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Transcrição:

fls. 282 SENTENÇA Processo Digital nº: 1001510-91.2018.8.26.0554 Classe - Assunto Procedimento Comum - Agências/órgãos de regulação Requerente: Viação Galo de Ouro Transportes Ltda Requerido: Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S/A Emtu/sp Juiz(a) de Direito: Dr(a). ROBERTA HALLAGE GONDIM TEIXEIRA Vistos. VIAÇÃO GALO DE OURO TRANSPORTES LTDA. propôs ação ordinária com pedido de tutela de urgência em face da EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTES URBANOS DE SÃO PAULO S/A EMTU. A requerente esclarece atuar no transporte de passageiros na modalidade de fretamento. O Decreto n.º 29.912/2989, instituído pelo Governo do Estado de São Paulo, regulamentou o serviço intermunicipal de transporte coletivo por fretamento. Aponta que em região metropolitana, esta atribuição pertence à Secretaria de Estado de Transporte Metropolitano do Estado de São Paulo. Para tanto, foi promulgada a Lei n.º 1.492/2977, que autorizou a criação da requerida. Esclarecer que a competência da requerida não se confunde com o seguimento da requerente, cujo objeto esta regulamentado pela ARTESP. Contudo, informa que foi instituído o Decreto 19.835/1982. Portanto, a requerente deve obedecer às regras impostas pela ARTESP e EMTU. De acordo com a legislação, o regulamento estabeleceu um limite de 20 anos de idade para os veículos, observado o percentual de 50%. Após, houve redução do limite para 15 anos de idade. Após, o Decreto 55.925/2010 autorizou a Secretaria dos Transportes Metropolitanos a estabelecer procedimentos para regularização da frota dos veículos com idade superior a 15 anos. Contudo, não foi regulamentado o Decreto. Em janeiro de 2018, a requerente teve 11 veículos excluídos de sua frota, sendo 02 deles apreendidos e posteriormente liberados, após o pagamento das taxas. Afirma que há inconsistências normativas quanto a idade limite de registro dos veículos e inércia na elaboração de procedimentos para regularização do Decreto 55.925/2010. Diante disso, ao final requer a condenação da requerida na obrigação de fazer consistente na 1001510-91.2018.8.26.0554 - lauda 1

fls. 283 reinsersão em seu cadastro da autorização de circulação de veículos com idade de até 20 anos, abstendo-se de realizar apreensão destes, sob pena de multa diária. Postulou a concessão da tutela de urgência (fls. 01/22). Juntou documentos às fls. 23/142. Foi indeferida a tutela de urgência às fls. 144. A empresa METROPOLITANA DE TRANSPORTES URBANOS DE SÃO PAULO S/A EMTU/SP apresentou contestação às fls. 158/171. Aponta que o Decreto Estadual n.º 55.925/2010 não tem o propósito de igualar a legislação do sistema metropolitano ao do sistema intermunicipal, não havendo omissão diante da existência das Resoluções STM-060-2010 e STM-039-2011 que estabelecem o critério de substituição para a regularização da frota de veículos com idade superior a 15 anos. Por fim, defende que a determinação do Decreto Estadual n.º 55.925/2010, que obrigou a substituição dos veículos com mais de 15 anos, com adequação da frota ao Decreto Estadual n.º 36.963/1993, está dentro da legalidade e do poder de polícia exercido pelo Estado. Juntou documentos às fls. 172/275. Não houve réplica (fls. 276 e 278). Intimadas para se manifestarem sobre as provas (fls. 279/280); as partes permaneceram inertes (fls. 281). É o relatório. Fundamento e Decido. Não havendo outras provas a serem produzidas, conheço diretamente dos pedidos feitos, com fundamento no artigo 355, inciso I do CPC. Não havendo preliminares a serem analisadas, passo ao exame do mérito. Trata-se de ação ordinária ajuizada por Viação Galo de Ouro Transportes Ltda. contra Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S/A EMTU/SP. Alega que a ré, por meio da resolução STM 60/2010, determinou que os veículos utilizados no transporte coletivo de pessoas, na modalidade fretamento, com mais de quinze anos, não poderiam mais ser utilizados no 1001510-91.2018.8.26.0554 - lauda 2

fls. 284 transporte e seriam excluídos do cadastro da Secretaria do Estado de Transportes Metropolitanos. Sustenta que há inúmeras leis conflitantes e que a ré deixou de regulamentar o Decreto 55.925/2010. Diante disso, foi impedido de utilizar 11 de seus veículos, sendo dois deles apreendidos. Requer autorização para continuar utilizando os veículos com mais de 20 anos de uso. Contudo, não assiste razão ao requerente. Há regulamentação vigente, a qual deve ser respeitada pelo requerente. No âmbito estadual, a Resolução STM 60/2010 (fls. 239) não exorbitou os limites normativos de sua posição hierárquica, certo de que a competência estadual, a exemplo que antes já lhe competia por força do Decreto Estadual 19.835/82 (fls. 227/232), advém da Lei Estadual 7.450/91 (fls. 202/205), que em seu artigo 2º, que estabelece o seguinte: Artigo 2.º - Constitui o campo funcional da Secretaria dos Transportes Metropolitanos: I - a execução da política estadual de transportes urbanos de passageiros para as regiões metropolitanas, abrangendo os sistemas metroviário, ferroviário, de ônibus e trólebus, e demais divisões modais de interesse metropolitano; II - a organização, a coordenação, a operação e a fiscalização do sistema metropolitano de transportes públicos de passageiros e de sua infra-estrutura viária, compreendendo: a) a realização do planejamento do transporte coletivo de caráter regional e a elaboração, a execução e a fiscalização de programas e obras para o seu cumprimento e controle; b) o estabelecimento de normas e regulamentos referentes ao planejamento, a implantação, a expansão, a melhoria a operação e a manutenção dos serviços; c) a outorga de concessões, permissões e autorizações dos serviços, sua fiscalização e a fixação das respectivas tarifas, nos termos da legislação vigente; III - a promoção do sistema metropolitano de transportes públicos de passageiros junto aos municípios integrantes das regiões metropolitanas, a qual poderá se realizar em conjunto com outros órgãos públicos ou entidades privadas que atuem no setor. (fls. 202) 1001510-91.2018.8.26.0554 - lauda 3

