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Transcrição:

98 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO: INDENTADORES TRONCO DE CONE 6.1. DESGASTE COM PREDOMINÂNCIA DE OXIDAÇÃO Desgastes com predominância de oxidação ocorreram em riscamentos sem lubrificação no aço 0,4 % C de baixa liga e em algumas situações no latão 360. Inicialmente é apresentado um breve histórico do desenvolvimento e na seqüência é discutido o mecanismo e as razões que levaram a sua ocorrência. 6.1.1. Aço 0,4 % C de baixa liga ensaios sem lubrificação Na Figura 6.1 são mostrados os resultados de ensaios de riscamento em baixas cargas sem lubrificação para o aço 0,4 % C de baixa liga. Esse gráfico foi obtido com resultados de ensaios realizados antes das melhorias nos procedimentos relatadas no Capítulo 5, por isso a maior dispersão entre as curvas de força de atrito para algumas velocidades tangenciais em relação à Transição de desgaste. Pode-se verificar que a velocidade tangencial não exerce influência marcante quanto à tendência de cada curva, apenas inicia a Transição de desgaste em diferentes números de ciclos. Isso fica mais claro quando se analisa a curva em vermelho (v t = 0,60 m/s) com velocidade muito superior ao intervalo normalmente ensaiado de 0,13 a 0,31 m/s e a curva se encontra posicionada entre as demais. Durante os ensaios de variação da velocidade tangencial de riscamento, percebeu-se que os sulcos não eram formados logo no início do ensaio e apenas eram mensuráveis no início da terceira região do comportamento da força de atrito (mencionado no item 5.1), ou seja, quando os

99 valores de atrito passavam por um campo de alto valor e tendiam a uma condição um pouco mais estável. Como esses ensaios eram realizados com tempos de duração diferentes (originalmente buscava-se estudar a variação do encruamento superficial), foi possível estudar esse comportamento por meio de medições da microdureza, análise microscópica e os perfis dos sulcos recém-criados ou mesmo, da superfície antes da formação dos sulcos. 0,8 Obs Gráfico de resultados de ensaios realizados antes das melhorias no procedimento de ensaios. Rubi TP-45 D400; W = 1,0 N; n = 100 rpm Força de Atrito (N) 0,6 0,4 0,2 0,0 (1) (3) (2) 0 500 1000 1500 2000 2500 (4) Número de voltas do disco 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,60 m/s **n = 212 rpm** ) 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,31 m/s) 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,28 m/s) 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,25 m/s) 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,22 m/s) 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,19 m/s) 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,16 m/s) 50 por. Méd. Móv. (Vt = 0,13 m/s) Figura 6.1 Forças de atrito em riscamentos do aço 0,4 % C de baixa liga. Indentador de rubi TC-45 D370; carga W = 1,0 N; n = 100 rpm; Ar ambiente, UR = 58-64%. A análise das superfícies de riscamento de 4 condições de ensaios indicadas na Figura 6.1 (que representam os estágios de variação da força de atrito) mostra pelas suas micrografias (Figura 6.2) e por seus perfis que apenas na Transição é que se inicia a remoção efetiva de material, com o desprendimento de debris e a formação de cristas laterais ( Detalhe A da Figura 6.3). Nas medições de forma dos riscos, passa-se de um perfil de rugosidade para a forma de um sulco.

100 Estágio I Transição Condição (1): t = 159 s; Vt = 0,13 m/s Estágio II Condição (2): t = 506 s; Vt = 0,22 m/s Estágio II Condição (3): t = 318 s; Vt = 0,16 m/s Condição (4): t = 910 s; Vt = 0,25 m/s Figura 6.2 Superfícies de riscamento do aço 0,4 % C de baixa liga. Indentador de rubi TC-45 D370 nas condições selecionadas. Estágio I Transição Estágio II Detalhe A Condição 1) t = 159 s; Vt = 0,13 m/s Condição 2) t = 509 s; Vt = 0,22 m/s Condição 3) t = 318 s; Vt = 0,16 m/s Condição 4) t = 910 s; Vt = 0,25 m/s Figura 6.3 Perfis das superfícies de riscamento do aço 0,4 % C de baixa liga - ensaios a seco com indentador de rubi TC-45 D370 nas condições selecionadas. Na Figura 6.4 são mostradas medições de perfil da superfície de riscamento na Transição que foram feitas em um equipamento que possibilita uma melhor resolução do que o anteriormente utilizado, no caso, o rugosímetro Taylor Hobson, pertencente à Universidade

