ESTUDO DO PROCESSO DE MATURAÇÃO DA MAMONEIRA II: UMIDADE E FITOMASSA DOS FRUTOS E SEMENTES

Documentos relacionados
ESTUDO DO PROCESSO DE MATURAÇÃO DA MAMONEIRA I: LANÇAMENTO DA INFLORESCÊNCIA

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA III: FITOMASSA DA MAMONEIRA

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA II: CRESCIMENTO VEGETATIVO

FREQÜÊNCIA DE SEMENTES DE COLORAÇÃO ATÍPICA EM CACHOS DE MAMONA COLHIDOS EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO*

ESTUDO DO PROCESSO DE MATURAÇÃO DA MAMONEIRA: III SECAGEM E DEISCÊNCIA DOS FRUTOS

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E TEOR DE ÓLEO DE SEMENTES DAS CULTIVARES: BRS NORDESTINA E BRS PARAGUAÇU SEPARADAS EM CLASSES PELA COR DO TEGUMENTO

ADUBAÇÃO DA MAMONEIRA DA CULTIVAR BRS ENERGIA.

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEIO I: EMERGÊNCIA DAS PLÂNTULAS E ÁREA FOLIAR DOS COTILÉDONES

DESBASTE CONTROLADO DOS RAMOS LATERAIS E POPULAÇÃO DE PLANTAS NA CULTURA DA MAMONEIRA

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1047

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

AVALIAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO MANUAL PARA A SEMEADURA DA MAMONEIRA.

MANEJO DE PLANTIO E ORDEM DO RACEMO NO TEOR DE ÓLEO E MASSA DE SEMENTES DA MAMONEIRA

EFEITO DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA


FITOMASSA DA MAMONEIRA (Ricinus cumunnis L.) CULTIVAR BRS ENERGIA ADUBADA ORGANICAMENTE

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA COM DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NPK E ÉPOCAS DE PLANTIO. II LIMOEIRO DO NORTE - CE

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

Instituto de Ensino Tecnológico, Centec.

TEOR DE ÓLEO E RENDIMENTO DE MAMONA BRS NORDESTINA EM SISTEMA DE OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CV. BRS 149 NORDESTINA ATRAVÉS DA PODA EM DIFERENTES DENSIDADES POPULACIONAIS

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA COM DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NPK E ÉPOCAS DE PLANTIO.

INFLUÊNCIA DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO E POPULAÇÃO DE PLANTAS EM COMPONENTES DE PRODUÇÃO DA MAMONA CULTIVAR BRS ENERGIA

TAXAS DE CRESCIMENTO EM DIÂMETRO CAULINAR DA MAMONEIRA SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO-SALINO(*)

COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis)

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE PATOS-PB

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM TERESINA PIAUÍ EM MONOCULTIVO E CONSORCIADOS COM FEIJÃO-CAUPI*

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE SEMENTES DE MAMONA SEPARADAS EM CLASSES PELA COR DO TEGUMENTO

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE CAMPINA GRANDE-PB

DESEMPENHO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE MAMONA EM REGIME DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE ANGICAL BA

PRODUTIVIDADE DA CULTIVAR BRS ENERGIA EM FUNÇÃO DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO E POPULAÇÕES DE PLANTAS

FONTES ORGÂNICAS DE NUTRIENTES E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA*

ALOCAÇÃO DE FITOMASSA NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L) EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA E DA TEMPERATURA NOTURNA EM CÁMARA DE CRESCIMENTO

PRODUÇÃO DE MUDA DE MAMONEIRA EM SUSTRATOS CONTENDO DIFERENTES RESÍDUOS ORGÂNICOS E FERTILIZANTE MINERAL

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CONTROLADAS

EFEITO DA TORTA DE MAMONA SOBRE O CRESCIMENTO DA MAMONEIRA BRS 149 NORDESTINA.

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

Aspectos Fisiológicos de Sementes de Pinhão Manso Oriundas de Frutos Colhidos em Diferentes Estádios...

