PARA UMA ANÁLISE ESTRUTURAL DA VINGANÇA NA MITOLOGIA E NA SOCIEDADE NÓRDICA (SÉCULOS X-XIII) Caio de Amorim Féo 1 Diversas são as sociedades nas quais a vingança foi uma prática de extrema importância no que diz respeito à consolidação da posição social dos indivíduos. Na Escandinávia medieval e da Era Viking 2 essa prática foi percebida em tons diferentes em cada região, consoante, inclusive, a diversa influência do cristianismo na vida social. Considerando a perspectiva da análise estrutural do mito de Marcel Detienne (2004), nossa pesquisa tem por objetivo abordar os atos de vingança realizados pelos deuses, presentes nas fontes mitológicas nórdicas com ênfase na Gylfaginning 3, como elemento estruturante do ethos violento presente nas práticas de vingança que se articulavam na Islândia do período pré-cristão até o fim do Estado Livre, em 1264. Neste artigo, pretendemos estabelecer alguns parâmetros fundamentais da pesquisa cujo curso se inicia. As Grágás correspondem a um compilado de leis presentes em vários códices produzido no século XIII na Islândia. No entanto, tais leis dizem respeito a momentos cronológicos diversos, englobando os períodos anterior e posterior ao advento do cristianismo na ilha. Como indica Miranda, as Grágás possuem inúmeras diferenças em relação aos demais conjuntos de leis existentes na Escandinávia, porém, as referências sobre punições que variam de castigos físicos até a morte, merecem aqui destaque por serem exercidas pelo vencedor da causa, e não por alguma autoridade específica. (MIRANDA, 2017, p. 319-322) Conjugando a fonte acima mencionada com o Íslendingabók 4 e o Landnámabók 5, podemos obter uma visão de como os islandeses resolviam suas disputas desde o período de colonização e assentamento até o fim do Estado Livre, ocorrido na segunda metade do século XIII. A obra Edda em Prosa 6, escrita por volta de 1220 pelo poeta islandês Snorri Sturluson, é uma das principais fontes sobre as crenças religiosas dos povos nórdicos no período pagão. 1 Graduando em História na Universidade Federal Fluminense e bolsista PIBIC-CNPq sob orientação do Prof. Dr. Mário Jorge da Motta Bastos. E-mail: caiofeo1234@gmail.com. 2 A Era Viking situa-se no período de 800-1066. 3 Primeira de três partes da Edda em Prosa, escrita na Islândia por Snorri Sturluson em 1220. 4 Livro dos Islandeses. A obra traz um panorama da história da Islândia desde sua colonização até o momento de sua produção no século XII por Ari Thorgilsson, padre islandês considerado pai da história islandesa. 5 Livro dos Assentamentos. Também atribuído ao padre islandês Ari Thorgilsson produzido no século XII. A obra traz os aspectos relativos à colonização da ilha durante os séculos IX e X. 6 Obra dividida em três parte: Gylfaginning, Skáldskaparmál e Háttatal.
