INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL ATA DA TRIGESIMA TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DA GERÊNCIA-EXECUTIVA DO INSS EM CRICIUMA/SC Data : 23/04/2008 Horário: 14:00 16:00H Local : Sala de Reuniões da Gerência Executiva de Criciúma I PRESENÇAS Representantes do Governo ARLETE LUIZA RIZZATTI JOSÉ CARLOS GHEDIN MARILU SCALAMBRINI DA CUNHA -GERENTE EXECUTIVA CRICIUMA - MARIA ELIZABETH LIMA VIEIRA SILVA ROSEMARI PEREIRA SÉRGIO A. DAMINELLI OLAVO BENTES DAVID GECIMARA DE MORAES LINO DA SILVA Representantes dos Aposentados e Pensionistas e Idosos: ALCIONI COELHO SOUVENIR FLORIANO JOSE TADEU EVARISTO Representantes dos Trabalhadores: DEOCLÉSIO JOSE SILVEIRA CELIO A. ELIAS Mª GORETI NATAL MILAK Representante do Sind. dos Empregados do Comércio de Criciúma MANOEL DOMINGOS
Representante do Sind. Produtores Rurais de Jacinto Machado ANTONIO JOSE PORTO Convidados : ODERI GOMES GILVAN FRANCISCO GENOIR JOSÉ DOS SANTOS EDISSON FELISBERTO DA SILVA RENALDO PEREIRA LUIZ FRANCISCO CARDOSO Mª IZABEL TOPANOTTI JULIO CESAR ZANADIL MAGNO BRANCO ADEMIR DAGOSTIN MARLI V. LEMOS II - AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS : III AUSÊNCIAS NÃO JUSTIFICADAS IV ABERTURA Verificada a existência de quorum, o (a) Gerente iniciou presidindo a reunião, cumprimentando a todos. Lida ata anterior, a qual foi aprovada. Célio Conselheiro questiona o recomeço da Reabilitação por noticia recebido através do Ministério Público sobre parcerias como será a Reabilitação pois cita que conhece as realidades dentro de Frigoríficos onde ocorre até perda de membros e quer conhecer o Programa de Reabilitação com as Empresas. Sobre o acordo feito com a Reabilitação X INSS X Empresas Rosemari explica todo o procedimento como é feito com o segurado. Sra. Marilú, intervem para explicar o acordo que está em fase de negociação, e que não está fechado, que a intenção é unir todos os segmentos da Sociedade. Citado que cópia foi enviada para Dr. Jean do Ministério Publico para análise e depois seria marcada nova reunião para fechar propostas. Conselheiro Célio pede compreensão pois diz conhecer detalhes da linha de produção, alega que a Empresa Seara está com uma Ação Civil Pública e pede que seja avaliada com calma a proposta apresentada. Conselheiro diz que gostaria de fazer um debate maior com várias empresas pois conhece o Setor de Produção da Seara e que este é complicado, Célio afirma que quando vai ocorrer a visita do INSS e/ ou DRT nas empresas ocorre a dissimulação do ambiente do trabalho. A Gerente explica que as propostas apenas estão em fase de ajustes, Conselheiros alegam que o acordo deve ser
para todos os trabalhadores e não apenas uma Empresa neste caso, a Seara. Cita a Gerente que devemos trabalhar buscando parcerias, que serão ouvidos Sindicatos, CEREST. Dr.Ghedin, cita também do interesse de fazer esses contatos com outras empresas pois a prevenção é importante. Julio, CEREST, quer saber de como será feita a Reabilitação, diz que deveria ser feito debate sobre perícia médica, alega que médicos peritos não aceitam atestados do CEREST. 18ª Presidente cita exemplos que poderia apresentar números de perícias realizadas, cessadas, negadas e a diminuição de 31 e aumento de 91 explica se estes números em função do nexo epidemiológico. Rosemari diz que existe a minuta e que está sendo construída. Presidente diz que a nossa realidade é destaque em relação as demais regiões, onde há uma enorme demanda de Judiciais e Causas Trabalhistas. Dr. Ghedin diz que a nossa Gerência em Criciúma quis se antecipar e pediu modelo do acordo efetuado pelo Município de Videira, para que fosse criado aqui esse acordo e reafirmaram de que não está fechado. Convidada, Mª Izabel questiona como fazer para ingressar na Reabilitação, questiona também as diferenças em Readaptar, Reabilitar e solicita informações sobre documentos o qual Rosemari promete enviar a todos. As discussões se seguem, sem objetivos e Rosemari fala que aguarda o retorno do termo para ser discutido. Dr Ghedin cita do seu trabalho com os amputados, onde cita vários exemplos, diz que empresas estão ofertando vagas para deficientes físicos, e que a dificuldade será trabalhar com o segurado pois existe diferença entre inválido,incapaz e.. resistência para retorno ao trabalho. Presidente diz da possibilidade de realizar um Seminário sobre Perícia Medica. Ressaltada pelo Conselheiro Célio a Reunião sobre Nexo Técnico Epidemiológico realizada em Chapecó e este cita relatos da Reunião. Presidente fala da devida Instrução dos laudos técnicos ambientais que deveriam vir completos. Célio fala sobre perícias médicas de como deveriam ser feitas, de como peritos deveriam proceder,cita controvérsias nos códigos onde as empresas não preenchem corretamente. Ficou acordado pela Assembléia de que antes de assinar qualquer termo sobre Reabilitação Profissional a Gerência em conjunto com o GBENIN estará disponibilizando materais/ debates com o Sindicato dos Trabalhadores. Apresentado conclusão do Grupo de Trabalho, onde Dr. Olavo ressaltou da importância deste o qual foi enviado para todos os Conselheiros Titulares e Suplentes para prévia leitura/avaliação. A qual foi aprovada por todos os presentes por maioria absoluta. Descrevemos na íntegra documento formalizado: ILUSTRÍSSIMA SENHORA GERENTE EXECUTIVA DA AGÊNCIA DO INSS DE CRICIÚMA SANTA CATARINA.