EFEITO DO GRAU DE UMIDADE DOS FRUTOS DE MAMONEIRA SOBRE A EFICIÊNCIA DO PROCESSO DE DESCASCAMENTO MECÂNICO

TAXAS DE CRESCIMENTO EM ALTURA DA MAMONEIRA SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO- SALINO(*)

COMBINAÇÃO DE CASCA E TORTA DE MAMONA COMO ADUBO ORGÂNICO PARA A MAMONEIRA

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES E BIOMETRIA DE PLÂNTULAS DE MAMONA

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INICIAL DE HÍBRIDOS DE MAMONEIRA COM SEMENTES SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA CULTIVADOS NO SEMI-ÁRIDO BAIANO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1213

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM JUAZEIRO-BA

CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA MAMONEIRA FERTIRRIGADA EM MOSSORÓ RN

EFEITOS ISOLADOS E CONJUNTOS DA MAMONEIRA (Ricinus communis L.), EM FUNÇÃO DE NITROGÊNIO E TEMPERATURA NOTURNA EM AMBIENTES DIFERENTES

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA SOB DIFERENTES DENSIDADE DE PLANTAS NO TOCANTINS UNITINS-AGRO

PRODUÇÃO DE FITOMASSA DAS CULTIVARES NORDESTINA E PARAGUAÇU SOB DIFERENTES REGIMES DE ÁGUA NO SOLO

CRESCIMENTO DA MAMONEIRA EM ALTURA E DIÂMETRO CAULINAR IRRIGADA COM ESGOTO DOMÉSTICO SOB DIFERENTES NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO *

INFLUÊNCIA DAS EMBALAGENS NA COMPOSIÇÃO DE NPK DA TORTA DE MAMONA ARMAZENADA*

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 637

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM PETROLINA-PE

Luis Nery Rodrigues 1, Aparecida Rodrigues Nery 2, Pedro Dantas Fernandes 3 e Napoleão Esberard de Macedo Beltrão 4

VARIAÇÃO NO PERCENTUAL DE TEGUMENTO EM RELAÇÃO AO PESO DA SEMENTE DE DEZ GENÓTIPOS DE MAMONEIRA

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE MAMONA SUBMETIDOS A DIFERENTES TEMPERATURAS NOTURNAS: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO*


QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA (Ricinus communis L.) CULTIVAR NORDESTINA, SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO.

PRODUTIVIDADE DAS CULTIVARES PERNAMBUCANA, BRS PARAGUAÇU E BRS NORDESTINA EM SENHOR DO BONFIM-BA

AJUSTE E AVALIAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO DE ACIONAMENTO MANUAL PARA DESCASCAMENTO DOS FRUTOS DE MAMONEIRA DA CULTIVAR BRS ENERGIA

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FISIOLÓGICAS DE SEMENTES DE MAMONA CV. AL GUARANY 2002 COLHIDOS EM DIFERENTES ALTURAS DE RACEMO

INFLUÊNCIA DE DOSES E TIPOS DE ADUBOS NO DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA

CRESCIMENTO FOLIAR DA MAMONEIRA IRRIGADA COM ESGOTO DOMÉSTICO SOB DIFERENTES NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO *

COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA NO PERÍODO OUTONO-INVERNO EM ITAOCARA, RJ*

ADUBAÇÃO NITROGENADA E QUALIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO *

CRESCIMENTO DO PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.) EM FUNÇÃO DE NÍVEIS DE ÁGUA E ADUBAÇÃO NITROGENADA

EFEITOS DE DIFERENTES QUANTIDADES DE ÁGUA DE IRRIGAÇÃO E DE DENSIDADES POPULACIONAIS NA CULTURA DA MAMONA

CRESCIMENTO DE PLANTAS DE MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL

UTILIZAÇÃO DE CASCA, TORTA DE MAMONA E FOSFATO NATURAL NA FERTILIZAÇÃO DE PLANTAS DE MAMONEIRA. Souza Carvalho Júnior

QUALIDADE DA FIBRA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

CRESCIMENTO INICIAL DA MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE PLANTAS DE Brachiaria decumbens*

CULTIVO DA MAMONEIRA EM SOLO ARTIFICIALMENTE COMPACTADO ADUBADO COM TORTA DE MAMONA. Edinete Maria de Oliveira

MACRONUTRIENTES NA FOLHA DA MAMONEIRA EM SOLO COM DIFERENTES DENSIDADES GLOBAL E ADUBADO COM TORTA DE MAMONA*

ASSOCIAÇÕES ENTRE OS COMPONENTES DE RENDIMENTO DE MAMONEIRA PARA AMBIENTE DE BAIXAS ALTITUTES

CULTIVO DE MAMONA EM SEQUEIRO EM SOLO ALUVIAL DO SEMI-ÁRIDO 1

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE MAMONEIRA NAS CONDIÇÕES AGROECOLÓGICAS DO RECÔNCAVO DA BAHIA

POPULAÇÃO DE PLANTAS NO CONSÓRCIO MAMONEIRA / CAUPI.

