IV CONGRESSO INTERNACIONAL EM PATRIMÔNIO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - PYDES 2015-01 a 03/12/2015, FRANCA, SÃO PAULO, BRASIL CARTA DE FRANCA



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Transcrição:

IV CONGRESSO INTERNACIONAL EM PATRIMÔNIO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - PYDES 2015-01 a 03/12/2015, FRANCA, SÃO PAULO, BRASIL CARTA DE FRANCA A quarta edição do CONGRESSO INTERNACIONAL EM PATRIMÔNIO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - PYDES ora encerrada teve sua realização efetivada pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais FCHS UNESP/Franca por intermédio do Depto de Educação, Ciências Sociais e Políticas Públicas DECSPP e do Programa de Pós-graduação em Planejamento e Análise de Políticas Públicas. Participaram de suas atividades de preparação e divulgação, assim como na programação, os docentes e pesquisadores vinculados às instituições estrangeiras como a Universidade Alberto Hurtado, Chile; Universidade de Alicante, e o Grupo Interdisciplinar de Estudos Críticos e de América Latina - GIECRYAL, ambos da Espanha; Universidade Andina Simón Bolivar, Bolívia; Universidade Autônoma de Guerreiro, Universidade Autónoma de Campeche, Corpo Acadêmico Patrimônio e Desenvolvimento Sustentável, México; Universidade de Ciências Aplicadas e Ambientais e Universidade Distrital Francisco José de Caldas, ambas da Colombia; Universidade Nacional de Costa Rica, do país homônimo; Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Desenho da Universidade Nacional de San Juan, Argentina; Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Portugal; e o Instituto de Filosofia/GEMAS, Cuba. Também participaram do IV PYDES os profissionais vinculados às instituições brasileiras como a Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas (SP), Universidade Estadual Paulista, campus Franca (SP) e Rio Claro (SP); Universidade do Estado de Minas Gerais, campus Passos (MG); Universidade Feevale, campus Novo Hamburgo

2 (RS); o Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto (SP); Centro Universitário UNIFAFIBE, Bebedouro (SP); Centro Universitário UNI-FACEF, Franca (SP), Laboratório de Estudos Sociais do Desenvolvimento e Sustentabilidade - LaBDES, e os Programas de Pós-graduação em Serviço Social e de Políticas Públicas da UNESP, campus Franca (SP). Ressalta-se que o IV PYDES proporcionou à unidade de Franca da UNESP o cumprimento de objetivos institucionais estratégicos. Entre eles destacam-se (i) a consolidação das relações acadêmicas iniciadas, em 2012, entre a UNESP, campus Franca e a UAG - Universidade Autônoma de Guerreiro, campus Acapulco, a UAC - Universidade Autônoma de Campeche e o Corpo Acadêmico Patrimônio e Desenvolvimento Sustentável, do México, onde o PYDES teve origem; (ii) o marco inicial de comunicação e conexão entre a UNESP e outros centros acadêmicos e de pesquisa no Brasil e exterior; (iii) a transformação do campus Franca da UNESP, durante os dias 1 a 3 de dezembro de 2015 num centro multinacional de exposição e debates sobre o estado da arte de variados espaços geográficos brasileiros e mundiais, em patrimônio e sustentabilidade socioambiental, entre renomados especialistas de diferentes cidades e regiões e múltiplos ramos da ciência como Administração, Antropologia, Arquitetura, Biologia, Ciências Sociais, Direito, Ecologia, Engenharia, Filosofia, Geografia, História, Marketing, Relações Internacionais, Serviço Social, Turismo, Urbanismo, entre outros. Nas Conferências, mesas redondas, oficinas, nos minicursos, e nas apresentações orais e dos posteres os participantes socializaram as suas reflexões sobre as realidades em patrimônio e sustentabilidade socioambiental com as autoridades políticas, o setor produtivo, os estudantes e a comunidade presente. E para que essas reflexões produzam efeitos práticos mais amplos o Comitê Organizador decidiu pela elaboração desta CARTA DE FRANCA, que discutida e aprovada pelos representantes das instituições parceiras

