Livro Eletrônico. Aula 00. Noções de Segurança Pública p/ CLDF (Consultor Técnico-Inspetor e Técnico Leg-Agente) Pós-Edital

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Transcrição:

Livro Eletrônico Aula Noções de Segurança Pública p/ CLDF (Consultor Técnico-Inspetor e Técnico Leg-Agente) Pós-Edital Professores: Alexandre Herculano, Marcos Girão, Marcus Santos - DEMO

1. APRESENTAÇÃO... 2 2. Conceitos Iniciais... 6 1.1. O SISNAD... 6 1.2. O Conceito de Drogas... 7 1.3. Lei de Drogas - Regra de Ouro... 8 2. Crime de Posse de Droga para o Uso Pessoal... 9 2.1. O Usuário de Drogas... 9 2.2. O Procedimento Penal... 15 3. Questões Adicionais Comentadas... 18 3.1. Lista de Questões Adicionais... 24 4. Gabarito... - DEMO 1

Aula 1. APRESENTAÇÃO Olá, futuros Policiais Legislativos da CLDF! Primeiramente, eu, Marcos Girão, e o professor Alexandre Herculano, gostaríamos de compartilharmos nossa alegria e privilégio em tê-los como nossos futuros alunos nessa jornada preparatória para o agora sim publicadíííííssimo concurso da Câmara Legislativa do DF, cargos de Consultor Legislativo (Inspetor de Polícia) e Técnico Legislativo (Agente de Policia). Falando um pouco sobre mim, Marcos Girão, sou, com muito orgulho, Analista do Banco Central, lotado no Departamento de Segurança, Coordenador da Área de Riscos e Continuidade, na sede do órgão em Brasília. Minha formação acadêmica é em Gestão Pública, pela FATEC Curitiba, e pós-graduado em Direito Civil e Administrativo pela Faculdade Darcy Ribeiro. Minha experiência no ensino para concursos públicos começou em 29, ministrando aulas presenciais de Legislação de Trânsito, fruto de experiência como estudante dessa disciplina durante os dois anos anteriores. Nos últimos dois anos, mesclando as áreas de TRÂNSITO e SEGURANÇA, ministrei, modéstia a parte, com enorme sucesso, cursos presenciais e cursos on-line em Fortaleza (minha terrinha natal!) e em Brasília (a terrinha adotiva!) voltados para os concursos. Eu, Alexandre Herculano, sou Analista e trabalho no Ministério da Justiça que fica em Brasília. Além desse, passei, também, para o TRT e TRF do Paraná, MPU, Polícia Civil do Rio de Janeiro (Inspetor de Polícia, Oficial de Cartório e Papiloscopista), STJ (Inspetor de Segurança), Polícia Rodoviária Federal PRF, e outros. Sou formado em Administração Pública, Pós-Graduado em Gestão da Segurança Pública e, Pós-Graduando em Perícia Criminal e Ciências Forenses. Atuei, na SENASP, como Coordenador de Programas e Projetos Especiais na área de Segurança Pública. Hoje atuo, no Ministério da Justiça, na área de Planejamento em Segurança. Bom, voltando ao assunto, nosso presente curso une, em um formato simples, sistemático e analítico, o estudo de todas as normas cobradas na parte de Noções de Segurança Pública e de algumas Leis Penais Especiais cobradas na parte de Direito Penal do Edital CLDF 218 tanto para o cargo de Consultor (Inspetor de Polícia) como o Técnico (Agente de Policia). A ideia é, portanto, trazer, em nossas aulas e material, uma visão prática de dois concurseiros acostumados à vivência de inúmeras provas, e que possam, dentro da dinâmica do curso, trazerlhes dicas, macetes e bizus de como obter sucesso com a Fundação Carlos Chagas (FCC), a organizadora do certame, como também com as principais bancas de concursos públicos do país. - DEMO 2

Aula Sobre a FCC, cabe esclarecer que a banca praticamente não tem histórico de questões sobre os assuntos que aqui serão tratados. No entanto, Mas fique tranquilo! A nossa metodologia é a de trabalhar com um mix de muitas questões adaptadas das principais bancas organizadoras de concursos de nosso país, inclusive as do Cespe, que normalmente são mais desafiadoras! Apesar de utilizar metodologia diferente (Certo/Errado) na maioria das vezes, suas questões são muito inteligentes e excelentes para deixá-los bem preparados. Assim, garantimos que vocês, nossos alunos do Estratégia, estarão afiadíssimos e prontos para enfrentar qualquer questão FCC ao final de nossa jornada. Fizemos esse método em vários outros cursos por nós ministrados, cujas bancas eram de múltipla escolha, e o feedback recebido dos alunos foi muito bom! Ah, e quando for necessário ou o número de questões sobre o tema não for tão vasto (ou inexistente) Estratégia e Girão/Herculano De um jeito ou de outro, todas serão comentadas no decorrer das explanações e estarão, ao final, disponibilizadas em forma de lista. O objetivo será o de fornecer a vocês, caros alunos, um bom quantitativo de questões as quais lhes proporcionarão uma excelente preparação para o próximo certame CLDF 218. Beleza? Vejamos como será o cronograma do nosso curso, de teoria e exercícios, eu com a responsabilidade de elaborar os pdfs e o Prof. Herculano as videoaulas: Aula Tópicos Abordados Data Aula Delito de tráfico de entorpecentes (Lei 11.343/6) 8/6 Aula 1 Delito de tráfico de entorpecentes (Lei 11.343/6) 18/6 Aula 2 Estatuto da Criança e do Adolescente (crimes). 22/6 O Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública - Lei nº 12.681, de 212. Lei Federal nº Aula 3 29/6 1.446, de 22. Lei Federal nº 11.473, de. Lei Federal nº 9.266, de 1996. - DEMO 3