Reunindo histórias que vão do surgimento do mundo e dos deuses até a lista de forma de versos, ela se tornou um grande manual de mitologia nórdica aos jovens poetas da época, inclusa em um período de esquecimento das antigas tradições de metáforas poéticas e narrativas míticas. (LANGER, 2015, pp. 143-145) Johnni Langer afirma que apesar de viver em uma Islândia já cristianizada há mais de 200 anos, Snorri Sturluson não realiza juízo de valor nem demoniza os deuses e as práticas pagãs, ação comum ao cristianismo de sua época. (LANGER, 2015, p. 144) Contudo, as influências cristãs de seu tempo são perceptíveis, e a Gylfaginning é fundamental para a estruturação do ethos violento nas práticas de vingança. Faz-se necessário, todavia, esclarecer o funcionamento da sociedade islandesa em nosso recorte cronológico antes de adentrarmos aos exemplos mitológicos de vingança. Por volta de 870 a história da Islândia tem início a partir do povoamento da ilha por noruegueses em sua maioria. 7 Fugindo das complicações políticas do continente decorrentes do fortalecimento do poder monárquico de Haroldo Cabelos Belos, os colonos agiram de forma diferente das colonizações promovidas na época moderna, já que não faziam parte de um plano de conquista territorial em nome de soberanos. (BYOCK, 2001, p. 7) Considerando um ambiente hostil em que vulcões e geleiras eram destacados, as terras foram motivos de conflitos constantes após o assentamento dos primeiros colonos. Tais disputas, que poderiam ser desencadeadas por diversos motivos como insultos, roubos e concorrência na influência local, originavam inúmeras atitudes vingativas que levavam ao assassinato muita das vezes. (BYOCK, 2001, p. 225) A disputa por terras pode ser mais bem compreendida através das relações de parentesco que predominavam na Escandinávia, antes do cristianismo buscar estabelecer uma nova estratégia de parentesco na região através das leis provinciais. O parentesco na Escandinávia funcionava com base num "sistema eletivo de aliança", como afirma Vogt. (VOGT, 2010, p. 11) A definição de parentesco não era bem estabelecida, sendo quase uma opção pessoal, já que as intenções políticas pesavam mais nas escolhas. Assim, embora a relação consanguínea fosse o elemento principal do parentesco, sua estabilidade era muitas vezes complementada com uma rede de colaboração entre indivíduos, que passavam a ter obrigações a cumprir para com seu 7 Jesse Byock (2001, p. 9) destaca a presença de colonizadores de regiões como a Escócia e a Irlanda. A influência de celtas também seria percebida em alguns nomes presentes nas sagas como "Njáll" na "Saga de Njáll".
grupo. (SIGURDSSON, 1995, apud, VOGT, 2010, p. 328) Desse modo, outras relações como de amizade e principalmente os casamentos desempenhavam um papel fundamental na estruturação da noção de parentesco. Porém, por se tratar de relações estritamente pessoais, esse funcionamento explicita sua fraqueza quando uma das partes morre, fazendo com que a estrutura desmoronasse e novos conflitos aflorassem. 8 (VOGT, 2010, pp. 12-13) Embora a violência estivesse presente até mesmo na relação entre parentes, a Islândia tinha, já na Era Viking, a consciência de que os assassinatos não poderiam extrapolar a linha entre vendeta e feud. 9 A diferença entre vendeta e feud estaria no fato de a primeira ser uma disputa de cunho individual que envolvia, quando muito, pequenos grupos, ao passo que a segunda consistia em conflito de maior escala em relação aos grupos familiares envolvidos e ao tempo de duração da contenda. (BYOCK, 2001, p. 220) Assim, os islandeses, apesar das disputas internas, eram conscientes de que os assassinatos requeriam uma moderação, já que ambas as partes da disputa vivem no que Byock chama de great village, fazendo com que as regiões mantivessem relações de cooperação uma com as outras. (BYOCK, 2001, pp. 219-220) A coragem e principalmente a honra eram princípios extremamente valiosos nessa sociedade militarizada 10 que estabelecia gradações nos homicídios. Morð e víg são dois termos que apresentam a diferença ao cometer um assassinato. O primeiro seria um homicídio não declarado, que traria desgraça ao autor podendo até mesmo levá-lo ao status de fora da lei, e o segundo como um homicídio declarado, que não seria algo vexatório ao autor do ato, podendo ser punido apenas com um pagamento de indenização. (BYOCK, 2003, pp. 233-239) A compensação monetária, como o wergeld 11, era uma das formas de indenização mais comuns na Islândia, sendo parte das tentativas de controle das vinganças. Visando amortizar a disrupção social decorrente da violência inerente à vingança privada, o cristianismo seria o principal 8 Vogt refere o caso do rei dinamarquês Niels (1104-34) que possuía possíveis competidores ao trono, mas que manteriam relações de amizade com a família de sua esposa, Margrethe, o que conteve os conflitos. Com a morte de sua esposa, contudo, o sistema pacífico desmoronou e os conflitos se impuseram. 9 Não existe tradução de feud para o português em uma palavra direta, contudo, pode ser entendido como disputa, contenda. 10 Sobre a marcialidade das sociedades escandinavas da Era Viking cf. HEDENSTIERNA-JONSON, 2006. p. 24. 11 Prática de compensação monetária imposta a um indivíduo culpado de assassinato, visando pôr fim à contenda.