3 na realização do IV PYDES será endereçada às autoridades acadêmicas; lideranças comunitárias, políticas e de instituições do setor de produção e consumo do Brasil e dos países nele representados. A CARTA DE FRANCA expõe a síntese dos conteúdos tratados no IV PYDES, os quais contêm as potencialidades e limitações para sua efetivação. A ideia que norteia este documento é a de estimular o compartilhamento dessas autoridades e lideranças na efetivação prática das potencialidades e solução das limitações do estado da arte em patrimônio e sustentabilidade. Nesse sentido, os trabalhos acadêmicos selecionados relativos aos temas tratados nas atividades dessa quarta edição do PYDES, são não só autoexplicativos, mas também orientadores de ações a serem implantadas e/ou aperfeiçoadas. Cumpre dizer que as Conferências, mesas redondas, os minicursos, a oficina, as apresentações orais e de posteres, do IV PYDES, reuniram especialistas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, Cuba, Espanha, México e Portugal que debateram e apresentaram o estado da arte de temas de grande relevância para a sociedade em nível local e mundial. Entre eles citam-se: Políticas Públicas, Legislação e Sustentabilidade; Patrimônio Cultural (material e imaterial) e Natural; Estratégias Sustentáveis de Gestão Sócioambiental; Sustentabilidade Social na Luta contra da Fome e a Miséria, Turismo e seus Impactos Ambientais no Meio Ambiente; Educação e Sociedade no Século XXI; Arqueologia Industrial em seus aspectos Históricos e Geográficos; e Aplicação de Métodos e Técnicas Sustentáveis na Gestão de Resíduos. Outro momento de importância social impar foi a apresentação das produções científicas orais ou no formato de pôsteres por eixos temáticos expostos nas respectivas sínteses. O tema Biodiversidade com viés em uso sustentável tratou: (i) das alterações metabólicas e fisiológicas em plantas de batata; da redução da densidade de árvores de macieiras, ambas em regiões do

4 México; (ii) de técnicas de triagem da mamona como fonte de produção de biocombustível no Brasil; e (iii) dos efeitos à saúde humana ocasionados por metais pesados descartados indevidamente no solo e absorvidos pelas plantas comestíveis nele cultivadas. O tema Desenvolvimento territorial sustentável expôs: (i) a dinamização de potencialidades de desenvolvimento baseada na cultura da localidade; (ii) o planejamento urbano como pré-requisito de uso e ocupação do solo buscando prevenir a contaminação de mananciais de abastecimento humano; (iii) a alternativa para reduzir o desmatamento e a degradação ambiental em florestas tropicais; (iv) a crítica à segregação socioespacial das classes sociais de baixo rendimento financeiro que são relegadas a condições ambientais insalubres pelo crescimento espraiado das cidades nos países dependentes; (v) a discussão da prevenção do conflito entre a conservação e o desenvolvimento pela criação de geoparque no Brasil; (vi) o foco dos recursos naturais como base para a criação de estratégias de sustentabilidade e indicadores de elementos culturais, sociais e econômicos; (vii) os efeitos do fenômeno da migração forçada devido aos projetos de desenvolvimento instalados em áreas biodiversas do Continente Latino-americano; (viii) os instrumentos cartográficos para a preservação e uso sustentável de recursos hídricos; (ix) as respostas da vinculação entre as comunidades locais e áreas protegidas; e o papel dos comitês de água potável na zona rural, ambas as pesquisas no Chile; (x) a geração de um padrão de valor e uso da água em Campeche, México; (xi) as possibilidades de destinação de área de aterro de resíduos e rejeitos industriais para implantação de parque em área urbana de Franca (SP), Brasil; (xii) um método agroflorestal (SAFTA) alinhado ao fóco da Convenção Rio+ 20; (xiii) a técnica da modelagem matemática para avaliar a capacidade autodepurativa de córrego a efluente tratado em Presidente Prudente (SP), Brasil; e (xiv) os efeitos do processo de