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DA MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO

TOLERÂNCIA DA CULTURA DO PINHÃO MANSO AO ENCHARCAMENTO DO SOLO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 2101

APROVEITAMENTO DA RESTEVA DO ALGODÃO COMO ADUBO ORGÂNICO PARA A CULTURA DA MAMONA

GENÓTIPOS DE PORTE MÉDIO DE MAMONA AVALIADOS EM IRECÊ (BA) PARA TEOR DE ÓLEO E PRODUTIVIDADE*

CARACTERÍSTICAS DA MAMONEIRA BRS ENERGIA SOB DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS E LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO

SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA

COMPORTAMENTO FISIOLÓGICO DE PLANTAS DE MAMONA CULTIVAR BRS ENERGIA SUBMETIDA A DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1599

CRESCIMENTO DA MAMONEIRA SUBMETIDA A ADUBAÇÃO COM LIXO ORGÂNICO E TORTA DE MAMONA*

CRESCIMENTO DA MAMONEIRA SOB DOSES DE GESSO AGRÍCOLA APLICADAS AO SOLO

INFLUÊNCIA DO AMAZENAMENTO NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA/MINERAL DE SEMENTES DE DIFERENTES CULTIVARES DE MAMONA

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE PORTE BAIXO DE MAMONA (Ricinus communis L.) EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA EM TRÊS MUNICÍPIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

DESEMPENHO DE LINHAGENS DE MAMONA EM BAIXA ALTITUDE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

TOLERÂNCIA À SECA EM GENÓTIPOS DE MAMONA*

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

Emergência da plântula e germinação de semente de mamona plantada em diferentes posições

Transcrição:

ESTUDO DO PROCESSO DE MATURAÇÃO DA MAMONEIRA II: UMIDADE E FITOMASSA DOS FRUTOS E SEMENTES Amanda Micheline Amador de Lucena 1, Liv Soares Severino 2, Napoleão Esberard de M. Beltrão 2, Valdinei Sofiatti 2, Katty Anne A. L. Medeiros 3, Maria, Isaura P. de Oliveira 1 ; Clodoaldo R. D. Bortoluzi 4. 1 UFCG/Estágia Embrapa Algodão: amandaamador@ig.com.br, 2 Pesquisador da Embrapa Algodão, 3UEPB, 4 UFCG. RESUMO - Em experimento conduzido em área experimental situada na Embrapa algodão, Campina Grande-PB, objetivou-se descrever o grau de umidade e a evolução da fitomassa dos frutos e das sementes de mamona (Ricinus Communis L.). Os tratamentos foram constituídos por uma combinação fatorial (2 x 6), sendo duas cultivares de mamona (BRS Nordestina e BRS Paraguaçu) e seis estádios de desenvolvimento dos cachos (10; 20; 30; 40; 50 e 60 dias após a emissão da inflorescência) em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Determinaram-se o número de frutos por cacho, o grau de umidade dos frutos e a fitomassa dos cachos e sementes. A cultivar BRS Nordestina produziu cachos com número de frutos 45% a mais do que a cultivar BRS Paraguaçu. Até os 60 dias após a emissão da inflorescência, o grau de umidade dos frutos permanece elevado com tendência a decréscimo após essa data. A fitomassa das sementes e dos frutos aumenta linearmente até 60 dias após a emissão da inflorescência. Palavras-chave: idade do cacho; evolução, massa seca, Ricinus communis L. INTRODUÇÃO A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta de crescimento indeterminado tendo sua haste principal crescendo verticalmente e desprovida de ramificações laterais até o surgimento da primeira inflorescência (BELTRÃO et al., 2007). A inflorescência da mamoneira é do tipo panicular terminal (também chamada racemo), a qual geralmente possui flores masculinas na base e flores femininas no ápice da inflorescência. Eventualmente, estas flores podem surgir em posição diferente. As flores femininas fecundadas originam os frutos e as sementes. O acúmulo de fitomassa nas sementes é um aspecto relacionado ao estádio de maturação. De acordo com Carvalho e Nakagawa (2000), o acúmulo de matéria seca na semente em formação, inicialmente é lento, em seguida começa uma fase de rápido e constante acúmulo de matéria seca até que um máximo é atingido coincidindo com a maturidade fisiológica das sementes.