Aula Aula 4 Lei Federal nº 4.878, de 1965 (parte I) 6/7 Aula 5 Lei Federal nº 4.878, de 1965 (parte II) 13/7 Aula 6 Lei de Proteção do Consumidor (Lei 8.78/9) 2/7 Aula 7 Crimes eleitorais (Lei 4.737/65). /7 Polícia Legislativa da Câmara Legislativa do Distrito Aula 8 3/8 Federal. Resolução da CLDF nº 223, de 26. Aula 9 Simulado I 17/8 Aula 1 Simulado II 24/8 Beleza? Vamos então começar os trabalhos junto à sua vitória! Os dois nomes que mais aprovam em concursos para a área de Segurança país afora, estarão juntos aqui contigo para trilhar o caminho para a sua vitória! Vem com a gente! Um grande abraço, Alexandre Herculano e Marcos Girão! - DEMO 4

Aula Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes sociais: Alexandre Herculano (professor) @prof_herculano https://www.facebook.com/profmarcosgirao https://www.youtube.com/professormarcosgirao @profmarcosgirao - DEMO 5

Aula 2. CONCEITOS INICIAIS Caracterizada por ser um diploma legal inovador, a nova Lei de Drogas apresenta características distintas das que a antecederam. Tal diploma inova em vários dispositivos que têm sido objeto de calorosas discussões no campo jurídico-penal. Quanto a seus objetivos há que se destacar que são em determinados aspectos inovadores, mormente no tocante ao usuário de drogas conforme se pretende demonstrar. Introduziremos o estudo dessa norma com três conceitos importantíssimos. 1.1. O SISNAD A Lei 11.343/6 instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Sisnad. O Sisnad é composto por órgãos e entidades da Administração Pública que, em atuação conjunta, têm a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as atividades de repressão ao uso, ao tráfico e à produção ilegal de drogas. Para a realização dessas finalidades, o Sisnad deve agir pautado por uma série de princípios elencados no art. 4º dessa lei. Esses princípios constituem importantes instrumentos de efetivação das políticas públicas. Sugiro a você, caro aluno, que dê uma lida no supracitado artigo e veja quais são esses princípios. O estudo deles não será nosso foco, mas é importante que você os conheça. A Lei de Drogas, em seu art. 5º, dá continuidade à disposição sobre as diretrizes norteadoras das atividades do Sisnad, dispondo sobre os objetivos básicos desse Sistema, todos eles referentes à prevenção e à repressão das drogas. São estes os objetivos do Sisnad: contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentos correlacionados; promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país; promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e Municípios; assegurar as condições para a coordenação, a integração e a articulação das atividades de sua competência. - DEMO 6

Aula Sobre o Sisnad é isso que você precisa saber, caro aluno. As provas para policiais não costumam trazer questões específicas sobre esse sistema de órgãos, mas, pela sua importância no contexto do estudo da Lei de Drogas, eu não poderia deixar de falar sobre ele. Comecemos então nossa maratona de questões da aula de hoje!! 1. [CEV/UECE AGENTE PENITENCIÁRIO SEJUS/CE 211] A Lei 11.343/6, prescrevendo medidas para prevenção do uso indevido de drogas, instituiu o SISNAD. Exatamente! A Lei 11.343/6 instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Sisnad. Trata-se de um sistema composto por órgãos e entidades da Administração Pública que, em atuação conjunta, têm a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as atividades de repressão ao uso, ao tráfico e à produção ilegal de drogas. ==== Gabarito: Certo 1.2. O CONCEITO DE DROGAS A Lei nº 11.343/6 (a nossa Lei de Drogas) traz o seguinte conceito de DROGAS: DROGAS: SUBSTÂNCIAS (ou PRODUTOS) entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial capazes de causar DEPENDÊNCIA, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. - DEMO 7