5 urbanização de áreas rurais nos padrões culturais e nas identidades locais na região metropolitana de Bogotá, Colombia. O tema Políticas públicas e desenvolvimento sustentável enfocou: (i) os princípios do desenvolvimento sustentável, da precaução e prevenção ante o risco de poluição na aplicação de técnica de exploração de gás obtido em meio fóssil; (ii) o diálogo entre as políticas públicas educacionais e a participação do jovem em projetos sociais relacionados ao desenvolvimento sustentável; (iii) a gestão de resíduos sólidos e sua adequação à política pública de destinação correta na região metropolitana de São Paulo, Brasil; (iv) a participação da sociedade civil na proposta de remanejamento da água de rio da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (SP) para o sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, Brasil; (v) as hipóteses de políticas públicas de sustentabilidade do desenvolvimento; (vi) a contribuição das licitações sustentáveis ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental das regiões; (vii) a viabilidade de coleta seletiva de resíduos e sua contribuição ao desenvolvimento sustentável, a geração de trabalho e renda; (viii) os resultados do plano de coleta seletiva de resíduos em Uberlância (MG), Brasil; (ix) a aplicação de educação ambiental por consorciados no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos; (x) os efeitos da presença ou ausência de políticas públicas para a população jovem no meio rural; (xi) as condições de habitabilidade e saneamento básico em cidades da região metropolitana de São Paulo, Brasil; (xii) as alternativas à injustiça ambiental a que estão submetidos os ribeirinhos e colonos da Estação Ecológica da Terra do Meio (PA), Brasil; (xiii) o comprometimento do desenvolvimento sustentável das cidades pelos impactos negativos da falta de Plano de Mobilidade Urbana perante os portadores de necessidades especiais; (xiv) a proposta de construção de sistemas de aquecedores solares de baixo custo como alternativa às fontes de energia de origem hidrelética, fóssil e biomassa; xv) as possibilidades de acesso à

6 Educação sob o prisma do Direito e sua relação com o desenvolvimento sustentável; (xvi) as dificuldades da produção agroecológica de produtores familiares do Interior de São Paulo e Minas Gerais, Brasil; (xvii) os problemas sociais e ambientais e sua relação com a injustiça e a desigualdade; (xviii) a importância da política pública da assistência técnica e extensão para o desenvolvimento rural sustentável; (xix) a legislação florestal e a agricultura familiar na proteção e manejo sustentável de recursos florestais nas pequenas propriedades rurais no Brasil; (xx) a população beneficiada da acessibilidade em Mogi das Cruzes (SP), Brasil; e (xxi) os exemplos de métodos de reaproveitamento de resíduos da construção civil aplicados em Belo Horizonte (MG), São Carlos (SP) e Guarulhos (SP), Brasil. O tema Patrimônio cultural (material e imaterial) e natural apresentou: (i) a discussão e análise do registro e da metodologia de reconhecimento dos bens de patrimônio cultural imaterial nos estados de Minas Gerais e São Paulo, Brasil; (ii) o efeito do fluxo turístico na identidade e no saber-fazer local; (iii)os efeitos da política pública da cozinha mexicana como patrimônio cultural intangível; (iv) questão relativa ao uso das praias do rio Araguaia, no Brasil, para práticas de lazer; (v) a influência da espetacularização na Casa Boehm, um imóvel tombado em Joinville (SC), Brasil; (vi) os efeitos da Semana da Consciência Negra e do Encontro de Comunidades Qilombolas na cultura quilombola no Brasil; (vii) o cemitério como patrimônio cultural da cidade; (viii) a unidade social e os vínculos das pessoas entre sí e com outros seres vivos; (ix) a participação de mulheres na prática de cultivar abelhas na Península de Yucatán, México; (x) os cemitérios como sitios que abrigam fontes relevantes para o conhecimento do ofício de marmorista em São Carlos (SP), Brasil; (xi) a valorização do patrimônio arquitetônico popular por meio do acervo fotográfico de edificações e equipamentos urbanos populares em Tiradentes, Ouro Preto, e Diamantina, no estado de Minas Gerais,

