 de 13

As condições impostas na Decisão PCIP, a verificar em sede de RAA, assumem nomeadamente a forma de medidas de minimização, limites de emissão de poluentes, MTD implementadas, consumos, bem como planos, projetos e estudos a realizar pelo operador. 5.5 Evidência objetiva Informação documentada (nomeadamente registos, elementos escritos, fotográficos, cartográficos, etc.), afirmação e/ou dados factuais verificáveis que sejam relevantes para uma análise conclusiva quanto à implementação de cada uma das condições impostas a verificar em sede de RAA. 5.6 Não-conformidade Qualquer ato ou omissão de um ato por parte do operador que seja contrário às condicionantes impostas na decisão PCIP. 5.7 Constatações da Verificação PCIP-RAA Resultado da avaliação das evidências objetivas, recolhidas no decorrer da Verificação face aos critérios da mesma, assumindo a forma de: 5.8 Ação corretiva Cumpre / Não Cumpre / Cumpre parcialmente a condição Cumpre o prazo definido para a condição (Sim/Não/Não aplicável) Condição Aplicável à data (Sim/Não) Condição Verificável (Sim/Não) Ação definida pelo operador PCIP que tem em vista eliminar a causa de um incumprimento de uma condição ou de um prazo de implementação. 6. Verificação PCIP-RAA 6.1 Objetivo da Verificação A realização de verificações PCIP visa a validação de todos os dos dados reportados pelos operadores em sede de RAA, das instalações abrangidas pela PCIP e validação da implementação das condicionantes e das medidas impostas na Decisão PCIP a verificar em sede de RAA. 6.2 Âmbito da verificação e respetiva programação De acordo com os artigos n.ºs 14.º e 17.º do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto é realizada uma verificação prévia do RAA, nas condições a definir pela APA. Relativamente à verificação a efetuar e face à diversidade de tipologias dos projetos sujeitos a PCIP, recomenda-se que a realização da mesma seja programada e articulada com o operador, devendo a 8 de 13

mesma ocorrer atempadamente face ao prazo estipulado para o envio do RAA validado à APA. Devendo o operador dar acesso à informação necessária ao trabalho do verificador e respetiva equipa. 6.3 Aspetos relevantes no âmbito do papel do Verificador PCIP Relativamente à verificação das condições impostas no âmbito da PCIP, a reportar anualmente em sede de RAA, por parte do Verificador PCIP, é pretendida uma avaliação com duas componentes distintas: Verificação Quantitativa Validação da condição/informação, a reportar em sede de RAA, face ao valor definido como máximo autorizado para a condição, quando aplicável, p.e. quando se refiram a capacidades instaladas, a valores de consumo, a valores limite de emissão, a limiares de caudais mássicos, etc.. É pretendido que se proceda à verificação de todos os dados/registos sistematizados, bem como dos resultados de cálculos reportados pelo operador (o que carece de recurso a cálculos de apoio para validação da informação registada) e proceder à comparação com o valor definido na Licença Ambiental/Título Único Ambiental ou com o definido nas disposições legais aplicáveis (legislação nacional/comunitária e documentos de referência sectoriais e transversais). Verificação Qualitativa Validação da qualidade da informação reportada em sede de RAA. É pretendido que se proceda à verificação da qualidade da informação reportada pelo operador (condição à qual não se encontra associado qualquer valor máximo para a condição), por exemplo se os registos foram realizados/sistematizados de acordo com o solicitado na condição, se foi apresentada determinada informação/documentação solicitada na condição, se foi dado cumprimento a frequências de monitorização definidas nas autorizações existentes ou nas disposições legais aplicáveis. Validação da adequada sistematização de toda informação realizada pelo operador, face às evidências do autocontrolo realizado e constante, nomeadamente, em boletins de análise por exemplo, se todos os dados foram adequadamente transcritos dos boletins de análise para os quadros de sistematização. Por outro lado é também pretendido que se verifique se o método de monitorização utilizado possui um limite de deteção inferior ou igual a 10% do VLE (n.º 11 do art.º 30º do REI) estabelecido na LA/TUA ou nas regras vinculativas gerais. No que respeita às condições a verificar em sede de RAA, importa esclarecer que, em termos gerais, tudo o que se encontra imposto nas decisões PCIP, Licença Ambiental (LA) ou no Título Único Ambiental (TUA), para ser apresentado em sede de RAA, deve ser objeto de validação por parte do verificador PCIP-RAA. Assim, se nas decisões PCIP existirem condições impostas em matéria de aplicação dos documentos de referência (BREF), o verificador deve também considerar a validação dessas condições. 9 de 13