estimulador de tais práticas compensatórias, passando a modificar o conceito de honra, como aponta Ciklamini. 12 (CIKLAMINI, 1966, pp. 303-317) Com a ascensão social dos grandes chefes (stórgoðar) e grandes fazendeiros (stórbændr) a partir do século XII, a sociedade islandesa, que até então apresentava uma divisão dual 13, passaria para uma divisão ternária, constituída por grandes chefes, grandes fazendeiros e fazendeiros (bændr). (BYOCK, 2001, pp. 341-343) É a partir desta complexificação social que as disputas seriam alavancadas, levando a ilha à guerra civil. A influência dos grandes chefes levou a uma disputa pelo poder exercido pelos chefes 14 (goðar) nas Things 15 e na localidade de maneira geral. Essa disputa desencadeou uma série de vinganças a partir da primeira metade do século XIII, sendo o momento mais violento da história do Estado Livre Islandês. A ilha nunca foi unificada inteiramente, como afirma Oliveira, já que nenhum dos que disputavam o poder durante a guerra civil tinham condições de estender o seu domínio para além de sua localidade. (OLIVEIRA, 2017, pp. 688-689) A violência alcançaria um extremo, quando os chefes locais buscaram o apoio da coroa norueguesa, o que levaria os demais chefes a se rederem. Assim, em 1264 o Estado Livre chegava ao fim com a submissão da Islândia à Noruega. Caracterizada a sociedade islandesa do período, consideraremos as disputas e vinganças mitológicas referidas na Gylfaginning. Ymir é o gigante primordial na mitologia nórdica, tendo nascido a partir de um contato entre as forças quentes de Muspelheim 16 e frias de Níflheim 17. Sua importância não é dada somente por ser o primeiro gigante a nascer 18, mas também por ser através de seu corpo que o cosmos, incluindo o mundo dos humanos, Midgard, seria criado. Essa criação deriva do assassinato e esquartejamento do corpo de Ymir cometido pelos irmãos Odin, Vili e Vé, descendentes de Buri 19, o que origina na narrativa a primeira definição de oposição entre deuses e gigantes. Lindow afirma que tal assassinato seria decorrente de um possível conflito anterior já que, por Odin e seus irmãos serem a terceira geração, é provável 12 A autora analisa a alteração de costumes antigos por novos costumes cristãos durante o período de transição religiosa, abordando os conflitos jurídicos narrados na Valla-Ljóts Saga. 13 A formação dual era constituída somente por chefes (goðar) e fazendeiros (bændr). 14 Os goðar através do goðorð (liderança local) exerciam o papel político a partir das Things, além do papel religioso na localidade como ser responsável pelo culto dos deuses. 15 Assembleia em que se discutia sobre a justiça. 16 Mundo, reino do fogo. 17 Mundo, reino do gela e da névoa. 18 Há uma discussão sobre qual gigante teria nascido primeiro, Surtr, gigante guardião de Muspelheim, ou Ymir. 19 Primeiro deus a nascer.