7 Brasil; (xii) a destruição e conservação do patrimônio natural e cultural de Belterra (PR), Brasil; (xiii) o Espaço Cultural Fazenda Capão Alto, de Castro (PR), Brasil, como lugar de cultura ativa e preservação da paisagem; (xiv) as questões da gestão do patrimônio cultural e da análise do conceito ampliado de paisagem cultural; (xv) a visão da realidade do morador de Peirópolis, Uberaba (MG), Brasil, sobre si e o entorno por meio de fotos e manifestações artísticas; (xvi) as opiniões de turistas visitantes do Museu Histórico de Dourados (MS), Brasil; (xvii) a questão dos jardins históricos nas cartas patrimoniais internacionais; (xviii) as políticas culturais e os patrimônios naturais no norte do estado do Rio de Janeiro, Brasil; (xix) a contribuição da educação patrimonial para o desenvolvimento crítico de pessoas ligadas à preservação e propagação de sua história; (xx) a influência da técnica construtiva com adobe na paisagem de Palmas (TO), Brasil; (xxi) o levantamento e mapeamento participativo de recursos turísticos em Costa Rica; (xxii) o produto turístico das áreas protegidas e de sol e praia em Costa Rica; (xxiii) o registro documental de obras construídas na Grande San Juan, Argentina em 1960 e 1970; (xxiv) os pontos estratégicos da trilha principal do Morro da Boa Esperança, São Gabriel (AM), Brasil; (xxv) a importância e os riscos do acervo arquitetônico eclético de Porciúncula (RJ), Brasil; e (xxvi) a religiosidade presente na Folia de Reis em Itaporã (MS), Brasil. O tema Turismo e seus impactos no meio ambiente apresentou: (i) a valoração econômica de serviços ambientais pela implantação do turismo em comunidades indígenas próximas as área naturais protegidas; (ii) o turismo rural como atividade de inclusão produtiva e seus impactos ambientais; (iii) os indicadores para o desenvolvimento sustentável da Vila de Itaúnas, no estado do Espírito Santo, Brasil; e (iv) a sustentabilidade ambiental no planejamento urbanístico em Cabo Verde.

8 O tema Patrimônio e sustentabilidade apresentou: (i) os lados de Porto Seguro (BA), Brasil: o da festa e alegria durante o ano todo; dos elevados índices de criminalidade e da segregação social; (ii) as reflexões acerca do projeto de mapeamento da arquitetura como subsídio à produção de um albúm digital e impresso, no distrito de Taquaruçu, em Palmas (TO), Brasil; (iii) o projeto cultural museológico do patrimônio arquitetônico do Campo de Concentração do Tarrafal, Cabo Verde; (iv) a relevância dos museus como fomentador da sustentabilidade nas dimensões social, econômica e ambiental; (v) o contexto gerado pelo terremoto e tsunami, de 2010, e as intervenções urbanas relacionadas com o patrimônio em Concepción, Tomé, Talcahuano, no Chile; (vi) as diretrizes projetuais para o parque linear em área protegida do pátio ferroviário; e o estudo do patrimônio hidráulico do abastecimento de água e coleta de esgoto, ambos em Bauru (SP), Brasil; (vii) a atribuições de novos usos para eficicações consideradas patrimônios culturais como potenciais redutores dos impactos causados por novas construções; (viii) as relações e conexões entre o contexto sociopolítico ideal e a realidade da proteção do conjunto urbanístico de Brasilia, DF, Brasil, como Patrimônio Mundial; (ix) a proposta de diretrizes urbanas e do projeto de parque urbano na esplanada da estação e leito ferroviário em Birigui (SP), Brasil; (x) o percurso histórico do pánudi terra e sua contribuição para o desenvolvimento do comércio entre Portugal, Brasil e Cabo Verde; e (xi) a cartilha interativa de educação ambiental como mecanismo para prevenir incêndios criminosos e descasos com o Parque Nacional da Serra da Canastra, no Brasil, pelos moradores de seu entorno. O tema Educação ambiental e sociedade no século XXI trouxe: (i) a importância e a pertinência da questão ambiental para o Serviço Social; (ii) a transferência de conhecimentos científicos sobre a preservação de recursos hídricos para professores e alunos da rede pública de ensino e seu vínculo entre o ensino, a pesquisa e

