PROJETO XÔ DENGUE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E TEATRO PARA CRIANÇAS NO COMBATE AO Aedes aegypti.

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Transcrição:

PROJETO XÔ DENGUE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E TEATRO PARA CRIANÇAS NO COMBATE AO Aedes aegypti. 1 Alanna Thereza de Farias Carvalho; 2 Wezila Gonçalves do Nascimento. 1 Acadêmica em Enfermagem, Faculdade Maurício de Nassau, Campina Grande PB, alannaumbelino@hotmail.com; 2 Professora/Orientadora, Faculdade Maurício de Nassau, Campina Grande PB, wezila@hotmail.com. RESUMO A dengue é considerada um grave problema de saúde pública e um breve levantamento histórico demonstra que a incidência tem aumentado no Brasil a cada ano, sobretudo pela urbanização desordenada e o favorecimento de criadouros para o mosquito, vetor do vírus. É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em janeiro de 2018, foram registrados menos casos prováveis de dengue em 2017, 252.054 casos contra 1.483.623 em 2016. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue. Com o projeto de extensão tivemos como objetivo sensibilizar a população sobre os perigos gerados pelo mosquito Aedes Aegypti através das crianças, fazendo com que elas compreendessem a importância de evitar a proliferação do mosquito, e passassem a praticar as medidas de prevenção e atuando juntamente com a equipe de saúde como agentes multiplicadores, atingindo os pais, demais familiares e comunidade em geral, além de mostrar que o estudo é a arma mais poderosa que eles deveriam segurar, visto que o bairro que visitamos era localizado em uma área de risco. Palavras-chave: Dengue; Educação em Saúde; Participação da Comunidade; Serviços de Saúde Escolar; Educação da População; INTRODUÇÃO A dengue é caracterizada como uma grave virose transmitida por um mosquito da espécie Aedes aegypti, mesmo vetor do vírus da febre amarela, Zyca e Chikungunya. O mosquito apresenta comportamento preferencialmente urbano e doméstico, utilizando como criadouros para o desenvolvimento de seu ciclo de vida, na fase aquática, recipientes artificiais e naturais nos espaços intra e Peri domiciliares. A dengue é uma doença que apresenta quatro sorotipos, denominados den-1, den-2, den-3 e den-4. Esses sorotipos diferenciam-se através de características antigênicas específicas, dificultando, pelos menos em médio prazo, na elaboração de uma vacina eficaz, sendo por isso o combate da doença, vinculado ao controle vetorial (Brasil, 2005a; Torres, 2005).

Quando o problema é controle da dengue, aparentemente já conhecemos a resposta técnica: controle do Aedes aegypti por meio do trabalho de guardas sanitários, que devem periodicamente visitar todas as edificações urbanas. A força ideológica dessa estratégia tradicional se expressa na abordagem dos meios de comunicação ao cobrir o controle do dengue, onde este ponto jamais é problematizado. Chamados a repensar a estratégia, alguns especialistas de prestígio afirmam que não se trata de propor mudanças, já que a estratégia tradicional jamais foi implementada desde o reaparecimento da doença no país na década de 80. No entanto, se encararmos a questão não simplesmente como um problema entomológico, virológico e médico, mas como um problema de saúde coletiva, devemos nos perguntar porque essa estratégia, defendida tão enfaticamente como a única verdade, com o apoio da figura mítica de Oswaldo Cruz, o patrono da saúde pública brasileira, não é implementada. No Brasil, os primeiros registros de epidemia relacionada a dengue datam do período entre 1845 e 1849 na cidade do Rio de Janeiro, e em outras cidades como São Paulo em 1852 (Torres Filho, 2002). A Secretaria de Vigilância em Saúde revisou e atualizou o protocolo para o manejo clínico dos pacientes com dengue durante o ano de 2015. Esse processo de revisão contou com a participação de um grupo de especialistas e instituições nacionais e internacionais que incorporaram suas experiências no aprimoramento da publicação da 5 a edição do Manual de Dengue: Diagnóstico e Manejo clínico para adultos e crianças de 2016. Fazem-se necessárias muitas avaliações dessa epidemia, mas é fundamental para seu combate que sejam considerados e respeitados os números absolutos de doentes e o potencial de gravidade da doença, a perda financeira e social que representa, por dia de trabalho ou de estudo, avaliada pelo número de casos, os custos do atendimento clínico e laboratorial. Não há dúvida de que a erradicação da Dengue não ocorrerá, sem um planejamento realista de recursos humanos e materiais, com cronograma de execução, envolvendo prioridades de campanhas, integração do trabalho dos níveis federal, estadual e municipal, sistemática ampla de divulgação técnica e leiga e participação popular esclarecida; esta última, na prática, é fator principal, ainda mais considerando-se a economia de recursos. Para tanto temos que a educação em saúde é uma ferramenta importante no que diz respeito ao combate aos focos de proliferação do mosquito e da conscientização da população a respeito de se fazer mutirões visando a limpeza dos possíveis locais de infestação do vetor, o modelo da promoção, no qual a educação em saúde se apresenta como um dos seus eixos de sustentação, vê-se diante do desafio de não reproduzir, a partir da incorporação instrumental da categoria de