que tenham ocorrido desentendimentos anteriores entre deuses e gigantes. A justificativa moral do ato está na criação do cosmos ao ser uma forma de não omitir o ato, preservando a honra dos assassinos. O fato de substituir a reprodução antinatural de Ymir pela reprodução natural entre os gigantes após o assassinato, intensifica essa justificativa. (LINDOW, 1994, p.56) Um impacto ainda maior é o esquartejamento de Ymir e a criação do mundo com suas partes, pois, além de ser um ataque ao membro principal da família, a honra dos gigantes é atingida por não poderem proporcionar o enterro da maneira adequada. (LINDOW, 1994, p. 56) No decorrer da Gylfaginning a resolução de conflitos com o uso do assassinato entre deuses e gigantes é frequente, apesar de os únicos assassinos serem os deuses até o momento do Ragnarök. (LINDOW, 1994, pp. 51-68) Contudo, a jornada de Thor até o castelo de Utgartha-Loki 20 nos ajuda a compreender outros dois pontos fundamentais de nossa perspectiva. O primeiro está relacionado à ira de Thor liberada durante a jornada. Após um grande tremor, Thor e seus seguidores encontram o gigante Skrymir, que passa a acompanhálos. Durante o trajeto, Skrymir sugere guardar as provisões de todos em uma única bolsa, e Thor concorda. Porém, enquanto o gigante descansa, Thor tenta abrir a bolsa três vezes e, furioso pelo insucesso, a cada falha desfere golpes com seu martelo na cabeça do gigante Skrymir que nada parece sentir. (Gylfaginning, 44) Ao fim, quando Utgartha-Loki revela a Thor o uso de ilusões durante toda sua jornada, desde Skrymir até os desafios feitos no castelo, o deus ergue o Mjöllnir (Gylfaginning, 46) de maneira furiosa, mas antes de golpear, Utgartha-Loki desaparece. Portanto, por não reprimir sua ira, fica evidente não apenas o conflito existente desde os primórdios entre deuses e gigantes, mas também o dever designado a Thor de matar gigantes, como aponta Lindow. 21 (LINDOW, 2000, pp. 170-186) O segundo ponto é relativo à conexão dessa jornada à pesca da serpente Jörmungandr por Thor (Gylfaginning, 47), logo após 20 A história conta a viagem de Thor, Þjálfi, Röskva e Loki ao castelo do gigante rei Utgartha-Loki. Chegando ao castelo, Loki, Þjálfi e Thor passam por desafios feitos pelo anfitrião em que são derrotados pelos gigantes da corte do rei. Ao fim, Utgartha-Loki revela a Thor que tudo não se passou de inúmeras ilusões desde o seu encontro com o gigante Skymir no meio da jornada, até os desafios no castelo. Com isso desaparece Utgartha- Loki e o seu castelo, com Thor se encontrando furioso em uma planície. 21 O autor trabalha em uma perspectiva que demonstra o caráter de protetor dos humanos de Thor durante toda a narrativa mítica. Um exemplo é o do momento que a família de humanos que proporcionou alojamento a Thor não cumpre o pedido do deus, e acabam danificando uma das patas dos bodes servidos no jantar. Ao ressuscitálos, Thor percebe que um dos bodes está manco, o que desperta sua ira. No entanto, Thor consegue manter o controle e não pune a família, somente faz com que Þjálfi e Röskva o acompanhem na jornada ao castelo de Utgartha-Loki. De maneira contrária, ao ter problemas com gigantes o deus não reprimia sua ira.