9 extensão; (iii) a divulgação de um almanaque de Educação Ambiental para produtores rurais do entorno do Parque Nacional da Serra da Canastra, no Brasil; (iv) a Educação Ambiental como forma de enfrentar a grave crise ambiental e o descaso das autoridades políticas e da sociedade para a questão ambiental;(v) a confecção de brinquedos e jogos com materiais recicláveis no ambito escolar como fomento da Educação Ambiental; (vi) o papel do Museu Inhotim inserido numa reserva florestal e de suas obras de arte; (vii) a identificação e interpretação para uso ambiental dos pontos da trilha do Sauim, Manaus (AM), Brasil; (viii) a conscientização e educação socioambiental através de resíduos de construções e demolições em Santa Ernestina (SP), Brasil; (ix) a Educação Ambiental como alternativa aos graves problemas socioambientais da sociedade fundada na produção e no consumo; (x) as experiência da formação de professores em Educação Ambiental em Jaboticabal (SP), Brasil; e (xi) os resultados dos compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas (Rio + 20). O tema Empresas, meio ambiente e sustentabilidade mostrou: (i) a relação entre a Responsabilidade Social Empresarial e o desenvolvimento social; (ii) a sustentabilidade socioambiental na atuação dos meios de hospedagem pela aplicação de critérios do Sistema Brasileiro de Classificação; (iii) a qualidade da prestação de serviços e sua relação com os padrões de hospitalidade e sustentabilidade num meio de hospedagem; (iv) os resultados da aplicação da Educação Ambiental contínua nas empresas; (v) o método de remoção de contaminantes por filtragem de água de poços e cisternas a um custo acessível às populações de baixa renda; (vi) os impactos ambientais de um empreendimento hoteleiro; e (vii) a necessidade de um sistema de vigilância à sáude da população pela contaminação de áreas de plantio de lavouras por agrotóxico. O tema Legislação e estratégias de gestão socioambiental enfocou: (i) a regulamentação do uso dos recursos hídricos no Brasil;

10 (ii) os efeitos dos incêndios florestais em fazendas de Passos (MG), Brasil; (iii) a reflexão sobre a legislação ambiental brasileira e o desenvolvimento de ações socioambientais; (iv) as licitações sustentáveis no Brasil; (v) a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e a efetivação do desenvolvimento sustentável; (vi) a relação entre o rio e o espaço urbano com foco na questão da água em Divinópolis (MG), Brasil; e (vii) a avaliação da contaminação por compostos orgânicos e inorgânicos em manancial hídrico. E por último, o tema Sustentabilidade na luta contra a fome e a miséria destacou: (i) o papel das organizações sociais na construção de espaços periurbanos em Bogotá, DF, Colombia. Esta síntese dos variados conteúdos enfeixados na temática geral que orientou a realização do IV PYDES demonstra que parcela expressiva do meio acadêmico e profissional, tanto no Brasil como no exterior, está engajada na defesa e preservação do patrimônio e na implantação, manutenção e expansão da sustentabilidade socioambiental nas regiões, cidades e comunidades dos países aqui representados. Este fato permite dizer que o foro internacional em que se transformou o PYDES, nesta sua quarta edição, na UNESP de Franca, contribuiu para o alargamento da valorização dessa importante temática pelas atuais e, provavelmente pelas futuras gerações nos diversos recortes espaciais de sua existência e influência. Como se não bastasse os signatários desta CARTA DE FRANCA assumem o compromisso de aceitar um desafio indispensável. Ou seja, o de desenvolver e aplicar as iniciativas necessárias à obtenção da adesão das autoridades políticas, lideranças comunitárias e do setor de produção e consumo para contribuir, cada uma no seu âmbito de atuação, com a efetivação das potencialidades e solução das limitações dos temas tratados no IV PYDES. Afinal de contas é imperioso admitir que a manutenção da