Caso as decisões PCIP exijam reporte de informação em matéria de aplicação dos documentos de referência, em sede de RAA, a elaboração do RAA, por parte do operador, terá de acautelar a informação solicitada. Nos TUA emitidos por esta Agência a sistematização das MTD encontra-se já realizada/ou solicitada segundo o modelo em excel disponibilizado na página oficial da APA, em www.apambiente.pt > Instrumentos > Licenciamento Ambiental (PCIP) > Documentos de Referência sobre MTD (BREF) > Sistematização das MTD. Nas situações em que não exista ainda a sistematização em excel das MTD, de acordo com o previsto em www.apambiente.pt > Instrumentos > Licenciamento Ambiental (PCIP) > Documentos de Referência sobre MTD (BREF) > Sistematização das MTD, caberá ao verificador PCIP-RAA introduzir na respetiva folha do Anexo ao Modelo de Relatório de Verificação PCIP-RAA, apenas as condições que se encontrem explicitamente identificadas nas decisões PCIP e proceder à respetiva validação atendendo aos critérios definidos. 7. Entidades intervenientes Estas verificações são conduzidas por Verificadores PCIP, sendo estes detentores da qualificação conferida por certificado emitido pela APA, nos termos da Portaria n.º 202/2017, de 4 de julho. Cabe ao operador assegurar a realização das verificações, recorrendo para o efeito a um dos verificadores qualificados pela APA, cujo nome conste na lista de verificadores PCIP publicitada pela APA na sua página eletrónica. Sempre que a verificação da implementação das condições impostas na decisão PCIP exija um conhecimento específico ou experiência qualificada não detida pelo Verificador PCIP, deve este fazerse acompanhar dos peritos técnicos que possam proporcionar esse conhecimento ou experiência. 8. Documentos de Base Constituem documentos de base para a realização da verificação PCIP, com as necessárias adaptações a cada caso concreto, designadamente os seguintes: a) LA e TUA e respetivos aditamentos (Decisões PCIP); b) A legislação e as orientações nacionais e europeias em matéria de PCIP e em matéria de ambiente. 10 de 13

9. Metodologia da Verificação PCIP A metodologia da Verificação PCIP baseia-se nas orientações expressas na NP EN ISO 19011 Linhas de orientação para auditorias a sistemas de gestão, devendo ser adaptada às especificidades técnicas e aos objetivos da Prevenção e Controlo Integrados da Poluição. Durante o processo de verificação, o verificador deve realizar uma visita ao local para recolher evidências (informações e provas) suficientes para poder concluir se o RAA do operador de instalação está isento de inexatidões materiais e posteriormente aferir a verificação quantitativa e qualitativa para cada uma das condicionantes a verificar em sede de RAA. A verificação é feita anualmente. Contudo, a visita ao local por parte do verificador pode ou não ser realizada às instalações do operador, consoante os seguintes critérios: Quadro 1 Lista de critérios a ter em consideração na definição de visita por parte do verificador PCIP-RAA à instalação PCIP. Critério Descrição do critério 1 Visita obrigatória no primeiro ano de verificação para o mesmo verificador (coordenador). Nota: Se existir alteração do verificador (coordenador), face ao ano anterior, terá de ser realizada uma nova visita às instalações. 2 Visita obrigatória de 3 em 3 anos sempre que as condições de exploração e de licenciamento não sofram alterações. 3 Visita sempre que ocorra alteração substancial da instalação, no âmbito da PCIP. 4 Visita sempre que a autoridade PCIP considere relevante a realização de visita no âmbito da verificação, comunicando previamente essa necessidade ao operador. 5 Visita sempre que o verificador PCIP considere necessária a realização da mesma. 6 Visita sempre que existam incumprimentos de VLE no ano ano-1. 7 Outro. 2 2 A descrever pelo verificador. 11 de 13

