DIREITO, INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO



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Transcrição:

MARIA ÂNGELA RUSSO ABUD DE TOLEDO DIREITO, INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO CLAREZA JURÍDICA Mestrado em Direito USP/SP SÃO PAULO 2009

MARIA ÂNGELA RUSSO ABUD DE TOLEDO DIREITO, INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO CLAREZA JURÍDICA Mestrado em Direito Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de MESTRE em Filosofia e Teoria Geral do Direito, elaborada sob a orientação do Professor Titular Tercio Sampaio Ferraz Junior. USP/SP SÃO PAULO 2009

BANCA EXAMINADORA

AGRADECIMENTOS A todos que colaboraram, de qualquer forma, com o desenvolvimento dessa pesquisa. Ao Professor Doutor Tercio Sampaio Ferraz, meu orientador, pelo incentivo e acompanhamento competente. Ao Professor Doutor Paulo de Barros Carvalho, pelo apoio e confiança. Ao Professor Doutor Eduardo Carlos Bianca Bittar, pelo entusiasmo e disponibilidade. À Secretaria da Pós-Graduação da Universidade de São Paulo, representada pela Fátima, pela eficiência e pronto atendimento. À Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em especial à Rosângela, pela atenção constante. Ao meu marido e companheiro, José Fabio Barbosa de Toledo, pelo sacrifício, dedicação e paciência. À minha filha Fabíola Abud de Toledo, pelo amor e compreensão de sempre.

RESUMO O objetivo consiste na construção de uma teoria da clareza jurídica, pragmática, com passos iniciais, em oposição a uma teoria clássica da clareza lingüística do direito e de uma clareza jurídica estreita, na produção, interpretação e decisão. Delineia-se um perfil de clareza jurídica, pragmática, em oposição a um perfil de uma teoria clássica, da clareza lingüística do direito e da clareza jurídica, estreita. Desloca-se para uma teoria do claro-escuro em uma teoria geral da norma jurídica e sua construção de sentido, em uma teoria geral da interpretação e uma teoria da decisão. Recorre-se à técnica do direito, como linguagem, por uma semiótica jurídica, distinguindo-se a utilização de uma semiótica no direito e de uma semiótica do direito. A máxima interpretativa, in claris cessat interpretatio, redefinida para interpretar-se norma clara e não-clara, passa a ser regra de regulagem, integrante de uma norma jurídica e do ordenamento Na construção do claro-escuro jurídico, pragmático, o não-claro é redefinido como defeito atenuado, que convive com o claro, com seu título de validade, em um ordenamento jurídico, a partir do estatuto da linguagem, como constitutiva de seu próprio funcionamento. A clareza jurídica, pragmática, exerce o papel de controle regulador, em uma teoria da decisão. O claro-escuro, jurídico, pragmático, na qualidade de valor, torna-se regra de calibração de um ordenamento.

ABSTRACT The objective consists in the construction of a juridic clarity theory, pragmatic, with inicial steps, in opposition of a classic theory from linguistic clarity of law and from a narrow juridic clarity, in production, interpretation and decision. There is a profile of a juridic clarity, pragmatic, in opposition of a classic theory profile, from linguistic clarity of law, and from a narrow juridic clarity. It deslocates to a chiaroscuro theory in a general theory of juridic norm and its meaning construction, in a general theory of interpretation and also a decision theory. It appeals to the law technique, as a language, for a juridic semiotic, distinguishing the utilization of a semiotic on law and of a semiotic from law. The interpretative precept, in claris cessat interpretatio, redefined to interpretate clear norm and non-clear norm, becomes a regulation rule, part of a juridic norm and of the legal system. In the construction of a juridic chiaroscuro, pragmatic, the chiaroscuro is redefined as a attenuated defeat, wich lives with the clear, with its validity title, in a legal system, starting from the language statute, as constitutive of its own operation.juridic clarity, pragmatic, exercising the role of a regulator control, in a decision theory. The chiaroscuro, juridic, pragmatic, in the quality of value, becomes a calibration rule of a legal system.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 9 PARTE I. O CLARO-ESCURO, DIFICULDADES, PROBLEMA, DOGMÁTICA JURÍDICA E SEMIÓTICA JURÍDICA, TRADIÇÃO E REDEFINIÇÃO... 11 CAPÍTULO 1. DIFICULDADES NA COLOCAÇÃO DO PROBLEMA E UMA QUESTÃO DE PRECONCEITO... 11 1.1. Apresentação... 11 1.2. Quadro de dificuldades e caminho de uma dogmática jurídica alargada por uma semiótica jurídica redesenhada... 11 1.3. Uma clássica dogmática jurídica e uma ressignificação de teoria do direito, como linguagem e do claro-escuro... 15 1.4. Norma jurídica pragmática e o claro-escuro como instrumento jurídico de controle... 17 1.5. Uma questão de preconceito... 23 1.6. Revisitar uma semiótica jurídica e uma dogmática jurídica lato sensu... 27 1.7. Balanço... 34 CAPÍTULO 2. TEORIA CLÁSSICA DA CLAREZA JURÍDICA... 40 2.1. Apresentação... 40 2.2. Teoria da legislação e clareza... 42 2.3. Uma leitura semiótica do claro-escuro, em hermenêutica clássica e de transição... 44 2.4. Uma amostragem do claro-escuro em dogmática jurídica, tradição e transição... 51 2.5. Casos e avanço na construção doutrinária da produção/interpretação do claro-escuro... 58 2.6. Balanço... 64

CAPÍTULO 3. CLAREZA E NÃO-CLAREZA EM DISCURSOS DECISÓRIOS... 68 3.1. Apresentação... 68 3.2. Uma amostra de casos do claro-escuro, no ângulo clássico... 70 3.3. Um caso de desambiguação, clareza como controle de constitucionalidade e um caso de vagueza intencional constitutiva de uma norma decisória... 73 3.4. Balanço... 78 PARTE II. TEORIA RESSIGNIFICADA DA CLAREZA JURÍDICA... 80 CAPÍTULO 1. INSTRUMENTAIS SEMIÓTICOS E ESTATUTO DA LINGUAGEM... 80 1.1. Apresentação... 80 1.2. Estatuto da linguagem e noção constitutiva de língua afetada pelo real... 80 1.3. Interpretação lingüística e jurídica, dogmática lingüística e jurídica e relevância, semioticidade e juridicidade... 88 1.4. Contornos de indeterminação/ambigüidade/vagueza, em interpretação jurídica de casos... 90 1.5. Reflexão sobre utilização de semiótica no direito e semiótica do direito... 93 1.6. Balanço... 98 CAPÍTULO 2. PARA UMA CLAREZA JURÍDICA, PRAGMÁTICA... 99 2.1. Apresentação... 99 2.2. Percurso da construção da clareza no direito: do lingüístico ao jurídico, como controle. Comparação: França/Brasil... 100 2.3. Movimento da clareza lingüística no direito para desenho de norma, na França, com respingos no Brasil... 105 2.4. Da clareza lingüística e clareza jurídica, para clareza jurídica, pragmática. Uma visão internacional... 107 2.5. Perfil de uma clareza jurídica, pragmática, no Brasil... 110 2.6. Balanço... 120 CONCLUSÃO... 123 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 125