Devido à necessidade de se conhecer aspectos relacionados ao desenvolvimento inicial dos frutos da mamoneira para se estabelecer práticas de manejo e período de colheita, objetivou-se descrever o grau de umidade e o acúmulo de fitomassa dos frutos e das sementes em função do estádio de desenvolvimento do cacho em duas cultivar de mamoneira. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi conduzido em área experimental situada na Embrapa algodão, Campina Grande- PB que apresenta temperatura máxima em torno de 28º C e mínima de 19º C, umidade relativa do ar em torno de 80% e precipitação média anual de 800 mm, sendo o período chuvoso do mês de março a junho e o mais seco de outubro a dezembro. O solo da área experimental foi adubado com NPK 70-90- 60 kg ha -1, na forma de uréia, superfosfato simples e cloreto de potássio, respectivamente. A uréia foi aplicada parceladamente, sendo 1/3 no plantio, 1/3 aos 45 dias e 1/3 aos 60 DAP. O experimento consistiu de uma combinação fatorial de duas cultivares de mamona (BRS Nordestina e BRS Paraguaçu) e seis estádios de desenvolvimento dos cachos (10; 20; 30; 40; 50 e 60 dias após a emissão da inflorescência). As plantas de cada cultivar foram semeadas em espaçamento de 3,0 m entre linhas e 1 metro entre plantas, em regime de sequeiro. O plantio foi realizado em abril de 2007 e o desbaste ocorreu aos 15 dias após a emergência das plântulas. Registrou-se a data da emissão da primeira inflorescência de cada planta para coleta dos cachos nas idades estudadas. Apenas o número de frutos por cacho foi constatada em cachos nas idades de 10;20;30;40;50;60;70;110 e 150 dias após a emissão da inflorescência. Nas demais variáveis, em cada período de avaliação coletou-se quatro cachos de cada cultivar, nos quais se determinou o grau de umidade e a massa seca de frutos e sementes. Nos cachos com 10 e 20 dias, não foi possível estudar as sementes devido às mesmas não estarem formadas. Imediatamente após a colheita, os cachos foram pesados, contabilizados quanto ao número de frutos e então colocados em estufa a 70º C até obtenção de massa constante. Depois de obter a fitomassa dos frutos, estes foram descascados para retirada das sementes que permaneceram por mais 2 horas em estufa a 105º C e depois de resfriadas em dissecador foram pesadas em balança de precisão (0,01g). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e para as variáveis que apresentaram valores de F significativos em nível de 5% de probabilidade foi aplicado o teste de Tukey e análise de regressão para o fator quantitativo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Observa-se na análise de variância contida na Tabela 1 que apenas a cultivar exerceu influência significativa sobre o número de frutos por cacho. Sabe-se que os frutos são formados após a fecundação das flores, portanto é justificável a ausência de significância estatística (p 0,05) para a idade do cacho, uma vez que depois de estabelecido o número de frutos do cacho, com o passar dos dias há um incremento no tamanho e não na quantidade dos frutos. Constata-se na Tabela 2 que a cultivar BRS Nordestina proporcionou maior número de frutos por cacho (49,54 frutos) em relação a cultivar BRS Paraguaçu (27,04). Embora essa diferença seja em média de 22 frutos, isso representa 66 sementes a mais, uma vez que a mamoneira possui frutos tricoca. Souza e Távora (2006) comentam que a mamoneira pode produzir de 15 a 80 cápsulas por ciclo. Entretanto, Koutroubas et al. (1999) citados por Souza e Távora (2006) relatam que em condições adequadas, a planta pode produzir muitos racemos, dependendo do número de ramificações laterais; já o número de frutos por racemo depende do número de flores femininas. Dos componentes da produção desta Euforbiácea, os mais importantes são o número de cachos por planta e o número de frutos por cacho, que podem ser mensurados em uma amostra no campo e serem utilizados junto com outros componentes (população de plantas /ha e peso de cem sementes) para a estimativa da produtividade antes da colheita (BELTRÃO et al., 2004). Verifica-se que o grau de umidade dos frutos e a fitomassa das sementes foram influenciadas (p 0,05) pela cultivar e pelo estádio de desenvolvimento dos frutos, enquanto que para a fitomassa do fruto houve interação entre cultivares e estádio de desenvolvimento dos frutos (Tabela 3). Na Tabela 4, observa-se que o grau de umidade dos frutos foi de 83% e 81% para as cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu, respectivamente. Embora tenham apresentado médias estatisticamente diferentes, pode-se afirmar que o grau de umidade dos frutos das duas cultivares apresentou pequenas variações. Constatou-se que, as sementes da cultivar BRS Paraguaçu obtiveram 17% a mais de fitomassa que a BRS Nordestina. O peso de matéria seca das sementes tem sido mencionado como o melhor índice para atestar o estádio de maturação das sementes (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000), porém vale salientar que o presente trabalho avaliou as sementes em seu desenvolvimento inicial (até os 60 dias após a emissão da inflorescência) e não se acompanhou o grau de umidade até a completa maturidade do fruto. O grau de umidade em função do estádio de desenvolvimento dos frutos é apresentada na Figura 1. Constata-se que o teor de água nos frutos sofre algumas variações, permanecendo com alto grau de umidade (entre 74 e 89%) até os 60 dias após a emissão da inflorescência, mas tende a decrescer a partir dessa data. Com relação à fitomassa dos frutos (Figura 2), verificou-se que nas duas