Aula Guarde bem esse conceito, ok?! 1.3. LEI DE DROGAS - REGRA DE OURO Todas as condutas ilícitas e crimes tipificados na Lei de Drogas têm como premissa uma regra fundamental que aqui chamamos de REGRA DE OURO e é a seguinte: Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o PLANTIO, a CULTURA, a COLHEITA e a EXPLORAÇÃO de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. Apesar de ser uma regra basilar, não é absoluta!! A Lei de Drogas estabelece, no entanto, que a União pode autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais acima mencionados, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. Pois bem, a partir desses conceitos introdutórios podemos destacar os eixos centrais da Lei de Drogas que são: pretensão de se introduzir no Brasil uma sólida política de prevenção ao uso de drogas, de assistência e de reinserção social do USUÁRIO; eliminação da pena de prisão ao USUÁRIO; rigor punitivo contra o TRAFICANTE e o FINANCIADOR do tráfico; louvável clareza na configuração do rito procedimental e; inequívoco intuito de que sejam apreendidos, arrecadados e, quando o caso, leiloado os bens e vantagens obtidos com os delitos de drogas. Ao citar os eixos centrais da Lei de Drogas, destaquei as palavras usuário, traficante e financiador. Mas por que, professor? Porque é exatamente nessas palavras que residem as inovações (e também as polêmicas) em torno da regulamentação trazida pela Lei nº 11.343/6 a qual passaremos a estudar a partir de agora. Quem é considerado usuário? A quem posso chamar de traficante? A figura de traficante se confunde com a de financiador? Qual o tratamento que a lei dá a esses personagens? - DEMO 8

Aula Bom, são respostas que tentaremos dar nesta aula tomando como base, repito, aquilo que for de fato relevante para a sua prova. Caro aluno, para começar, saiba que um dos objetivos da Lei 11.343/6 é, justamente, o de estabelecer a distinção entre o usuário de drogas e o traficante. Para atingir esse fim, a Lei 11.343/6 estabelece tratamento diferenciado para cada um, dispondo sobre o usuário e sobre o traficante em capítulos distintos. No próximo tópico, abordaremos o tratamento que a Lei dá ao usuário de drogas. Peço sua especial atenção para este tópico, pois é sempre GRANDE alvo de questões em provas de concursos! 2. CRIME DE POSSE DE DROGA PARA O USO PESSOAL 2.1. O USUÁRIO DE DROGAS Ao adotar uma postura preventiva em relação ao uso de drogas, a Lei de Drogas trouxe profundas e importantes inovações acerca do tratamento dispensado ao USUÁRIO. Primeiramente, é de fundamental importância definir quem é o usuário, em que consiste ser usuário. USUÁRIO DE DROGAS IMPORTANTÍSSIMO!! Quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, PARA CONSUMO PESSOAL, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Quem pratica, portanto, qualquer uma das condutas acima citadas, comete o crime de posse de drogas para COMSUMO PESSOAL tipificado no art. 28 da Lei de Drogas. Antes de ver as penas previstas para esse crime, vamos entender um pouco mais sobre as condutas acima descritas: ADQUIRIR significa obter para si, seja mediante compra, troca, a título gratuito, ou ainda por qualquer outro meio. Adquirir é alcançar a posse de determinada coisa. GUARDAR significa a ocultação pura e simples da droga, de modo permanente ou precário. Exprime a conduta de ocultar, de não revelar a posse da droga publicamente. - DEMO 9

Aula TER EM DEPÓSITO é reter a coisa à sua disposição, sob seu domínio, em condições de pronto alcance e disponibilidade. Professor, qual a diferença entre guardar e ter em depósito? Confesso que essa diferenciação é um tanto quanto confusa e que traz uma série de controvérsias doutrinárias. Não é objeto de nosso estudo adentrar a fundo em tais controvérsias. Em termos doutrinários, V G significa a retenção provisória e possibilidade de deslocamento rápido da droga de um lugar para outro, Para que se enquadrem na cominação do crime em estudo, tanto a conduta de guardar, como a de ter em depósito, devem configurar a retenção da droga para consumo próprio. TRANSPORTAR evidencia a ideia de deslocamento, ou seja, significa levar a droga de um local para outro mediante a utilização de algum meio de transporte que não a própria pessoa, pois, nesse último caso estaria sendo caracterizada a conduta de trazer consigo. TRAZER CONSIGO é transportar a droga junto ao corpo, sem auxílio de outro meio de locomoção, ou ainda, portar a droga consigo, acondicionada em qualquer compartimento que esteja ao alcance imediato do agente. A ideia principal aqui é a disponibilidade de acesso, de uso da droga. No caso do crime em estudo, o delito se consuma com a prática de qualquer uma das condutas descritas no tipo sem que seja necessária a ocorrência de nenhum resultado. Observe, no entanto, que as condutas que consistem em guardar, ter em depósito e trazer consigo são permanentes e, desta forma, retratam um delito permanente, que se protrai no tempo. Já as condutas de adquirir e transportar são instantâneas, ou seja, traduzem delitos instantâneos, cuja consumação ocorre em momento específico, sem se prolongar pelo tempo. Visto isso, temos que a Lei de Drogas prevê as seguintes penas (ou medidas educativas) para o usuário de drogas, ou seja, para quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Advertência sobre os efeitos das drogas; Prestação de serviços à comunidade; Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. - DEMO 1