11 vida e da saúde humana na Terra de modo que aproveita a todos, hoje, amanhã e sempre, abarca o viés da interdependência. Quer dizer, demanda mais do que nunca o compartilhamento de responsabilidades entre os atores pertencidos à temática aqui tratada para garantir o equilíbrio do ambiente construído e natural com o meio político, cultural e econômico, e da equidade social, no usufruto das riquezas. Esta CARTA DE FRANCA contém 15 folhas digitadas somente no anverso tendo sido entregue uma cópia assinada para cada representante das instituições parceiras na realização do IV PYDES presentes no evento. Franca, SP, Brasil, 03 de dezembro de 2015. Prof. Dr. Elias Vieira Pesquisador vinculado ao Laboratório de Estudos Sociais do Desenvolvimento e Sustentabilidade LabDES, UNESP, câmpus Franca, Brasil Relator Coordenação Geral Profa. Dra. Analúcia Bueno dos Reis Giometti Profa. Dra. Célia Maria David Comissão Organizadora

12 Profa. Dra. Analúcia Bueno dos Reis Giometti Profa. Dra. Célia Maria David Prof. Dr. Naú Silverio Niño Gutièrrez Prof. Dr. Jose Antonio Segrelles Serrano Prof. Dr. Elias Vieira Prof. Dr. Alexandre Marques Mendes Prof. Dr. Mauro Ferreira Drª María de Jesús García Ramírez Drª Marvel del Carmen Valencia Gutierrez Drª Nidelvia del Jesús Bolívar Fernandez

13 Lívia Pérez Mauro Pircio Laura Odette Dorta Jardim Silvia Cristina Soggio Del Monte Instituições parceiras estrangeiras Universidade Alberto Hurtado, Chile Universidade de Alicante, Espanha Grupo Interdisciplinar de Estudos Críticos e de América Latina - GIECRYAL, Espanha Universidade Andina Simón Bolivar, Bolívia Universidade Autônoma de Guerreiro, México Universidade Autónoma de Campeche, México

14 Corpo Acadêmico Patrimônio e Desenvolvimento Sustentável, México Universidade de Ciências Aplicadas e Ambientais, Colombia Universidade Distrital Francisco José de Caldas, Colombia Universidade Nacional de Costa Rica, país homônimo Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Desenho da Universidade Nacional de San Juan, Argentina Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Portugal Instituto de Filosofia/GEMAS, Cuba Instituições parceiras brasileiras Universidade de São Paulo (SP) Universidade Estadual de Campinas (SP) Universidade Estadual Paulista, campus Franca (SP) Universidade Estadual Paulista, campus Rio Claro (SP)

15 Universidade do Estado de Minas Gerais, campus Passos (MG) Universidade Feevale, campus Novo Hamburgo (RS) Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto (SP) Centro Universitário UNIFAFIBE, Bebedouro (SP) Centro Universitário UNI-FACEF, Franca (SP) Laboratório de Estudos Sociais do Desenvolvimento e Sustentabilidade LaBDES, UNESP, campus Franca (SP) Programa de Pós-graduação em Serviço Social, UNESP, campus Franca (SP) Programa de Pós-graduação em Planejamento e Análise de Políticas Públicas, UNESP, campus Franca (SP)