101 Tecnológica Federal do Paraná. Esses resultados são interessantes pois se um perfil como o apresentado fosse de um ensaio de pino contra lixa, provavelmente seria considerado como o resultado da ação de duas partículas abrasivas sobre a superfície. Ou seja, demonstram que uma partícula abrasiva gasta ou com extremidade pouco angulosa pode levar a formação de mais de um sulco. µm Length = 1.25 mm Pt = 7.16 µm Scale = 10 µm 2 0-2 -4-6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1 1.2 mm µm Length = 1 mm Pt = 6.37 µm Scale = 10 µm 2 0-2 -4-6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 mm Figura 6.4 Perfis das superfícies de riscamento na Transição do aço 0,4 % C de baixa liga nas condições selecionadas. A explicação para os perfis gerados na superfície de riscamento na Transição é devido à distribuição de tensões de contato no indentador em forma de tronco de cone. As maiores tensões sobre a superfície de riscamento estão localizadas na periferia do diâmetro do indentador. Em um indentador com extremidade semi-esférica as maiores tensões de contato estão próximas a região central (HUTCHINGS, 1992). Foram feitas medições de microdureza naqueles ensaios selecionados da Figura 6.1, apesar das texturas elevadas. No início do riscamento, há um pequeno aumento da microdureza

102 (condição 1 = 490 a 520 HV). Na Transição, representada pela condição 2, devido ao endurecimento superficial pela deformação são observadas durezas superficiais maiores, da ordem de 520 a 570 HV, entretanto, pode-se verificar o início de oxidações (medições sobre as placas óxidas em torno de 445 HV). No início do Estágio II ou Desgaste em Regime Permanente (condição 3 ), as superfícies dos riscos apresentam uma grande quantidade de superfícies oxidadas com microdurezas que chegaram a ser inferiores a do material original (452 a 532 HV), cercadas por regiões altamente encruadas (655 A 673 HV). Ensaios mais longos (condição 4 ), apresentaram também essa configuração de superfícies endurecidas cada vez mais envolvidas por materiais oxidados, mas com valores médios de microdureza progressivamente maiores - as irregularidades da superfície aqui inviabilizam a confiança na medição. A análise EDS da superfície de riscamento do Estagio II da condição 4 selecionada, apresentada na Figura 6.5, comprova a formação de óxidos de ferro. Na Figura 6.6 é mostrada uma micrografia dessa superfície, onde se pode observar que a camada de óxidos apresenta sinais de deformação e de desprendimento de placas. Como um dos tipos de três tipos de óxidos de ferro pode se formar já em temperaturas ambientes não se definiu até que temperaturas de contato foram atingidas. Entretanto, Hutchings (1992) afirma que em desgaste por deslizamento chega-se a temperaturas da ordem de 800 ºC. Em ensaios posteriores com indentadores de diamante nesse mesmo material também foram encontradas regiões oxidadas. Não se verificou desgaste do indentador, que serve como indicativo de que não se atingem nesses riscamentos temperaturas maiores do que 800 ºC, já que a essas temperaturas, os diamantes tenderiam a grafitizar e a se desgastar com facilidade. A pergunta que surgiu durante esse desenvolvimento é a de que se não houvesse oxigênio disponível no ambiente de contato, não seriam formados óxidos e como seria então o mecanismo de desgaste nessa condição.

103 Figura 6.5 - Comprovação de óxidos de ferro na superfície de riscamento do Estágio II na condição 4 selecionada Via técnica de análise EDS (espectrometria por dispersão de energia). Figura 6.6 - Microscopia da superfície de riscamento do Estágio II na condição 4 selecionada Via MEV.