Aula Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, SEMEIA, CULTIVA ou COLHE plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. SEMEAR é espalhar sementes, lançar sementes ao solo para que germinem. CULTIVAR significa propiciar condições para que a planta se desenvolva, cultivando o solo e cuidando da plantação. COLHER é recolher o que a planta produz, recolher o que foi produzido pela terra, pelo solo. Assim, estas outras três condutas típicas, quando destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, caracterizam o plantio para consumo pessoal. Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o JUIZ atenderá: à natureza e à quantidade da substância apreendida; ao local e às condições em que se desenvolveu a ação; às circunstâncias sociais e pessoais e; à conduta e aos antecedentes do agente. Pois bem, voltando às penas previstas para essas condutas típicas, perceba que não mais existe a previsão da pena privativa de liberdade para o usuário. De acordo com a nova lei, não há qualquer possibilidade de imposição de pena privativa de liberdade para aquele que adquire, guarda, traz consigo, transporta ou tem em depósito droga para consumo pessoal ou para aquele que pratica a conduta equiparada ( 1.º do art. 28). - DEMO 11

Aula Preste bem atenção: mesmo que não seja mais prevista pena restritiva de liberdade para o crime em tela, não se pode dizer que houve a descriminalização da conduta. O fato continua a ter a natureza de crime, na medida em que a própria lei o inseriu no capítulo relativo aos crimes e às penas (Capítulo III); além do que as sanções só podem ser aplicadas por Juiz criminal, e não por autoridade administrativa, e mediante o devido processo legal (veremos mais adiante o procedimento criminal específico para este caso). A advertência não é uma repressão moral ou religiosa, mas sim jurídica, ou seja, preza-se uma sanção legal. Em contrapartida, abordam-se os efeitos prejudiciais da droga, para o próprio usuário, família, etc. Essa medida pode ocorrer no próprio Juizado Criminal. Ainda, pode ser aplicada isolada ou cumulativamente com as outras medidas, como também, ser substituída a qualquer tempo, sendo vedada a conversão em pena privativa de liberdade. O magistrado pode ainda valer-se de diferentes profissionais, tais como, psicólogos, médicos, assistentes sociais, etc., para eventual auxílio. As penas de prestação de serviços à comunidade e de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. Em caso de reincidência nessas penas o prazo máximo a elas aplicado será de 1 meses. Estabelece a Lei de Drogas que a prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. Atenção: a Lei prevê ainda que o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. Essa medida também poderá ser fixada isolada ou cumulativamente com as demais medidas alternativas. Cabe ao julgador fazer a diferenciação do mero usuário, ou dependente de drogas, distinção esta que será fundamental na escolha da medida educativa mais adequada ao caso concreto. Quanto às medidas educativas de comparecimento a programas ou cursos educativos, caberá ao juiz fixá-las, bem como as frequências a serem feitas. Desta forma, se não constar na sentença, caberá ao juiz de execuções delimitá-las. - DEMO 12

Aula E aí você me pergunta: professor, já que não há penas restritivas de liberdade, o que acontece se a pessoa que cometeu esse crime recusar-se a cumprir qualquer uma dessas penas previstas? Bom, caso haja a recusa INJUSTIFICADA do agente em cumprir tais penas, também chamadas de medidas educativas, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: admoestação verbal e multa Entenda que essas providências serão sucessivas, ou seja, primeiramente o juiz irá admoestar verbalmente o agente e, caso essa admoestação não traga o resultado esperado, ele aplicará a multa. A admoestação é uma repreensão, o juiz advertirá o agente sobre as consequências de sua desídia delituosa. Assim, haverá intimação do magistrado para que o agente compareça à audiência admonitória designada, onde será feita a advertência oral. Na imposição da multa, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de diasmulta, em quantidade nunca inferior a 4 (quarenta) nem superior a 1 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. Os valores decorrentes da imposição da multa serão creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas. Prescrevem em 2 ANOS a IMPOSIÇÃO e a EXECUÇÃO das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 17 e seguintes do Código Penal. Bom, antes de finalizamos, é preciso destacar que a Lei de Drogas reserva capítulo especial para garantir que o Poder Público possibilite ao USUÁRIO e ao DEPENDENTE DE DROGAS o direito de serem atendidos por meio de atividades de atenção e reinserção social. Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e respectivos familiares aquelas que visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso de drogas. - DEMO 13