GILVAN FRANCISCO, IREMAR GAVA, ODERI GOMES e GENOIR JOSE DOS SANTOS, CARLOS DE CORDES, WILLIAM ETCHANDY LIMA, LUIZ CARLOS NUERNBERG, OLAVO BENTES DAVID, componentes do Grupo de Trabalho estabelecido pela PORTARIA/INSS/GEXCRI/078, de 17/09/2007, constituído com a Proposta de regulamentação/confecção de laudos técnicos ambientais, vem, respeitosamente, apresentar as seguintes sugestões: (a) primeira sugestão Em face da sobre-taxa criada pela Lei 9.732/98, tem-se observado que um considerável número de empresas, a grande maioria, certamente, confeccionam laudos que não demonstram a real nocividade existente no ambiente de trabalho do segurado. Simplesmente omitem os agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes a fim de não pagar a sobre-taxa. Também, com esses laudos inverossímeis, buscam se esquivar de eventual direito de regresso a ser exercido pelo INSS. Inclusive, se tem observado profissionais vendendo o laudo que a empresa necessitar. Pela pesquisa efetuada por esses componentes, chegou-se a conclusão que atualmente essa matéria encontra-ste regulamentada pelo artigo 283, inciso II, do Dec. 3.048/99, que vem assim redigido: Art. 283. Por infração a qualquer dispositivo das Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 1991, para a qual não haja penalidade expressamente cominada neste Regulamento, fica o responsável sujeito a multa variável de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) a R$ 63.617,35 (sessenta e três mil seiscentos e dezessete reais e trinta e cinco centavos), conforme a gravidade da infração, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes valores: II - a partir de R$ 6.361,73 (seis mil trezentos e sessenta e um reais e setenta e três centavos) nas seguintes infrações: n) deixar a empresa de manter laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou de emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo; A interpretação que esses firmatários fizeram deste artigo de lei é no sentido de que a empresa poderá ser autuada e multada somente quando deixar de manter o laudo técnico atualizado e/ou emitir o PPP em desacordo com o laudo. Não há, portanto, uma previsão específica aos casos em que as empresas confeccionam laudo em
desacordo com a realidade. E isso, afirma-se com convicção, está sendo muito comum, rotineiro, tendo se observado freqüentemente. Portanto, estes componentes sugerem ao Conselho encaminhamentos no sentido de dar nova redação à letra n, do inciso II, do artigo 283, do Dec. 3048/99, passando a vigorar na seguinte forma: n) deixar a empresa de manter laudo técnico atualizado, que expresse a efetiva realidade enfrentada pelo segurado em seu ambiente de trabalho, com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou de emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo; A sugestão também abrange os valores das multas, que devem ser fixadas em quantum que possa gerar efeito tanto pedagógico quanto coercitivo, entendendo os firmatários que os valores hoje fixados estão aquém deste objetivo. (b) segunda sugestão Uma segunda sugestão é a de restabelecer o parágrafo 3º do artigo 194 da instrução normativa nº 11 de 20.09.2006, que foi revogado pela IN nº 15 de 15.03.2007, e também não restabelecido na IN vigente, que é a de nº 20, de 11.10.2007. Vamos ao histórico. vinha assim redigido: Primitivamente, o artigo 194, 3º, I, da IN nº 11 Art. 194. O MPPS poderá, sempre que julgar necessário, solicitar as demonstrações ambientais de que trata o art. 158 desta IN e outros documentos pertinentes à empresa responsável, bem como inspecionar o ambiente de trabalho. 3º Quando da análise do EPI e níveis de pressão sonora, deve ser observado pelo GBENIN o contido no inciso V do art. 180 desta IN, solicitando à empresa a apresentação dos documentos que comprovem as condições de funcionamento, validade e certificado de aprovação do EPI, observando que:
I - caso a empresa não comprove todas as condições exigidas, será considerado o período, ainda que o uso de EPI atenue a nocividade aos limites de tolerância. Significa dizer, então, que não bastava a empresa informar que fornecia o uso do EPI, mas também comprovar as condições, validade, certificado etc., sob pena de ser o período considerado como especial ao segurado. Isto, é lógico, deve ser mantido, pelas mesmas razões sustentadas na primeira sugestão. Ora, simplesmente comunicar o fornecimento, fica muito fácil à empresa não cumprir a lei. Afirma-se ainda que com todas as exigências, em muitos casos documentalmente estará tudo perfeito e acabado, porém, na prática, o uso do EPI pode não acontecer, uma vez que o mercado, hoje em dia, competitivo, só quer produtividade e qualidade, requisitos esses que restam prejudicados pelo uso de EPI, já que o empregado não consegue dar a mesma produtividade exigida pelo empregador. Então, entre perder o emprego e observar os critérios de produção, mesmo que para isso não seja possível o uso do EPI, o empregado sempre optará pelo segundo, afinal de contas, em sua casa, ficou uma família aguardando pelo sustento, de sua responsabilidade. Tudo isso é dito porque nas alterações posteriores da IN, a regra do artigo 194, 3º, I, foi suprimida, sendo de nossa sugestão seu imediato restabelecimento. (c) terceira sugestão Tem, ainda, uma terceira sugestão, tão importante quanto as anteriores, mas que merece profunda atenção, em vista das distorções que tem causado aos segurados. Tem ocorrido, na verdade, grandes injustiças. Pelo 2º, do artigo 70 do Decreto 3.048/99, é possível a conversão de tempo especial para comum, conforme texto legal que vem assim redigido: Art.70.A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: MULTIPLICADORES TEMPO A CONVERTER MULHER (PARA HOMEM (PARA 30) 35) DE 15 ANOS 2,00 2,33 DE 20 ANOS 1,50 1,75 DE 25 ANOS 1,20 1,40 1º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço.
2º As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período. No entanto, apesar do próprio INSS aceitar esta conversão através do Decreto mencionado, tem o Judiciário entendido ser este Decreto ilegal, inaplicável, por não estar agasalhado por Lei superior, ou seja, diz o Judiciário que o INSS não poderia regulamentar em vista de não haver lei autorizando. As decisões judiciais, já sedimentadas, aliás, através da Súmula 16 da Turma Nacional de Uniformização, da Justiça Federal: A conversão em tempo de serviço comum, do período trabalhado em condições especiais, somente é possível relativamente à atividade exercida até 28 de maio de 1998 (art. 28 da Lei nº 9.711/98). A Justiça Federal, ao interpretar o 2º, do artigo 70 do Decreto 3.048/99, afirma que o artigo 28 da Lei 9.711/98, limita a conversão de tempo especial para comum somente até 28.05.1998. O artigo 28 da citada lei tem a seguinte redação: O Poder Executivo estabelecerá critérios para a conversão do tempo de trabalho exercido até 28 de maio de 1998, sob condições especiais que sejam prejudiciais à saúde ou à integridade física, nos termos dos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, na redação dada pelas Leis nºs 9.032, de 28 de abril de 1995, e 9.528, de 10 de dezembro de 1997, e de seu regulamento, em tempo de trabalho exercido em atividade comum, desde que o segurado tenha implementado percentual do tempo necessário para a obtenção da respectiva aposentadoria especial, conforme estabelecido em regulamento. Assim, nossa sugestão é no sentido de que a expressão até 29 de maio de 1998 seja excluído do caput do artigo 28 da Lei 9.711/98. Criciúma, 16 de novembro de 2007.
GILVAN FRANCISCO IREMAR GAVA OAB/SC 7367 OAB/SC 10.643 ODERI GOMES Representante Sindical GENOIR DOS SANTOS Representante Sindical CARLOS DECORDES Representante Sindical WILLIAM ETCHANDY LIMA Médico Perito LUIZ CARLOS NUERNBERG OLAVO BENTES DAVID Médico Perito l Procurador Pauta para próxima Reunião Perícia Médica o qual a Chefia do GBENIN se comprometem a preparar material. Noticia-se que as Reuniões foram debatidas e delibadas pela maioria, onde retornam para a segunda última quarta-feira de todo mês. Foram entregues crachás confeccionados pela Secretária do Conselho para todos os Titulares e Suplentes conforme solicitado por estes. Está ação visa o Conselheiro Titular ou Suplente a identificá-los quando estes efetuarem visitas nas Agências e/ou Gerência. Foi entregue também o material do Estatuto do Conselheiro o qual tinha sido solicitado.citado situação concreta, debatida onde a parte técnica não pode ser discutida a não ser pelo médico VI ENCERRAMENTO Nada mais havendo a tratar, a presidente do plenário e deste Conselho, Sra. MARILU SCALAMBRINI DA CUNHA. agradeceu a presença de todos e declarou encerrada a trigésima terceira Reunião do Conselho de Previdência Social de Gerência Executiva do INSS de Criciúma. Para constar, eu, Rozeli Beatriz Rossi, Servidora e Secretária deste Conselho, lavrei a presente Ata. Marilu Scalambrini da Cunha Presidente