cultivares, a fitomassa do fruto aumentou linearmente com o aumento da idade dos cachos. A produção de massa seca dos frutos nos primeiros dez dias após a emissão da inflorescência foi de apenas 0,06 g e 0,07 g incrementando para 1,98g e 3,61g aos 60 dias, BRS Nordestina e BRS Paraguaçu, respectivamente. Embora a cultivar BRS Paraguaçu tenha propiciado frutos com massa seca 45% superior aos frutos da BRS Nordestina, nota-se que o acúmulo de fitomassa nos frutos das duas cultivares ocorreu de forma crescente com a idade do cacho sendo justificável, devido ao aumento de fitomassa ser irreversível (BELTRÃO et al., 2007). É observado na Figura 3 que a semente atinge seu máximo de fitomassa aos 60 dias após a emissão da inflorescência, embora não tenham alcançado a maturidade fisiológica, pois as sementes só atingem a maturidade quando não mais ocorrem alterações significativas de massa de matéria seca (CARVALHO E NAKAGAWA, 2000; DIAS, 2001; MARCOS FILHO, 2005). Em estudo realizado por Severino et al. (2007) foi verificado que o peso médio da semente de mamona que alcançou a maturidade obteve 82 gramas na cultivar Nordestina e 80 gramas de massa seca na cultivar Paraguaçu indicando que neste trabalho as sementes ainda não tinham alcançado a maturidade e que a partir dos 60 dias após a emissão da inflorescência provavelmente as sementes continuariam acumulando fitomassa. CONCLUSÕES A cultivar BRS Nordestina produziu cachos com número de frutos 45% maior do que a cultivar BRS Paraguaçu. Até os 60 dias após a emissão da inflorescência, o grau de umidade dos frutos permanece elevado com tendência a decréscimo após essa data. A fitomassa das sementes e dos frutos aumenta linearmente até 60 dias após a emissão da inflorescência. *Agradecimento: ao Consórcio CENP Energia, Embrapa Algodão e CNPq REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELTRÃO, N. E. de M.; AZEVEDO, D. M. P. de; LIMA, R. de L. S. de.; QUEIROZ, W. N. de.; QUEIROZ, W. C. de. Ecofisiologia. In: AZEVEDO, D. M. P. de; BELTRÃO, N. E. de M. (Ed. Tec.).O agronegócio da mamona no Brasil, 2ª. Ed, Campina Grande: Embrapa Algodão, Embrapa Informações Técnológicas, Brasília-DF, 2007. Cap 2.45-72 p.