Aula Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas e respectivos familiares aquelas direcionadas para sua integração ou reintegração em redes sociais. As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares devem observar uma série de princípios e diretrizes, todos elencados no art. 22 da lei em comento. Apesar de achar pouco provável de serem cobrado, dê uma olhadinha nesse artigo! O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, TÊM GARANTIDOS OS SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SUA SAÚDE, definidos pelo respectivo sistema penitenciário. É mais ou menos o seguinte: Uma pessoa, condenado por crime de posse ilegal de drogas para consumo próprio, já vinha em pleno cumprimento de uma das medidas de segurança previstas pelo art. 28 da Lei de Drogas recebendo, inclusive, o benefício do direito a serviços de atenção a saúde. Suponhamos que nesse ínterim ela comete outra infração penal que prevê pena restritiva de liberdade. Ao ser condenada pelo novo crime continuará, portanto, gozando ainda do direito de atenção à saúde que antes já tinha. Vamos ver então como foi cobrado: [CESPE DELEGADO DE POLICIA SUBST. POLICIA CIVIL/ES 211] A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza de infração sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime tanto do ponto de vista formal quanto material. Acabamos de estudar que, mesmo que não seja mais prevista pena restritiva de liberdade para o crime de posse ou porte de drogas para consumo pessoal, este não foi descriminalizado. O fato continua a ter a natureza de crime, na medida em que a própria lei o inseriu no capítulo relativo aos crimes e às penas além de suas sanções só poderem ser aplicadas por Juiz criminal e não por autoridade administrativa. Não podemos esquecer também que deve ser respeitado o devido processo legal. A questão afirma equivocadamente que essa conduta é uma infração sui generis. De jeito nenhum!! - DEMO 14

Aula Gabarito: Errado [CEV/UECE AGENTE PENITENCIÁRIO SEJUS/CE 211] A conduta de quem traz consigo, para uso próprio, substância tida como entorpecente é fato tipificado como crime. Foi o que acabamos de comentar na questão anterior!! Caro aluno, você perceberá que são muito comuns em provas questões que cobram do candidato o conhecimento sobre se é ou não crime a conduta de posse ou porte de drogas para consumo pessoal. Vamos repetir e não esqueça nunca mais: tal conduta é sim crime tipificado pela Lei de Drogas. Gabarito: Certo 2.2. O PROCEDIMENTO PENAL O crime de posse de drogas para o consumo pessoal, por não ser a ele previsto pena restritiva de liberdade, é considerado um crime de menor potencial ofensivo. Se é um crime de menor potencial ofensivo e não fora cometido em concursos com os demais crimes previstos na Lei de Drogas (os quais estudaremos mais adiante), quem o comete estará sujeito ao procedimento da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais Lei n. 9.99/95 (arts. 6 e ss.). Para refrescar um pouco sua memória, vamos relembrar o conteúdo desse artigo: Lei nº 9.99/95 Art. 6. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. Fiz um destaque especial para esses dois institutos da Lei de Juizados Especiais: a transação penal e a composição de danos civis. A transação penal trata-se da possibilidade do Ministério Público negociar com o acusado sua O poupando o réu (e o Estado também) de todas as cargas consequentes (sociais, psicológicas, financeiras etc.). - DEMO 15

Aula As propostas podem abranger só duas espécies de pena: a multa e a restritiva de direitos. A primeira é obviamente pecuniária, a segunda pode ser prestação de serviços à comunidade, impedimento de comparecer a certos lugares, proibição de gozo do fim de semana etc., depende da criatividade dos promotores (que atualmente só conhecem o pagamento de cesta básica). Lembro-lhe que o autor da proposta de transação é o Ministério Público, isto porque, a ação para o crime de posse de drogas é pública e incondicionada. Já a composição de danos civis consiste se da possibilidade de acordo homologado por juiz entre vítima e réu, tendo esse acordo eficácia de título a ser executado e também acarretando, portanto, a renúncia ao direito de queixa ou representação. P consumo pessoal, o agente que for enquadrado nesse crime terá o direito, dentre outros, às prerrogativas acima revisadas. Tratando-se do crime de posse de drogas para o consumo pessoal, NÃO SE IMPORÁ PRISÃO EM FLAGRANTE, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, NA FALTA DESTE, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. Se AUSENTE a autoridade judicial, as providências previstas acima serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, VEDADA A DETENÇÃO DO AGENTE. Para que fique bem claro, tal determinação funciona da seguinte forma: A autoridade policial que encontrar um usuário em situação de flagrância deverá tomar as seguintes atitudes: a) se houver Juízo, conduzi-lo coercitivamente para que a Secretaria do Juizado elabore o Termo Circunstanciado; b) na falta do Juízo, abrem-se-lhe duas possibilidades: elaborar o termo circunstanciado no local dos fatos ou; encaminhar o agente para a Delegacia de Polícia, na qual será lavrado termo circunstanciado ou auto de prisão em flagrante, caso o Delegado entenda tratar-se ou não de usuário. - DEMO 16