Gangleri perguntar se Thor alguma vez se vingou das enganações de Utgartha-Loki. (LINDOW, 1994, p. 58) Thor se disfarça de menino para acompanhar o gigante Hymir em seu barco e, ao remar cada vez mais rápido e para mais longe, Hymir percebe que o menino é, na verdade, Thor. Ao fisgar a serpente e trazê-la para fora das águas, Thor se prepara para golpeá-la com seu martelo, mas, assustado, Hymir corta a linha da vara de pesca e a serpente retorna ao mar. Furioso, Thor mata Hymir com um golpe na cabeça. Compreendemos a fuga da serpente como um indicativo na Gylfaginning da elevação de violência entre deuses e gigantes, já que durante o Ragnarök Thor enfrentará a serpente novamente em uma batalha que ambos serão mortos. Em outras palavras, a narrativa mítica estrutura-se por uma escalada crescente de violência, iniciada com a morte de Ymir. É com o Ragnarök que tal escalada de violência chega ao seu limite. Desencadeado a partir do assassinato do deus Balðr 22 de maneira indireta por Loki, os deuses se enfureceram e buscaram vingança. As atitudes de Loki nos servem de exemplo em relação ao comportamento no quadro de um assassinato. Ao induzir Höðr a atirar uma lança de visgo em Balðr, causando sua morte, e ao não se pronunciar quando os demais deuses se entreolhavam, buscando o culpado, Loki se encaixa na estrutura de morð. Inconsoláveis, os deuses enviam Hermord, o deus mensageiro, à Hel 23 com a missão de trazer Balðr de volta à Asgard. Hel permite o retorno de Balðr com a condição de todos os objetos vivos e não vivos derramarem uma lágrima pelo deus. Porém, somente uma gigante chamada Thökk se recusou a chorar por Balðr, o que selou o destino do deus em Hel. (Gylfaginning, 48) Ao descobrir que Thökk era Loki disfarçado, os deuses se enfureceram e buscaram vingança. Loki, covardemente, foge para o topo de uma montanha, onde ergue uma casa que lhe permite antever qualquer ameaça. Apesar de seu esforço, acaba capturado pelos deuses e preso em uma caverna com uma serpente que pingava veneno em sua cabeça. Ao se livrar de sua prisão, Loki vai em busca de vingança contra os deuses pela punição que lhe impuseram. Juntando-se às forças dos gigantes, que contavam com Fenrir, Jörmungandr e Surtr, Loki confrontará os deuses em uma batalha destrutiva para ambas as partes, marcando o fim de uma era. (Gylfaginning, 49-51) Considerada como um todo, a narrativa mítica que acabamos de considerar tem a escalada da violência que leva à vingança como seu motor. Para além do mito, a sociedade 22 Deus mais belo, nobre e adorado pelos deuses. 23 Submundo dos mortos e deusa de tal lugar.
islandesa não conseguiria apesar de tentar manter a moderação nos assassinatos para não chegar ao nível de feud, já que a guerra civil seria o ápice das tentativas de resoluções violentas de disputas que nunca cessaram desde o período pré-cristão. Na Gylfaginning a mesma escalada de violência ocorre, mas as motivações das atitudes violentas são distintas das que ocorrem durante o século XIII. Portanto, apesar de visualizar o Ragnarök como o fim da contenda iniciada com Ymir, discordamos de Lindow quando afirma que o evento escatológico, é fruto da imaginação de Snorri pelo fato de ambos os lados do feud serem quase todos mortos, algo improvável na realidade social islandesa. (LINDOW, 1994, p. 59) Entendemos que essa visão de Lindow, praticamente historicista, impede a concepção totalizadora da Gylfaginning por buscar acontecimentos históricos na narrativa. Portanto, compreender a obra como um todo nos parece ser, até o momento, fundamental para buscar um maior entendimento da sobrevivência de crenças e práticas pré-cristãs após o período de conversão ao cristianismo na Islândia. Referências Bibliográficas: Fonte: STURLUSON, Snorri (1984). Edda Menor. De la edición y Traducción: Luis Lerate. Alianza Editorial, Madrid, 1984. Secundárias: BYOCK, Jesse L. Viking Age Iceland. London: Penguim Books, 2001.. Feuding in Viking Age Iceland s Great Village. In: BROWN, Warren C.; GÓRECKI, Piotr (Eds.). Conflict in Medieval Europe: Changing Perspectives on Society and Culture. Aldershot: Ashgate, 2003, p. 229-241. CIKLAMINI, M. The Concept of Honor in Valla-Ljóts Saga. Journal of English and Germanic Philology 65, 1966. p.303 317. DETIENNE, Marcel. Comparar o Incomparável. Aparecida, SP. Idéias & Letras, 2004. HEDENSTIERNA-JONSON, Charlotte. The Birka warrior, the material culture of a martial society. Stockholm, Stockholm University, 2006. LANGER, Johnni. (Org.). Dicionário de Mitologia Nórdica: símbolos, mitos e ritos. São Paulo: Hedra, 2015.
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