BELTRÃO, N. E. de M.; SEVERINO, L. S.; CARDOSO, G. D.; GONDIM, T. M. de S.; PEREIR, J. R. Estimativa da produtividade da cultura da mamona em função dos componentes da produção, In: Congresso Brasileiro de Mamona, 1, 2004 Campina Grande-PB. Anais...Campina Grande: Embrapa Algodão, 2004 (CD ROM). CARVALHO, N. M. de.; NAKAGAWA, J., Sementes: Ciência, Tecnologia e Produção, 4ª. Edição, Funep, Jaboticabal, São Paulo, 2000. 588p. DIAS, D. C. F., Maturação de sementes, Revista SEED NEWS, v.5, n.6, Pelotas RS, 2001. MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas, Fealq, Biblioteca de Ciências Agrárias Luiz de Queiroz, vol 12, Piracicaba, 2005. 459p. SEVERINO, L. S.; BELTRÃO, N.E. de.; LUCENA, A. M. A. de.; FREIRE, M. A. de O.; SAMPAIO, L. R. Como definir o ponto de colheita da mamona. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Algodão Embrapa Algodão, Campina Grande-Pb, 2007a. (Folder). SOUZA, A. dos S; TÁVORA, F. J. A. F. Antecipação de plantio e irrigação suplementar na mamoneira, I Efeito nos componentes de produção. In: Congresso Brasileiro de Mamona, 2, 2006 Aracaju-SE. Anais...Campina Grande: Embrapa Algodão, 2006 (CD ROM). Tabela 1. Resumo da análise de variância do número de frutos por cacho de mamona das cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu. Campina Grande, PB, 2007. ---------------Quadrado médio--------------- Fontes de Variação G.L Número de frutos por cacho 1 Cultivar (CV) 1 40.3186* Idade do Cacho (IC) 8 1.7389ns CV x IC 8 2.0946ns Resíduo 62 1.0006 Total 79 C.V (%) 16,24 Média Geral 38,29 1 : dados transformados em ; ns= não significativo; * significativo em nível de 5%.

Tabela 2. Valores médios do número de frutos por cacho de mamona das cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu. Campina Grande, PB, 2007. Cultivar BRS Nordestina BRS Paraguaçu Número de frutos por cacho 49,54 A 27,04 B As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%. Tabela 3. Resumos das análises de variância e regressão polinomial da massa fresca e fitomassa dos frutos e sementes de mamona das cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu oriundo de cachos em diferentes estádios de desenvolvimento. Campina Grande, PB, 2007. -------------------Quadrado médio------------------ Fontes de Variação G. L Umidade do fruto Fitomassa do fruto Fitomassa semente 1 Cultivar (CV) 1 20,1342* 2,7050* 0,0352* Idade Cacho (IC) 5 49,0860* 10,4831* 0,3926* Efeito linear (1) 315,9244* 50,7378* 1,1296* Efeito quadrático (1) 437,9880* 0,5807* 0,0044* CV x IC 5 18,0630 ns 0,7193* 0,0024 ns Resíduo 36 10,2788 0,1183 0,0051 Total 47 C.V (%) 3,89 26,57 21,68 Média Geral 82,41 1,29 0,33 1 : G, L = 4; ns= não significativo; * significativo em nível de 5%,

Tabela 4. Valores médios referentes à massa fresca dos frutos e fitomassa das sementes (g) de mamona das cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu provenientes de cachos colhidos em diferentes estádios de desenvolvimento, Campina Grande, PB, 2007, Cultivar Grau de umidade do fruto (%) Fitomassa das sementes(g) BRS Nordestina 83,42 A 0,3005 B BRS Paraguaçu 81,40 B 0,3642 A Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%, Figura 1. Grau de umidade dos frutos em função da idade do cacho. Campina Grande, PB, 2007. Figura 2. Fitomassa do fruto em função da idade do cacho. Campina Grande,PB,2007. Figura 3. Fitomassa da semente em função da idade do cacho. Campina Grande, PB, 2007.