risco e da ênfase na mudança de comportamento, a mesma redução operada pelo higienismo, que ao responsabilizar o indivíduo pela reversão da sua dinâmica de adoecimento, acabou por culpabilizá-lo, esvaziando a compreensão da dimensão social do processo saúde/doença. No movimento constante em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) como projeto de um sistema universal, público, equânime, integral e democrático, encontra-se a necessidade de se buscar uma concepção da relação educação e saúde que se configura como resultado da ação política de indivíduos e da coletividade, com base no entendimento da saúde e da educação em suas múltiplas dimensões: social, ética, política, cultural e científica. METODOLOGIA Trata-se de uma ação realizada pelo projeto de extensão Xô Dengue, em parceria com a Estratégia de Saúde da Família (ESF) do bairro do Araxá da cidade de Campina Grande PB que teve por objetivo apresentar as vivências obtidas durante a apresentação que foi ministrada pelas autoras desse trabalho, juntamente com o grupo de teatro da Faculdade Maurício de Nassau para os alunos do pré ao 5 o ano da escola municipal do bairro do Araxá os funcionários de uma indústria da cidade de Campina Grande PB no mês de novembro do ano de 2017 em alusão a Campanha de Combate ao mosquito da Dengue, a ação contou com a supervisão da enfermeira da ESF e orientadora deste trabalho, observou-se a participação das crianças durante toda a apresentação da peça teatral, onde foram apresentadas as formas de evitar a proliferação do vetor e como eles poderiam ajudar nesse processo junta a comunidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO A peça teatral foi composta por 20 participantes que foram distribuídos na elaboração do roteiro, ornamentação do palco e confecção de lembrancinhas, além da produção de pipocas para as crianças assistirem ao espetáculo, uma forma de deixarmos elas a vontade, a peça teve como personagens principais a dona baratinha que conheceu o namorado pela internet e iria encontrar-se com ele naquele dia, não sabendo ela que era o mosquito da dengue, no encontro ele faz ela de refém para que a mosquita (como foi chamado o mosquito fêmea) se alimentasse do sangue dela e transmitisse o vírus, mas nesse exto momento entram os agentes comunitários de saúde para salvar a dona baratinha e juntos eles fazerem uma limpeza no quintal dela, limpeza feita os mosquitos voltam e não gostando do local partem em disparada para outro local, no segundo momento da peça, foi utilizada a

chapeuzinho vermelho e suas músicas, em uma visita simples da chapeuzinho a casa da vovó o mosquito segura a garotinha para a mosquita poder picá-la, em um outro momento ela aparece cheia de pintinhas, com dores pelo corpo, nas articulações, diarreia e febre no postinho da floresta, a enfermeira pede os exames, mas já adianta que os sintomas são da dengue, logo chapeuzinho lembra do que aconteceu e conta para a enfermeira, com o diagnóstico de dengue e com todas as informações de como se cuidar e cuidar do meio em que vive, chapeuzinho sai do postinho e convida todas as crianças para uma caça aos focos da dengue, que foram espalhados pela equipe do projeto. Com a apresentação pode-se notar a interação das crianças conosco durante todo o decorrer da peça, já que perguntas iam sendo feitas e as respostam vinham imediatamente, foi mostrado a eles as formas de transmissão e de evitar a infestação, e que o mosquito não era apenas responsável pela dengue, mas pela Zyca, Chikungunya e febre amarela, foram apresentados os sintomas de todas elas e como eles poderiam estar ajudando a equipe de saúde do bairro no combate direto e indireto ao vetor. Como a escola é localizada em uma área de risco, mostramos as crianças a importância de não largar a escola e os estudos por nada, que o crime é errado e que só fazia o mal, foi visto entusiasmo neles e ao término da apresentação, os convidamos para a limpeza da escola, mostrando que sempre devemos manter limpo o ambiente que frequentamos e a importância de não sujar, e quando o fizer, limpar. CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação em saúde serve como uma forma de descentralizar a atenção à saúde, levando atendimento para pessoas que não tem acesso aos serviços de saúde ou não o procuram, a peça foi uma forma lúdica de aprender brincando, além de levar para as crianças o mundo dos contos de fadas, mostrando que criança deve brincar e estudar, e que o ambiente que ela está inserido não deve influenciá-los negativamente, que sempre há uma forma de se desviar positivamente, ao saírem, eles nos relataram os focos que haviam em seus muros, mas que ao chegar em casa, iriam chamar os pais para ajuda-los com a limpeza, com esses relatos vimos que foram formados novos transformadores e formadores de opiniões.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. DENGUE : DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO : ADULTO E CRIANÇA [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. - EDUCAÇÃO EM SAÚDE. Disponível no link: http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/edusau.html. Acessado em 04/03/18 - PREVENÇÃO À DENGUE NA ESCOLA: CONCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO E CONSIDERAÇÕES SOBRE AS VIAS DE INFORMAÇÃO. Disponível no link: http://abrapecnet.org.br/atas_enpec/venpec/conteudo/artigos/1/pdf/p227.pdf. Acessado em 04/03/18. - DENGUE: A MAIS NOVA ENDEMIA "DE ESTIMAÇÃO"?. Disponível no link: https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=s0102-311x1987000200001&script=sci_arttext&tlng=en. Acessado em 04/03/18 - UM DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA: O CONTROLE DO DENGUE. Disponível no link: https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=s0102-311x2003000100034&script=sci_arttext&tlng=. Acessado em 04/03/18.