Aula A legislação afastou a atuação policial nos casos de usuários e dependentes de drogas, ou seja, ele deve ser levado, preferencialmente, ao juiz. Portanto, somente na falta deste é que deve ser encaminhado à Delegacia de Polícia para elaboração do termo circunstanciado. A VEDAÇÃO da prisão em flagrante para esse crime (se cometido sem o concurso de outros) é absoluta, não estando condicionada à aceitação do agente em cooperar com a Justiça. Não será possível a prisão em flagrante, nem mesmo se houver recusa do agente em comparecer em juízo. Concluídos os procedimentos acima, o agente será submetido a exame de corpo de delito - se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conveniente -, e em seguida LIBERADO. TODO O PROCEDIMENTO acima também se aplica ao SEMEADOR ou CULTIVADOR DE PLANTA TÓXICA com o fito de consumo próprio. Veja como foi cobrado: [CESPE DELEGADO DE POLICIA POLICIA CIVIL/PB 28] No caso de porte de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer. - DEMO 17

Aula A questão nos pede o conhecimento do processo penal para quem comete o crime de posse de drogas para o consumo pessoal. Vimos que, em se tratando desse tipo de crime, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente. Repetindo para não esquecer: a vedação da prisão em flagrante para esse crime (se cometido sem o concurso de outros, é claro) é absoluta, não estando condicionada à aceitação do agente em cooperar com a Justiça. Não será possível a prisão em flagrante, nem mesmo se houver recusa do agente em comparecer em juízo. Gabarito: Certo Beleza? Bom, e para fecharmos com chave-de-ouro essa nossa aula inaugural, uma bateria de questões para você resolver! 3. QUESTÕES ADICIONAIS COMENTADAS 1. [CESPE INSPETOR DE POLÍCIA POLICIA CIVIL/CE 212] As ações do SISNAD limitam-se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional, razão pela qual esse sistema não comporta a integração de estratégias internacionais de prevenção do uso indevido de drogas. Para a realização de suas finalidades, o Sisnad deve agir pautado por uma série de princípios elencados no art. 4º da Lei 11.343/6. Esses princípios constituem importantes instrumentos de efetivação das políticas públicas. Bom, se você deu uma lida nesses princípios, constatará que um deles vem elencado no inciso VII do mencionado art. 4º e que assim dispõe: Art. 4º. São princípios do SISNAD (...) VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito; A assertiva afirma que as ações do SISNAD limitam-se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional. Até aí podemos considerar, mas isso não significa que o SISNAD não possa ser adotar a integração de estratégias internacionais de prevenção do uso indevido de drogas. Afirmar isso é ir contra o disposto no inciso acima citado. Gabarito: Errado - DEMO 18

Aula 2. [CESPE AGENTE DE POLICIA POLICIA CIVIL/ES 29] Em decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de tóxicos, a conduta do usuário foi descriminalizada, porquanto, segundo o que institui a parte geral do Código Penal, não se considera crime a conduta à qual a lei não comina pena de reclusão ou detenção. Agora fica fácil, não é mesmo? Perceba que a banca faz um floreado para mostrar o porquê que a conduta do usuário foi descriminalizada, tentando induzi-lo ao erro. Ora, você já sabe que essa conduta não foi descriminalizada. Essa, já disse, é uma afirmação equivocada, recorrente e séria candidata a estar em sua prova! Ademais, quanto ao conceito de crime, o art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal nos trouxe somente um critério para que, analisando o tipo penal incriminador, possamos fazer a distinção entre crime e contravenção. Hoje, o conceito atribuído ao crime é eminentemente jurídico, pois não existe um conceito de crime propriamente dito fornecido pelo legislador. Segundo o ilustre promotor Fernando Capez, o conceito formal de crime resulta da mera subsunção da conduta ao tipo legal e, portanto, considera-se infração penal tudo aquilo que o legislador descrever como tal, pouco importando seu conteúdo. O crime, sob este aspecto é, portanto, toda ação ou omissão que se adapta à conduta descrita por uma norma penal incriminadora emanada do Estado. Gabarito: Errado 3. [CESPE ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA STJ 28] Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar poderá ser submetido a prestação de serviços à comunidade, a qual, em prol da dignidade da pessoa humana, a fim de não causar situação vexatória ao autor do fato, não poderá ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. Questãozinha bem simples. Ela erra ao afirmar que a pena de prestação de serviços à comunidade não poderá ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. Muito pelo contrário! Deve ser realizada preferencialmente nesses lugares (art. 28, 5º). Gabarito: Errado 4. [CESPE AGENTE DE POLICIA SUBST. POLICIA CIVIL/RN 28] A Lei 11.343/6 extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de drogas para consumo pessoal, recomendando apenas o encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde. - DEMO 19