A realização de visita à instalação PCIP, pressupõe que o operador da instalação deve facultar ao verificador o acesso às suas instalações (p.e. fabris, escritórios ou outros locais no exterior p.e. escritórios/sede da empresa). A verificação da implementação das condições das Decisões PCIP dos projetos licenciados é sustentada na análise das evidências objetivas recolhidas no decurso da verificação, face aos referenciais da mesma, resultando em constatações. O registo de constatações de Não Cumpre implica a proposta, pelo operador, das correspondentes ações corretivas e respetivos prazos de implementação, a validar pela APA, após a entrega do RAA verificado. Caso, após a implementação de uma ação corretiva, o não cumprimento persista, devem ser determinadas novas ações corretivas. No decorrer da verificação deverão ser fechadas todas as constatações, passíveis de serem corrigidas dentro do prazo de entrega do RAA à APA. A conclusão sobre a verificação da implementação de cada uma das condições impostas na decisão PCIP poderá resultar numa das seguintes formas: Cumpre. Cumpre parcialmente. Não cumpre. Cumprimento do prazo (Sim/Não/Não aplicável) Cumpre o prazo /Não cumpre o prazo/não aplicável prazo à condição. Nas situações em que não seja possível obter evidências verificáveis relativamente à implementação de uma condição da Decisão PCIP, ou essa condição não seja válida à data de realização da verificação, a conclusão deverá assumir, respetivamente, a seguinte forma: Verificável (Sim/Não) Verificável / Não verificável. Aplicável à data (Sim/Não) Aplicável à data/não aplicável à data. A conclusão de Cumpre parcialmente, Não cumpre, Não Cumpre o prazo de implementação, "Não Aplicável à data" ou "Não Verificável", deve ser devidamente justificada. Se o verificador tiver identificado inexatidões, ausência de informação, etc., durante a verificação, pode informar o operador da instalação desse facto e solicitar-lhe que proceda aos devidos esclarecimentos e/ou correções pertinentes, que sejam possíveis prestar/obter antes da submissão do Relatório da Verificação, para posterior encaminhamento à APA por parte do operador, dentro dos prazos estipulados pela APA. 12 de 13

10. Relatório de Verificação PCIP Com base nas informações recolhidas durante a verificação, o verificador deve elaborar um relatório 3 de verificação para o operador da instalação, referente a cada relatório ambiental anual que foi objeto de verificação. O relatório de verificação terá de incluir conclusões gerais, conclusões por descritor e conclusões quanto à qualidade dos dados e informações reportadas pelo operador em sede de RAA. O Relatório de Verificação PCIP-RAA deve ser redigido em língua portuguesa e elaborado de acordo com o modelo aprovado pela APA, I.P., que se encontra disponível na sua página eletrónica (www.apambiente.pt> Instrumentos> Qualificação Ambiental> Verificadores PCIP). O modelo do Relatório aplica-se a todas as verificações ao abrigo do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto. O Relatório de Verificação PCIP-RAA constitui o registo da realização da verificação e deve refletir todo o processo, desde o seu planeamento, análise documental, verificação in situ, avaliação das evidências, registo das constatações da verificação e referência a toda a informação relevante para fundamentar as conclusões em matéria de verificação da manutenção/implementação/cumprimento das condições impostas na Decisão PCIP. O Relatório de Verificação PCIP-RAA deve reportar a verificação de todas as condições que integrem o objetivo da verificação, devendo conter o detalhe relativo quer às situações de não conformidade, quer às de conformidade. Os trabalhos a desenvolver pelo verificador têm de ser ajustados/adequados ao prazo de entrega do RAA à APA. 3 Este relatório deve ser elaborado de acordo com o Modelo de Relatório de Verificação PCIP-RAA e o Anexo ao Modelo de Relatório de Verificação PCIP-RAA. 13 de 13