fls. 285 E o Decreto 55.925/10 (fls. 238), em seu artigo 1º, 1º, prevê que: Artigo 1º - Fica a Secretaria dos Transportes Metropolitanos autorizada a estabelecer procedimento para regularização da frota de veículos com idade superior a 15 (quinze) anos, utilizados nos serviços metropolitanos de transporte coletivo de passageiros sob o regime de fretamento, regulamentado pelo Decreto nº 19.835, de 29 de outubro de 1982, e alterações posteriores. 1º - As empresas registradas para os serviços de transporte coletivo de passageiros sob o regime de fretamento terão o prazo de até 36 (trinta e seis) meses, contado a partir da data da publicação deste decreto, para adequação da frota e substituição dos veículos de acordo com o escalonamento a ser estabelecido pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Já a Resolução STM 60/2010 (fls. 239), expedida pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em seu art. 1º, 1º, traça o seguinte escalonamento para substituição dos veículos com mais de 15 anos de uso: Artigo 1º - O procedimento de que trata o Decreto 55.925, de 18 de junho de 2010, para a regularização da frota de veículos com idade superior a 15 (quinze) anos, atualmente cadastrada na Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A. - EMTU/SP, dos serviços metropolitanos de transporte coletivo de passageiros sob o regime de fretamento, regulamentados pelo Decreto 19.835, de 29 de outubro de 1982, e posteriores alterações e complementações, obedecerá o seguinte escalonamento: I - 35% da frota de veículos com idade superior a 15 anos até final do primeiro ano, contado a partir de 1º de julho de 2010; II - outros 35% até o final do segundo ano; e III - os restantes 30% até o final do terceiro ano. Ora, ao que se vê, o Decreto 55.925/10 autorizou a Secretaria dos Transportes Metropolitanos a estabelecer procedimento para regularização da frota de veículos com idade superior a 15 (quinze anos) e estipulou o prazo máximo de 36 meses, contados da data de sua publicação, para adequação e substituição dos veículos. Atribuiu, ainda, à Secretaria dos Transportes a responsabilidade pelo escalonamento da substituição dos veículos. 1001510-91.2018.8.26.0554 - lauda 4

fls. 286 Portanto, diante das normas contidas na Resolução STM 60/2010, está correta a exigência de substituição dos veículos com mais de 15 anos. Em caso análogo já decidiu o E. Tribunal de Justiça de São Paulo: "AGRAVO DE INSTRUMENTO Medida Cautelar Inominada Decreto 55.925/10 que estabeleceu prazo máximo de 36 meses para substituição de veículos com mais de 15 anos de uso e atribuiu o escalonamento à Secretaria dos Transportes Metropolitanos Resolução STM nº 39/11 que atende ao limite temporal expresso no Decreto Legalidade Decisão agravada reformada. Recurso provido". (AI nº 0027621-21.2013.8.26.0000, Rel. Des. Paulo Galizia, j. 08/04/2013) "AGRAVO DE INSTRUMENTO - ATO ADMINISTRATIVO - TRANSPORTE INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS - VEÍCULOS FRETADOS Liminar concedida para suspender as exigências contidas na Resolução STM 39/2011 (art. 1º, III) - Descabimento - Regularização de frota veicular prevista no Decreto nº 55.925/2010 (art. 1º, 1º) - Determinação de substituição de veículos com mais de 15 anos no prazo máximo de 36 meses - Legalidade - Ausência dos requisitos legais a autorizar a concessão da liminar - Decisão reformada - Recurso provido". (AI nº 0128998-35.2013.8.26.0000, Rel. Des. João Carlos Garcia, j. 26/03/2014) "AGRAVO DE INSTRUMENTO. Medida cautelar inominada. Transporte intermunicipal de passageiros. Decreto Estadual nº 55.925/10 que estabeleceu prazo máximo de 36 meses para substituição de veículos com mais de 15 anos de uso e atribuiu o escalonamento à Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Resolução STM nº 39/11 que atende o limite temporal expresso no referido decreto. Decisão mantida. Recurso não provido". (AI nº 0068133-46.2013.8.26.0000, Rel. Des. Luís Francisco Aguilar Cortez, j. 10/09/2013). Além disso, insta salientar que o Poder Judiciário só deve intervir em questões envolvendo políticas públicas quando comprovada conduta ilegal da Administração. Na regra geral, os atos administrativos que regulam as atividades estatais são emitidos de acordo com a conveniência e oportunidade. No caso dos autos, nota-se que os 1001510-91.2018.8.26.0554 - lauda 5

fls. 287 elementos trazidos não demonstram a caracterização de conduta ilegal da Administração a embasar o acolhimento do pedido inicial. Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE o pedido formulado na presente ação, resolvendo o feito, com exame de mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Em virtude da sucumbência, condeno o autor ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios que fixo em R$1.500,00, com fundamento no artigo 85, 8º, do CPC. Sentença não sujeita ao reexame necessário. P.R.I. Santo André, 03 de agosto de 2018. DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 1001510-91.2018.8.26.0554 - lauda 6