Aula Mas uma que erra ao afirmar que o crime de posse ou porte de drogas para o consumo pessoal foi extinto pela Lei 11.343/6, a nossa Lei de Drogas (ou Lei de Tóxicos, como queira). Outro erro é afirmar que recomenda-se nesse caso apenas o encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde. De forma alguma! Você estudou que as penas previstas para quem comete esse crime são: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e a medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. É preciso lembrar também que, segundo a Lei, o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde preferencialmente ambulatorial para tratamento especializado. Isso não é uma recomendação e sim uma determinação legal. Gabarito: Errado 5. [CESPE ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA STF 28] A legislação descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Atualmente, o usuário de drogas será isento da aplicação de pena e submetido a tratamento para recuperação e reinserção social. Estou sendo repetitivo nas questões, porque isso costuma ser muito cobrado mesmo! Tenho certeza que você a resolveu num piscar de olhos, não é verdade?? você não cai mais nessa afirmação de que a conduta de uso de drogas para consumo pessoal está descriminalizada pela Lei 11.343/6. Você já está cansado de saber que não! Gabarito: Errado 6. [FUNCAB AGENTE PENITENCIÁRIO SEJUS/RO 21] Considerando que um usuário com 2 anos seja flagrado trazendo consigo, para uso próprio, pequena quantidade de droga, segundo o Art. 28 da referida Lei, este poderá ser submetido à pena de prisão simples, de seis meses a um, dois anos. Se o usuário tem 2 anos, é penalmente imputável. Se é penalmente imputável e estava trazendo consigo, para uso próprio, pequena quantidade de drogas, certamente ele comete o crime de posse (ou porte) de drogas para consumo pessoal. Se comete esse crime, incorrerá em uma das seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade a medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Gabarito: Errado 7. [FGV ADVOGADO SENADO FEDERAL 28] Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar - DEMO 2

Aula só poderá ser submetido às seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Perfeito! Veja que muda a organizadora, mas a abordagem é exatamente a mesma!! Essas são de fato as penas previstas para quem comete o crime de posse ou porte de drogas para consumo pessoal. Gabarito: Certo 8. [CESPE INSPETOR DE POLÍCIA POLICIA CIVIL/CE 212] O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem submetidos a medida de segurança terão garantidos os mesmos serviços de atenção à sua saúde que tinham antes do início do cumprimento de pena privativa de liberdade, independentemente da posição do respectivo sistema penitenciário. Veja como essa questão bem recente baseou-se quase que completamente na literalidade da lei! Aqui temos praticamente copiadas as disposições do art. 26 da Lei de Drogas. Veja: Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo sistema previdenciário. Gabarito: Certo 9. [FUNIVERSA DELEGADO DE POLÍCIA PC/DF 212 Adapt.] O entendimento do STF a respeito da posse de drogas para consumo pessoal não implicou abolitio criminis; houve uma despenalização, entendida como exclusão, para o tipo, das penas privativas de liberdade. Mesmo sem ter visto a decisão do STF, você já está cansado de saber que não houve abolitio criminis (conduta tornada atípica) para a posse de drogas para consumo pessoal. Ela é crime sim! Você também já pode concluir que houve de fato uma despenalização, entendida como exclusão, para o tipo, das penas privativas de liberdade. Mas, para você ter mais certeza ainda, a questão trouxe a cópia fiel da decisão do STF. Confira: Plenário do STF, por ocasião do julgamento de Questão de Ordem suscitada nos autos do RE 4315 QO/RJ: (...) 6. Ocorrência, pois, de "despenalização", entendida como exclusão, para o tipo, das penas privativas de liberdade. 7. Questão de ordem resolvida no sentido de que a L. 11.343/6 não implicou abolitio criminis (C.Penal, art. 17). (...) III. Recurso extraordinário julgado prejudicado. Não se espante se na sua prova cair uma questão muito semelhante! Gabarito: Certo - DEMO 21

Aula 1. [VUNESP INVESTIGADOR DE POLICIA PC/SP 214] Roberval Taylor consumiu droga sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Essa conduta, segundo a Lei sobre Drogas (Lei n.º 11.343/6), pode submeter Roberval, entre outras, às seguintes penas: prisão, prestação de serviços à comunidade, cassação dos direitos políticos e advertência sobre os efeitos das drogas. Bom, se Roberval Taylor consumiu droga sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, ele muito provavelmente cometeu o crime previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/6, aqui estudado. Logo, poderá ser submetido a uma das seguintes penas: Erra, portanto, a assertiva ao incluir a prisão e a cassação dos direitos políticos no rol dessas penas. Gabarito: Errado 11. [FCC PERITO MÉDICO LEGISTA POLITEC/AP 217 Adapt.] De acordo com a Lei Antidrogas, Lei n 11.343/, para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o médico atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. Comentários Nos termos do art. 28, 2º, para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. Gabarito: Errado 12. [FUNDATEC ESCRIVÃO DE POLÍCIA PC/RS 218 Adapt.] A Lei nº 11.343/26 é a atual Lei sobre drogas. Tendo por base os ditames do citado diploma, julgue o item a seguir. O porte e o cultivo para consumo próprio não configuram crime. - DEMO 22

Aula Errado! Como você já está cansado de saber, a posse de drogas para consumo pessoal é crime sim, tipificado pelo art. 28, com as considerações que fizemos na aula de hoje. Gabarito: Letra A 13. [CESPE ESCRIVÃO DE POLÍCIA PC/MA 218 Adapt.] Indivíduo não reincidente que semeie, para consumo pessoal, plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de produto capaz de causar dependência psíquica se sujeita à penalidade imediata de (A) perda de bens e valores. (B) medida educativa de internação em unidade de tratamento. (C) advertência sobre os efeitos das drogas. (D) admoestação verbal pelo juiz. (E) prestação pecuniária. A despenalização das condutas do art. 28 alcança também quem cultiva drogas para consumo pessoal. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. Gabarito: Letra C *** Bom, chegamos ao fim de nossa primeira aula. Espero que tenham gostado da metodologia! Vimos o estudo basilar e conceitual da Lei de Drogas. Um aperitivo do que vem por aí! Na próxima aula, continuaremos a análise dessa norma, conhecendo os aspectos sobre os demais crimes e os procedimentos penais nela previstos. Espero por você nas nossas próximas aulas! - DEMO 23

Aula 3.1. LISTA DE QUESTÕES ADICIONAIS 1. [CESPE INSPETOR DE POLÍCIA POLICIA CIVIL/CE 212] As ações do SISNAD limitam-se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional, razão pela qual esse sistema não comporta a integração de estratégias internacionais de prevenção do uso indevido de drogas. 2. [CESPE AGENTE DE POLICIA POLICIA CIVIL/ES 29] Em decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de tóxicos, a conduta do usuário foi descriminalizada, porquanto, segundo o que institui a parte geral do Código Penal, não se considera crime a conduta à qual a lei não comina pena de reclusão ou detenção. 3. [CESPE ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA STJ 28] Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar poderá ser submetido a prestação de serviços à comunidade, a qual, em prol da dignidade da pessoa humana, a fim de não causar situação vexatória ao autor do fato, não poderá ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. 4. [CESPE AGENTE DE POLICIA SUBST. POLICIA CIVIL/RN 28] A Lei 11.343/6 extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de drogas para consumo pessoal, recomendando apenas o encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde. 5. [CESPE ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA STF 28] A legislação descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Atualmente, o usuário de drogas será isento da aplicação de pena e submetido a tratamento para recuperação e reinserção social. 6. [FUNCAB AGENTE PENITENCIÁRIO SEJUS/RO 21] Considerando que um usuário com 2 anos seja flagrado trazendo consigo, para uso próprio, pequena quantidade de droga, segundo o Art. 28 da referida Lei, este poderá ser submetido à pena de prisão simples, de seis meses a um, dois anos. - DEMO 24

Aula 7. [FGV ADVOGADO SENADO FEDERAL 28] Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar só poderá ser submetido às seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 8. [CESPE INSPETOR DE POLÍCIA POLICIA CIVIL/CE 212] O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal, estiverem submetidos a medida de segurança terão garantidos os mesmos serviços de atenção à sua saúde que tinham antes do início do cumprimento de pena privativa de liberdade, independentemente da posição do respectivo sistema penitenciário. 9. [FUNIVERSA DELEGADO DE POLÍCIA PC/DF 212 Adapt.] O entendimento do STF a respeito da posse de drogas para consumo pessoal não implicou abolitio criminis; houve uma despenalização, entendida como exclusão, para o tipo, das penas privativas de liberdade. 1. [VUNESP INVESTIGADOR DE POLICIA PC/SP 214] Roberval Taylor consumiu droga sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Essa conduta, segundo a Lei sobre Drogas (Lei n.º 11.343/6), pode submeter Roberval, entre outras, às seguintes penas: prisão, prestação de serviços à comunidade, cassação dos direitos políticos e advertência sobre os efeitos das drogas. 11. [FCC PERITO MÉDICO LEGISTA POLITEC/AP 217 Adapt.] De acordo com a Lei Antidrogas, Lei n 11.343/, para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o médico atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 12. [FUNDATEC ESCRIVÃO DE POLÍCIA PC/RS 218 Adapt.] A Lei nº 11.343/26 é a atual Lei sobre drogas. Tendo por base os ditames do citado diploma, julgue o item a seguir. O porte e o cultivo para consumo próprio não configuram crime. - DEMO 25

Aula 13. [CESPE ESCRIVÃO DE POLÍCIA PC/MA 218 Adapt.] Indivíduo não reincidente que semeie, para consumo pessoal, plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de produto capaz de causar dependência psíquica se sujeita à penalidade imediata de (A) perda de bens e valores. (B) medida educativa de internação em unidade de tratamento. (C) advertência sobre os efeitos das drogas. (D) admoestação verbal pelo juiz. (E) prestação pecuniária. - DEMO 26

Aula 4. GABARITO 1 E 8 C 2 E 9 C 3 E 1 E 4 E 11 E 5 E 12 A - DEMO 6 E 13 C 7 C